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INFECÇÃO HOSPITALAR CONCLUÍDA 2

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CINTIA LOBO CEZAR
Capitão-de-Corveta
Encarregada da Divisão de Enfermagem do HNBra
CONTROLE DE INFECÇÃO 
HOSPITALAR
I – Introdução à Infecção Hospitalar
A infecção hospitalar é aquela adquirida no hospital e 
que não estava presente ou em incubação quando da 
admissão do paciente. Ela pode manifestar-se durante a 
internação ou mesmo após a alta.
Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido 
substituído por: Infecção Relacionada À Assistência À Saúde 
(IRAS). Esta mudança abrange não só a infecção adquirida no 
hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos 
realizados em ambulatório, durante cuidados domiciliares e a 
infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde.
A infecção é resultante da interação entre: 
- Os microrganismos, sua fonte de transmissão e hospedeiro. 
II – Precauções, Isolamentos e Biossegurança
2.1 – Precauções e Isolamentos
2.1.1- Precaução Padrão
Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente 
da suspeita ou não de infecções.
-Higienização das mãos;
- EPI: Luvas, máscaras, avental e óculos.
2.1.2- Precaução de Contato:
- Higienização das mãos;
- EPI: Luvas e avental;
- Quarto privativo ou leito com 1m de distância.
- Indicações: infecção ou colonização por microrganismo 
multirresistente, varicela, infecções de pele e tecidos moles com 
secreções não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster 
disseminado, baixa imunidade,etc
MRSA
Lesões de pele colonizadas
2.1.3- Precaução para Gotículas
- Higienização das mãos;
- EPI: máscara cirúrgica (para o profissional e para o paciente em 
caso de transporte) e avental;
- Quarto privativo ou pacientes com o mesmo agente etiológico 
( 1m de distância).
-Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, 
caxumba, influenza, rubéola, etc.
2.1.4- Precaução para Aerossóis
- Higienização das mãos;
- EPI: máscara PFF2 (N-95) – pelo profissional, máscara cirúrgica 
(paciente durante transporte) e avental;
- Quarto privativo com porta fechada.
- Indicações: Tuberculose Pulmonar, Varicela ou Zoster 
disseminado, Sarampo. 
2.2 –Biossegurança
Conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização ou 
eliminação de riscos inerentes as atividades de pesquisa, 
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de 
serviços. 
2.2.1 - Biossegurança em Ambiente Hospitalar:
Refere-se à proteção que os profissionais devem ter 
contra agentes biológicos, com a manutenção de sua saúde e 
esquema vacinal individual, bem como, conhecimento de 
técnicas para evitar contaminação de pacientes e ambiente 
hospitalar. 
A maior ênfase deve ser dada à adoção permanente das 
precauções-padrão, com destaque à lavagem das mãos.
2.2.2 – Dimensão dos riscos no ambiente hospitalar
-Risco biológico(A);
- Risco químico(B);
- Risco radiológico(C)
2.2.3 – Definições importantes em Biossegurança 
Hospitalar
-Assepsia: conjunto de medidas utilizadas para impedir a 
penetração de microorganismos em ambiente estéril.
- Antissepsia: É a eliminação das formas vegetativas de 
bactérias patogênicas e grande parte da flora residente da pele 
e mucosa, mediante a aplicação de agente germicida de baixa 
causticidade, hipoalergenico e passível de ser aplicado em 
tecido vivo. 
Assepsia
- Degermação: remoção de detritos, impurezas, sujeira e 
microorganismos da flora transitória e alguns da flora residente 
depositados sobre a pele, através de água, sabão, detergentes 
e anti-sépticos.
- Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particularmente 
os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu 
desenvolvimento. Os esporos não são destruídos. Técnica 
específica para ambientes e materiais.
Desinfecção de unidade
-Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de 
vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e 
esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes 
físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de 
lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos. 
Bactérias
esporuladas
Autoclave
- Antissépticos / Desinfetantes: 
a) Antisséptico: empregado em tecido vivo;
Um antisséptico adequado deve exercer a atividade germicida 
sobre a flora cutâneo-mucosa em presença de sangue, soro, 
muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas.
b) Desinfetante: quando a utilizamos em objetos inanimados.
Desinfetante
NÃO!!!
SIM!!!
Clorexidina degermante Clorexidina alcóolica
Álcool 70% Álcool gel
- Infecção Cruzada: refere-se à transferência de microorganismos 
de uma pessoa (ou objeto) para outra pessoa, resultando em 
infecção.
- Infecção Oportunista: patógenos que se aproveitam do estado 
de debilidade das defesas do organismo para causar danos, que 
normalmente não aconteceriam em indivíduos com estado 
imunológico preservado.
- Colonização: Crescimento e multiplicação de um 
microorganismo em superfícies epiteliais do hospedeiro, sem 
manifestações clínicas ou resposta imunológica. 
-Contaminação: presença de microorganismos em cultura sem 
que signifique colonização ou infecção.
- Infecção: danos decorrentes da invasão e multiplicação de 
microorganismos no hospedeiro, levando à uma resposta 
imunológica.
III – Principais Infecções Hospitalares
3.1- Pneumonia
3.1.1- Conceito
Pneumonia Hospitalar ou Nosocomial é definida como 
infeçcão do trato respiratório inferior que ocorre 48 horas ou 
mais após a internação, desde que não presente ou em 
incubação à admissão hospitalar.
3.1.2 - Os microrganismos podem alcançar o trato 
respiratório pela: 
- Aspiração de secreções da orofaringe;
- Inalação de aerossóis contaminados;
- Disseminação hematogênica de um foco a distância
- Entubação orotraqueal ou traqueostomia;
- Sonda nasogástrica ou nasoentérica;
- Ventilação mecânica (causa mais frequênte).
Presença de placas 
esbranquiçadas. Fator de 
risco para infecção 
respiratória.
3.1.3 - Para que a infecção respiratória ocorra é necessário 
a presença de fatores de risco tais como: 
- Perda das defesas do hospedeiro;
- Presença de um microrganismo altamente virulento;
- Uso de imunossupressores;
- Cirurgias prolongadas;
- Retenção e aspiração de secreções acumuladas no interior do 
tubo orotraqueal;
- Idade e doença de base (Ex:DPOC).
3.1.4 - Patógenos relacionados:
- S.pneumonia; Klebsiella spp., E. coli, Enterobacter spp., P. 
aeruginosa, Staphylococcus aureus, 
OBS: Aspergillus spp. e Pneumocystis carinii. São 
responsáveis por causar pneumonia em imunodeprimidos.
Um tipo gravíssimo de pneumonia é a pneumonia por aspiração, 
comum em pacientes com nível de consciência reduzido.. 
Tem como fonte principal, as secreções da vias áreas superiores, 
seguida pelo refluxo do trato gastrintestinal.
3.1.5 - Sinais e sintomas da Pneumonia:
- Incluem tosse com expectoração, febre, calafrios, falta de ar, 
dor no peito quando se respira fundo, vômitos, perda de apetite, 
prostração e dores pelo corpo. Hemoptise em casos mais graves. 
A febre da pneumonia é geralmente alta. Pode evoluir para 
Derrame Pleural.
Pneumonia Derrame Pleural
3.1.6 - Principais medidas de prevenção:
- Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 45º 
(quando não houver contraindicação); 
- Aspirar a secreção em TOT ou cânula traqueal;
- Higiene oral diariamente;
- Recomenda-se a troca de circuito de ventilação mecânica 
quando houver sujidade ou mau funcionamento do equipamento;
- Recomenda-se a troca do sistema fechado de aspiraçãose 
houver sujidade ou mau funcionamento.
3.1.7 – Classificação dos equipamentos de assistência 
respiratória:
- Produtos ou Equipamentos de Assistência Respiratória Críticos:
Utilizados em procedimentos invasivos com penetração em pele e 
em mucosas adjacentes, incluindo todos os materiais que estejam 
diretamente conectados com essas regiões.
Cânula Traqueal TOT Sistema Fechado de AVAS
- Semi – Críticos:
São produtos ou equipamentos que entram em contato com 
mucosas íntegras colonizadas e exigem, no mínimo, uma 
desinfecção de alto nível.
Ex.: nebulizadores, umidificadores, inaladores e circuitos 
respiratórios, etc 
NBZ
Umidificador Circuito de Ventilação 
Mecânica
-Não – Críticos:
São produtos ou equipamentos destinados ao contato com pele 
íntegra .Exigem como processamento eles mínimo a limpeza 
e/ou desinfecção de baixo nível, entre um uso e outro.
Ex.:, oxímetros de pulso, etc.
Oxímetro de Pulso
3.2- Infecções do Trato Urinário (ITU)
3.2.1- Conceito
A infecção urinária é um termo amplo usado para 
descrever a infecção de alguma estrutura do sistema 
urinário. A infecção urinária pode acometer rins, bexiga ou 
uretra e é geralmente causada por uma bactéria.
3.2.2 – Denominações
- Pielonefrite (Infecção acomete os Rins);
- Cistite (Infecção acomete a bexiga urinária);
- Uretrite (Infecção acomete a uretra);
- Altas - que envolvem o parênquima renal (pielonefrite) ou 
ureteres (ureterites);
Baixas - que envolvem a bexiga (cistite) a uretra (uretrite), e 
nos homens, a próstata (prostatite) e o epidídimo 
(epdidimite).
3.2.3 – Vias de Contaminação do Trato Urinário
- Via ascendente: o microrganismo poderá atingir através da 
uretra, a bexiga, ureter e o rim (comum em pacientes submetidos à 
instrumentação do trato urinário).
- Via hematogênica: o rim pode ser comprometido em qualquer 
infecção sistêmica. Microorganismos associados: Staphylococcus 
aureus, Mycobacterium tuberculosis, Histoplasma spp..
- Via linfática: é rara.
3.2.3 – Sintomas
- Disúria
dor, ardência, queimação, incômodo A disúria é um sintoma muito 
comum na cistite e na uretrite, podendo ocorrer eventualmente na 
pielonefrite.
- Hematúria
A hematúria pode ser macroscópica quando é facilmente notada 
na urina, ou microscópica quando só é detectada através de 
exames laboratoriais.
- Febre
Em casos de pielonefrite (acima de 38ºC acompanhada de 
calafrios). Na Cistite geralmente é abaixo dos 38ºC. Na uretrite 
somente nos casos de disseminação da bactéria para a corrente 
sanguínea. A febre diferencia a pielonefrite das demais infecções 
urinárias.
- Urgência Urinária
Na polaciúria, paciente sente vontade urinar com 
frequência, porém o volume de urina a cada micção é pequeno. 
Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
- Corrimento uretral
A saída de pus pela uretra (típico das uretrites). Tanto a 
cistite quanto a pielonefrite não provocam corrimento uretral, 
sendo este um sintoma típico de infecção da uretra.
- Náuseas e vômitos
Náuseas e vômitos são sintomas comuns na pielonefrite e 
costumam aparecer junto com a febre. A cistite pode causar um 
mal estar, mas não costuma provocar vômitos. 
Em resumo:
- Cistite: ardência para urinar hematúria, urgência urinária;
- Pielonefrite: febre alta, calafrios, náuseas e vômitos, dor lombar;
- Uretrite: corrimento purulento pela uretra ardência para urinar.
Hematúria Urgência Urinária Piúria 
3.2.4 –Infecção do Trato Urinário Relacionada à Atencão À 
Saúde (ITU-RAS).
São Infecções do trato urinário diagnosticadas após 72 
horas de admissão hospitalar, com ausência de quaisquer 
evidências clínicas ou período de incubação no momento da 
admissão. Cerca de 80% das ITU-RAS são atribuíveis à 
utilização de um cateter vesical de demora. 
Sonda de Foley
3.2.5 – ITU hospitalar associada SVD 
- Infecção urinária diagnosticada em pacientes com SVD ou 
até 7 dias após a retirada da sonda.
- Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus sp são as 
bactérias mais associadas a manipulação das vias urinárias. 
- Em pacientes sondados, os microrganismos atingem a bexiga 
através de três caminhos:
a) No momento da inserção do cateter;
b) Através da interface mucosa-cateter (via extraluminal). 
c) Através da luz do cateter ( via intraluminal);
Em pacientes sedados, a presença de febre sem sinais de 
localização em outros sítios e a piora hemodinâmica orientam a 
pesquisa de ITU.
- SVD X Cateterismo de Alívio X Condom X Sistemas de Drenagem:
• Após uma única cateterização de alívio o risco varia de 1 a 5%; 
• Sistema de drenagem aberto:100% dos pacientes desenvolvem 
infecção urinária;
• Sistema de drenagem fechado: 25% dos pacientes desenvolvem
Infecção urinária;
Sistema Fechado Sistema Aberto 
• Mesmo com o sistema de drenagem fechado o trato urinário 
estará colonizado em dez dias; 
• Pacientes hospitalizados, que permanecem cateterizados por 
vários meses, desenvolverão bacteriúria no primeiro mês de 
cateterização;
• A incidência de bacteriúria é de 3 a 10% por dia de cateterização. 
Cultura Positiva
• Quando utilizar o “condom”, o sitema de drenagem deverá ser 
trocado a cada troca de condom;
• A maior vantagem do uso de condom está associada a 
preservação da integridade do esfíncter, mas o sistema coloniza ao 
redor da uretra com microorganismos fecais.
Condom
3.2.6 – Cuidados durante manipulação de cateter urinário
• O sistema não deve ser desconectado a menos que haja 
necessidade de irrigação;
• Desinfecção da junção antes da desconexão; 
•Técnica asséptica para irrigação;
• Caso indicada a irrigação vesical, usar sonda vesical de três 
vias, no intuito de não violar o sistema fechado.
Irrigação Vesical
• Manter a bolsa de drenagem sempre abaixo do nível da bexiga a 
fim de evitar refluxo de urina;
• Os cateteres devem ser corretamente afixados após a 
inserção para impedir o movimento e a tração uretral;
• Não permitir o acúmulo de urina no tubo de drenagem, permitindo 
um fluxo livre de urina;
• Higienizar as mãos e usar luvas de procedimento ao 
manusear o cateter, tubo e bolsa de drenagem. 
•Fazer anti-sepsia com álcool a 70% na válvula de drenagem da 
bolsa coletora do sistema vesical, antes e depois de esvaziar a 
bolsa coletora. A extremidade do dispositivo de saída não deve 
tocar em objetos (ex. frasco para coleta de urina) ou superfícies;
ERRO: Profissional não está 
utilizando luvas!
• Utilizar luvas estéreis para inserção do cateter;
•Inserir o cateter utilizando técnica asséptica e equipamento estéril;
Técnica Asséptica
Evitar uso de 
relógios e 
bijouterias 
durante 
técnicas 
assépticas.
•Em caso de resistência ou obstrução, não forçar a inserção 
do cateter evitando possíveis lesões no conduto uretral.
3.2.7 – Recomendações em caso de cateterismo vesical
• A dimensão do cateter maior do que a apropriada para o paciente 
lesa os tecidos e favorece a colonização;
• Quanto maior o balonete, maior a quantidade de urina residual 
que aumenta a probabilidade de infecções. Não é recomendável 
cateteres com balonetes maiores do que 15-20 ml;
SVD
• O sistema de drenagem fechado nunca deve ser violado; 
• Não existem recomendações para troca de rotina do 
cateter e do sistema de drenagem, exceto em casos de: 
obstrução, vazamento ou desconexão do sistema, vigência de 
sepse, febre de origem não determinada , ITU por fungos. 
Nessas situações o cateter + sistema de drenagemdevem ser 
substituídos
Sistema de Drenagem Fechado
• Higiene meatal diária com água e sabão. O uso de água 
oxigenada pode ser útil para remover sangue aderido à pele 
adjacente;
• O calibre do cateter deve ser menor que o meato urinário externo 
para minimizar o traumatismo uretral e permitir que as 
secreções drenem ao longo das laterais do cateter;
Extremidade da SVD Higiene em Meato Uretral F e M
• Evitar ao máximo a interrupção da urina através de pinçamento e 
muito menos por dobras no sistema com esparadrapo, evitando 
acúmulo prolongado de urina nas alças do tubo;
•A bolsa coletora deve ser esvaziada a cada 8 horas ou quando o 
volume alcançar 2/3 da mesma, evitando refluxo de urina e 
possível contaminação bacteriana;
•Quando houver risco de refluxo pela manipulação ou 
movimentação do paciente, deve-se clampar o tubo coletor;
• O tipo de cateter está relacionado ao maior ou menor 
aprecimento de infecções. As sondas de látex formam mais 
encrustrações que as de PVC e estas mais do que as de 
silicone. Estas incrustrações predispõem à infeccção.
Sonda de Látex Sonda de PVC Sonda de Silicone
3.2.8 – Complicações decorrentes do cateterismo vesical
a) Cateterização de curta permanência: febre, pielonefrite aguda 
e bacteriemia;
b) Cateterização de longa permanência: obstrução do cateter, 
cálculos urinários, fístula uretral, epididimite, abscesso escrotal, 
prostatite, abscesso prostático, inflamações renais crônicas, 
insuficiência renal e após muitos anos, câncer de bexiga. 
3.3 – Infecção de Corrente Sanguínea
3.3.1 – Conceito
Presença de microrganismos viáveis no sangue do paciente.
A presença de bacteremia ou fungemia representa uma falha 
nas defesas do hospedeiro em localizar e neutralizar uma 
determinada infecção em seu foco inicial.
- A invasão do sangue por microrganismos geralmente ocorre 
por um dos seguintes mecanismos:
1 - Penetração a partir de um foco primário de infecção, através 
de vasos linfáticos e daí até o sangue.
2- Entrada direta na corrente sanguínea, via agulhas ou outros 
dispositivos vasculares, como catéteres. 
- Infecção da Corrente Sanguínea (ICS) relaciona-se com:
a) Dispositivos intravenosos e arteriais;
b) Pacientes imunocomprometidos e críticos.
Cateter SC Paciente Imunodeprimido
3.3.2 – Fatores de risco:
- Idade,
-Doenças de base; 
- Medicamentos (corticóides, quimioterápicos, drogas citotóxicas);
- Procedimentos médicos invasivos (ex:catéteres).
Paciente Idosa / Paciente em QT / Punção de acesso profundo
3.3.3 – Considerações 
Do ponto de vista de tratamento, é importante avaliar:
- Presença ou ausência de hemocultura positiva;
- Sinais sistêmicos de infecção;
- Presença ou ausência de foco primário de origem;
- Presença ou ausência de acesso vascular, tipo do acesso, 
sinais locais de infecção do cateter. 
Hemocultura / Cultura +
3.3.4 – Tipos de infecções sanguíneas 
•Infecções primárias da corrente sanguínea (IPCS): são aquelas 
infecções de conseqüências sistêmicas graves, bacteremia ou 
sepse, sem foco primário identificável;
•Infecções de corrente sanguínea secundárias: podem ser 
definidas como a ocorrência de hemocultura positiva ou sinais 
clínicos de sepse, na presença de sinais de infecção em outro sítio;
• Infecções relacionadas ao acesso vascular (IAV): são infecções 
que ocorrem no sítio de inserção do cateter. O maior risco definido 
é a presença de acesso venoso central. A taxa de infecção varia de 
acordo com o local de implante, o tipo de cateter empregado, a 
categoria do CTI (queimados, trauma, pós-operatório). 
•As infecções primárias da corrente sanguínea geralmente são 
associadas ao cateter, se este estiver presente ao diagnóstico ou 
48hs após sua retirada.
Cateter de Jugular
3.4. – Infecção Relacionada a Cateteres
3.4.1 – Conceito
As infecções relacionadas aos cateteres , envolve a 
presença de um agente infeccioso + um veículo de inoculação +
a quebra de barreira.
Microorganismo / CVC / Punção de Acesso Venoso Profundo
3.4.2 – Mecanismos de Colonização do cateter
a) Superfície externa do cateter / túnel subcutâneo / pele 
circunvizinha: colonizados através da microbiota própria da 
pele, das mãos dos profissionais e dos anti-sépticos 
contaminados (quanto maior o número de bactérias, maior a 
probabilidade de infecção).
Cateter Implantado
Punção de 
Jugular
- A ocorrência de infecção superficial do acesso deve ser 
suspeitada quando observamos sinais flogísticos:dor, calor, 
eritema, e edema local no local da inserção ou no trajeto e saída 
de secreção purulenta pelo orifício de implantação.
Acesso Venoso Profundo
b) Superfície interna: pode ocorrer por dois mecanismos 
principais:
- Manipulação inadequada do canhão do cateter;
- Contaminação das soluções de infusão por manipulação 
direta da substância administrada.
Manipulação de Cateter Profundo / Manipulação de Equipo de Soro
Punção de acesso profundo / preparo de NPT em capela de fluxo laminar
a) Infecção hospitalar primária da corrente sangüínea: 
Infecção em pacientes com hemocultura positiva colhida 48h 
após a hospitalização, sem foco primário aparente; 
b) Infecção do local de inserção do cateter: eritema, induração 
ou secreção purulenta ao redor da pele no local de sua inserção 
e/ou febre;
c) Infecção no túnel dos cateteres implantados: eritema, dor, 
induração maior que 2 cm do local de sua inserção, associada 
ou não à febre. 
3.4.3 – Tipos de Infecções em cateteres
e) Infecção da corrente sangüínea relacionada ao cateter: 
isolamento do mesmo agente em cultura do segmento distal do 
cateter e no sangue, acompanhado de sintomas clínicos de 
infecção da corrente sangüínea sem outro foco aparente de 
infecção. 
f) Infecção em dispositivo implantável: eritema e necrose da pele 
acima do reservatório do dispositivo ou exsudato purulento na 
bolsa subcutânea.
a) Nos cateteres de múltiplas vias, quanto maior o número de 
lumens maior o risco de infecção;
3.4.4 – Recomendações
Cateter de Hemodiálise em Jugular / cateter de jugular
b) A heparina intra-luminal evita o depósito de fibrina que é
responsável pela nidação das bactérias; 
c) Atualmente o Ministério da Saúde recomenda uso de 
degermantes químicos no cuidado a pacientes críticos e antes 
da realização de procedimentos invasivos (efeitos residuais e 
cumulativos local, retardando o processo de re-colonização, que 
varia de quatro a seis horas).
d) Nas 24 h iniciais após a punção central, usar curativo oclusivo 
com gaze, porque pode ocorrer sangramento ou solução de 
continuidade. Após 24h, é recomendado trocar o curativo de gaze 
por curativo com filme plástico, com troca programada para 5 a 7 
dias;
Curativo com 
filme plástico
Curativo 
com Gaze
e) A fixação do cateter impede a sua movimentação sobre o seu 
ponto de inserção na pele, evitando a migração de bactérias da 
flora local sobre a superfície externa ;
f) Nos pacientes com traqueostomia, ou quando a cateterização for 
necessária por período prolongado, é preferível a utilização da veia 
subclávia (menor incidência de contaminação do cateter);
Pacientes Traqueostomizados
f) Febre: retirar acesso venoso central e Coletar Hemocultura 02 
amostras;
g) Trocar equipo a cada 72hs e imediatamente após 
hemoderivados, bem como , em caso de suspeita de infusão 
lipídica contaminada;
h)Manipulação dos cateteres sempre com luvas estéreis;
i)Three-way: risco de contaminação intraluminal;
Hemotransfusão / NPT / Cateterde acesso venoso profundo
a) Cateter de Dieta Parenteral
- Via de acesso exclusiva (não usar torneirinhas);
- Manipulação asséptica;
- Troca do equipo a cada 24h;
- Soluções exclusivas de emulsão lipídicas : correr em 6h e no 
máximo a cada 12h;
- Apresenta risco para infecção considerável, devido à alta 
concentração de carboidratos e proteínas .
3.4.5 – Cuidados com cateteres específicos
NPT
b) Cateter de Diálise
- Uso exclusivo para diálise, proteção da via de entrada (exceto 
emergência);
- Hemoderivados devem ser administrados no máximo em 4h e 
a troca do equipo deve ser feita ao término da infusão.
c) PVC:
Trocar o equipo a cada 24 horas; 
Manter a ponta protegida;
Usar soro fisiológico 0,9% para aferir a PVC;
Fazer a limpeza com água e sabão e desinfecção com álcool a 
70%, do suporte de soro diariamente; 
Utilizar máscara e luvas estéreis durante a conexão e 
desconexão do sistema.
d) Cateter de Longa Permanência:
- Técnica asséptica durante manipulação;
- Localizar o cateter pós-palpação;
- Proceder à punção e testar a infusão com soro fisiológico;
- Fixar bem a agulha com gaze;
- Irrigar o cateter com 10 ml de soro fisiológico 0,9% a cada 
uso (“lavar” o cateter);
- Quando infusão de sangue ou hemoderivados, ou refluxo de 
sangue, irrigar com 20 ml de SF 0,9% (“lavar” o cateter);
- Heparinizar o cateter após cada uso e a cada 03 semanas 
para cateteres que não estão em uso; * Solução para 
heparinizar: 100 UI de heparina para 01 ml de soro fisiológico 
0,9%. Injetar de 02 a 05ml da solução;
- Evitar a utilização do cateter para infusão de sangue e seus 
derivados;
- Não utilizar o cateter para coleta de sangue (facilita a 
obstrução).
3.4.6 – Sítios de punção por prioridade
Escolha do sítio de punção por prioridade:
1ª opção Þ. subclávia.
2ª opção Þ. jugular ( evitar em caso de traqueostomia / 
preconizada para hemodiálise).
3ª opção Þ. femural.
4ª opção Þ. dissecção venosa.
Cateter 
de SC
Dissecção Venosa
Cateter Femural
3.4.7 – Considerações para instalação de cateter
a) Fatores de risco do hospedeiro:
- Doença de base;
- Neutropenia;
- Tempo de Antibióticoterapia;
- Uso de Imunossupressores;
- Tempo de Internação.
b) Fatores do Cateter:
- Tipo;
- Técnica de inserção;
- Tempo de permanência;
- Local de Inserção;
- Curativo.
c) Fontes de Contaminação:
- Flora bacteriana da pele;
- Mãos dos profissionais;
- Disseminação hematogênica de focos à distância;
- Soluções Contaminadas. 
3.5 – Infecção em Sítio Cirúrgico
3.5.1 – Conceito
Infecção do sítio cirúrgico são aquelas que acometem 
tecidos, órgãos e cavidades incisados durante procedimento 
cirúrgico.Ocorrem até 30 dias pós-op ou até o 1º ano no caso de 
colocação de próteses.
3.5.2 – Tipos de Infecção em Sítio Cirúrgico 
a) Incisional Superficial
Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia e envolve apenas 
pele e subcutâneo. Ocorre:
- Drenagem purulenta da incisão superficial;
A incisão superficial é aberta pelo cirurgião na vigência dos 
seguintes sinais ou sintomas: dor, aumento da sensibilidade, 
edema local, hiperemia ou calor.
b) Incisional Profunda
Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até UM ano, se 
houver colocação de prótese, e envolve tecidos moles 
profundos à incisão (ex: fáscia e/ou músculos).
Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não de 
órgão/cavidade;
Deiscência parcial ou total da parede abdominal ou abertura da 
ferida pelo cirurgião. 
Prótese de 
Quadril
c) Órgão / cavidade
Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até UM ano, 
se houver colocação de prótese, e envolve qualquer órgão ou 
cavidade que tenha sido aberta ou manipulada durante a 
cirurgia.
Mediastinite pós-
esternotomia
3.5.3 – Fatores de risco
a) Relacionados ao paciente: 
- Infecção coexistente (sítio infectado distante do sítio 
cirúrgico). 
- Diabetes Mellitus (quando descompensada oferece maior risco. 
Ex: glicemia acima 200mg/dl nas 1ªs 48hs de pós-op).
- Obesidade.
-Desnutrição.
- Tabagismo
Obesidade
Desnutrido
Tabagismo
- Corticoterapia (suprimem o sistema imunológico).
- Distúrbios Imunológicos.
- Idade.
- Colonização por microorganismos. Ex: S. Aureus colonizam 
as narinas de 20 a 30% dos pacientes.
b) Fatores relacionados ao Agente Infeccioso:
- Virulência ( cap. Do MO em invadir o tecido do 
hospedeiro e produzir danos
- Resistência a antimicrobianos.
c) Fatores relacionados ao procedimento cirúrgico:
- Ambiente livre de patógenos;
- Grau de contaminação da operação (cirurgias limpas, 
potencialmente contaminadas, contaminadas, infectadas).
- Natureza da indicação cirúrgica (urgência, eletivas).
- Tempo de cirurgia.
Cirurgias em regiões assépticas
Cirurgia Limpa -
Contaminada
Apendicite supurada Ferida Cirúrgica com Abscesso de Mandíbula
- Técnica cirúrgica (hemostasia eficaz, usar adequadamente 
os drenos, materiais de suturas, tipos de fios).
- Remoção de pelos (raspagem imediatamente antes da 
cirurgia – 3,1% risco de infecção; 24hs antes: 7,1%, mais de 20% 
mais que 24hs antes). 
- Clister intestinal (evita eliminação involuntária durante 
procedimento cirúrgico. 
Tricotomia
IV – Noções de Microbiologia
4.1 – Conceitos Básicos
a) Infectividade: capacidade do agente em se alojar e
multiplicar no hospedeiro, bem como, transmitir-se deste
para outro hospedeiro;
b) Patogenicidade: capacidade de um agente causar doença
em um hospedeiro suscetível;
c) Virulência: grau de patogenicidade de um agente, que se
expressa pela gravidade da doença;
d) Poder imunogênico: capacidade do agente estimular resposta 
imune no hospedeiro.
e) Bactérias Aeróbioas estritas necessitam de O2 para 
sobreviver e Anaeróbias estritas não crescem na presença de 
O2.
f) Transmissão: transferência de um agente do reservatório ou
fonte de infecção para o hospedeiro suscetível. Pode ser:
- Direta (contágio);
- Indireta: por meio de veículos animados(vetores)/
inanimados(água, ar, alimentos, solo, fômites) .
g) Vias de Penetração: trajeto pelo qual o agente introduz-se no
novo hospedeiro ( trato resp., digestivo, urinário, pele,
mucosas).
h) Imunidade: resistência específica. Pode ser ativa ou
passiva.
4.2.1 - Microbiota Normal
População de microrganismos que habita a pele e as 
mucosas de normais e sadias.
4.2.2 – Classificação da Microbiota
- Residente: Microrganismos encontrados regularmente em 
determinada área da superfície, sendo perturbada, recompõe-se 
com facilidade.
4.2 - Microbiota
- Transitória: Microrganismos não patogênicos ou potencialmente 
patogênicos que permanecem na pele ou mucosa por horas, dias ou 
semanas, provenientes do meio externo, não provocando doença e 
não se estabelecendo em definitivo na superfície.
4.2.3 – Condições para desenvolvimento de doença:
- Deslocamento do sítio normal do corpo (S. epidermidis – leva a 
bacteremia);
- Indivíduos imunocomprometidos.
4.2.4 – Benefícios da microbiota normal
- Impedir a colonização por patógenos do meio externo e o 
possível desenvolvimento de doença por meio de interferência 
bacteriana.
Distribuição da Flora Normal
4.2.5 – M.R.S.A
A sigla MRSA que dizer Staphylococcus Aureus Resistente à 
Meticilina.
A meticilina é um antibiótico da família das penicilinas. O MRSA é 
portanto, um Staphylococus resistente ao tratamento convencional 
através das penicilinas. 
Transmissão: contato entre pessoas, principalmente através das 
mãos. Isto é um grande problemano meio hospitalar onde os 
profissionais de saúde têm contato com vários doentes no mesmo 
dia, podendo levar o MRSA de um para outro. O simples ato de 
lavar as mãos após examinar os pacientes diminui muito o risco de 
transmissão da bactéria.
O doente com MRSA é colocado em isolamento de contato. 
Pessoas saudáveis não desenvolvem doença se tiverem contato 
com pacientes infectados ou colonizados por MRSA. Mas para o 
doente da cama ao lado, essa contaminação pode ser fatal.
O tratamento :Vancomicina, Linezulida e Teicoplamida. 
4.2.6 – Manejo de Surto de KPC
As enterobactérias são microrganismos que geralmente
habitam a flora intestinal e eventualmente podem causar
infecção em pacientes suscetíveis.
Entende-se por suscetíveis pacientes sob estresse
metabólico como pacientes de Unidades de Terapia Intensiva,
pacientes com doenças crônicas debilitantes, usuários de
drogas imunossupressoras, usuários de dispositivos como
catéteres entre outros.
Em especial, a Klebsiella pneumoniae carbapenemase tem
causado grande preocupação e expectativa mundial. Já foi
identificada em diversos países, levando ao fechamento de
hospitais inteiros em alguns e, recentemente, foi identificada no
Distrito Federal.
Todo paciente acometido (colonizado e/ou infectado) por
enterobactérias produtora de carbapenemase tipo KPC (resistente
a ertapenem e/ou imipenem e/ou meropenem). O paciente
colonizado é aquele que porta o microrganismo na pele e/ou
superfícies mucosas sem nenhum sinal e/ou sintoma de infecção.
O paciente infectado é aquele que desenvolve síndrome
infecciosa de qualquer topografia com verificação do
microrganismo em cultura de líquido estéril (sangue, LCR,
urina, etc) ou em cultura de secreções não estéreis que
preencham critérios qualiquantitavos de infecção (lavado
bronco-alveolar, cultura quantitativa de aspirado traqueal)
segundo os critérios nacionais/ANVISA
PROVIDÊNCIAS INTERNAS:
Todos os pacientes acometidos e contactantes deverão 
permanecer em precauções de contato rigorosas, 
preferencialmente em quartos individuais ou em áreas 
exclusivas, incluindo pacientes que necessitem de cuidados 
intensivos; 
- Precaução de contato rigorosa inclui: material e equipamento 
exclusivos (esfignomanômetro, termômetro, estetoscópio), 
materiais de consumo diário (almotolia de álcool ou clorexidina, 
fraldas, gazes, sondas de aspiração, esparadrapo), avental 
descartável, luvas. 
O uso de máscara e óculos segue as recomendações das 
precauções padrão de acordo com os riscos dos procedimentos;
Realizar banho diário com clorexidina degermante 4% em
todos os pacientes acometidos e contactantes;
Se for da UTI para enfermaria: manter rigorosamente as
precaução de contato e todas as recomendações pertinentes
para o manejo do paciente dentro do hospital. A
IDENTIFICAÇÃO DO CASO DEVE CONSTAR NO
PRONTUÁRIO;
V – Antibioticoterapia
5.1 – Conceito
Antibióticos são substâncias químicas, naturais ou 
sintéticas, que têm a capacidade de impedir a multiplicação 
de bactérias ou de as destruir, sem ter efeitos tóxicos para o 
homem.
5.2 – Resistência 
A resistência aos antibióticos ocorre quando estes perdem a 
capacidade de controlar o crescimento ou morte bacteriana.
Assim, uma bactéria é considerada resistente a determinado 
antibiótico quando continua a multiplicar-se na presença de 
níveis terapêuticos desse antibiótico.
A escolha adequada dos antibióticos depende de vários 
fatores:
- Anamnese e exame clínico para definir o sítio da infecção;
- Culturas;
- Antibiograma;
- Conhecer hipersensibilidades do paciente às drogas 
sugeridas;
- Idade e peso do paciente para o cálculo da dosagem;
- Gravidez, lactação;
- Avaliar a função hepática e renal do paciente, para melhor 
absorção, metabolismo e excreção das drogas prescritas;
- Detectar o sítio da infecção para escolha do agente, dose, 
via de administração.
Os antibióticos são totalmente ineficazes contra os vírus.
Antimicrobiano é um termo genérico que pretende englobar 
todas as substâncias químicas com atividade sobre os 
diferentes microrganismos:
-Antibióticos ou antibacterianos (quando actuam em bactérias); 
- Antivirais - quando actuam em vírus; 
-Antifúngicos (quando actuam em fungos) e 
- Antiparasitários (quando actuam em parasitas).
VI –Sepse e Choque Séptico
6.1- Conceitos
- Sepse é uma síndrome caracterizada por um conjunto de
manifestações graves em todo o organismo. Tem como causa a
infecção, levando a uma Síndrome da Resposta Inflamatória
Sistêmica de causa infecciosa.
- Choque séptico: caracterizado por hipotensão devido à 
vasodilatação periférica generalizada e instabilidade 
hemodinâmica. 
O Coração bombeia o sangue rico em oxigênio 
Através dos vasos sanguíneos para o interior das células
6.2 - Sintomas
- Sepse : Taquicardia (acima de 90 bpm); Febre (acima de 38ºC )
ou Hipotermia (abaixo de 36ºC); Taquipnéia (acima de 20 ipm),
leucocitose, alteração da cosciência, oligúria, acidose
metabólica., hipotensão conforme evolução clínica.
- Choque Séptico: falência de múltiplos órgãos (oligúria, 
dispnéia, confusão mental, hemorragia interna, hipotensão 
severa, acidose metabólica e morte. 
O Choque Séptico, desenvolve um quadro gravíssimo caracterizado 
pela CID (coagulação Intravascular Disseminada) : estado 
inflamatório da coagulação. O organismo reage à CID causando a 
lise dos coágulos, levando à hemorragias.
6.3 – Fatores de risco
- Idade; técnicas invasivas durante internação; imunossupressão; 
infecção hospitalar.
- Bactérias mais associadas ao quadro de sepse: E.coli, Klebsiella 
pneumoniae, Enterobacter sp, Pseudomonas aeruginosa, 
Staphylococcus aureus e Streptococcus pnemoniae.
6.4 - Tratamento
-Manutenção do suporte cardiorrespiratório e metabólico, 
somados ao controle definitivo do foco infeccioso. 
- A reposição volêmica deve ser prioritária, agressiva, e rápida. -
- Deve-se instalar um cateter de PVC. 
- Hemotrasfusão pode ser necessária para elevar o conteúdo 
arterial de oxigênio.
Monitorização de um paciente em estado de Choque
-Drogas utilizadas: 
• Dopamina (elevar a PA sistólica); 
• Noradrenalina (efeito vasoconstritor), 
• Bicarbonato de sódio (tratamento da acidose metabólica). 
- O suporte nutricional é parte fundamental do tratamento. 
Dependendo das condições, utiliza-se a via enteral ou parenteral.
Dieta EnteralNPT

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