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1 Direito Ambiental Bibliografia: Luís Paulo Servinskas, Manual de direito Ambiental Edis Milaré, Direito do Ambiente Paulo de Bessa Antunes, (Não foi informado o nome da obra) “Direito Ambiental” Celso Antônio Pacheco Fiorino, Curso de Direito Ambiental Plano de Aula: 1.1 Surgimento do Direito Ambiental; 1.2 Conceito de Direito Ambiental; 1.3 Bem ambiental; 1.4 Princípios; 2.1 CF/88 (Art. 225); Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações. 2.2 Competência Ambiental; 2.3 MP (Art. 129, III, CF): Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; “O ministério público é obrigado pela CF a cuidar do meio ambiente, assim como também está encarregado de todos os direitos difusos e coletivos. ” 3. Meio Ambiente natural - Agua - Flora - Fauna - Ar - Solo 4. Meio Ambiente Artificial 2 4.1 Noções gerais 4.2 Política de desenvolvimento urbano 5. Meio Ambiente histórico, cultural e do trabalho Surgimento do Direito Ambiental A origem do Direito Ambiental no brasil se percebe a partir da Constituição Federal de 1969, que com influência sobre a noção de escassez que surgira na década de 60, apresentou a noção de função agraria da terra como função social, marco inicial para as discussões sobre reforma agraria. A noção mencionada sobre escassez se dá pelo visível crescimento populacional percebido na década de 60 Anterior a esta constituição de 1969, a noção de meio de meio ambiente era normalizada somente como a de um patrimônio público, cultural e histórico a ser preservado. Em 1981 uma norma infraconstitucional, a lei 6.938/81 – Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (L.P.N.M.A) – se tornou o parâmetro percursor do Direito Ambiental para a Constituição Federal de 1988, pois esta estabeleceu diretrizes, instrumentos e conceitos gerais acerca do Meio Ambiente como um todo, não apenas como a intenção de proteger o Meio Ambiente, mas também para proteger o indivíduo que nele vive. A CF/88 trouxe um capitulo próprio para a causa, o Art. 225, estabelecendo regras para a interação com o Meio Ambiente, tanto que recepcionou a lei 6.938/81 (L.P.N.M.A) e a concedeu status constitucional. Os Arts. 21 a 24 versam em alguns de seus incisos sobre a competência do Direito Ambiental. Em 1992, ocorreu a RIO 92 (pois ocorreu no Rio de janeiro no mesmo ano), conferência internacional que reuniu mais de 200 países para discutir sobre maneiras de proteger o Meio Ambiente, visando o Desenvolvimento Sustentável. Desta conferencia surgiu a Agenda 21, um compendio de “leis” (não normalizadas) e diretrizes que os países participantes deveriam seguir para preservar o meio ambiente para o milênio que estava por vir (século XXI). A primeira, logo a percursora destes tipos de conferencias acerca do Meio Ambiente foi a de Estocolmo em 1972 Em 1997 ocorreu o Protocolo de Kyoto (pois ocorreu em Kyoto no Japão) que criou metas de redução de poluição nas emissões de gases poluentes, contudo, diferente da agenda 21, esta teve o caráter como o nome já sugere, de protocolo, e que, portanto, aqueles que o assinassem deveriam segui-lo rigorosamente mediante a sanções. Conceito de Direito Ambiental 3 Conceito expresso na Lei 6.938/81 (L.P.N.M.A) Art. 3, I: Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; Bem Ambiental O Art. 225 da CF prescreve o conceito de bem ambiental em seu capitulo VI, Do Meio Ambiente, in verbis: Art. 225. - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações. Nota-se, pois, que a CF de 1988 prescreveu, para além da tutela dos direitos individuais, a dos direitos coletivos, contemplando uma espécie sui generis de bem: o bem ambiental (considerado per se). Nesse sentido, Édis Milaré pondera: “... o meio ambiente deixa de ser considerado um bem jurídico per accidens (casual, por uma razão extrínseca) e é elevado à categoria de bem jurídico per se, vale dizer, dotado de um valor intrínseco e com autonomia em relação a outros bens protegidos pela ordem jurídica...”. Em decorrência disso, a Lei n.8.078/90, ao definir os direitos metaindividuais/transidividuais, legalmente instituiu os direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos. Frisa-se, então, que o bem ambiental é um bem de uso comum do povo, que pode ser usufruído por toda e qualquer pessoa dentro dos limites constitucionais. Além disso, é considerado um bem fundamental à preservação do ambiente ecologicamente equilibrado como propiciador da qualidade de vida do cidadão. Em outras palavras é possível dizer que o bem ambiental, prescrito na CF, resulta da composição dessas duas expressões legais, quais sejam “bem de uso comum do povo” e “essencial à sadia qualidade de vida”. Com isso, estabelece-se que um bem de uso comum do povo só se transforma em bem ambiental se e quando desfrutado por toda e qualquer pessoa, visando à saúde e o bem-estar dela, objetivando, ainda, a manutenção de um ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações. Importante registrar que, por força da aplicação da Lei n° 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública), garante-se a defesa dos direitos metaindividuais, que poderá ser exercida coletivamente, sempre que houver lesão ou ameaça à qualquer bem vinculado a qualquer uma das espécies de meio ambiente. 4 Princípios Princípio do Direito Humano Fundamental É aquele que estabelece a pessoa humana como centro das preocupações interligadas à proteção ambiental. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações. • Meio Ambiente ecologicamente equilibrado voltado à sadia qualidade de vida do ser humano; • Visão Antropocentrista. Princípio 1 (conferencia de Estocolmo – 1972) “Aos seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável. Tem Direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com o meio ambiente” Princípio do Direito ao desenvolvimento O sucesso na preservação do ambiente é resultado da melhor distribuição de renda somado a uma política de conscientização individual Sucesso = Distribuição mais justa de renda + Desenvolvimento da consciência individual Princípio do Desenvolvimento Sustentável Sustentável (usar o mínimo de recursos) – Sustentabilidade (não usar mais nenhum recurso) É aquele que viabiliza a proteção ao meio ambiente face o desenvolvimento socioeconômico. Concilia a qualidadede vida do homem com a utilização racional dos recursos naturais. Desenvolvimento econômico 5 Desenvolvimento Planejado Respeito às gerações futuras Utilização Racional dos componentes ambientais • Limita a exploração desenfreada; • É a base para um regime capitalista condicionado • Consubstancia-se como Princípio da natureza social (Art. 225 CF) e econômica (Art.170, VI CF) Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; Art. 2° e 4°, I da Lei 6.938/81 - Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (L.P.N.M.A) Art. 2. - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: Art. 4. - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; Princípio democrático de (Participação / Cooperação / Compartilhamento / Oportunidade para participação publica) É aquele que assegura ao cidadão a possibilidade de agir em conjunto com o poder público em prol do M.A. (Base Constitucional – Art. 225 – “Impondo-se ao Poder Público e à coletividade”) Plebiscito (art.14, I CF) Legislativa Referendo (art.14, II CF) 6 Princípio da Prevenção (status constitucional – Art.225, §1°, IV e V CF) Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: IV - Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V - Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; Prevenção – “Tem como escopo evitar a ocorrência dos danos irreversíveis cientificamente comprovados” • Há prova cientifica da sua ameaça. (AIA – Medidas necessárias) o Prevenção: ‘Mais vale prevenir do que remediar’. Iniciativa popular (art.14, III CF) Administrativa Direito a informação (art. 5, XXXIII CF) Direito a petição (art. 5, XXXIV, “a” CF) Ação Civil Pública (art.129, III CF) Processual Ação Popular (art. 5, LXXIII CF) Mandado de Segurança Coletivo (art. 5, LXX CF) Social Educação Ambiental (Lei n° 9.795/99) 7 Princípio da Precaução (status infraconstitucional – Principio 15 da Agenda 21 e Art. 1° da Lei n° 11.105/05) Princípio 15 da Rio/92 – “De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza cientifica não deve ser utilizada como a razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental.” Art. 1°. Lei 11.105/05: Esta Lei estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente. Precaução – Tem como escopo evitar a ocorrência dos danos irreversíveis, NÃO comprovados cientificamente • Não há prova cientifica da sua ameaça. o Precaução: ‘Beneficio pela dúvida’ o É espécie de princípio ‘in dubio pro ambiente’ (J.J. Gomes Canotilho) Prevenção Precaução O risco é certo O dano é certo Há comprovação cientifica O risco é incerto O dano é hipotético (risco de dano) Não há comprovação cientifica Tem como premissa: a) Os danos ambientais são irreversíveis. Por exemplo: recuperar espécie extinta; b) A dúvida sobre a natureza nociva de uma substancia não deve ser interpretada como se não houvesse risco. Correntes doutrinarias: a) São princípios diferentes (Paulo Affonso Leme Machado, Marcelo Abelha). b) Não há distinção entre os princípios (Celso Fiorillo, Édis Mirlaré). 8 c) A precaução está inserida dentro da prevenção e ambos fazem parte da prudência (Teresa Ancona Lopes). Princípio do Equilíbrio Reflete: Prevenção Desenvolvimento sustentável Para haver equilíbrio devem ser pesadas as consequências de uma intervenção no meio ambiente, pois o ambiente precisa de tempo para se autorregenerar. Versão ambiental do exame de custo / benefício Art. 4°, VI Lei 6.938/81 Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; Princípio do Limite Art. 225. § 1º, V, CF: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: V - Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; • O poder Público deve impor limites ás atividades que potencialmente podem causar danos. • Instituição de padrões de qualidade ambiental – Art.4, III e Art. 9, I da lei 6.938/81 Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; Art. 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; Princípio da responsabilidade 9 O princípio da responsabilidade preconiza que o poluidor deverá responder por suas ações ou omissões em prejuízo do meio ambiente, ficandosujeito a sanções cíveis, penais ou administrativas, (Art. 225, §3° da CF/88) Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Princípio do Poluidor-pagador/ “Responsabilidade” O poluidor (Art. 3°, VI Lei 6.938/81) deverá arcar com o prejuízo causado ao meio ambiente da forma mais ampla possível. (Art. 4°, VII Lei 6.938/81) Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: IV - Poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. Poluidor pagador Alcance: • Preventivo – deve suportar os custos das medidas acauteladoras (custos de descarte) • Repressivo – reparação dos danos (in natura; obrigação de não fazer; obrigação de fazer e obrigação de dar) Art. 225, caput CF Art. 225, § 3° CF Princípio do Usuário-pagador Prescreve que os preços devem incluir todos os custos sociais decorrentes do uso dos recursos naturais, vez que a exploração pode levar ao esgotamento deles (Art. 4°, VII Lei 6.938/81). Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: 10 VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. “Á imposição ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos” Ex.: Tem aplicação na Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos – Lei n° 9.433/97 - Assegurar o controle dos usos da água, incentivando a racionalização. Princípio da Ubiquidade Ubiquidade Do latim ubiquu, que significa: Aquilo que está em toda parte. • Visão holística (leva em conta o ambiente como um todo interligado • Aplicação da Teoria dos Sistemas. Eis o espirito desse princípio: o Estado, como legitimo representante do povo, deve ou deveria estar presente, orientar, presidir, participar de toda e qualquer ação que envolva aspectos ambientais, ou seja, tudo que se pretender fazer, criar ou desenvolver, deve antes passar por uma consulta ambiental, enfim, para se saber se há alguma possibilidade de que o meio seja degradado. Princípio da Solidariedade Transgeracional / Intergeragional Art. 225 CF (final) “Consiste na solidariedade entre as gerações futuras e presentes no sentido de preservar o meio ambiente, atuando de forma sustentável a fim de que as próximas gerações possam continuar usufruindo de nossos recursos naturais. ” Princípio da função socioambiental da propriedade Quarteto Constitucional Art. 5°, XXIII – Função social da propriedade (Dir. Fundamental). Art. 170, III – Função social da propriedade (Princípio da ordem econômica). Art. 182 – Função social da cidade. Art. 186 – Função social da propriedade rural. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 11 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: III - função social da propriedade; Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - Aproveitamento racional e adequado; II - Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - Observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. “A propriedade privada tem uma função social, porque a seu proprietário incumbe o direito de propriedade não apenas em seu próprio e exclusivo interesse, mas em benefício de todos, da coletividade e, portanto, não há como falar em direito de propriedade sem considerar sua função social. ” Tutela Constitucional do meio Ambiente Dispositivos Fundamentais Art. 1°, III CF – dignidade da pessoa humana Art. 5°, caput CF – garantia da inviolabilidade do direito à vida Art. 225, caput CF – meio ambiente essencial à sadia qualidade de vida e como direito de todos (difuso) 12 Espécies Meio ambiente físico ou natural: • Solo • Ar • Agua • Fauna • Flora Art.225, caput e §1°, I, II, III, IV, e VII CF Meio ambiente artificial ou urbano: • Espaço urbano fechado (edificações) Arts. 5°, XXIII e 170, III CF • Espaço urbano aberto (equipamentos públicos) Arts. 182 e 186 CF Meio ambiente cultural: Art.216 CF Meio Ambiente do Trabalho: Art.200, VIII, CF Destinatários Art. 225, caput CF: “Todos” (Pessoa humana – Art.5° CF) Art. 3°, I da Lei n. 6.938/81: “A vida em todas as suas formas” Antropocentrismo X Biocentrismo Competências Material (Administrativa / Executiva): Cabe ao Poder Executivo, diz respeito a implementação das normas ambientais, assim como a faculdade para atuar por meio do Poder de Polícia. Busca- se a aplicação da lei para a proteção do meio ambiente Legislativa: Babe ao Poder Legislativo, diz respeito ao Poder Legiferante. Busca-se editar leis (espécies normativas) a respeito de temas ligados ao meio ambiente. A competência é concorrente e suplementar Art. 21, CF (Material): Art. 21. Compete à União: IX - Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 13 b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) osportos marítimos, fluviais e lacustres; XV - Organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX - Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. Art. 22, CF (Legislativa) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 14 II - Desapropriação; IV - águas, energia, informática, telecomunicações E radiodifusão; IX - Diretrizes da política nacional de transportes; X - Regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIV - populações indígenas; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; Art. 23, CF (Material) Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; VI - Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 15 Art. 24, CF (Legislativa) Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; VI - Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; Quem pode legislar em matéria nuclear? A União, assim como os Estados mediante lei complementar, como previsto no Art.22 § único, CF: Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Como é exercida a competência comum? ‘Comumente exercida’. Em regime de cooperação para soluções administrativas Como é exercida a competência concorrente? Em regime de hierarquia legislativa (art.24, §§). § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. O município pode legislar em matéria ambiental? Sim. Art.30, I, CF: Art. 30. Compete aos Municípios: I - Legislar sobre assuntos de interesse local; 16 Função Ministerial • Art. 127, CF O ministério público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. • Art. 128, CF MPU (MP Federal, MP Trabalho, MP Militar, MP/DF) e MPE. • Art. 129, III, CF Função institucional do MP (promover inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros difusos e coletivos 17 Respostas: 1) “a)” - Lei complementar 140 2) “d)” - Art.24 CF 3) “d)” - §2° Art. 24 CF 4) “c)” 5) “d)” - Estado não tem competência privativa 6) “c)” – Art. 24 CF “Com”bate a poluição = “com” “com”um Art. 23 CF “Con”trole a poluição = “con” “con”corrente Art.24 CF 7) “b)” Meio Ambiente Natural: Elementos recursos Naturais Interação Holística (autopoliese): Interdependência dos sistemas naturais (visão geral) – Biosfera Proposito de DA: Ser responsável manutenção e funcionamento destas interações, mantendo-as em um equilíbrio continuo. Elementos Abióticos: Ar, agua e solo Elementos Bióticos: Fauna e Flora Ar: Ar atmosférico é o recurso natural ligado a respiração, fotossíntese e demais processos e fenômenos climáticos meteorológicos. Contamina-se, assim como regenera-se de maneira rápida Padronização Saúde humana – padrão primário Efeitos decorrentes da poluição: Saúde humana: implicam no prejuízo a saúde no seu aspecto físico social e econômico. SO2(dióxido de enxofre) e MP(material particulado) = doença respiratória CO(monóxido de carbono) e NO2(dióxido de nitrogênio) = redução da oxigenação do corpo humanosequelas Benzeno e HC (hidrocarboneto) = Leucemia leucopenia Patrimônio: Natural: planta; animal; e ecossistema 18 Fisico (Corrosões): bens corpóreos, construções, maquinários Cultural e paisagístico: estatuas, monumentos, paisagem Quanto as fontes: Moveis veículos automóveis a base de combustão Estacionarias: Industrias, refinarias, petroquímicas, siderúrgicas e etc.Rural agroindústria ou do agronegócio, indústria açucareira, alcoólica ex: queima da palha da Cana de açúcar Proteção Constitucional Combate à poluição – comum legislativa Art. 22 CF Proteção do meio ambiente Controle da poluição – concorrente legislativa Art. 24 CF. Agua Art. 21, XIX CF: Art. 21. Compete à União: XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; LPNHR – 9.433/97 (Lei de Política Nacional de Recursos Hídricos) Direito ambiental P2 Solo É o recurso que dá suporte a vida: (fauna, flora e ser humano) que dele necessita para viver e produzir (os seus bióticos) o ser humano por meio do solo produz. Ele depende do Solo ( o espaço humano se baseia no solo) Recurso natural (solo) grânulos Partículas Entre as partículas existem espaços ocupados por agua e gases permitindo uma atividade antrópica – vida subterrânea (fungo, bactéria e protozoário) Levando em conta as alterações do solo em seu aspecto animal, vegetal e mineral é possível notar a degradação: poluição do solo Solo espaço espacial: nesta forma o solo server ás atividades humanas como forma de uso e conservação implicando nas alterações que decorrem dos fatores sociais 19 Exemplo: Implementação de Rodo Anel, corte de floresta natural para o plantio de florestas industriais. Tutela da vegetação na proteção do solo: forma de proteger a vegetação (a Vegetação para proteção do solo Art. 4° Código Florestal (APP – Área de preservação permanente) Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: I - As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; II - As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; IV - As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros V - As encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; VI - As restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; VII - os manguezais, em toda a sua extensão; VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; 20 IX - No topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; X - As áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação; XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado § 1o Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água naturais § 4o Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista nos incisos II e III do caput, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do órgão ambiental competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. § 5o É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que trata o inciso V do art. 3o desta Lei, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no período de vazante dos rios ou lagos, desde que não implique supressão de novas áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da água e do solo e seja protegida a fauna silvestre. § 6o Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas áreas de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que: I - Sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente; II - Esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recursos hídricos; III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente; IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR. V - não implique novas supressões de vegetação nativa Erosões (a chuva cria “cânions”) desmoronamento de encostas, arrazoamento de rios (dispersão de partículas do sole que podem reduzir o rio, em através de suas margens ou por sua profundidade) Duna: Forma geológica, sua vegetação a sustenta Solo Urbano 21 Lei de zoneamento diferentes usos da Lei 6.803/80 Poluição do solo por resíduos sólidos: Descarga de materiais sólidos provenientes de operações industriais, comerciais, agrícolas e de qualquer outra atividade da comunidade Varrição de logradouros públicos: Animais mortos, entulhos, porta de bueiro, etc. Lixo industrial: depende do tipo de indústria, precisa ser destinado de forma adequada Formas ambientalmente adequadas de destinação de resíduos sólidos: Aterro, coleta seletiva, incineração, compostagem
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