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Economia Institucional I 2013- Aula 15

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Economia Institucional I 
Bibliografia: 
 Fiani (2011), cap.7; Olson (1965), cap. 1. 
 
Aula 15: 
Rent seeking, escolha pública 
e coalizões para a ação 
coletiva. 
 
 
 
1 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
Os autores 
• A teoria da Busca da Renda foi essencialmente 
desenvolvida por James M. Buchanan (1919-2013) e 
Gordon Tullock (n. 1922). Ambos trabalhavam na 
Universidade George Mason, em Fairfax, VA, EUA. 
 
• O estudo da lógica da ação coletiva foi desenvolvido 
por Mancur Olson (1932-1998), professor da 
Universidade de Maryland em College Park. 
 
2 Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
A) A teoria da busca da renda 
1) Introdução 
2) A visão negativa do Estado: a Teoria da Busca 
de Renda (Rent Seeking) 
3) Deficiências da Teoria da Busca da Renda 
 
 
3 Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
1. Introdução - I 
● Fiani encontra-se interessado em aprofundar as bases teóricas do 
papel institucional do Estado no sistema econômico e no 
desenvolvimento. 
A expressão “papel institucional” pode se referir ao papel do Estado na 
constituição dos arranjos institucionais (as estruturas de governança) 
necessários ao bom funcionamento da economia, reduzindo conflitos e 
promovendo a cooperação, de forma a diminuir os custos de transação 
(Pág. 154) 
● A complicação que ele encontra na teoria econômica é uma 
generalizada perspectiva negativa quanto ao papel do Estado 
(qualquer atuação do Estado na economia é percebida como 
sendo essencialmente prejudicial para o bom funcionamento do 
sistema econômico). 
● Dessa abordagem resulta uma rígida fronteira epistêmica onde o 
interesse exclusivo dos economistas seria o estudo dos sistemas 
econômicos - em torno da noção simplista de “mercados” - e dos 
agentes privados. 4 Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
1. Introdução - II 
● Os autores institucionalistas (tanto da NEI quanto da EIO) são 
críticos das abordagens simplistas: 
● Consideram que e muito frágil teoricamente a ideia de uma 
sociedade com sua atividade econômica articulada única e 
exclusivamente por meio de mercados (ainda que esses 
mercados sejam todos de competência perfeita) 
● Reconhecem que o Estado tem um papel importante na 
própria constituição do sistema econômico e não apenas na 
determinação do nível da renda e emprego 
● A Teoria da Busca da Renda pode se considerar como o primeiro 
esforço teórico consistente para tratar do papel institucional do 
Estado na economia, ainda que de um ponto de vista totalmente 
negativo 
5 Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
2. Teoria de Busca de Renda (Rent Seeking) - I 
PRESSUPOSTOS: 
1) O sistema econômico sem intervenção do estado é de 
concorrência perfeita (ou funciona como se assim fosse). 
2) Nesse sistema, os agentes são movidos pela procura de 
lucros, que podem surgir a partir de sua atividade nos 
mercados (e que são eliminados no Longo Prazo) 
3) Os agentes também podem procurar rendas, que são 
ganhos que excedem os lucros obtidos na competição 
no mercado (em geral originados por monopólios, ou 
por controle de fatores não reprodutíveis). 
 
6 Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
2. Teoria de Busca de Renda (Rent Seeking) - II 
● Tema Central: estuda a busca, por parte de agentes 
privados, de rendas por meio de privilégios que os 
protejam da competição no mercado, privilégios 
estes concedidos pelo Estado. 
● AGENTES PRIVADOS: demandariam do Estado 
regras e regulamentação contra a concorrência 
no mercado. 
● AGENTES ESTATAIS: fazem uso de sua capacidade 
de regulação exclusivamente para atingir seus 
interesses individuais. 
7 Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
2. Teoria de Busca de Renda (Rent Seeking) - III 
● Gera-se assim um mercado em torno da capacidade 
regulatória do estado. 
● Os agentes privados investiriam recursos produtivos visando 
conquistar os favores dos parlamentares, ou de servidores públicos 
(lobbies, corrupção), ou para impedir que esses privilégios sejam 
obtidos por outro agentes. 
● Esse gasto reduziria a disponibilidade de recursos reais para a 
produção, reduzindo o bem-estar social total. 
“... recursos escassos passariam a ser crescentemente consumidos na 
busca pelos favores do Estado para capturar essas rendas, em vez de 
competir no mercado. Isso resultaria em desperdício crescente para a 
sociedade, mas os gastos na captura de rendas seriam, nesse contexto 
institucional de intervenção do Estado, perfeitamente racionais” (Fiani, 
p.159-60) 
 
8 Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
2. Teoria de Busca de Renda (Rent Seeking) - IV 
• Qualquer afirmação de que o Estado atua para garantir o 
bem público, ou para promover o desenvolvimento parece 
irremediavelmente ingênua, pois os funcionários do Estado 
teriam como objetivo apenas garantir seus interesses 
individuais. 
• Não faz sentido, nesta teoria, pensar que o Estado atua 
coletivamente. 
“A atividade de busca de renda está diretamente relacionada 
ao escopo e amplitude da atividade governamental na 
economia, [e] ao tamanho relativo do setor público” 
(Buchanan) 
9 Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
2. Teoria de Busca de Renda (Rent Seeking) - V 
● O estado não diferiria muito de um mercado; no 
estado haveria indivíduos prontos a ofertar 
privilégios e monopólios, assim como no mercado 
há indivíduos prontos a ofertar bens e serviços → 
“mercado político” onde agentes privados negociam 
com políticos e burocratas. 
● Neste sentido o estado não tem unidade, não é uma 
organização coletiva (organizada) com interesses 
próprios. 
10 Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
3.Deficiências da Teoria de Busca da Renda - I 
1) Os problemas da hipótese implícita dos mercados eficientes 
● Partindo das análises empíricas e da economia institucionalista, não há 
razão para supor que uma economia organizada apenas por meio de 
mercados competitivos seja um modelo teórico adequado de um 
sistema econômico moderno. Em qualquer sistema econômico há uma 
combinação de mercados e de outros arranjos institucionais 
organizando o funcionamento do sistema. 
● O Teorema do Segundo Melhor nos diz que nada garante que uma 
diminuição no número de imperfeições aproxima a economia de uma 
situação eficiente; ao contrario, na presença dessas falhas, uma nova 
“distorção” pode resultar em uma situação de melhora no bem-estar. 
 
 
 
11 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
2) O problema dos direitos de propriedade 
● O estado tem economias de escala em sua função de 
determinar os direitos de propriedade e de troca, 
reduzindo os custos de transação (o estado define os 
direitos de propriedade sobre os bens) 
● Não se trata, assim, de um sistema econômico em que os 
direitos de propriedade sobre a totalidade dos ativos 
estejam dados a priori, senão ex-post à intervenção do 
estado. 
● Ao defender que o Estado não faça mais intervenções, a 
TBR pode contribuir para a cristalização da estrutura de 
direitos que já existe, sem considerar sua adequação. 
 
3.Deficiências da Teoria de Busca da Renda - II 
12 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
3) O problema para explicar a ação coletiva dos 
Estados 
● Como explicar a ação coletiva do Estado se, no seu 
interior, cada indivíduo busca única e exclusivamente 
seus interesses pessoais? 
● As análises ortodoxas em general não têm muito a dizer 
acerca da estrutura organizacional do Estado. 
● Os estudos empíricos demonstram que modificações na 
estrutura e conformação dos órgãos públicos diminuem 
ou aumentam a capacidade dos agentes privados de 
extrair favores do Estado. 
 
3.Deficiências da Teoria de Busca da Renda - III 
13 Aula 15 - Rentseeking e ação 
coletiva 
4) O problema para explicar as diferenças nas intervenções dos Estados 
para a promoção do desenvolvimento 
● A TBR tem uma visão ahistórica do papel dos Estados, partindo da 
perspectiva de que eles se comportariam da mesma maneira 
nociva em relação ao desenvolvimento, independentemente das 
circunstâncias históricas ou das características de suas sociedades. 
● A economia institucional critica esta perspectiva destacando os 
contextos institucionais relevantes tanto para compreender as 
ações do Estado quanto suas consequências. 
● Por outro lado, na TBR a busca de renda é o único fator a explicar 
a intervenção do Estado, deixando de lados os casos 
(documentados) onde o Estado buscou deliberadamente intervir 
na economia de forma a promover o desenvolvimento. 
 
3.Deficiências da Teoria de Busca da Renda - IV 
14 Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
B) A lógica da ação coletiva - Olson 
1- Introdução e objeto de estudo 
2 – Teoria tradicional dos grupos 
3 – Grupos pequenos e seu funcionamento 
4 – Grupos excludentes e includentes 
5 - Classificação dos grupos por tamanho e 
eficiência 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
15 
1.Introdução e objeto de estudo - I 
● Olson parte da afirmação de que as organizações se definem a partir 
dos interesses coletivos que procuram conseguir (à diferença dos 
interesses individuais, procurados através da ação individual) 
● Bem comum, público ou coletivo: é aquele que, se uma pessoa Xi - 
que forma parte de um grupo (X1,...,Xi,...,Xn) - o consumir, não poderá 
ser negado aos outros membros do grupo. 
● Se diversos indivíduos têm um interesse em comum, muitas vezes 
eles não conseguirão atingi-lo através de ações individuais 
desorganizadas. 
● Se conseguissem, não precisariam do grupo. Ninguém se organiza para jogar 
paciência. 
● Isto não impede que os indivíduos possam tentar utilizar as organizações para 
atingir interesses exclusivamente individuais. 
 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
16 
1.Introdução e objeto de estudo - II 
“Assim como se pode supor que aqueles que pertencem a uma 
organização ou grupo têm um interesse comum, obviamente 
eles têm também interesses puramente individuais, diferentes 
daqueles dos outros membros” (pág. 8). 
● Como pode existir a ação coletiva nesse contexto? 
● Quando é racional para os indivíduos integrarem grupos? 
● Existem diferenças entre os grupos, ou pode-se supor que 
eles são todos (grupos voluntários e não-voluntários, grandes 
e pequenos, econômicos, culturais e políticos) iguais? 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
17 
2. Teoria tradicional dos grupos - I 
A teoria tradicional dos grupos tem duas vertentes 
● Teorias informais: destacam o caráter ubíquo das organizações e a 
natureza ou instinto do homem para se agrupar (Aristóteles, 
Mosca, Simmel, etc.). 
● Teorias formais: falam da organização e a conformação de grupos 
como um caráter evolutivo da civilização ao longo da historia 
(Parsons e McIver). Inicialmente as pessoas só atuariam 
coletivamente em termos de família, clã, etc., mas com a evolução 
da sociedade outros são os grupos que canalizam a ação coletiva. 
● “É característico da teoria tradicional em todas suas vertentes afirmar 
que a participação nas associações voluntarias é praticamente universal, 
e que tanto os grupos pequenos como as grandes organizações tendem 
a atrair membros pelas mesmas razões” (Pág. 20) 
 
 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
18 
2. Teoria tradicional dos grupos - II 
● Pode existir uma predisposição natural para a ação organizada? 
Olson não acredita nisso. 
● Segundo ele, a teoria sugere que as pessoas espontaneamente 
se agruparão num grupo pequeno quando é preciso, num 
grande quando ele é melhor. Assume que grupos grandes e 
pequenos diferem em tamanho, mas não em tipo. 
“Essa teoria tradicional é questionada pelos estudos empíricos que 
demonstram que a pessoa média, de fato, tipicamente não pertence a 
grandes associações voluntarias (....) Vale a pena, portanto, a pergunta 
sobre se é correto dizer que não existe relação entre o tamanho do grupo 
e sua coerência, sua eficiência e seu atrativo para os membros potenciais, 
bem como sobre se existe alguma relação entre o tamanho do grupo e os 
incentivos individuais para contribuir para alcançar suas metas” (Págs. 
20-21) 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
19 
3. Grupos pequenos e seu funcionamento - I 
● Alguns grupos pequenos podem fornecer o bem 
coletivo sem recorrer à coerção. 
● Muitas vezes há um custo alto para alcançar (a primeira 
unidade d)o bem coletivo. 
● Para isso, o ganho pessoal do bem coletivo para os 
indivíduos deve ser maior que o custo pessoal para 
conseguir esse bem. 
● Em alguns casos, o bem coletivo é tão importante para 
alguns membros que eles estariam dispostos a bancar todo 
o esforço do fornecimento. Por isso, quanto menor o 
grupo, e quanto mais desigual, maiores as chances de que 
o bem seja fornecido. 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
20 
3. Grupos pequenos e seu funcionamento - II 
● Duas características se verificam na ação dos 
pequenos grupos: 
● Subotimalidade: existe uma tendência à provisão 
menos do que ótima dos bens comuns. A 
subotimalidade será mais grave quanto menor for a 
participação relativa da pessoa com a maior 
participação no grupo. 
● Exploração sistêmica: o membro que tiver a maior 
participação relativa suportará uma parte 
desproporcional do ônus. 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
21 
3. Grupos pequenos e seu funcionamento - III 
“... o ponto fundamental a respeito dos grupos 
pequenos é que eles podem muito bem serem capazes 
de fornecer um bem coletivo devido simplesmente ao 
atrativo que esse bem tem para os membros 
individuais (...) Enquanto maior for um grupo, mais 
longe estará de fornecer uma quantidade ótima de um 
bem comum, e menos provável será que atue para 
obter sequer uma quantia mínima desse bem. Em 
suma, quanto maior for o grupo, ele favorecerá menos 
seus interesses comuns” (pág. 36) 
 
 
Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
22 
4. Grupos excludentes e includentes - I 
• Há alguns grupos nos mercados, considerados 
excludentes, cujos membros prefeririam que o número de 
integrantes diminuísse (ex.: indústrias oligopólicas). Os 
participantes são rivais entre si. 
• Para que o grupo funcione, deve ter 100% de participação. 
• Nos grupos fora do mercado que procuram um bem 
coletivo, ou includentes, quanto mais membros aceitem 
dividir os custos será melhor (inclusive, se possível, eles 
tentarão tornar a afiliação compulsória). 
• Neste caso, o bem comum do primeiro grupo (p.ex., um preço 
alto) tem oferta fixa; se entrarem mais firmas o preço vai cair. O 
do segundo não (um lobby para salvar as baleias será mais forte 
quanto mais membros tiver). 
 Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
23 
4. Grupos excludentes e includentes - II 
 
Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
24 
Ação coletiva em situação 
de mercado 
Ação coletiva fora do 
mercado 
 
Tipo de bem que se procura Bem coletivo excludente Bem coletivo includente 
 
Regímen de entrada e saída 
do grupo 
Grupo excludente Grupo includente 
 
 
Relações entre os membros Rivalidade e concorrência Relações de inclusividade e 
aceitação 
 
Incentivos implicados na 
ativação da participação 
Incentivos particulares Incentivos coletivos (e 
seletivos) 
4. Grupos excludentes e includentes - III 
• Mesmo nos grupos includentes, há uma diferença 
dada pelo tamanho. 
• Nos grupos pequenos, os participantes podem notar 
se alguém não está “fazendo suaparte” (grande 
aumento dos custos), e podem deixar de colaborar se 
alguém se omite, o que acaba prejudicando até quem 
se omitiu. 
• Mas, em um grupo grande no qual a omissão de um 
membro não eleva perceptivelmente os custos de 
cada um, todo mundo tende a se omitir exceto se há 
coerção. 
 
 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
25 
4. Grupos excludentes e includentes - IV 
● Além dos custos de conseguir o bem coletivo, 
existem custos de organizar o grupo, custos que 
devem ser levados em consideração. 
● Os custos de organizar a ação coletiva são uma 
função crescente do número de indivíduos no grupo. 
● Os custos totais crescem, mas não necessariamente os 
per capita. 
● Há um nível mínimo de organização que implica 
num volume mínimo de custos de organização que 
podem ser significativos. Quanto maiores estes 
custos, mais difícil que o bem coletivo seja 
fornecido. 
 
Aula 15 - Rent seeking e ação coletiva 
 
26 
5. Classificação dos grupos por tamanho e eficiência 
● 1) Grupo privilegiado 
● Muito pequeno 
● Presença de um take it all (seja um subgrupo ou uma pessoa) 
● 2) Grupo intermediário ou oligopólico 
● Nenhum membro bancaria tudo sozinho (sem take it all) 
● Os outros percebem quando alguém se omite 
● Precisa um mínimo de organização 
● 3) Grupo latente 
● Grupo muito grande 
● Só funciona com coerção ou com “incentivos seletivos”, ou seja, se 
alguns membros do grupo (os organizadores) recebem algo além do bem 
coletivo. 
● Nesse caso, passa a ser um “grupo latente mobilizado”. 
Aula 15 - Rent seeking e ação 
coletiva 
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