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DIREITO CIVIL/ DIREITO DE FAMÍLIA

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Introdução ao Direito das Famílias
1.Breve perspectiva histórica e evolução; 
2.Concepções; 
3.Noção e conteúdo; 
4.Natureza Jurídica; 
5.Perspectiva constitucional; 
6.Princípios constitucionais do Direito das Famílias
O que entendemos por família?
Célula mater da sociedade;
Núcleo fundamental;
Casamento;
Parentalidade;
Filiação;
Fraternidade;
Vínculo;
Solidariedade;
AFETIVIDADE
A família está em crise?
Qual é o papel da família?
1. Breve perspectiva histórica
Antiguidade:
Convivência. Bandos se agrupavam visando a manutenção da vida. Inexistência de laços socioafetivos.
Roma:
Unidade econômica, política, militar e religiosa;
Cristianismo:
Família é aquela decorrente do casamento. Inexiste família fora do matrimônio. Forte influência da Igreja sobre o Estado.
Século XIX:
Casamento como mecanismo político de aliança entre grupos.
Século XX:
Prioridade da família “legítima”, porém com viés mais subjetivo, buscando um projeto de felicidade; casamento por amor.
COMO ERA (CC/16)
COMO FICOU (CC/02)
Famílialegítima: só com casamento
Pluralidade de formas de família
Hierarquiaentre cônjuges (homem superior à mulher)
Igualdade entre cônjuges/companheiros
Diferença entre filhos biológicos e adotivos
Isonomia entre filhos
Casamento indissolúvel*
Casamentodissolúvel (divórcio)
Concubinato ilegal (puro e impuro)
União estável (heteroehomoafetiva)
Família numerosae patriarcal
Família nuclear
Excessiva valorização do vínculo biológico
AFETOcomo principal valor jurídico
1. Breve perspectiva histórica
* Lei nº 6.515 de 26 de dezembro de 1977, instituiu o divórcio e alterou o Código Civil de 1916, então vigente.
Estrutura básica social onde se inicia a modelagem das potencialidades do indivíduo, com o propósito da convivência em sociedade, na busca da realização pessoal (FARIAS; ROSENVALD, 2008).
Núcleo existencial integrado por pessoas unidas por um vínculo socioafetivo, teleologicamente vocacionada a permitir a realização plena dos seus integrantes segundo a dignidade humana de cada um (GAGLIANO; FILHO, 2012).
Elemento de índole instrumental apta a promover a dignidade humana deixando a família de ser compreendida como núcleo econômico e reprodutivo e passando a ser vista como instrumento na busca da felicidade de seus membros (FIGUEIREDO; FIGUEIREDO, 2015).
2. Concepções
Jurídicas Contemporâneas
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A família caracteriza-se pelo interesse que os seus membros têm em estar juntos, compartilhando umarelação de qualidade baseada no afeto(SINGLY, 2004).
A compreensão da família mantém-se enquanto espaço privilegiado de socialização, sobrevivência,desenvolvimento e proteção integral de seus membros, especialmente as crianças(AUGUSTINA, 2010; PETRINI, 2009;SARACENO, 1997).
Território social e simbólico, que se constitui enquantolugar de referências,,segurança e proteção, mas também conflitos e violências(CAVALCANTI; GOMES, 2013).
Ambiente de experiências humanas básicas e duradouras no tempo, como a paternidade, maternidade, filiação, fraternidade, relaçõesintergeracionais, vida e morte (PETRINI, 2009).
Espaço de acolhimento e de formação para o exercício da sociabilidade e da confiança,onde o ser humano em desenvolvimento estabelece suas primeiras interações(ROCHA; MORAES, 2011).
A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do Estado (Declaração Universal dos Direitos Humanos).
Art. 226 (caput) - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado
 (CF/88).
(DC0) Informação Pública
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3. Noção e conteúdo do Direito das Famílias
Ramo do Direito intimamente ligado à vida;
Regula as relações entre os membros da família e as consequências que delas resultam para as pessoas e bens;
Tem como objeto o complexo de disposições, pessoais e patrimoniais, que se origina do entrelaçamento das múltiplas relações estabelecidas entre os componentes da entidade familiar (GONÇALVES, 2012).
O Direito intervém na família somente para regular socialmente os efeitos humanos desta união, declarando as relações que surgem da constituição do ente social que se formou (LEVY, 2010)
4. Natureza Jurídica
NÃO é pessoa jurídica!;
NÃO é pessoa física!;
A família é o mais importante grupo não personificado (despersonificado ou despersonalizado), inexistindo utilidade em lhe atribuir personalidade (GOMES, Orlando; LÔBO, Paulo Luiz Netto);
OBS: terá capacidade judiciária ou personalidade anômala, como acontece com os entes despersonalizados, autorizados a residirem nos polos das relações processuais (ex: condomínio, massa falida, herança jacente, vacante e espólio) (FIGUEIREDO; FIGUEIREDO, 2015).
5. Perspectiva Constitucional
Constitucionalização do Direito Civil / Civilização do Direito Constitucional;
Dignidade da pessoa humana: norteador de toda interpretação do Direito Civil;
Despatrimonialização do Direito Civil;
Teoria da irradiação. Eficácia horizontal dos direitos fundamentais das relações particulares: direta aplicação dos direitos fundamentais às relações privadas.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.  (Regulamento)
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
5. Perspectiva Constitucional
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.   Regulamento
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
5. Perspectiva Constitucional
Formas de constituição de família:
Casamento (art. 226, §§1º e 2º CF/88);
União estável (art. 226, §3º CF/88) – ADI 4277 / ADPF 132 (STF); resolução 175 do CNJ.
Monoparental; Entende-se, também, como entidade familiar [família monoparental] a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes (§ 4º, do art. 226). 
 
Mosaico/Reconstituída; Há também a família mosaico ou pluriparental, que é a reunião de vários casamentos, uniões estáveis. 
Anaparental; é a família sem pais, mas configura-se nas relações entre os irmãos
Eudemonista; independe de vínculo biológico, mas a troca de afeto e sentimentos de união recíprocos caracterizam a entidade familiar
Etc.
5. Perspectiva Constitucional
FORMA DE CONSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (Regulamento)
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
6. Princípios constitucionais
Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF/88);
 
Solidariedade familiar (art. 3º, I, CF/88);
 
Paternidade responsável (art. 226, §7º, CF/88);
Pluralismo das entidades familiares (art. 226, §§ 3º e 4º);
 
Tutela especial à família (art. 226, CF/88);
 
Igualdade entre filhos (art. 227, §6º,
CF/88);
 
Igualdade entre cônjuges/companheiros (art. 226, §5º, CF/88);
Convivência familiar (art. 227, CF/88);
Proteção integral e melhor interesse da criança (art. 227, CF/88);
Afetividade;
Função social da família (art. 226; art. 227, CF/88)
6. Princípios constitucionais

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