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Doenças Bacterianas na Soja

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soja
Doenças causadas por bactérias são comuns em todos os lugares onde se cultiva soja. As perdas decorrentes da sua ação não costumam ser altas, geralmente agregadas aos 20% de perdas causadas por um grupo de doenças, mas se recomenda que não se perca de vista a possibilidade de problemas na lavoura.
CRESTAMENTO BACTERIANO
O Crestamento Bacteriano (Pseudomonas savastanoi pv glycinea) é uma doença comum em folhas, mas pode ser encontrada atacando outros órgãos da planta, como hastes, pecíolos e vagens. Os sintomas nas folhas surgem como pequenas manchas, de aparência translúcida, circundadas por um halo de coloração amarelada. Essas manchas, mais tarde, necrosam, com contornos aproximadamente angulares, e podem aglutinar-se, formando extensas áreas de tecido morto, dispostas entre as nervuras secundárias. Frequentemente, apresentam halos amarelados circundando as áreas necrosadas. A maior ou menor largura do halo está diretamente ligada à temperatura ambiente; largo sob temperaturas amenas ou estreito ou quase inexistente sob temperaturas mais altas.
A observação das manchas pela face inferior da folha (face abaxial) permite fazer determinações geralmente exatas da presença desta bactéria; as manchas são de coloração quase negra e apresentam, nas horas úmidas da manhã, uma película brilhante que é formada pelo exsudato da bactéria. Infecções severas, nos estádios jovens da planta, conferem aparência enrugada às folhas, como se houvessem sido infectadas por vírus. A diferença é que as lesões são aquosas, semitransparentes e apresentam exsudato (superfície brilhante) na face inferior da folha.
A bactéria penetra na planta pelos estômatos ou através de ferimentos. A infecção primária pode ter origem em duas fontes; sementes infectadas e restos da cultura da soja anterior. No primeiro caso, as sementes não apresentam sintomas aparentes da presença da bactéria; os cotilédones provenientes dessas sementes podem apresentar lesões necrosadas, a partir das bordas, logo após a emergência. A infecção evolui através das folhas unifoliadas para as trifoliadas. No segundo caso, os restos de cultura servem como fonte inicial do inoculo, que pode passar para as folhas unifoliadas (primárias) e destas para as demais ou diretamente para as primeiras trifoliadas; neste caso, os cotilédones apresentam-se sadios.
Durante o ciclo da cultura podem ocorrer infecções e disseminações secundárias, que são favorecidas pela ocorrência de alta umidade, principalmente chuvas em dias ventosos e temperaturas médias amenas. Dias secos permitem que finas escamas dos exsudatos da bactéria se disseminem dentro da lavoura, das plantas infectadas para as sadias. Mas para haver infecção o organismo necessita de um filme de água na superfície da folha, o que ocorre em manhãs orvalhadas ou durante períodos chuvosos.
Os métodos de controle mais indicados são o uso de cultivares resistentes, um bom preparo do solo, ou seja, aração profunda para cobrir os restos da cultura anterior logo após a colheita e o uso de semente proveniente de lavoura indene. 
A herança da resistência foi estudada, indicando que a resistência à raça 1 da bactéria é devida a um gene dominante das cultivares Harosoy e Norchief e na linhagem PI 132207, enquanto a resistência à raça 2 aparentemente envolvia mais do que um gene. No Brasil, foi determinado que a herança da resistência, para o cruzamento de dois pais resistentes (Chippewa x BR 80 – 19913), é devida a dois pares de alelos recessivos e, para o cruzamento de um pai resistente e um pai suscetível (Chippewa x Cristalina), é devida a um par de alelos recessivos e que basta a presença de um par homozigoto recessivo para que a resistência seja evidenciada.
PÚSTULA BACTERIANA
Já a Pústula Bacteriana (Xanthomonas axonopodis pv. glycines) é típica de folhas, mas pode atacar outros órgãos da planta, como pecíolos, hastes e vagens; nestes os sintomas são menos evidentes. Os sintomas da pústula bacteriana são semelhantes aos do crestamento, podendo causar confusão nas pessoas menos treinadas. Inicia-se por pequenas manchas, nunca de aparência translúcida, de coloração verde-amarelada e com centro elevado de cor amarelo-palha, que se tornam necróticas em pouco tempo, geralmente com estreito halo amarelo circundante, que pode alargar-se nas lesões mais velhas. As manchas, dispostas irregularmente na superfície da folha, aumentam de tamanho com a evolução da doença. Em ataques intensos desta bacteriose pode ocorrer grande número de lesões que coalescem, tornando a superfície da folha quase totalmente necrosada.
Nos estádios iniciais é possível diferenciar sintomatologicamente a pústula do crestamento pela existência de uma pequena elevação de cor esbranquiçada (pústula), no centro da mancha, na face abaxial da folha (face das nervuras salientes); a pústula pode estar presente também na face superior da lesão. A coloração das lesões necróticas da pústula bacteriana é parda, contornos arredondados e não apresenta brilho, enquanto que a lesão necrótica do crestamento bacteriano é de contornos angulares, de coloração pardo-escura a negra, com brilho na face inferior. Em estádios mais avançados, com base apenas nos sintomas, as duas doenças podem ser confundidas.
O patógeno é transmitido pelas sementes, as quais não apresentam diferença visível entre as sadias e as infectadas. Os restos de cultura também são fonte de transmissão dos propágulos para as plantas jovens sadias. Esses dois processos dão origem às infecções primárias. A bactéria penetra na planta pelas aberturas naturais e por ferimentos. As infecções secundárias são favorecidas por chuva e vento, que transportam a bactéria das plantas doentes para as sadias. Essa condição é favorecida pela ocorrência de umidade de ar elevada e temperatura ambiental alta (normal de verão). Nas condições climáticas da região sul do Brasil, o patógeno pode sobreviver em plantas invasoras comuns nas lavouras. Quando a infecção é intensa, a coalescência das lesões causa rupturas no limbo foliar e queda prematura de folíolos.
O uso de cultivares resistentes é o principal método de controle desta doença. Hoje, no Brasil, a quase totalidade das cultivares recomendadas para cultivo são resistentes à pústula bacteriana. Essa resistência foi descoberta na cultivar CNS, sendo governada por um gene recessivo. Informes de Taiwan (AVRDC 1987, 1990 e 1990) demonstram que algumas linhagens AGS da Asian Vegetable Research and Development Center apresentam mais alto grau de resistência do que CNS, o qual, em Taiwan, é considerado apenas como moderadamente resistente. Isto pode indicar alguma variabilidade nesta bactéria, mas embora haja, nos Estados Unidos e no Brasil, uma forte pressão de seleção sobre o patógeno, até o momento não há citação da existência de raças fisiológicas nesta bactéria.
Fonte: http://www.grupocultivar.com.br/site/content/artigos/artigos.php?id=476
2.2.1 Crestamento bacteriano
De ocorrência mundial, é a mais comum doença bacteriana da soja, principalmente em clima mais frio e úmido. Estimativas de perdas já foram reportadas em 40%. É uma doença comum nas folhas, mas também pode ser encontrada em outros órgãos da parte aérea (Boletim de Pesquisa de Soja, 2010).
Sintomatologia: Os sintomas iniciais são pequenas lesões amarelas de forma angular nos tecidos da folha. Normalmente as lesões são cercadas por um halo translúcido ou aquoso que pode ser visto expondo as folhas contra a luz. As lesões mudam de amarelo a marrom-claro para vermelho ou marrom-escuro. As lesões podem crescer e necrosar, produzindo grandes áreas de tecido morto na planta. Com a ocorrência de vento e a chuva essas áreas necrosadas podem cair. Na face inferior da folha, as manchas são de coloração quase negra apresentando uma película brilhante nas horas úmidas da manhã. Película esta que é formada pelos exudatos das bactérias. Sintomas de enrugamento das folhas, causados por infecções severas nos estádios jovens da planta, são confundidoscomo sintomas de doenças causadas por vírus (Fitopatologia.net, 2010). Sob condições de chuva freqüente ou orvalho abundante, as lesões coalescem formando grandes manchas que se rompem pela ação do vento (Boletim de Pesquisa de Soja, 2010).
Etiologia: A doença é causada pela bactéria Pseudomonas savastanoi pv. glycinea. Colônias bacterianas em meio de cultura são brancas, circulares, lisas com margens. Pelo menos oito raças do patógeno já foram identificadas no Brasil, sendo mais comum a raça R3. Isolados infectam outras espécies de leguminosas como alguns feijões. Isolados do patógeno que carregam o gene avrB o qual gera uma reação de hipersensibilidade nas cultivares que possuem o gene de resistência Rpg1.
Epidemiologia: O patógeno sobrevive em resíduos na superfície do solo e pode infectar as sementes. As infecções na planta são favorecidas por temperaturas médias, entre 20 a 26°C, e períodos úmidos. Ambiente quente e seco desfavorece o desenvolvimento da doença. O molhamento das folhas é necessário para que ocorra a infecção. A doença pode ser disseminada por restos de cultura, sementes infectadas, chuva e vento (Kimati et al., 2010).
Controle: O uso de cultivares resistentes, rotação de cultura, aração profunda para cobrir os restos da cultura anterior e de sementes livres de patógenos são as práticas de controle mais recomendada para esta doença (Fitopatologia.net, 2010).
2.2.2 Pústula bacteriana
A Pústula Bacteriana é típica de folhas, mas pode atacar outros órgãos da planta, como pecíolos, hastes e vagens; nestes os sintomas são menos evidentes.
Sintomatologia: Os sintomas da pústula bacteriana são semelhantes aos do crestamento, podendo causar confusão nas pessoas menos treinadas. Inicia-se por pequenas manchas, nunca de aparência translúcida, de coloração verde-amarelada e com centro elevado de cor amarelo-palha, que se tornam necróticas em pouco tempo, geralmente com estreito halo amarelo circundante, que pode alargar-se nas lesões mais velhas. As manchas, dispostas irregularmente na superfície da folha, aumentam de tamanho com a evolução da doença. Em ataques intensos desta bacteriose pode ocorrer grande número de lesões que coalescem, tornando a superfície da folha quase totalmente necrosada (Cultivar, 2010).
Etiologia: A doença é causada por Xanthomonas axonopodis pv. glycines. Nos estádios iniciais é possível diferenciar sintomatologicamente a pústula do crestamento pela existência de uma pequena elevação de cor esbranquiçada (pústula), no centro da mancha, na face abaxial da folha (face das nervuras salientes); a pústula pode estar presente também na face superior da lesão. A coloração das lesões necróticas da pústula bacteriana é parda, contornos arredondados e não apresenta brilho, enquanto que a lesão necrótica do crestamento bacteriano é de contornos angulares, de coloração pardo-escura a negra, com brilho na face inferior. Em estádios mais avançados, com base apenas nos sintomas, as duas doenças podem ser confundidas (Cultivar,2010).
Sintomatologia: O patógeno é transmitido pelas sementes, as quais não apresentam diferença visível entre as sadias e as infectadas. Os restos de cultura também são fonte de transmissão dos propágulos para as plantas jovens sadias. Esses dois processos dão origem às infecções primárias. A bactéria penetra na planta pelas aberturas naturais e por ferimentos. As infecções secundárias são favorecidas por chuva e vento, que transportam a bactéria das plantas doentes para as sadias. Essa condição é favorecida pela ocorrência de umidade de ar elevada e temperatura ambiental alta (normal de verão). Nas condições climáticas da região sul do Brasil, o patógeno pode sobreviver em plantas invasoras comuns nas lavouras. Quando a infecção é intensa, a coalescência das lesões causa rupturas no limbo foliar e queda prematura de folíolos.
Controle: O uso de cultivares resistentes é o principal método de controle desta doença. Hoje, no Brasil, a quase totalidade das cultivares recomendadas para cultivo são resistentes à pústula bacteriana (Cultivar, 2010).
Fonte: http://agronomos.ning.com/forum/topics/revisao-de-literatura-das
Cana de Açucar 
ESCALDADURA-DAS-FOLHAS (BACTERIA Xanthomonas albilineans)
Histórico:
Foi identificada na Austrália e Java e hoje é encontrada em todas as regiões produtoras de cana no mundo.
Agente causal:
A doença é provocada por uma bactéria gram-negativa denominada Xanthomonas albilineans que é capaz de colonizar os vasos do Xilema da planta.
Sintomas:
Em variedades suscetíveis a doença pode causar grandes perdas, devido a queima das folhas e morte dos colmos, já as variedades tolerantes podem servir como um deposito do patógeno. Alguns fatores como o aumento da umidade e durante a maturação como estresses provocados por seca, frio e inundação podem intensificar os sintomas. Plantas atacadas pela doença apresentam três tipos de infecção:
LATENTE (assintomática) que pode ser identificado apenas por métodos de alta sensibilidade.
CRÔNICA: Sintomas variando de estrias brancas e finas ao longo de toda folha, paralelas a nervura central até as bainhas foliares.
AGUDA: Sintomas de “queima” das folhas, evoluindo da ponta ou pelas margens podendo necrosar totalmente a folha. Os colmos podem apresentar descoloração dos feixes do xilema na região do “nó”, com a morte da gema apical, surgem brotações laterais por todo colmo.
Disseminação:
A doença é disseminada principalmente por instrumentos de corte, podões e colhedora e também pela utilização de mudas contaminadas.
Controle:
Utilização de variedades resistentes associada à produção de mudas certificadas, com alta sanidade. No campo pode-se evitar a disseminação da doença através da desinfecção e limpeza dos instrumentos de corte, com a utilização de produtos químicos que contenham bactericidas (amônia quaternária). As operações de “roguing” proporcionam uma boa medida de controle na produção de mudas de cana-de-açúcar.
ESTRIAS VERMELHAS (BACTERIA Pseudomonas rubrilineans)
Histórico:
Teve origem na África, no Brasil apresenta uma distribuição restrita, pois necessita de condições climáticas e de solo específicas, isto é, o aparecimento da doença esta associado a solos de alta fertilidade.
Agente causal:
A doença é causada pela bactéria gram-negativa Pseudomonas rubrilineans.
Sintomas:
Os sintomas inicialmente se manifestam nas folhas, com a aparecimento de estrias finas e longas de coloração avermelhada, com a evolução da doença, as estrias podem atingir a região do meristema apical provocando a “podridão de topo”, em condições favoráveis e em variedades suscetíveis a podridão evolui para o resto do colmo. Áreas atacadas pela doença pode notar um forte odor. Geralmente plantas com 3 a 8 meses de idade nota-se uma ocorrência maior da doença.
Disseminação:
A bactéria pode sobreviver no solo e em restos de cultura. Temperaturas altas (acima de 28ºC) associado a períodos de alta precipitação (umidade relativa acima de 90%) e solos de alta fertilidade, favorecem o aparecimento e disseminação da doença.
Controle:
O cultivo de variedades suscetíveis, em ambientes favoráveis, isto é, solos de alta fertilidade, não é aconselhável. Estas variedades devem ser cultivadas em ambientes mais restritivos (solos de baixa fertilidade) e com a bactéria pode sobreviver em restos de cultura, deve-se evitar o plantio de viveiros nestas áreas.
RAQUITISMO-DA-SOQUEIRA (BACTERIA Leifsonia xyli subsp. xyli)
Histórico:
É uma das mais importantes doenças bacterianas, pois a maioria das variedades de cana é suscetível, em maior ou menor intensidade e atualmente é encontrada na maioria das regiões produtoras do Brasil.
Agente causal:
O raquitismo é causado por uma bactéria gram-positiva denominada Leifsonia xyli subsp. Xyli , que coloniza os vasos do xilema, provocando uma obstrução dos mesmos.
Sintomas:
Trata-se de uma doença que não apresenta sintomas externos aparentes, pode ser observadoapenas um crescimento desuni forme (irregular) das touceiras, dando um aspecto de altos e baixos ao talhão, sintomas que podem ser mais evidentes, associados a outros fatores, como, seca, compactação, presença de ervas daninhas, herbicidas e outros. Pode ser observado um sintoma interno da doença, que seria o desenvolvimento de uma coloração avermelhada dos feixes vasculares, na base dos nós do colmo.
Disseminação:
A doença é transmitida de uma planta para outra através de instrumentos de corte como: podão, colhedeiras e maquinas de plantio, que permanecem impregnadas com caldo de plantas doentes contaminando as plantas sadias que são cortadas na seqüência, podendo transmitir a doença para centenas de novas touceiras sadias. A transmissão aumenta rapidamente de um ciclo para outro da cana, principalmente com o uso de mudas provenientes de canaviais contaminados, ocorrendo assim a disseminação em grandes extenções.
Controle:
A maneira mais efetiva de controle seria a utilização de variedades resistentes associada a produção de mudas sadias (mudas certificadas). No processo de produção de mudas sadias, a utilização do tratamento térmico de gemas isoladas ou toletes de três gemas, que consiste na imersão dos toletes ou gemas em água aquecida. O tratamento térmico pode ser realizado de duas maneiras:50,5ºC por 2 horas ou 52ºC por meia hora. Como a bactéria é transmitida, no campo, por instrumentos de corte, recomenda-se também como medida preventiva, para evitar a disseminação da doença, a limpeza ou desinfecção dos instrumentos de corte, com produtos químicos que contenham bactericidas, amônia quaternária é o produto mais utilizado.
Fonte: http://www.canaoeste.com.br/conteudo/doencas-da-cana
Algodao 
Mancha angular
A mancha angular é causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum e caracteriza-se por apresentar manchas foliares de formato anguloso, delimitadas pelas nervuras. As manchas, de início oleosas (Figura 3) adquirem posteriormente, aspecto necrótico e apresentam coloração marrom ou parda-escura. As lesões também podem se localizar ao longo das nervuras principais, formando uma zona necrótica adjacente a estas; nos caules e ramos podem ser observadas lesões deprimidas, escuras e alongadas, podendo atingir vários centímetros de comprimento no sentido longitudinal, enquanto nas maçãs, lesões circulares inicialmente encharcadas de coloração verde escuro, são formadas na parede do carpelo e posteriormente se tornam escuras e causam a podridão das maçãs. O controle desta doença é feito unicamente com o uso de cultivares resistentes. O controle químico com o uso de antibióticos é de elevado custo e de eficiência duvidosa. As principais cultivares recomendadas para controle são: BRS Aroeira, BRS Ipê e BRS Sucupira.
Mandioca
Bacteriose
A bacteriose, causada por Xanthomonas axoponodis pv. manihotis, é a principal doença da mandioca, sobretudo no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nas condições de Cerrado essa doença adquiri grande expressão econômica, podendo provocar perdas totais.
Os sintomas da bacteriose caracterizam-se por manchas angulares, de aparência aquosa, nos folíolos, murcha das folhas e pecíolos, morte descendente e exsudação de goma nas hastes, além de necrose dos feixes vasculares e morte da planta. Os prejuízos causados pela bacteriose variam com as condições climáticas, suscetibilidade ou tolerância das variedades, práticas culturais empregadas, épocas de plantio e nível de contaminação do material de plantio. A variação brusca de temperatura entre o dia e a noite é o fator mais importante para a manifestação severa da doença, sendo que a amplitude diária de temperatura superior a l0ºC durante um período maior que cinco dias é a condição ideal para o pleno desenvolvimento da doença. As perdas de produção estão em torno de 30% em cultivos usando variedades suscetíveis e, em locais com condições favoráveis para a doença, os prejuízos podem ser totais. Por outro lado, usando variedades tolerantes, mesmo com a ocorrência de condições favoráveis as perdas de produção chegam no máximo a 30%.
A utilização de variedades resistentes é a medida mais eficiente para o controle da bacteriose; mas, também, contribuem as práticas culturais como a utilização de manivas sadias e a adequação das épocas de plantio. As variedades atualmente em uso nas áreas de ocorrência da bacteriose caracterizam-se por apresentar uma tolerância aceitável à doença.
Fonte: http: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mandioca/mandioca_centrosul/doencas.htm
Mel
Cria Pútrida Européia (CPE)
Agente causador: bactéria Melissococus pluton. As larvas são infectadas quando comem alimento contaminado.
Ocorrência e danos: pode ocorrer em todo o território nacional, mas geralmente não causa sérios prejuízos.
Sintomas:
Favos com muitas falhas, opérculos perfurados (Fig. 37a).
A morte ocorre geralmente na fase de larva, antes que os alvéolos sejam operculados.
As larvas doentes encontram-se em posições anormais, podendo ficar contorcidas, nas paredes dos alvéolos (Fig. 37b).
Mudança de cor das larvas que passam de branco-pérola para amarelo até marrom (Fig. 37b).
Pode apresentar cheiro pútrido (de material em decomposição) ou não.
Quando as larvas morrem depois da operculação, aparecem opérculos escurecidos, afundados e perfurados.
Figura 37. Sintomas de Cria Pútrida Européia: área de crias com muitas falhas (a) e mudança de posição e coloração das larvas (b).
Controle:
Remoção dos quadros com cria doente.
Trocar rainha suscetível por outra mais tolerante.
Evitar uso de equipamentos contaminados quando manejar colmeias sadias.
Cria Pútrida Americana (CPA)
Agente causador: bactéria Paenibacillus larvae. As larvas são infectadas quando comem alimento contaminado.
Ocorrência e danos: no Brasil, foi recentemente detectada em colmeias no Rio Grande do Sul. A contaminação ocorreu porque os apicultores alimentaram as abelhas com mel e pólen importados, contaminados com a bactéria.  Essa doença pode provocar sérios prejuízos, pois seu controle é bastante difícil, já que a bactéria é resistente a antibióticos e pode permanecer no ambiente por muito tempo. Por isso, não se recomenda a importação de produtos apícolas ou rainhas de países que apresentem níveis altos de infestação.
Sintomas:
Favos falhados (Fig. 38a) com opérculos perfurados (Fig. 38b), escurecidos e afundados.
Morte na fase de pré-pupa ou pupa.
Larvas com mudança de cor, passando do branco para amarelo até marrom-escuro;
Cheiro pútrido.
As larvas mortas apresentam consistência viscosa, principalmente quando apresentam coloração marrom-escura. Para verificar isso, deve-se fazer o teste do palito que consiste em inserir um palito rugoso no alvéolo, esmagar a cria e puxar devagar, observando-se, então, a formação de um filamento viscoso (Fig. 39a).
Quando a morte ocorre na fase de pupa, observa-se geralmente a língua da pupa estendida de um lado para o outro do alvéolo.
Presença de escamas (restos da cria já seca e muito escura) coladas nas paredes do alvéolo e de difícil remoção (Fig. 39b).
Figura 38. Sintomas de Cria Pútrida Americana: favos falhados (a) e opérculos perfurados (b).
Figura 39. Sintomas de Cria Pútrida Americana: consistência viscosa da cria - teste do palito (a) e restos de crias mortas e ressecadas colados nas paredes do alvéolo (b).
Controle:
Não utilizar antibióticos para tratamento preventivo ou curativo, pois pode levar à resistência da bactéria e contaminar os produtos da colmeia, além de ser um gasto adicional para o apicultor. O tratamento preventivo pode ainda esconder os sintomas da doença.
Quando o apicultor suspeitar da ocorrência da CPA em seu apiário, deve tomar as seguintes medidas:
Marcar as colônias com sintomas de CPA.
Realizar anotações sobre as colônias afetadas e relatar a ocorrência para sua associação e autoridades competentes, tais como: instituições de ensino e pesquisa que trabalhem com Apicultura, ConfederaçãoBrasileira de Apicultura (CBA), Delegacia Federal de Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Enviar amostras dos favos com sintomas para análise em laboratórios especializados no diagnóstico de doenças de abelhas.
Limpar equipamentos de manejo (luvas, formão, fumigador, etc.) e não utilizá-los nas colônias sadias;
Após comprovação da doença por meio do resultado da análise laboratorial, destruir as colônias afetadas; para isso, pode-se optar pela queima da colmeia completa ou, se o apicultor quiser preservar as caixas, deve matar as abelhas adultas e depois queimá-las juntamente com os favos. Para o reaproveitamento das caixas, elas devem ser esterilizadas;
A esterilização das caixas pode ser feita de duas maneiras: mergulhando as peças em parafina a 160ºC durante 10 minutos ou em solução de hipoclorito de Sódio a 0,5% durante 20 minutos.
Para evitar a disseminação dessa grave doença no Brasil, os apicultores devem estar bastante atentos para nunca utilizarem mel ou pólen importados para alimentação de suas abelhas no período de entressafra, pois esses produtos podem estar contaminados e, conseqüentemente, contaminarão as colmeias.
Esses produtos poderão ser vendidos a preços baixos, parecendo ser vantajoso utilizá-los para evitar a perda de enxames. Entretanto, isso poderá provocar sérios prejuízos no futuro, caso a doença seja introduzida e disseminada em nossa região.
Figura 37. Sintomas de Cria Pútrida Européia: área de crias com muitas falhas (a) e mudança de posição e coloração das larvas (b).
Controle:
Remoção dos quadros com cria doente.
Trocar rainha suscetível por outra mais tolerante.
Evitar uso de equipamentos contaminados quando manejar colmeias sadias.
Fonte: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/doencas.htm

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