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ALTERAÇÕES DOS VASOS

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UFMG – ESCOLA DE VETERINÁRIA
CADERNOS DIDÁTICOS
PATOLOGIA VETERINÁRIA
COMPILADORA: ROGÉRIA SERAKIDES
FEPMVZ- EDITORA
BELO HORIZONTE
JANEIRO DE 2006
ALTERAÇÕES DOS VASOS
Alterações das artérias:
Aneurisma
É uma dilatação saculiforme localizada numa área enfraquecida e adelgaçada da parede de um vaso, ou seja, resulta do enfraquecimento da parede vascular, que é estendida além da sua capacidade e resistência. São lesões causadas por moléstias inflamatórias ou arterioscleróticas e degenerativas. Podem ocorrer em artérias, veias, sendo mais frequentes em artérias elásticas.
Causas: deficiência de cobra, que é um elemento necessário para a formação e maturação do colágeno e do tecido elástico, parasitas como Spirocerca lupi na aorta, e Strongylus vulgaris na artéria mesentérica de equinos, e idiopática (sem conhecer a causa).
As principais consequências são rupturas que, na maioria das vezes, são fatais porque o aneurisma, geralmente, acomete vasos calibrosos; formação de trombos e obstrução.
Rupturas 
Ocorrem devido a traumatismos severos, podem ser espontâneas, como ocorre pela ruptura súbita da aorta intrapericárdica associada a exercício excessivo ou por tumores. Como consequência dessa ruptura, tem-se Hemopericárdio como consequente tamponamento cardíaco e choque cardiogênico ou hemorragias no tórax e abdômen com consequente choque hipovolêmico.
Alterações degenerativas
Arteriosclerose
É o espessamento da parede das artérias, principalmente da aorta abdominal, com perda da elasticidade e com proliferação de tecido conjuntivo na túnica intima. A etiologia é pouco conhecida, parece estar relacionada com a maior turbulência sanguínea, pois os locais de ramificação arterial, onde ocorre maior turbulência, são os mais acometidos. A arteriosclerose é frequente nos animais domésticos, mas raramente causa alterações clinicas. É de difícil diagnostico macroscópico, mas pode ser observada como placas brancas, firmes e ligeiramente elevadas na túnica intima das artérias. Microscopicamente, inicialmente, ocorre o espessamento da intima pelo acumulo de mucopolissacarídeos com subsequente proliferação e infiltração de células da musculatura lisa da túnica media e de tecido fibroso na intima. 
Ateroesclerose
É o acumulo de extensos depósitos de lipídeos, tecido fibroso e cálcio (ateroma) nas paredes musculares e elásticas com eventual estenose do lúmen. Estudos experimentais têm estabelecido que o suíno, coelho e galinha são susceptíveis à doença experimental, produzida pela ingestão de dietas ricas em colesterol, mas que o cão, vaca, gato e cabra são mais resistentes. 
A ocorrência natural dessa doença pode ser observada em suínos e aves idosos e cães com hipotireoidismo a hipercolesterolemia.
MACRO: os vasos afetados apresentam-se espessos, firmes e de coloração branco amarelada.
MICRO: glóbulos de lipídios acumulam-se no citoplasma das células musculares lisas, de macrófagos, de túnicas media e intima. Pode ocorrer necrose e fibrose resultando em arteriosclerose.
Trombose e embolia
Trombose é a solidificação do sangue dentro do coração ou vasos, no individuo ainda vivo.
Fatores predisponentes para a fibrose:
Alteração do endotélio: a solução de continuidade do endotélio causa trombose porque permite a exposição do colágeno da membrana basal sobre o qual as plaquetas se aderem. Alterações hemodinâmicas e produtos tóxicos bacterianos podem agredir o endotélio e induzir trombose sem que ocorram lesões morfologicamente evidenciáveis nas células endoteliais
Alteração do fluxo sanguíneo: a lentidão da circulação causa hipóxia endotelial o que pode lesas as células endoteliais e favorecer a trombose, contudo, a diminuição da velocidade do fluxo não é suficiente para causar trombose.
Alteração da composição do sangue: a redução do teor de anticoagulantes circulantes, a menor atividade fibrinolítica do sangue, certas anormalidades plaquetárias predispõem à trombose e são responsáveis pelo estado de hipercoagulação sanguínea como ocorre nas septicemias com coagulação intravascular disseminada (CID).
A embolia é a obstrução vascular provocada por corpos estranhos ou por trombos que se deslocam com o sangue. Os êmbolos podem ser sépticos decorrentes de endocardites valvulares ou podem ser estéreis decorrentes de vacinas endovenosas oleosas, de bolhas de ar e de parasitas mortos após a vermifugação (dirofilariose).
Alterações inflamatórias
A arterite pode ocorrer em muitas infecções e doenças imunomediadas. Frequentemente, todos os tipos de vasos são afetados, e não apenas as artérias, e assim, os termos vasculite ou angeite são aplicados às lesões.
Causas:
Dirofilaria immitis: ocorre maturação de parasitas adultos nas artérias pulmonares e no coração direito dos cães. As artérias pulmonares contendo parasitas inicialmente apresentam infiltração eosinofilica da intima com subsequente proliferação fibromuscular irregular da intima, que pode ser, macroscopicamente observada através de uma superfície irregular e granular. Nessas lesões, podem ser encontrados parasitas vivos ou mortos, podendo haver tromboembolismo.
Strongylus vulgaris: O parasita migra pelas artérias intestinais, sendo que as lesões mais graves ocorrem na artéria mesentérica cranial. O vaso afetado apresenta-se dilatado com a parede firme e fibrosada. A superfície da intima frequentemente apresenta massas trombóticas aderentes, misturadas às larvas. Microscopicamente, o vaso alterado apresenta intensa infiltração de fibroblastos por toda a parede. Frequentemente há tromboembolia, mas a abundante circulação colateral do trato intestinal torna o infarto intestinal um acontecimento pouco comum.
Arterite viral equina: é um exemplo de infecção viral com tropismo para as células endoteliais vasculares. As paredes das pequenas artérias musculares afetadas apresentam degeneração fibrinóide com edema e infiltração leucocitária.
Neoplasias:
Hemangiossarcoma/Hemangioma
Alterações das veias
Dilatação
Flebectasia: dilatação generalizada das veias
Varize: dilatação local das veias
Teleangectasia: dilatação dos capilares sinusoides hepáticos, ocorre muito em bovinos.
Alterações inflamatórias
Flebite é uma lesão vascular comum, frequentemente complicada por trombose, ou tromboflebite.
Causas:
Onfaloflebite: é a inflamação da veia umbilical, frequente em bezerros. Ocorre pela contaminação bacteriana do umbigo nos dias posteriores ao parto.
Peritonite infecciosa felina: Gatos com PIF são acometidos por flebite em vários órgãos abdominais. Esta lesão parece resultar da deposição de complexos imunes e subsequente evolução de uma reação inflamatória
Iatrogênica: injeções intravenosas irritantes
Processos inflamatórios como hepatite e metrites: podem estender-se para as paredes das veias adjacentes e produzir flebite.
Referência: 
Patologia veterinária/ Compiladora: Rogéria Serakides; colaboradores: Roberto Maurício Carvalho Guedes ... [et al.] – Belo Horizonte: FEPMVZ- Editora, 2006. (Cadernos Didáticos/ Universidade federal de Minas Gerais, Escola de Veterinária).

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