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Laboratório patologia Semana 2 1- Veia cava superior 2- Artéria pulmonar direita 3- Veias pulmonares direitas 4- Valva pulmonar 5- Átrio direito 6- Valva tricúspide 7- Veia cava inferior 8- Septo interventricular 9- Arco aórtico 10- Artéria pulmonar esquerda 11- Veias pulmonares direitas 12- Átrio esquerdo 13- Valva mitral 14- Musculo papilar 15- Endocárdio 16- Miocárdio 17- Epicardio a- Sexo masculino, tabagismo, sobrepeso, cafeína, má alimentação, álcool, sedentarismo e histórico familiar. b- Aumento da excreção de renina, aumento da excreção de angiotensinogênio, aumento de angiotensina 1 e 2, causam aumento excreção de ADH e aldosterona também e tudo isso causa aumento de PA Cardiopatia hipertensiva: É uma consequência a demanda elevada do coração causada pela hipertensão e pode ser esquerda ou direita: Cardiopatia hipertensiva esquerda (sistêmica): ocorre em resposta a hipertensão que induz a hipertrofia do ventrículo esquerdo resultando no espessamento da parede do ventrículo e aumento de massa, os miocitos aumentam de tamanho, ocorre um hipertrofia concêntrica, aumento das mitocôndrias, ribossomos e núcleo e fibrose intersticial. Cardiopatia hipertensiva direita (pulmonar): ocorre em resposta a um aumento de carga do ventrículo direito como consequência do parênquima ou dos vasos pulmonares que leva há um aumento da parede do ventrículo direito e dilatação da cavidade também, o coração apresenta formato globoso e as alterações são parecidas com a do lado esquerdo porem o aumento e excêntrico, ou seja, a parede aumenta o tamanho Comprometimento dos vasos sanguíneos: Níveis elevados de tensão arterial por tempo prolongado são agentes agressores aos vasos sanguíneos e as lesões se apresentam de formas diferentes conforme a constituição e o calibre dos vasos. Nas artérias de grande e médio calibres, a hipertensão arterial (HA) favorece a formação de aterosclerose e nas pequenas artérias e arteríolas, favorece o aparecimento de arterioloesclerose hialina ou hiperplásica. Arteriosclerose hialina: as arteríolas mostram espessamento hialino homogêneo e róseo na porção subendotelial da íntima do vaso, com consequente estreitamento da luz. Essas alterações refletem o extravasamento de proteínas plasmáticas através das células endoteliais lesadas pela HA e aumento da síntese da matriz extracelular pelas células musculares lisas em resposta ao estresse hemodinâmico crônico da HA benigna. Embora os vasos sanguíneos de pacientes idosos também frequentemente mostrem arteriosclerose hialina, esta é mais intensa nos pacientes com hipertensão. Arteriosclerose hiperplásica: ocorre na hipertensão grave, quando há o espessamento laminar e concêntrico (lesões em casca de cebola) das paredes do vaso e estreitamento da luz. As laminações características destas lesões consistem em células musculares lisas com membranas basais espessadas, acompanhadas por depósitos fibroides e necrose da parede dos vasos. Aterosclerose: acomete mais frequentemente artérias de grande e médio calibre. É uma lesão basicamente da íntima, composta de uma capa fibrosa e um núcleo ateromatoso, os constituintes da placa incluem células musculares lisas, matriz extracelular, células inflamatórias, lipídeos e restos necróticos. Placas estáveis estão relacionadas com sintomas de isquemia crônica pelo estreitamento da luz vascular, enquanto que as placas instáveis podem causar complicações isquêmicas fatais relacionadas com a ruptura aguda da placa, trombose ou embolização 1- Camada adventícia 2- Túnica media 3- Túnica intima 4- Endotélio 5- Membrana basal Artéria elástica: são encontradas na aorta e em seus ramos principais e tem maior quantidade de fibras elásticas na túnica média, absorvem o impacto do fluxo sanguíneo. Artéria muscular: são os vasos distribuidores do corpo e são caracterizadas por uma espessa camada muscular (túnica media), podem chegar até 40 camadas musculares Artéria de pequeno calibre: também são artérias musculares, porém podem chegar até 8 camadas musculares. Arteríolas: são os ramos finais do sistema arterial e tem de 1 a 2 camadas musculares com túnica adventícia pouco desenvolvida. Vênulas: se conectam com os capilares e são as veias que contém uma, duas ou nenhuma camada muscular Veias de pequeno, médio e grande calibre: variam as camadas musculares (quantas?) Capilares fenestrados caracteriza-se pôr apresentar orifícios ou fenestras na parede das células endoteliais, encontrados no rim, intestino e glândulas endócrinas Capilares contínuos: é caracterizado pela ausência de fenestras em sua parede. As células endoteliais são unidas por junções de oclusão e aderência, encontrado no sistema nervoso principalmente Capilares descontínuos: Suas células endoteliais formam uma camada descontínua e são separadas umas das outras por espaços amplos que comunicam o capilar com o tecido subjacente. São encontrados principalmente no fígado, e em órgãos hematopoiéticos, como a medula óssea e o baço. Estas particularidades estruturais sugerem a existência nos capilares sinusóides, de condições que tornam mais fácil e mais intenso o intercâmbio de substâncias entre o sangue e os tecidos. Aterosclerose: Arteriosclerose hiperplásica: Arteriosclerose hialina: Semana 3 a- Insuficiência cardíaca esquerda: • Causada por cardiopatia isquêmica, HAS, valvopatias mitral ou aórtica ou miocardiopatias. • Alterações clinicas relacionadas com a congestão passiva como edema pulmonar, estase sanguínea nas câmeras esquerdas, perfusão inadequada dos tecidos. • Alterações microscópicas: hipertrofia de miócitos e fibrose intersticial • Macroscopicamente VE hipertrófico e dilatado que pode causar dilatação do átrio esquerdo. Nos pulmões a congestão leva ao edema que alarga os septos alveolares e tem acumulo de liquido nos espaços alveolares, hemácias extravasam para os alvéolos o que gera acumulo de hemossiderina. O derrame pleural também pode acontecer por conta da pressão elevada dos capilares que leva ao acumulo de liquido. Insuficiência cardíaca direita: • Mais comumente causada por IC esquerda uma vez que o aumento de pressão na circulação pulmonar leva a um aumento da carga do lado direito. • Causa por doença pulmonar • Causa congestão dos vasos hepáticos e portais que leva a alterações patológicas no fígado, baço e trato GI. • No fígado macroscopicamente podemos ver o fígado em noz moscado com região central castanho avermelhada e região portal de coloração normal. E histologicamente podemos ver dilatação das veias centrolobulares, desaparecimento dos hepatócitos na região centrolobular e hepatócitos normais na periferia. • No corpo temos edema periférico. b- Direita: • Edema e ascite posturais • Congestão dos tecidos periféricos • Anorexia e desconforto do GI • Perda de peso • Congestão do trato GI • Congestão hepática • Sinais • Relacionados ao comprometimento da função hepática • Os efeitos da ação da gravidade fogem com que o edema seja mais pronunciado nos partes inferiores do corpo, principalmente quando a pessoa está na posição ortostática • Aspectos macroscópicos caraterísticos da congestão hepática • Na região centro lobular há dilatação das veias, acumulo de hemácias e ausência de hepatócitos Esquerda: • Espessamento dos septos alveolares • Congestão pulmonar • Comprometimento da troca gasosa • Edema pulmonar • Intolerância a atividades e sinais de diminuição da perfusão tecidual • Cianose e sinais de hipoxia • Diminuição da DC • Dispneia e ortopneia • Na região periférica dos lóbulos há hepatócitos normais • Derrames pleurais surgem da pressão elevada dos capilares da pleura • Acumulo de hemossiderina no interior dos macrófagosalveolares Trypanosoma cruzi é um protozoário parasita intracelular que causa a doença de Chagas. São transmitidos entre animais e humanos através dos triatomíneos (barbeiro), que se alimentam de sangue e eliminam o parasito nas fezes e urina. Os parasitos infectantes penetram no hospedeiro através da lesão causada pelo hematofagismo. Outra forma de transmissão é através da ingestão de alimentos contaminados com as fezes dos triatomíneos. A doença de Chagas afeta primariamente o coração e, nas áreas endêmicas, é uma das principais causas de morte repentina devido à arritmia cardíaca. Após a infecção, a maioria dos indivíduos apresenta fase aguda leve, na qual o dano cardíaco resulta da invasão direta das células miocárdicas pelo parasito e da subsequente inflamação. Raramente, a doença de Chagas aguda se apresenta com febre, dilatação e insuficiência cardíacas progressivas. Na fase crônica sintomática, a qual ocorre em 20% das pessoas após 5 a 15 anos da infecção inicial, a forma cardíaca é a principal apresentação clínica, na qual há o desenvolvimento de cardiomiopatia dilatada associada com miocardite, fibrose e disfunção cardíaca. Aproximadamente 10% dos pacientes desenvolvem a forma gastrointestinal que pode resultar em megaesôfago e megacólon. O dano às células miocárdicas e às vias de condução causa alterações do ritmo cardíaco, fenômenos tromboembólicos e a insuficiência cardíaca, que ocorrem devido à diminuição da massa muscular cardíaca que é destruída e substituída por área de fibrose; ao comprometimento do SNA simpático e parassimpático e do sistema de condução cardíaco; e ao próprio exsudato inflamatório. Semana 4 1- Aterosclerose: Doença potencialmente fatal onde os depósitos de gordura se depositam na parede das artérias e causam oclusão parcial ou total do vaso. Sua causa é desconhecida mas sabe-se que se inicia com a lesão do endotélio e o colesterol se acumula na área danificada causando uma reação química na qual o colesterol se oxida e gera uma reação inflamatória. Em resposta os monócitos do sangue são levados até a lesão e transformados em macrófagos que irão fagocitar as moléculas de colesterol e como resultado os macrófagos se transformam em células espumosas. Conforme a placa se espessa a parede arterial fica mais grossa e endurece o que leva a multiplicação de células musculares lisas da parede endotelial, a maioria das células se move em direção a superfície da placa o que gera uma capa fibrosa firme. Com o tempo a capa de fibrose pode se romper e liberar a placa na corrente sanguínea, gerando assim um coagulo 2- 1- Lesão endotelial crônica que pode ser causada por hiperlipidemia, HA, tabagismo, fatores hemodinâmicos, toxinas, vírus. 2- Disfunção endotelial aumento de permeabilidade adesão de macrófagos imigração 3- Ativação dos macrófagos e recrutamento de células musculares lisas 4- Macrófagos e células musculares lisas englobam os lipídeos 5- Proliferação de células musculares lisas, matriz extracelular e colágeno, acumulo de lipídeos extracelulares. 3- Avaliação da gravidade da aterosclerose na aorta. (A) Ausência de aterosclerose. (B) Grau 1, placas não confluentes sem ulcerações e saliências. (C) Grau 2, áreas confluentes e/ou área de ulceração com mínima protrusão. (D) Grau 3, placas confluentes com ulcerações ou saliências multifocais. • O coração depende do fluxo sanguíneo continuo que é suprido através das artérias coronárias. Quando esse fluxo é interrompido temos a DAC. • A doença arterial coronariana é caracterizada pela presença de placas ateroscleróticas que causam estreitamento ou oclusão total do lumem das coronárias, ocorre um comprometimento do fluxo coronariano. • Quando o fluxo é interrompido pode causar isquemia do miocárdio, angina, infarto, ataque cardíaco, arritmias, defeitos na condução elétrica, insuficiência cardíaca e até mesmo morte súbita. • Os principais fatores de risco para DAC são aqueles associados a aterosclerose Doença arterial coronariana crônica: • Angina estável Doença arterial coronariana aguda: • Síndromes coronarianas agudas (infarto com supra e sem supra e angina instável) Fisiopatologia da angina instável e do infarto sem supra de ST: Diferenciados através dos marcadores séricos de necrose A diferença entre a angina instável e o infarto agudo sem supra é somente o nível de necrose e se houve ou não, para isso tem que fazer os marcadores. Infarto sem supra de ST é o infarto subendocárdico é aquele que é mais comum já que a região subendocárdica é a última região a ser irrigada e por isso qualquer diminuição de fluxo sanguíneo pode causar infarto. Ocorre quando há ruptura de uma placa e formação do trombo, de modo geral o dano é circunferencial Ou seja: Oclusão parcial = infarto subendocárdico = sem supra de ST Infarto agudo com supra de ST: • O infarto transmural é causado pela oclusão total do vaso, e pela combinação de aterosclerose coronariana + alteração da placa + trombose e acomete toda a espessura da região que é irrigada por aquela artéria. Ou seja: Oclusão total = infarto transmural = com supra de ST A- Progressão da necrose do miocárdio após oclusão arterial coronariana. A necrose começa em uma pequena zona do miocárdio abaixo da superfície endocárdica no centro da zona isquêmica. A área que depende do vaso ocluído para perfusão é o miocárdio “em risco” (sombreada). Observe que uma zona muito estreita do miocárdio, imediatamente abaixo do endocárdio, é poupada da necrose, pois pode ser oxigenada por difusão a partir do ventrículo. Infarto agudo do miocárdio. Um corte transversal do coração de uma pessoa que faleceu poucos dias após o início de dor torácica grave mostra um infarto transmural na região anterosseptal do VE (região da artéria coronária descendente anterior esquerda. O miocárdio necrótico é macio, amarelado e fortemente demarcado. B- C- D- Seta: infarto transmural da arterial coronária circunflexa Cabeça da seta: infarto subendocárdico da artéria coronária esquerda ramo descendente anterior Inicialmente as alterações reversíveis que só podem ser detectadas com o microscópio como edema intracelular, tumefação mitocondrial, alargamento das bandas dos sarcômeros. Porem com mais de 30 minutos já é possível verificar alterações acentuadas que culminam em um dano irreversível como a ruptura do sarcolema e extravasamento das macromoléculas intracelulares. Outra alteração que também pode ser observada é a vacuolização do cardiomiócito que reflete os acúmulos intracelulares de sal e água dentro do reticulo Após a necrose do tecido os macrófagos removem os cardiomiocitos e substituem por tecido de granulação altamente vascularizado, por fim esse tecido é substituído por tecido fibroso e ocorre o fim da cicatrização A- A: Infarto de um dia mostrando necrose de coagulação e fibras onduladas (alongadas e estreitas, comparadas com as fibras normais adjacentes à direita). Os espaços amplos entre as fibras mortas contêm líquido de edema e neutrófilos dispersos. B: Denso infiltrado de neutrófilos em um infarto agudo do miocárdio ocorrido há 3 dias, aproximadamente. C: Fagocitose avançada, com presença de numerosos macrófagos removendo os cardiomiócitos necrosados (aproximadamente 7 a 10 dias). D: Formação de tecido de granulação bem organizado, caracterizado por deposição de colágeno frouxo e presença de capilares abundantes (10 a 14 dias). E: Infarto do miocárdio cicatrizado, no qual o tecido necrosado foi substituído por uma cicatriz colagenosa densa. Os cardiomiócitos residuais evidenciam a hipertrofia compensatória. Efeitos da reperfusão na viabilidade e função do miocárdio. Após a oclusão coronariana, a função contrátil é perdidadentro de 2 minutos e a viabilidade começa a diminuir após aproximadamente 20 minutos. Se a perfusão não for restaurada (A), quase todo o miocárdio na região afetada morrerá. B, se o fluxo for restaurado, alguma necrose poderá ser evitada, o miocárdio será salvo, e pelo menos alguma função poderá retornar. Quanto antes a reperfusão ocorrer, maior será o grau de salvamento. No entanto, o processo de reperfusão por si só pode provocar algum dano (lesão por reperfusão), e o retorno da função do miocárdio salvo pode ser retardado por horas a dias. Consequências da isquemia miocárdica seguida por reperfusão. Aparência macroscópica (A) e microscópica (B) do miocárdio modificado por reperfusão. A, Infarto agudo do miocárdio, grande e densamente hemorrágico, na parede anterior de um paciente com trombo na artéria descendente anterior esquerda, tratado com estreptoquinase, um agente fibrinolítico (corte de coração corado com cloreto de trifeniltetrazólio). Peça orientada com a parede posterior para o alto. B, Necrose do miocárdio com hemorragia e bandas de contração, visíveis como faixas escuras que atravessam algumas miofibras (seta). B- PRÓS E CONTRAS: O objetivo da reperfusão é salvar o musculo cardíaco em risco e limitar o tamanho da área infartada, ocorre por meio da restauração de fluxo sanguíneo no miocárdio isquêmico. Os pros são: • Recuperar os cardiomiocitos • Evitar alguma necrose Contras: • Pode apresentar hemorragia pois os vasos sanguíneos são lesados. • Pode agravar a lesão e a morte celular Apesar dos contras serem graves é quase sempre feito a reperfusão. Semana 5 A endocardite bacteriana é uma infecção das valvas cardíacas causada pelas bactérias Staphylococcus sp., Streptococcus sp., Enterococcus sp. e grupoHACEK (Haemophilus, Actinobacillus, Cardiobacterium, Eikenella e Kingella). Pode ocorrer como consequencia de uma infecção previa em outro tecido do corpo, procedimento odontológico, cirurgia ou uso de drogas injetáveis. Dividida em aguda e subaguda: Aguda: causada pela infecção da valva previamente normal por estreptococos aureus, produz lesões necrosantes e destrutivas, são difíceis de tratas e normalmente precisam de cirurgia. Subaguda: causada pela infecção de um microrganismo menos virulento, normalmente estreptococos viridans, em valvas previamente deformadas, nesses casos as lesões são menos graves e o curso da doença é mais lento podendo ser tratada com antibióticos normais. A endocardite é caracterizada pela formação de vegetações e destruição tecidual, as lesões são volumosas e podem ser únicas ou múltiplas, na base dos folhetos valvares, cordas tendíneas ou endocárdio mural, a destruição valvar é representada por ulcerações nas margens de fechamento dos folhetos, destruição ou perfuração das cúspides e ruptura de cordas. Histologicamente as vegetações são constituídas por inflamação aguda, neutrófilos e macrófagos, redes de fibrina, bactérias e produtos da destruição valvar. Estenose aórtica calcificada: presença de massas calcificadas dentro das cúspides. A calcificação inicia na camada fibrosa valvas, nos pontos de máxima flexão e na superfície de saída da valva Endocardite trombótica não bacteriana: deposição de pequenos trombos macios e estéreis inseridos frouxamente nos folhetos das valvas, não são invasivos e não causam resposta inflamatória. Cardiopatia reumática: complicação tardia mediada por autoanticorpos que levam a inflamação aguda e fibrose levando a formação de vegetações nos folhetos valvares, fusão de comissuras e cordas tendíneas Prolapso de valva mitral: espessamente acentuado da camada esponjosa com deposição de material mucoide e enfraquecimento da camada fibrose colagenosa da valva, leva ao abaulamento dos folhetos. O pericárdio forma um revestimento fibroso em torno do coração e o mantem em posição fixa no tórax fornecendo proteção física e contra infecções. Tem duas camadas: visceral e parietal A camada visceral recobre todo o coração e os grandes vasos e depois de dobra para formar a parietal, entre ambas existe o espaço pericárdico com cerca de 50 ml de liquido pericárdico seroso que tem função de lubrificar e minimizar o atrito a medida com que o coração se contrai. O liquido é um ultra filtrado do plasma mantido pelas forças hidrostáticas e osmóticas e sobre absorção pelo sistema linfático, normalmente tem aspecto amarelo pálido, sem hemácias e com poucos neutrófilos, predomínio de células mononucleadas e mesotelias em pouca quantidade. Os laboratórios fazem pesquisa de células no liquido com o intuito de descobrir células neoplásicas. Características histológicas: o liquido apresenta células mesoteliais arredondadas, isoladas, núcleos únicos e centrais, misturadas entre poucos linfócitos e neutrófilos. Quando a injuria ou neoplasia próxima o mesotelio responde com proliferação e torna-se estratificado, apresentando diversas célula cuboides com exsudato hipercelular. A identificação de uma única população celular, exibindo progressivo nível de alterações é um dos indicadores de benignidade da amostra, no diagnóstico diferencial. Um dos pontos a se buscar no diagnóstico de malignidade por metástases de carcinoma é a determinação citológica de duas populações celulares distintas, identificando-se as células mesoteliais normais ou reacionais e, simultaneamente, células atípicas neoplásicas, sem a passagem gradativa de atipias entre estas duas populações. O aspecto citológico do mesotélio reacional merece sempre diagnóstico diferencial com adenocarcinoma metastático, que pode ser estabelecido através da imuno-histoquímica ou de colorações especiais para mucina. Na análise desses líquidos, a estrita observação das características de malignidade deve ser buscada, junto com informações clínicas pertinentes, antes do fechamento deum diagnóstico citopatológico de neoplasia metastática. Basicamente quando há algo de errado as células mesoteliais se tornam células reacionais. a- O aspecto é de um liquido amarelo-pálido, límpido. b- Citometria o laboratório faz a análise quantitativa das células presentes no liquido pericárdico c- Citologia análise qualitativa das células com foco em pesquisa de células neoplásicas e células reacionais que são indicativo de malignidade. Segunda imagem célula em anel de cinete Semana 6 Aneurismas: Aneurisma é uma dilatação anormal de um vaso sanguíneo, pode ser congênito ou adquirido. Complicações: ruptura com hemorragia maciça, compressões de estruturas adjacentes, embolia. Manifestações clinicas: na aorta ascendente pode ter manifestações de insuficiência aórtica, na descendente normalmente é assintomática mas pode causar dor e dificuldade respiratória. Aneurisma verdadeiro: quando so ocorre a dilatação do vaso mas não ocorre lesão nas túnicas, pode ser sacular ou fusiforme. • Sacular: dilatação de uma parte da parede vascular, formando um saco. • Fusiforme: dilatação de todo o diâmetro da parede Aneurisma falso: quando ocorre a dilatação por conta de lesão nas três túnicas do vaso e o sangue fica aprisionado na entre a última túnica e o tecido conjuntivo que envolve o vaso. Dissecção: Ruptura transversal da intima e parte da media e através dessa ruptura ocorre a deposição de sangue o qual separa os planos laminares da túnica media. Complicações: ruptura do anel da valva aórtica e insuficiência valvar, tamponamento cardíaco, obstruções valvares, infartos do miocárdio, rupturas e hemorragia. Manifestações clinicas: dor de início súbito e lancinante que começa no tórax e irradia para as escapulas, sincope. Classificação segundo DeBakey: Tipo A: orifício na aorta ascendente. Tipo B: orifício na aorta descendente. • DeBakey I: acomete a aorta ascendentee descendente. • DeBakey II: acomete somente a aorta ascendente • DeBakey III: acomete somente a aorta descendente Êmbolos: São massas intravasculares soltas que podem ser solidas, liquidas, gasosas e são transportadas pelo sangue ate um local onde causam disfunção tecidual ou infarto. A grande maioria de êmbolos são trombos desalojados, existem outros mais raros como: detritos ateroscleróticos, gorduras, tumores, fragmentos de medula. Tipos de êmbolos: Êmbolos líquidos: tipo mais comum é o liquido amniótico, a causa é a infusão de líquido amniótico na corrente sanguínea através de laceração das membranas da placenta ou ruptura de veias uterinas. Embolo gorduroso: infusão de substancias gordurosas na corrente sanguínea, esmagamento de tecido adiposo e de medula são as principais causas. Embolo solido: origina-se de fragmentos de trombos, ruptura de placas ateroscleróticas, migração de células neoplásicas, desprendimento de lesões vegetativas em endocardite. Embolo gasoso: principal causa é a inserção de agulha endovenosas, ventilação mecânica, infusão de liquido contendo bolhas de ar, neurocirurgia e cirurgia de revascularização. Trombos Massas solidas de sangue geradas pela coagulação sanguínea, trombos arteriais ou cardíacos se iniciam nos locais de turbulência ou de lesão endotelial, já os trombos venosos ocorrem em locais de estase. Características macroscópicas: massas foscas e friáveis, de tamanhos variados, aderidos à superfície onde se formaram. Dependendo do local de formação, o trombo pode conter maior quantidade de plaquetas ou de hemácias, o que faz variar a sua coloração: brancos, vermelhos ou mistos. Características microscópicas: tem aspecto microscópico de coágulo sanguíneo em que se observam áreas acidófilas, contínuas e laminares, nas quais predominam depósitos de plaquetas e fibrina, e áreas de estrias granulares, onde há o predomínio de hemácias. Evolução do trombo: 1- Propagação: Uma vez iniciado o trombo pode crescer progressivamente e ocluir o vaso sanguíneo, sofrer embolização ou dissolução 2- Organização: Nessa fase se inicia uma reação inflamatória na qual fagócitos retiram e digerem células de fibrina, liberam citocinas, quimiocinas e fatores de crescimento que atraem fibroblastos e células endoteliais que incorporam o trombo na parede do vaso 3- Recanalização: no local onde o trom foi incorporado há proliferação de células endoteliais que originam canais que permitem o fluxo de sangue através do trombo restabelecendo parcialmente a circulação. Tipos de trombos: Semana 7 Trombose venosa profunda Fatores: • Fratura que foi imobilizada • Idade • Uso de anticoncepcional oral • Edema e hiperemia cutânea Tromboembolia pulmonar: Geralmente se origina de trombos derivados de trombose que são transportados ate o pulmão e ocluem a rede arterial pulmonar. A gravidade depende de qual artéria foi obstruída e tamanho do embolo: • Êmbolos múltiplos levam a hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca direita. • Embolia maciça leva a morte súbita • Embolia de ramos médios e pequenas arteríolas pode causar hemorragia e infarto Infarto pulmonar: O pulmão apresenta circulação dupla (pulmonar e brônquica), por isso muitas obstruções arteriais não causam infartos, pois a circulação brônquica intacta geralmente é suficiente para perfundir a área afetada. Quando a circulação brônquica está comprometida (congestão pulmonar por dificuldade de retorno venoso) o risco de infarto pulmonar é maior. Alterações anatomopatológicas: • Hemorragia: inundação das áreas necróticas por sangue. • Infarto em cunha: a região infartada se estende ate a periferia • Infarto recente tem cor avermelhada e bem delimitada • Infarto antigo: acumulo de hemossiderina e por isso cor castanha. • A substituição fibrosa se inicia pela periferia e converge para o centro, a pleura também pode apresentar fibrose. Alterações histopatológicas: • Infarto recente: necrose com hemorragia nas paredes dos alvéolos, bronquíolos e vasos. Presença de hemácias no espaço alveolar. • O infarto em fase de reabsorção apresenta uma fina camada de tecido degranulação delimitando a região de pulmão normal e infarto, que é constituído por capilares neoformados e células inflamatórias. As células inflamatórias saem dos capilares e invadem o tecido necrótico a partir da periferia. Na periferia do infarto observam-se neutrófilos em meio aos alvéolos necróticos e hemácias degeneradas. No centro do infarto, onde as células inflamatórias ainda não chegaram, há necrose coagulativa completa (septos totalmente anucleados e com aspecto hialino). • No infarto antigo a lesão foi totalmente substituída por cicatriz conjuntiva. É a inflamação que surge em indivíduos que estão entrando em contato com o patógeno pela primeira vez. Mais comum em crianças, mas pode acometer adultos e idosos em locais de risco. As reações ocorrem preferencialmente no lobo superior ou na região inferior do lobo superior. Na maioria das pessoas a infecção primaria é contida por uma série de mecanismo e não evoluem para a doença tuberculose, mas esses mecanismo podem falhar e a pessoa tem a doença em si. O primeiro contato é dividido em 4 reações: Reação exsudativa: Acontece nas três primeiras semanas de infecção, a resposta inflamatória é inespecífica e feita por neutrófilos e macrófagos que são atraídos pelos carboidratos da membrana dos bacilos. Apesar de fagocitarem os bacilos eles não são destruídos e continuam se multiplicando no interior das macrófagos, inicia-se então uma alveolite aguda exsudativa que é caracterizada por necrose dos alvéolos, exsudação de fibrina e neutrófilos degenerados. Reação produtiva: Como somente a resposta exsudativa não é suficiente, se inicia a segunda linha de defesa, a resposta inata adaptativa e acontece a formação de um granuloma. As células apresentadoras de antígenos liberam IL12 que estimula os linfócitos Th1 liberarem citosinas IFNY, que é o principal ativador de macrófagos e com os macrófagos ativados eles liberam mais citocinas que atraem mais macrófagos que produzem oxido nítrico na tentativa de matar os bacilos. Eles também liberam defensivas. Por ação do IFNY os macrófagos se transformam em células epitelioides e tendem a se aglomerar originando as células gigantes multinucleadas. Toda essa reação resulta em destruição dos bacilos, formação de granulomas e necrose caseosa. Os granulomas podem conter uma ou mais células gigantes no centro ao redor das quais existem células epitelioides e no centro a necrose caseosa Reação produtiva caseosa Macrófagos, células epitelioides e linfócitos T destroem os bacilos nos granulomas. Quanto maior a hipersensibilidade do hospedeiro e maior a quantidade bacilos, maior vai ser a área de necrose nos granulomas, é como se fosse um campo de batalha, os macrófagos sofrem apoptose para tentar reter a disseminação da infecção e a necrose causada pelo bacilos é uma forma de aumentar a disseminação . Reação de cicatrização É a última fase onde ocorre o controle da multiplicação bacteriana e o processo de cicatrização e calcificação. A reação inflamatória e os granulomas recebem o nome de nódulo de GHON e a partir desse os bacios alcançam os vasos linfáticos e linfonodos O conjunto de nódulos de GHON e linfadenite tenho nome de complexo primário e esse complexo primário tem 2 destinos: a. Cura que ocorre na maioria dos casos deixando apenas uma pequena cicatriz ou em alguns indivíduos os bacios podem permanecer latentes (forma latente) b. Quando não há cura os bacilos persistentes no tecido multiplicam-se e se disseminam nos pulmões e em outros órgãos dando origem a tuberculose primaria progressivaOcorre mais comumente em adultos que teve uma infecção primaria previa. Ocorre de 2 maneiras: 1- Reativação da infecção após os bacilos em estado latente serem ativados se novamente por qualquer condição de queda de imunidade 2- Reinfecção naqueles indivíduos que tiveram a primeira infecção curada, mas sofreram nova infecção. As lesões da tuberculose secundária se apresentam da seguinte forma: Tuberculose apical: disseminação dos bacilos que se aloja um preferencialmente nos ápices pulmonares causando lesões fibrocaseosas nesses locais Tuberculose acino nodosa: ocorre a partir da lesão apical ou da reativação da lesão primária com a proliferação dos bacilos e disseminação pelas vias aéreas conforme os movimentos respiratórios acontecem. A inflamação compromete os ácinos pulmonares inteiros e podem atingir a pleura formando pleurite tuberculosa e derrame pleural. Tuberculose cavernosa: quando ocorre necrose extensa o material necrótico Celi que faz é drenado pelo brônquio e expelido o que dá origem cavitações conhecidas como cavernas tuberculosas, a fibrose se forma na parede das cavernas e no parênquima adjacente o que pode ocasionar outras lesões como obstrução brônquica e enfisema cicatricial Tuberculose miliar: pode formar as mesmas lesões miliares já descritas podendo se disseminar para outros órgão ou atingir a pleura, pode causar infecção na laringe estômago intestino delgado e causar tuberculose intestinal. Imagens lab: Semana 8 Doença causada pelo Ascaris lumbricoides, está presente em todas as regiões e é mais frequente em crianças em idade escolar. O patógeno tem cerca de 20 a 40 cm e a femea é maior que o macho, seu habitat preferencial é o intestino delgado mas podem ocupar lugares menores como as vias biliares, ducto pancreático. Primeira foto: femea adulta que possui cauda retilínea, segunda foto macho adulto que possui cauda curvada. Fisiopatologia: Quando a carga parasitaria é baixa e o paciente não apresenta hipersensibilidade aos produtos parasitários as alterações e reações serão discretas. Quando ocorre infecção maciça as lesões produzidas pela migração da larva atraves do parênquima hepático causa pequeno focos hemorrágicos e áreas de necrose. Nos pulmões as larvas rompem os capilares dos alvéolos e provocam focos hemorrágicos, edema e infiltrado inflamatório, pode se observar também dilação dos bronquíolos e exsudato nos alvéolos que caracteriza uma pneumonite difusa. Quando as larvas retornam ao intestino e assumem a forma adulta, os vermes permanecem na luz e podem não causam danos a mucosa intestinal ou causar uma manifestação alérgica caracterizada por irritação da mucosa, edema e asma brônquica. Em crianças pode prejudicar a absorção nutricional de forma mais grave. Ciclo da doença 1- Ovos não embrionados são soltos no ambiente e caso tenha uma condição favorável se tornam embrionados. 2- Os ovos são origem ao primeiro estágio larval L1 e um tempo depois ao segundo L2, ambos larvas rabdtiformes. 3- No terceiro estagio larval a larva se torna infectante (filariforme) e após a ingestão dos ovos vão para o intestino e em condições favoráveis dão origem a L3. 4- L3 alcança a corrente linfática e sanguínea vai pela circulação porta até o fígado e depois pela sistêmica vai até os pulmões, antes de penetrar os alvéolos se tornam L4 5- Após romper os alvéolos mudam pra L5, migram até a faringe e são deglutidas e já no intestino vivem no lumem. Primeira foto são ovos inférteis que são mais alongados que os ovos férteis. Segunda foto dão ovos férteis, mais arredondados e com casca mais grossa. Manifestações clinicas: Também se observa a síndrome de Löffler na migração pulmonar que se caracteriza por tosse seca, dispneia, sibilos, desconforto retroesternal e febre baixa e eosinofilia no sangue e escarro. Quando passa pelo fígado pode causar hepatomegalia, pode penetrar e ocluir a árvore biliar, provocando cólica biliar, colecistite, colangite, pancreatite, abscessos intra-hepáticos ou obstruir o apêndice levando a um quadro de apendicite. No intestino os vermes geralmente não causam sintomas mas em infecções maciças pode causar obstrução intestinal e pode causar cólicas, diarreia e dor abdominal. A migração até o esôfago pode causar expulsão oral ou atraves do nariz. Infecção causada por strongyloides stercoralis, quase sempre é assintomática. Os vermes vivem no solo e a infecção ocorre por penetração ativa da pele. Pode ser complicações como enterite e enterocolite e demais complicações que podem ser fatais em indivíduos imunocomprometidos. Fisiopatologia: No local de penetração pode haver lesões cutâneas discretas e pontos acompanhadas de prurido, o trânsito nos pulmões provoca hemorragias e lesões inflamatórias. Nos casos mais graves pode haver broncopneumonias, edema pulmonar e síndrome de Löffler e insuficiência respiratória. No intestino o verme vive na parede da mucosa intestinal e produz lesões de ordem mecânica que levam a inflamação e infiltração eosinofílica Congestão e edema tornam as paredes do duodeno e jejuno espessas, as pregas mucosas tumefeitas e as vilosidades alargadas e achatadas. Infecções bacterianas secundárias à migração larval podem complicar e agravar a evolução. Primeira forme é uma larva rabdtiformes, segunda forma é uma larva filariforme Primeira foto é um macho adulto de vida livre e segunda foto um femea adulta. Ciclo da doença: Por infecção ativa: 3- As femeas depositam ovos não fecundados, dos ovos eclodem larvas rabdtiformes (L1 e L2) que são excretadas nas fezes. 4- No solo, em condições favoráveis, as larvas se tornam infectante, filariformes (L3), e evoluem para formas adultas de vida livre as quais produzem ovos que dão origem a larvas infectantes. 5- A infecção ocorre por meio da penetração ativa da pele e após isso os vermes alcançam a corrente linfática, sanguínea e os pulmões (L4). 6- Nos pulmões sobem a arvore brônquica e são deglutidos. Por auto infecção: 1- As femeas que estão no intestino produzem larvas rabdtiformes que antes de serem excretadas nas fezes se tornam infectante. 2- As larvas infectantes penetram a pele perianal e fazem a migração chegando ao intestino novamente e continuando o ciclo. 3- E novamente alcançam a corrente sanguínea e são transportadas até o pulmão. Manifestações clinicas: Na fase aguda da doença pode ser visto um quadro de síndrome de Löffler, com tosse seca, expectoração e febre, além disso pode haver desconforto abdominal, dor epigástrica, perda de apetite, astenia e irritabilidade. Na fase crônica pode ser assintomática ou causa diarreia, prisão de ventre, vômitos intermitentes. Em imunossuprimidos pode ocorrer hiper infecção devido a autoinfecção descontrolada resultando em morte. O uso de corticoides mimetizam um hormônio produzido pela femea o que estimula o desenvolvimento de larvas infectantes. A hiper infecção pode ser complicada por sepse causada infecção secundária das lesões intestinais. Pode haver o desenvolvimento de estrongiloidíase disseminada com a presença de vermes adultos e larvas nas vias biliares, vesícula biliar, fígado, estômago, peritônio, gânglios linfáticos abdominais, rins, entre outros. Doença causada por ancilostomideos das espécies Ancylostoma duodenale e Necator americanus. Essas verminoses são conhecidas como amarelão e tem grande incidência em regiões quentes e úmidas. O único hospedeiro da espécie é o ser humano e seu habitat é o intestino delgado, preferencialmente. Os vermes adultos alcançam aproximadamente um centímetro e as femeas são um pouco maiores que os machos, possuem corpo cilíndrico e afunilado nas extremidades Fisiopatologia: A ancilostomíase resulta de uma combinação de fatores: carga massiva de vermes +duração prolongada de infecção + ingestão inadequada de ferro que resulta em anemia ferropriva. Nas infecções maciças, os vermes atravessam os pulmões e as arvores brônquicas o que causa pequeno focos hemorrágicos, edema e infiltrado inflamatório no local de penetração das larvas. No intestino delgado o parasita se fica na mucosa intestinal e elimina enzima que produzem dilaceração da mucosa, o material necrosado e o sangue que passa pelo lesão são ingeridos pelo animal. Toda vez que ele muda de local a agressão se repete e pode causar focos de infecção bacteriana secundaria. Ciclo da doença: Ancylostoma duodenale: A infecção pode ocorrer por penetração ativa na pele ou por ingestão de água e alimentos contaminados, não precisa passar pelo pulmão para completar o ciclo. Necator americanus: A infecção ocorre pela penetração ativa na pele, obrigatoriamente, pois precisa passar pelo pulmão pra completar o ciclo. 1- Os ovos contidos nas fezes do hospedeiro infectado são depositados no solo e em cerca de 1 ou 2 dias eclodem liberando larvas rabdtiformes, cerca de 10 dias após isso as larvas se tornam filariformes (infectante). 2- A infecção ocorre por meio da penetração ativa da pele, principalmente dos pés, ou por mucosas. 3- Após penetrarem as larvas passam pelos vasos linfáticos e atingem a corrente sanguíneo, do átrio direito vão para o pulmão. 4- Nos alvéolos pulmonares se transformam em L4 e sobem a arvore brônquica até a faringe e são deglutidos. 5- No intestino delgado se tornam vermes adultos e se fixam as paredes do intestinais produzindo milhares de ovos por dia. Manifestações clinicas: Na fase aguda, pode ocorrer: • Dermatite maculopapular no local de penetração da pele. • Eritema (manchas vermelhas na pele) • Também se observa a síndrome de Löffler na migração pulmonar que se caracteriza por tosse seca, dispneia, sibilos, desconforto retroesternal e febre baixa e eosinofilia no sangue e escarro. • Na fase intestinal inicial pode haver dor epigástrica, náuseas, diarreia. Na fase crônica, quando a carga parasitaria é baixa os sintomas podem não aparecer, mas se a carga for alta pode aparecer: • Hemorragias por lesões traumáticas • Anemia ferropriva • Edema de face e membros inferiores • Obstrução do lumem intestinal • Icterícia A pneumonite eosinofílica compreende um grupo de doenças pulmonares nas quais os eosinófilos aparecem em maior número nos pulmões e quase sempre na corrente sanguínea. Alguns medicamentos, produtos químicos, fungos e parasitas podem levar ao acúmulo de eosinófilos nos pulmões. Pode se apresentar com tosse, falta de ar e insuficiência respiratória. A síndrome de Löffler, uma forma de pneumonia eosinofílica, pode não causar nenhum sintoma ou pode causar sintomas respiratórios leves. Radiografias torácicas e exames de sangue para encontrar níveis elevados de eosinófilos no sangue são necessários para o diagnóstico. A síndrome de Löffler é frequentemente parte de uma infestação por qualquer uma dentre várias espécies de vermes nematódeos, mais comumente Ascaris lumbricoides; contudo, uma causa pode não ser identificada em até um terço das pessoas. A doença geralmente se resolve dentro de um mês. 2- Quantidade elevada de eosinófilos 3- A radiografia de tórax evidenciava extensa imagem de consolidação periférica, ocupando os dois terços superiores do pulmão direito, além de opacidade em região para-hilar direita. A tomografia computadorizada do tórax de alta resolução (TCAR) demonstrava infiltrado intersticial, com áreas de confluência alveolar, ocupando parte do lobo superior direito, além de pequenas opacidades reticulares, periféricas e bilaterais. 4- Nos pulmões as larvas rompem os capilares dos alvéolos e provocam focos hemorrágicos, edema e infiltrado inflamatório, pode se observar também dilação dos bronquíolos e exsudato nos alvéolos. Nos casos mais graves pode haver broncopneumonias, edema pulmonar e síndrome de Löffler e insuficiência respiratória. 4- Os principais sintomas do Loeffler são dispneia asmatiforme, tosse seca, febre baixa e desconforto retroesternal.
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