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AS FACES DOS APROVEITADORES DE IMPÚBERES

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AS FACES DOS APROVEITADORES DE IMPÚBERES
Introdução: A pedofilia é reconhecida como o “ato sexual contra a criança” (SERAFIM et al., 2009), porém vai além disso, uma vez que esse termo “[...] trata-se mais precisamente de transtorno parafílico” (SERAFIM et al., 2009), e, na verdade, nem sempre aquele que sente a atração sexual por crianças consuma o crime. Ou seja, o pedófilo é conhecido erroneamente pelo senso comum como aquele que abusa sexualmente de crianças, entretanto o conceito é mais amplo que isso. Material e Métodos: Realizou-se uma pesquisa qualitativa, exploratória e bibliográfica, na qual os dados foram coletados em artigo do site acadêmico SciELO. Resultados e Discussão: Encontrou-se a classificação majoritária a respeito do sujeito ativo em atos contra a criança. Há a divisão entre os “abusadores” e “molestadores”, no qual o primeiro trata-se daqueles que não consumam o ato sexual, se satisfazendo através de ações menos invasivas com o menor, enquanto o segundo viola sexualmente o inocente. Os molestadores se subdividem em: situacional, o qual se aproveita de um momento oportuno para consumar o ato, não necessariamente sendo com a criança, mas com qualquer ser vulnerável; e preferencial, aquele que necessariamente se satisfaz com um imaturo. O primeiro é separado em: regredido, que, por conta de uma baixa autoestima, abusa de um desprotegido para elevá-la; inescrupuloso, o qual é um sujeito imoral, que comete o ato sexual sem importar-se se é certo ou não; inadequado, agente que, provavelmente por conta de um transtorno mental, não distingue o certo do errado, acreditando que sua ação não prejudica o indivíduo. O preferencial tem como classificação: sedutor, que estimula a vítima, procurando se aproximar dela e deixar uma situação mais confortável para o desamparado; sádico, aquele que sente a satisfação mediante uso de força bruta, e, muitas vezes, chega a matar a criança; introvertido, o qual tem receio de praticar o ato sexual, e, por isso, comete o crime de forma tímida, procurando não assustar o vulnerável, sendo, em geral, a vítima desconhecida e muito pequena para ter noção da situação. Considerações finais: Conclui-se que os abusadores e os molestadores preferenciais (sedutor, sádico e introvertido) são portadores do transtorno parafílico, visto que só se satisfazem com os impúrberes, segundo o artigo estudado. Entretanto, observa-se também no artigo que os portadores desse distúrbio mental excepcionalmente cometem o ato sexual contra a criança, e nem sempre aqueles que consumam apesentam a enfermidade. É importante ressaltar a lacuna presente na literatura quanto ao estudo da classificação dos aproveitadores de crianças, uma vez que a perícia é subjetiva, e por isso os acusados nem sempre recebem o tratamento adequado para a sua conduta, o que provoca uma ineficiência do sistema carcerário. Logo, é necessário que a interdisciplinaridade se faça mais presente no Direito, de modo a estabelecer o perfil do aproveitador de impúberes, o que favorecerá a identificação e encaminhamento para a devida sanção.
REFERÊNCIAS
SERAFIM, Antônio de Pádua; et al. 	Perfil psicológico e comportamental de agressores sexuais de crianças. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832009000300004>. Acesso em 10 fev. 2017.

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