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PROJETO DE EXTENSÃO Universidade de Araraquara - UNIARA JARDIM DOS SENTIDOS: PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS Disciplina: Plantas Medicinais e Aromáticas Docente: Dra. Anaira Denise Caramelo Curso: Engenharia Agronômica Araraquara - SP Fevereiro de 2017 JARDIM DOS SENTIDOS: PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS Resumo: O cultivo de plantas medicinais e aromáticas tem sido intensificado nos últimos anos, principalmente devido ao fato de que a população tem buscado melhoria na qualidade de vida, evitando assim, o uso de produtos industrializados que muitas vezes estão associados ao desencadeamento de doenças. Sendo assim, objetiva-se com o desenvolvimento do projeto, estimular os discentes do 5º ano do curso de Engenharia Agronômica da Universidade de Araraquara – UNIARA, que estão cursando a disciplina de plantas medicinais e aromáticas, ao desenvolvimento de plantas para a montagem de um jardim dos sentidos para a exposição e distribuição de mudas na FEC 2017, bem como a montagem de um jardim móvel para a divulgação em escolas de ensino médio do município de Araraquara. O projeto será desenvolvido na fazenda experimental da UNIARA, onde será destinada uma área para a produção de mudas com potenciais aromáticos e medicinais. Durante o desenvolvimento do projeto, serão realizados monitoramentos constantes pelos discentes do 5º ano, para que as plantas desenvolvam-se de maneira adequada. Em seguida, após transcorrido o período necessário, será realizada a montagem de um jardim dos sentidos na fazenda experimental em caráter permanente, bem como na FEC 2017, com o objetivo de demonstrar aos visitantes a importância e beleza dessas plantas. Serão distribuídas inclusive, as mudas aos visitantes. Além disso, será realizada a montagem de um jardim móvel, visando expor às escolas de ensino médio o projeto desenvolvido. Sendo assim, espera-se com o projeto, estimular os discentes à prática do cultivo dessas plantas, visto que atualmente apresentam potencial significativo à agricultura e à comercialização. 1. INTRODUÇÃO O uso de plantas medicinais e aromáticas faz parte cultura brasileira, visto que disseminou-se principalmente pelo saber popular. Em função do exposto, o uso pela população é muito difundido e consequentemente as potencialidades no setor acentuam-se a cada ano, resultando em um reconhecimento mundial (MESSIAS et al., 2015). Vale esclarecer ainda, que grande parte da população ainda encontra nos produtos naturais, a única fonte de recursos terapêuticos, o que evidencia ainda mais a importância da disseminação do conhecimento a respeito de produtos naturais, já que conforme estudos, apenas cerca de 1% das plantas com potencial medicinal foi devidamente estudada (MARTINS et al., 2003). Devido à busca pelos produtos naturais, tem-se verificado perdas quanto à biodiversidade, já que muitas vezes o impacto antrópico sob os ecossistemas brasileiros tem-se acentuado gradativamente, devido principalmente, às culturas e às tradições das comunidades que residem ao entorno de áreas protegidas. Sendo assim, torna-se fundamental a intensificação de estudos e a produção de plantas em escala comercial, evitando que novas áreas sofram com o desmatamento e a exploração indevida (MESSIAS et al., 2015). Sendo assim, a disseminação do conhecimento junto às universidades tem-se destacado nos últimos anos, visto que orienta os discentes à busca de soluções para a potencialização do mercado consumidor que apresenta-se cada vez mais exigente. Portanto, uma alternativa à busca pelo interesse pelo conhecimento de plantas medicinais e aromáticas é a montagem de jardins dos sentidos, visto que, de acordo com o Instituto Inglês Sensory Trust (2016), esses lugares atuam como áreas auto-suficientes onde é possível a obtenção de experiências sensoriais, sendo inclusive, um espaço educativo e recreativo para diferentes públicos. 2. OBJETIVO GERAL Propiciar aos discentes do curso de engenharia agronômica métodos científicos para o cultivo de plantas medicinais e aromáticas, bem como divulgar os resultados obtidos na FEC de 2017 por meio de um “Jardim dos Sentidos” e distribuição de mudas. 2.1. Objetivos específicos Estimular os discentes do 5º ano do curso de Engenharia Agronômica quanto ao cultivo de espécies medicinais e aromáticas para a montagem do Jardim dos Sentidos; Selecionar e produzir mudas na Fazenda Experimental da Universidade de Araraquara – UNIARA, que apresentem potencial à agricultura e às demandas do mercado consumidor Expor o jardim na FEC 2017, com vistas a estimular os sentidos dos visitantes, por meio do tato, olfato, paladar e visão; Realizar a doação de mudas aos visitantes da feira, com vistas a divulgar o curso de Engenharia Agronômica e a UNIARA; Montar e expor um jardim móvel junto às escolas de ensino médio do município de Araraquara, com vistas à divulgação do projeto desenvolvido pelo curso de Engenharia Agronômica e da Universidade de Araraquara. 3. METODOLOGIA Para o desenvolvimento do projeto, inicialmente os discentes do 5º ano do curso de Engenharia Agronômica da Universidade de Araraquara – UNIARA serão organizados em 10 grupos de 6 a 7 participantes, sendo que cada grupo será responsável pela elaboração de referencial teórico de 2 plantas com potencial aromático/medicinal, conforme segue: GRUPO 1: Hortelã e capim cidreira; GRUPO 2: Manjericão e orégano; GRUPO 3: Lavanda e sálvia; GRUPO 4: Alecrim e tomilho; GRUPO 5: Gengibre e carqueja; GRUPO 6: Melissa e boldo; GRUPO 7: Arruda e cebolinha; GRUPO 8: Salsa e losna; GRUPO 9: Camomila e babosa; GRUPO 10: Quebra-pedra e guaco; Após o levantamento teórico sobre as características botânicas (Nome popular, nome científico e família), serão elaborados boletins informativos sobre cada espécie, contendo: HISTÓRICO DA PLANTA; DESCRIÇÃO BOTÂNICA; COMPOSIÇÃO QUÍMICA; FORMAS DE PROPAGAÇÃO; CULTIVO; COLHEITA E BENEFICIAMENTO; REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA PRODUÇÃO DE SUCESSO; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Em seguida, os discentes serão deslocados até a fazenda experimental da UNIARA, com vistas ao preparo da área e posterior produção das plantas. Cabe esclarecer ainda que cada grupo ficará responsável pela produção das duas espécies utilizadas para a o levantamento teórico, sendo que os tratos culturais e irrigações deverão ser devidamente planejados em função das características morfofisiológicas dos vegetais. Após a germinação e desenvolvimento inicial das plântulas, estas sofrerão o processo de replante que contemplará duas metodologias distintas, sendo: PROCEDIMENTO 1: 80% das plantas serão inseridas em sacos plásticos ou vasos específicos para mudas, com vistas à realização da doação que ocorrerá na FEC 2017 e também para a montagem do jardim dos sentidos durante a exposição da feira. PROCEDIMENTO 2: 20% das plantas serão utilizadas para a montagem do jardim dos sentidos que será permanente na fazenda experimental da UNIARA, com vistas à obtenção de plantas matrizes para futuros procedimentos laboratoriais, bem como para a montagem do jardim móvel, que será utilizado para a exposição do projeto junto às escolas de ensino médio de Araraquara, SP. Cada grupo será responsável pela produção de 300 plantas, ou seja, 150 de cada espécie. Portanto, serão direcionadas para a FEC 2017, 2.400 plantas, sendo que o restante irá comporo jardim dos sentidos permanente da UNIARA. Seguem abaixo imagens ilustrativas de jardins dos sentidos implantados em outras localidades: Fonte: www.culturamix.com Fonte: www.ufjf.br Para o preparo do jardim permanente, na fazenda experimental da UNIARA, serão organizados canteiros, devidamente delimitados, onde serão inseridas placas indicativas com os nomes populares e científicos de cada espécie, visando facilitar a identificação dos exemplares, principalmente por visitantes e discentes de demais turmas. Além disso, será realizada a montagem de um jardim móvel, com vistas a apresentar o projeto junto às escolas de ensino médio do município de Araraquara. O mesmo será realizado durante a FEC, porém, para a exposição serão organizados jardins suspensos, possibilitando melhor visualização e identificação sensorial, já que, conforme visualizado nas figuras anteriores será utilizado “tapa- olhos”, com vistas à identificação da planta pelo olfato e tato. Caso o visitante não consiga a identificação por meio dessas vias, poderá ser realizado o contato visual de cada espécie, com vistas a disseminar conhecimentos acerca das plantas medicinais e aromáticas. Além disso, também serão distribuídas as plantas das 20 espécies que serão cultivadas pelos discentes do 5º ano ao público visitante da FEC 2017. 4. CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO Atividade F M A M J J A S O N D 1)Levantamento bibliográfico X X 2)Preparo dos boletins informativos X X 3) Semeadura X 4) Manutenção das plantas X X X X X 5) Montagem do jardim permanente X X X X 6) Montagem do jardim móvel 7) Replante das espécies X X X X 8) FEC X X 9) Exposição do jardim móvel X X X X X 9) Apresentação de resultados X X 5. RESULTADOS ESPERADOS Espera-se com a implantação do projeto, que os discentes do 5º ano do curso Engenharia Agronômica da Universidade de Araraquara – UNIARA ampliem seus conhecimentos referentes à disciplina de Plantas Medicinais e Aromáticos, por meio do aperfeiçoamento de técnicas de cultivo e manejo dessas plantas, bem como suas funções, princípios ativos e utilizações, já que o mercado consumidor tem aumentado o consumo de produtos naturais como alternativa aos industrializados, gerando, consequentemente, demanda ao agricultor. Além disso, espera-se expor na FEC 2017, um tema diferenciado dos anos anteriores, visto que o jardim dos sentidos desperta curiosidade no público visitante, já que proporciona uma interação com a planta, não limitando-se apenas à simples doação de mudas, mas sim, a efetiva disseminação dos conhecimentos sobre os modos de cultivo, manejo e utilização de cada espécie. 7. BIBLIOGRAFIA MARTINS, E.R. et al. Plantas medicinais. Viçosa: UFV Imprensa Universitária, 2003. 220p. MESSIAS, M.C.T.B.; SANTOS, B.R.; PRADO, A.C.C.; MENEGATTO, M.F.; GUIMARÃES, M.F.M. Uso popular de plantas medicinais e perfil socioeconômico dos usuários: um estudo em área urbana em Ouro Preto, MG, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais; 17(1): 104-104, 2015. SENSORY TRUST. Disponível em: . Acessado em 02 de fevereiro de 2016
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