Aula 9 - Estruturas Psicomotoras I – 2ª Unidade Funcional

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Psicomotricidade
Aula 9: - Estruturas Psicomotoras II – 2ª Unidade Funcional
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Verificação da Segunda Unidade Funcional de Luria
Lateralização – integração sensorial, investimento emocional, desenvolvimento das percepções difusas e dos sistemas aferente e eferente (dos 2 aos 3 anos). Dividio em : lateralização manual e lateralização pedal;
Noção corporal – noção do “Eu”, conscientização corporal, percepção corporal, conduta de imitação. (dos 3 aos 4 anos). Dividido em: sentido cinestésico, reconhecimento de direita e esquerda, auto-imagem, imitação de gestos, desenho do corpo, 
Estruturação espaço-temporal – 
	desenvolvimento da atenção seletiva, do processamento das informações, coordenação espaço-corpo, proficiência da linguagem (dos 4 aos 5 anos). Dividido em: organização, representação topográfica, estruturação rítmica, 
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A Segunda Unidade Funcional de Luria
É responsável por obter, captar, processar e armazenar informações vindas do mundo exterior. Está relacionada com a recepção, análise (codificação e processamento) e armazenamento das informações.
Localização - nas áreas corticais - occipital, temporal e parietal. 
Região occipital (áreas 17, 18 e 19 de Brodmann) área visual; região temporal superior (áreas 41, 42 2 22 de Brodmann); região pós-central ( áreas 3,1, e 2 de Brodmann) analise tátil e cinestésica. 
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A Segunda Unidade Funcional de Luria - continuação
Três leis básica compreendem a complexidade da 2ª unidade funcional.
Estrutura hierárquica das zonas corticais (primárias, secundárias e terciárias); 
Diminuição progressiva da especificidade sensorial;
Progressiva lateralização das funções.
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A Segunda Unidade Funcional de Luria - continuação
É o grande centro do imput sensorial, recepção, análise, armazenamento das informações vindas do mundo externo.
Lateralização dos hemisférios cerebrais. 
 Hemisfério cerebral direito – pensamento espacial, orientação visuoperceptiva, memória não-verbal.
Hemisfério cerebral esquerdo – fala, cognição (linguagem e negligência –espacial)
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Estruturas Abordadas
Esquema Corporal
Lateralidade
Percepção espaço-temporal
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Esquema Corporal
Forma a personalidade da criança e equilibra as funções psicomotoras e maturacionais.
Através da percepção do mundo externo o indivíduo se conscientiza do seu corpo. E a linguagem que o indivíduo estabelece através desse corpo é importantíssimo para o processo educativo. 
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Esquema Corporal - continuação
O que é esquema corporal?
É a imagem de si mesmo, que se constrói igual na forma que as demais estruturas mentais pela associação dos elementos cada vez mais coordenados e complexos.
O conhecimento pela criança de seu próprio corpo tem um papel importante, nas suas relações com o ambiente e em todo o seu desenvolvimento psicomotor. 
 A criança percebe o seu corpo por meio de todos os sentidos. 
Esse corpo ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe sons, sente cheiros e sabores, dor e calor e movimenta-se. 
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Desenvolvimento do Esquema Corporal
Inicialmente, a criança não se diferencia dos objetos que a rodeiam e, se percebe, é tudo como um bloco compacto. 
Depois, começa a estabelecer diferenciações, partindo de seus próprios movimentos e então, começa a formar sua própria imagem corporal.
Simultaneamente, a criança começa a delinear as primeiras noções espaciais, pela distância percebida entre ela e os objetos,
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Desenvolvimento do Esquema Corporal - continuação
É partindo do seu próprio corpo que a criança esboça as primeiras noções de profundidade, através das flexões do seu tronco.
 
A imagem de si, permite a criança perceber como um eixo central (que se volta para um lado e para o outro), seus dois dimídios laterais: direito e esquerdo, sentindo o domínio de um desses dimídios e o estabelecimento correto da lateralidade.
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Desenvolvimento do Esquema Corporal - continuação
 A criança passa a ter a noção de volume, quando executa movimentos para frente, para trás, para os lados. 
Quando a imagem do corpo é considerada em seus próprios limites e quando a concentração dessa imagem é informe e difusa, chamamos de 
		Esquema Interoceptivo.
Quando o indivíduo se assegura das possibilidades para projetar-se fora de si mesmo, com plena consciência deste impulso dinâmico que possibilita ao mesmo tempo a ação e a representação dos atos realizados, chamamos de Esquema Exteroceptivo. 
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Inventário do Corpo
Identificação - da cabeça, das partes do rosto, do pescoço e do tronco, dos membros superiores e inferiores: em si, nos outros, em objetos e em gravuras;
- Introjeção - representação mental e repetição verbal e mental;
- Transposição - nos outros, em objetos e em gravuras;
 - Transcrição - o introjetado é projetado através de habilidades manuais e representações gráficas. 
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O esquema corporal abrange:
A Imagem corporal que é a representação visual do corpo, a impressão que a pessoa tem de si mesma;
O Conceito Corporal é o conhecimento intelectual sobre partes e funções do corpo;
. O Esquema Corporal regula a posição dos músculos e partes do corpo.
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Lateralidade
Está intimamente ligada ao esquema corporal.
E a capacidade motora de percepção integrada dos dois lados do corpo: direito e esquerdo.
A predominância de um dos lados se faz em função do hemisfério cerebral.
 As atividades motoras são controladas por um dos hemisférios cerebrais, considerado dominante. 
Os movimentos preferenciais de um dos lados de seu corpo determinam se o indivíduo é destro (D) ou sinistro/canhoto (E).
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Lateralidade - continuação
Inserimos a lateralidade quando falamos de conhecimento corporal, pois a chamamos de bússola de nosso corpo que possibilita nossa situação no ambiente. A lateralidade diz respeito à percepção dos lados Direito e Esquerdo e da atividade desigual de cada um desses lados. 
Quando o indivíduo percebe que seu corpo possui dois lados e que um deles é mais utilizado do que o outro é o início da discriminação entre D e E.
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Lateralidade - continuação
De início, a criança não distingue os :
Dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os dois braços encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam D e E. 
Aos 5 anos de idade, aprende a diferenciar uma mão da outra e um pé do outro, em seguida, passa a distinguir um olho do outro.
Aos 6 anos, a criança tem noção de suas extremidades D e E e noção dos órgãos pares, apontando sua localização em cada lado de seu corpo.
Aos 7 anos, sabe com precisão quais são as partes D e E de seu corpo. 
A lateralidade é a integração bilateral postural (condição básica da motricidade humana decorrente da tonicidade e equilibração), do corpo e está ligada com a evolução e utilização dos instrumentos, integrações sensoriais complexas e aquisições motoras unilaterais, dinâmicas e de origem social.
Ela é inata basicamente, governada por fatores genéticos, embora as experenciações e o social possam influenciar. 
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Causas de Pertubações da Lateralidade:
Problemas motores ou neurológicos;
Problemas sociais (contrariar impondo a dominância lateral);
Problemas psicológicos, por um fator afetivo a criança não consegue perceber seu eixo corporal. 
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Sintomas:
 Ao realizar uma tarefa a criança não sabe qual mão escolher;
- Recorta com uma das mãos, mas brinca com a outra mão;
- Exercícios de precisão são realizados com uma mão e os de força com a outra;
- Escolhe a mão ou o pé dominante, mas, não se assegura do conhecimento de D e E. 
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Conseqüências:
Dificuldade de reconhecimento E/D;
Direção gráfica não foi adquirida;
A criança ainda forma as letrase números em espelho;
Dificuldade de discriminação visual. 
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A lateralidade pode ser:
Homogênea, é quando a criança é destra ou canhota da mão, do pé, do olho e do ouvido;
Cruzada, a criança pode ser destra da mão e olho e canhota do pé e ouvido;
Ambidestra, utiliza as duas mãos ao mesmo tempo, mas a criança ´é tão forte e destra do lado esquerdo quanto do direito.
Contrariada, é quando a criança tem uma dominância e outro a força utilizar o lado não dominante. 
Lateralidade (Hemisférios)
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Lateralidade (Hemisférios)
Os dois Hemisférios
Hemisfério Direito Hemisfério Esquerdo
 Pensamento Simbólico Pensamento Lógico 
- Motor - Escrita à mão 
- Visualização - Leitura
- Ritmo - Lógica
- Canto e Música - Números
- Pintura - Escuta
- Imaginação - Seqüência
- Modelos - Palavras
- Emoção - Linguagem 
- Ludicidade - Símbolos 
- Criatividade - Associação auditiva
- Sentimentos e emoções - Seguimento de instruções
- Relações espaciais - Fonética
- Figuras e padrões - Detalhes 
- Computação matemática - Conversação e recitação
- Expressão artística 
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LEIA AS CORES
AZUL AMARELO BRANCO PRETO VERDE
LILÁS VERMELHO LARANJA MARROM
ROSA VERDE BEGE AZUL ROXO PRETO
VERMELHO MARROM ROSA BRANCO
LARANJA LILÁS AMARELO BEGE AZUL
CINZA BRANCO ROXO VERMELHO ROSA
BEGE PRETO BRANCO AMARELO LILÁS 
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Relaxamento
Tem como objetivo reduzir as tensões psíquicas para chegar a uma descontração muscular. 
Proporciona o conhecimento corporal mais eficaz. 
Procura a regularização dos ritmos orgânicos, como a respiração e a circulação.
O relaxamento só acontece a partir de certo nível mental.
Existem dois tipos de relaxamento:
- Relaxamento Global = descondiciona o indivíduo dos movimentos cotidianos.
-Relaxamento Segmentar = diminui a rigidez e tensão muscular e permite a percepção e o controle corporal. 
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Orientação e Estruturação Espaço-Temporal
É a orientação e a estruturação do mundo exterior. 
É a tomada de consciência da situação dos objetos e das pessoas entre si. É a noção de direção, é organizar-se perante o que a cerca, de organizar as coisas entre si, saber movimentá-las e guardá-las em seus lugares, é a noção de distância.
A orientação espacial é o começo e a preparação para alcançar a abstração.
Espaço/Corpo/Tempo
São três elementos fundamentais da psicomotricidade difíceis de dissociar para a estruturação espacial. 
Para a construção do espaço, o eixo corporal tem que ocupar um lugar importante para determinar as noções de: “em cima”, “embaixo”, “alto”, “baixo”, “direita”, “esquerda”, “à frente”, “atrás”.
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Orientação e Estruturação Espaço-Temporal
O trabalho psicomotor em relação ao espaço permite que a pessoa se conscientize dessas noções de maneira mais completa. 
- As noções temporais são mais abstratas e difíceis para as crianças adquirirem e estão intimamente ligadas à noção de espaço.
- Para compreender o tempo faz-se necessário a ação da memória.
 
- Ela é sensorial e sensível até o concreto, retendo lembranças de maneira desigual fazendo organizar exercícios de de orientação temporal utilizando: antes, depois, agora, manhã, tarde, noite, ontem, hoje, amanhã, rápido, lento, forte, fraco, alto, baixo, envolvendo ritmo. 
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Organização Temporal
É a capacidade de situar-se em função da sucessão dos acontecimentos (antes, durante e após), da duração dos intervalos (hora, minuto, andar, corrida, rápido, lento), da renovação cítrica de certos períodos (dias da semana, meses e estações) e do caráter irreversível do tempo (noção de envelhecimento, plantas e pessoas). 
Todo o corpo animado ou inanimado ocupa um espaço em um dado momento no ambiente.
A orientação espacial e temporal corresponde à organização intelectual do meio, e está ligada, à memória, à consciência e às experiências vivenciadas pelo indivíduo 
 
PARA TESTAR OS CONHECIMENTOS DO SARGENTO GUEDES, O CAPITÃO JAIR ORDENOU QUE SEPARASSE 10 SOLDADOS E OS DISPUSESSE EM 5 FILEIRAS COM QUATRO HOMENS. COMO O SARGENTO CONSEGUIU REALIZAR ESSA TAREFA?
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Ritmo
É a maneira como andamos, falamos e a maneira como realizamos os gestos na vida diária. 
Cada um tem o ritmo e que suporta todos os comportamentos humanos. 
 Os ritmos podem ser nomeados de diferentes formas. Existem diferentes espécies de ritmo: os externos (estações, dias, horas), o conjunto de fenômenos que lhe correspondem (claridade, escuridão, calor, frio, etc.) e os internos (os ciclos vitais).
As atividades rítmicas favorecem a exploração de outras formas de consciência corporal. 
 
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Percepções
O grande objetivo das percepções é a capacidade de reconhecer e compreender estímulos.
Existem cinco tipos de percepções: TÁTIL, VISUAL, AUDITIVA, OLFATIVA e GUSTATIVA. 
A percepção está ligada à atenção, à consciência, à memória. 
Quando os estímulos chegam até nós, provocam uma sensação que possibilita a percepção e a discriminação.
Sentimos primeiro, através dos sentidos: tato, visão, audição, olfato e gustação. 
Para percebermos e realizar uma mediação entre o sentir e o pensar. 
E por fim, discriminamos, reconhecemos as diferenças e semelhanças entre estímulos e percepções. 
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Percepções
O desenvolvimento dos sentidos é o ponto de partida de todo desenvolvimento mental.
 A criança ao nascer, já traz todos os mecanismos sensoriais aptos para realizar um perfeito funcionamento embora, é claro, sobretudo no tato, audição e visão falta-lhe a coordenação e, mais ainda, o domínio sobre as aptidões sensoriais que se requer para a captação do exterior. Porém, muito depressa, ela realiza todas as conquistas, e durante o seu 1º ano de vida desenvolve, espontaneamente.
Contudo, a educação também tem sua contribuição.
A formação da inteligência depende, em grande parte, do desenvolvimento e da perfeição dos sentidos.
A educação sensorial mais importante é a da vista, do ouvido e do tato, porque são os sentidos mais práticos para a vida e os que subministram mais elementos às faculdades superiores.
Sensação: é um dado imediato, fornecido pelos sentidos e registrado no cérebro.
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Percepções
Percepção: é o fenômeno de associar, comparar, distinguir, apreciar e interpretar as sensações. 
Cada ação humana envolve uma integração de satisfações: 
percepção, pensamento, linguagem, movimentos e emoções.
O desenvolvimento da percepção visual compreende 5 itens:
- Posição no espaço = é a percepção da relação que entre a pessoa e o objeto no espaço;
- Relações espaciais = é a capacidade de relação que há em vários objetos entre si, no espaço e entre estes e a pessoa;
- Coordenação visomotora =é a coordenação de movimentos do globo ocular com os demais movimentos dos segmentos do corpo;
- Constância de percepção = é a capacidade de reconhecer o mesmo objeto sob formas variadas;
- Figura-fundo = é a capacidade de perceber num conjunto a figura.