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APOSTILA DE GESTÃO DE CUSTOS ATAIDE

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Curso: Técnico em Administração
Disciplina: Gestão de Custos
Professor: Carlos Eduardo Soares
Sumario
DEFINIÇÃO E CONCEITOS DE CUSTOS...............................................................3 a 14
CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS................................15 a18
ALMOXARIAFADO...........................................................................................19 a 22
ELEMENTOS DE CUSTOS.................................................................................23 a 30
POLITICA DE ESTOQUE....................................................................................31 a 44
COMPRAS.......................................................................................................45 a 49
IMPOSTO ICIDENTES SOBRE AS COMPRAS: ICMS, IPI, PIS E CONFINS...........50 a 55
CUSTEIO DIRETO E CUSTEI POR ABSORÇÃO...................................................56 a 57
SITEMA DE INVENTARIO PERIODICO E PERMANENTE...................................58 a 60
GASTOS COM FOLHA DE PAGAMENTO...........................................................61 a 72
BIBIOGRAFIA...................................................................................................73 a 74
DEFINIÇÃO E CONCEITO DE CUSTOS
A distinção entre Despesa, Custo e Investimento gera muitas discussões no mundo corporativo e acadêmico; assim como a diferença entre o evento econômico destes Gastos com o efetivo desembolso (evento financeiro). 
GASTOS
Gastos: termo bastante abrangente que engloba os esforços arcados pelas Empresas visando à obtenção, uso, fabricação, transformação, comercialização de bens ou serviços mediante a entrega ou promessa de entrega de parte de seu ativo, normalmente representada por dinheiro. Os gastos podem ser classificados como Custo, Despesa ou Investimento.
CUSTOS
Custos: são gastos relativos à aquisição de bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou prestação de serviços. Exemplos: salários do pessoal da produção, matéria-prima utilizada na produção, manutenção das máquinas de produção, energia elétrica consumida no parque fabril, combustíveis utilizados nas máquinas, etc.
DESPESAS
Despesas: são gastos consumidos, direta ou indiretamente, na obtenção de receitas, como salários, 
telefone, propaganda, material de expediente, 
combustível dos veículos dos diretores, administração e representantes, etc. 
INVESTIMENTO
Investimentos: também podem ser considerados como gastos, embora estes sejam “ativados”, ou seja, registrados contabilmente no Balanço Patrimonial, no Ativo (Geralmente em Estoque ou Imobilizado).
É importante esclarecer que no Ativo há uma rubrica com a descrição de “Investimentos”. Nesta rubrica são registrados outros tipos de gastos, não diretamente relacionados à atividade operacional da empresa, como a participação acionária em outras empresas. Por exemplo: uma clínica médica adquire ações da Vale do Rio Doce.
PERDA
Perdas: As perdas são gastos imprevistos e que não trazem retorno algum para a empresa.
 Quando acontecem problemas nos computadores, acidentes de trabalho, produtos vencidos no estoque ou incêndios, por exemplo, sempre há desperdício de dinheiro.
Por isso é importante estar sempre atento para evitar perdas.
PERDAS NOMAIS X PERDAS ANORMAIS
Normais: são aquelas inerentes ao processo produtivo e, portanto, previsíveis. Exemplos: evaporação de produtos em uma indústria química ou aparas de papel ou retalhos de tecido. Tratamento contábil: como fazem parte do processo normal de produção são consideradas Custo de Produção.
Anormais: são aquelas imprevisíveis, aleatórias e involuntárias decorrentes de acidentes ou extravio. Exemplos: incêndio ou perda de validade de estoques de bens perecíveis. Tratamento contábil: são lançadas ao resultado como Despesas não operacionais.
CO-PRODUTO X SUBPRODUTO X SUCATA
Co-produtos ou Produtos Principais: aqueles produzidos simultaneamente como resultado da mesma Matéria-Prima e do mesmo processo, ocupando cada um deles posição relevante no mercado, do ponto de vista da empresa. Como exemplo, podemos citar a carne e o couro, co-produtos derivados do gado.
O Petroleo – Nafita, Gasolina, Querosene Aviação, Óleo Disel Lubrificante, Óleo Diesel Combustível, Parafina, Gás. 
subprodutos: também são derivados da mesma Matéria-Prima e do mesmo processo dos co-produtos, só que possuem valores irrelevantes no mercado em comparação com os co-produtos. Possuem mercado estável para sua negociação, tanto pela existência de compradores interessados, quanto pelo preço de venda. Exemplos: aparas de tecido e de papel.
 O tratamento contábil mais comum é a consideração do valor apurado nas vendas dos subprodutos como redução dos custos de fabricação dos produtos principais. São avaliados, contabilmente, pelo valor líquido de realização. (Alguns autores contabilizam os estoques de subprodutos).
 
Sucatas (resíduos ou sobras): decorrem de perdas normais do processo produtivo, mas não encontram mercado definido e sua venda é aleatória. O tratamento contábil dado é o registro do valor apurado na comercialização da sucata como outras receitas operacionais (não é Outras Receitas, que representa a antiga Receitas Não Operacionais).
Resíduo (craqueamento ou pinche).
DESEMBOLSO
Desembolso: é, portanto, o pagamento do bem adquirido ou do serviço prestado. 
Pode ocorrer antes, durante ou depois da data do seu recebimento ou prestação este “prazo” geralmente é definido/norteado pelas Políticas da empresa no que tange ao prazo de pagamento de fornecedores.
Antes: Se adiantarmos o dinheiro para posterior recebimento do bem, o desembolso ocorre antes do recebimento deste bem.
Durante: Se comprarmos um bem à vista, o desembolso se concretizará no ato da aquisição; 
Depois: Se comprarmos um bem a prazo, o desembolso se dará depois da aquisição;
Os custos só existem se houver a produção de um bem ou a prestação de um serviço; já as despesas existem independentemente da produção de um bem ou da prestação de um serviço. Do ponto de vista didático, são todos os gastos realizados na fabricação do produto, isto é, "dentro da fábrica" são custos. O “resto” é despesa
Assim, qualquer gasto realizado cujo bem é ativado será um investimento. Exemplo: aquisição de móveis, utensílios, veículos, imóveis, estoque de matéria-prima para elaboração, etc.
Todo o gasto (seja investimento, custo ou despesa) representa um desembolso financeiro imediato ou futuro, correspondente à contraprestação pela aquisição dos bens.
CAMPOS DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
Os principais objetivos da Contabilidade de Custos poderiam ser assim resumidos:
Permitir a avaliação dos estoques, para atendimento das legislações comercial e fiscal;
Apurar o custo dos produtos/serviços vendidos (no caso das empresas comerciais, o custo das mercadorias vendidas);
Dar suporte á tomada de decisões gerenciais no tocante a fixação do preço de venda;
Atender á necessidade de controles e informações específicas (como para o atendimento à legislação fiscal).
Embasar orçamentos e projeções financeiras.
CAMPOS DE APLICAÇÃO
Na indústria: a Contabilidade de Custos irá determinar: O custo dos produtos vendidos
O estoque de produtos em elaboração (também chamado de “produtos em fabricação”)
O estoque de produtos acabados (ou prontos)
O estoque de insumos (matérias-primas, materiais de embalagem, almoxarifado, etc.)
No comércio: Aplica-se a Contabilidade de Custos no comércio?
 Sim, pois suas premissas básicas são aplicáveis á formação do custo de mercadorias vendidas. Apesar de uma aplicação mais simples, “direta”, sem as complexidades advindas das operações industriais ou de serviços, a 
Contabilidade de Custos no comércio irá determinar:
O custo das mercadorias vendidas
O estoque de mercadorias
O estoque de bens não destinados á revenda (como materiais de consumo, etc.)
Nas prestadoras de serviços:
 O custo dos serviços vendidos
O estoque
de serviços em andamento
O custo de materiais adquiridos e não incorporados a serviços em andamento
Nas empresas extrativistas de produção primária (minerais, florestais,
pesqueiras, agro-pastoris, etc.):
 O custo dos produtos extraídos/explorados
 O estoque dos produtos extraídos ou de produção primária
 O estoque de materiais ainda não utilizados na extração ou produção primária.
ALMOXARIFADO
Histórico dos Almoxarifados Primitivos
O almoxarifado se constituía em um depósito, quase sempre o pior e mais inadequado local da empresa, onde os materiais eram acumulados de qualquer forma, utilizando mão-de-obra desqualificada.
Com o tempo surgiram sistemas de manuseio e de armazenagem bastante sofisticados, o que acarretou aumento da produtividade, maior segurança nas operações de controle e rapidez na obtenção das informações.
O termo Almoxarifado é derivado de um vocábulo árabe que significa " depositar".
Conceituação:
Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa.
O almoxarifado deverá:
assegurar que o material adequado esteja, na quantidade devida, no local certo, quando necessário;
impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;
preservar a qualidade e as quantidades exatas;
possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e distribuição 
suficientes a um atendimento rápido e eficiente;
Depositar materiais em um almoxarifado é o mesmo que depositar dinheiro em um banco
Portanto pode-se comparar o esquema de funcionamento do almoxarifado ao de um banco, conforme esquema abaixo :
ALMOXARIFADO
Entrada para estoque
Ficha de depósito bancário
Nota fiscal de compra
Saída do estoque
Cheque
Requisição de material
ELEMENTOS BASICOS DE CUSTOS:
   Materiais
Mão-de-obra
Gastos Gerais de Fabricação
 
Materiais
 
Os materiais utilizados na fabricação podem ser classificados em:
 
 Matérias-primas: são os materiais principais e essenciais na fabricação do produto. A matéria-prima para uma indústria de móveis de madeira é a madeira; 
Para uma indústria de confecções é o tecido; 
Para uma indústria de massas alimentícias é a farinha.
 
Materiais secundários: são os materiais que entram em menor quantidade na fabricação do produto.
 Esses materiais são aplicados juntamente com a matéria-prima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. 
Os materiais secundários para uma indústria de móveis de madeira são: pregos, cola, verniz, dobradiças, fechos etc.; 
para uma indústria de confecções são: botões, zíperes, linha etc.; 
para uma indústria de massas alimentícias são: ovos, manteiga, fermento, açúcar etc.
Materiais de embalagem: 
São os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos, antes que eles saiam da área de produção. 
Os materiais de embalagem, em uma indústria de móveis de madeira, podem ser caixas de papelão, que embalam os móveis desmontados;
 Em uma indústria de confecções, caixas ou sacos plásticos; 
Em uma indústria de massas alimentícias, caixas, sacos plásticos etc.
Mão-de-obra: 
Compreende os gastos com o pessoal envolvido na produção da empresa industrial, englobando salários, encargos sociais, refeições e estadias, seguros etc.
Gastos Gerais de Fabricação: 
Correspondem aos demais gastos necessários para a fabricação dos produtos, como: aluguéis, energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depreciação, seguros diversos, material de limpeza, óleos e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição, telefones e comunicações etc.
Custo Direto: Também interpretado por alguns autores como "custo primário", é representado pelos elementos diretos da produção. É a Matéria Prima, mais o frete, mais a embalagem, mais os demais materiais de consumo de fácil identificação aplicados diretamente ao produto, sem ICMS e IPI.
Custo Primário: 
É a soma da matéria-prima mais a mão-de-obra direta.
Custos Indiretos: 
Elementos da produção que não participam fisicamente, nem diretamente ao produto, são os gastos que cooperam para que ocorra a produção do mesmo. 
Estes custos necessitam de alguns critérios de rateio para sua locação, diferente dos custos diretos. Alguns exemplos de custos indiretos são: A limpeza e manutenção das instalações, combustíveis, lubrificantes, mão de obra indireta, bem como os diversos elementos indiretos relacionados
Custos Fixos e Variáveis: 
No momento em que analisamos orçamentos, torna-se interessante distinguirmos estas duas categorias de custos.
 
Custos Fixos:  
Pode-se definir como os custos que não se alteram em função do volume de produção ou vendas.
 
Custos variáveis: 
São os custos que se alteram conforme a quantidade vendida ou produzida (geralmente são os custos diretos, como matéria prima, mão de obra e embalagem).
POLITICA DE ESTOQUES
A função de planejar e controlar os estoques são fator primordial numa boa administração do processo produtivo. 
Preocupa-se com os problemas quantitativos e financeiros dos materiais.
31
Política de estoques 
Assegurar o suprimento adequado de materiais; 
Manter os estoques o mais baixo possível; 
Identificar os itens obsoletos e defeituosos; 
Não permitir condições de falta ou excesso em relação a demanda de vendas; 
Prevenir-se contra perdas, danos extravios ou mau uso; 
Manter as quantidades em relação às necessidades e aos registros; 
Fornecer bases concretas para elaboração de dados do planejamento;
 
Manter os custos aos níveis mais baixo possível
Tipos de estoques 
Estoque de matérias-primas
Estoque de materiais em processamento
Estoque de semiacabados
Estoque de componentes
Estoque de produtos acabados
ESTOQUE DE MATERIA-PRIMAS
Estoque de matérias-primas
Matérias-primas são os insumos e materiais mais básicos para uma empresa.
 É a partir deles que seu produto será montado, é fundamental para o fluxo da fabricação que o nível deste estágio do estoque seja constantemente monitorado.
A falta de qualquer uma das matérias-primas irá refletir em todo o processo de fabricação e em toda a cadeia do produto, impactando no atraso de entregas e possíveis perdas financeiras. 
Desta forma, é importante que o estoque de matérias-primas seja gerido da maneira mais profissional e meticulosa possível.
ESTOQUE DE MATERIAIS EM PROCESSO
Estoque de materiais em processamento
Entrando no processo de fabricação de um produto, o estoque de materiais em processamento refere-se àqueles materiais que estão parcialmente acabados em algum estágio intermediário da fabricação.
Como não se constitui mais como matéria-prima, este tipo de item não estará no almoxarifado, mas também não estará no depósito por não ser um produto acabado. 
Mais adiante, os materiais em processamento serão transformado no produto final da empresa.
ESTOQUE DE SEMIACABADOS
Estoque de semiacabados
Neste ponto do estoque, o material ainda está em um estágio intermediário no processo de fabricação, porém já envolve algum tipo de acabamento. 
Os itens semiacabados diferem do estágio anterior pois estão quase prontos, faltando apenas poucas etapas no processo produtivo.
Esta classificação de materiais é importante porque, em geral, serve para diferenciar um produto “bruto” de outro que está recebendo acabamento. 
A transição entre um estoque e outro, nessas fases intermediárias, pode depender muito da maneira como a planta de fabricação é construída.
 Não é incomum que materiais em processamento e semiacabados dividam o mesmo espaço.
ESTOQUE DE COMPONENTES
Estoque de componentes
O estoque de componentes acabados
refere-se a peças isoladas de um produto que já estão finalizadas, mas que precisam ser montadas com outras peças para formar o produto final. 
Para que haja um maior controle do fluxo de entrada e saída dos itens, este estoque costuma ficar localizado muito próximo da montagem dos produtos acabados.
Empresas de maior porte costumam não manter este tipo de estoque, mas sim uma esteira de montagem que funciona de forma constante, ligando um estágio ao outro.
ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS
Estoque de produtos acabados
Por fim, dentro da linha de produção o estoque de produtos acabados corresponde aos produtos finalizados e prontos para serem enviados ao destinatário. 
Nesse estágio, é importante que haja um planejamento logístico para que o acúmulo de produtos não signifique retardo nos estágios anteriores. 
Se o fluxo de vendas for bem controlado, é possível manter um estoque de produtos acabados que não impacte na gestão financeira da empresa.
ESTOQUE DE MANUTENÇÃO
Estoque de manutenção
Esse estoque é onde estão as peças que servem de apoio à manutenção dos equipamentos e edifícios.
Normalmente, aqui estão também os materiais de escritório, usados na empresa.
CUSTO DE ESTOQUE
Custo do pedido
Custo de manutenção de estoque
Custo por falta de estoque
CUSTO DO PEDIDO
Custo do pedido 
Os custo fixos são associados aos salários do pessoal envolvido na emissão dos pedidos e não são afetados pela política existente de estoque. 
Os custos variáveis consistem nas fichas de pedidos e nos processos de enviar esses pedidos aos fornecedores, bem como todos os recursos necessários para tal procedimento.
CUSTO DE MANUTENÇÃO DE ESTOQUE
Custo de manutenção de estoque 
Altos volumes, demasiados controle e enormes espaços físicos, sistemas de armazenagem e movimentação e pessoal alocado, equipamentos e sistemas de informações específicos. 
Impostos e seguros de incêndio e roubo decorrente dos materiais estocados. Além disso os itens estão sujeitos a perdas, roubos e obsolescência. 
CUSTO POR FALTA DE ESTOQUE
Custo por falta de estoques 
Não entregar ou atrasar um produto por falta de um item causa enormes transtornos ao cliente (imagem, custos, confiabilidade, concorrência).
CUSTO DE ARMAZENAGEM 
 
Os fatores que compõem o custo de armazenagem são:
Custo de edificações
Custo de manutenção
Custo de materiais
Custo de pessoal
COMPRAS
Conceito:
Compra pode ser definido como a aquisição de um produto ou serviço, pelo qual se paga determinado preço. As atividades de compras envolvem uma série de fatores como seleção de fornecedores, qualificação dos serviços, determinação de prazos de vendas, previsão de preços, serviços e mudanças na demanda, entre outros.
O termo Compra pode ser definido como a aquisição de um bem ou de um direito, pelo qual se paga um estipulado preço. Baily et al. (2000), define que a atividade de compras é um procedimento pelo qual as empresas determinam os itens a serem comprados, identificam e comparam os fornecedores disponíveis, negociam com as fontes de suprimentos, firmam contratos, elaboram ordens de compras e finalmente, recebem e pagam os bens e serviços adquiridos.
FATOS QUE ALTERAM O VALOR DAS COMPRAS.
Os fretes e seguros alteram o custo de aquisição das mercadorias (estoques). Além desses itens que também alteram o custo de aquisição das mercadorias e, portanto devem ser considerados e contabilizados para fins de apuração de estoques:
Descontos Incondicionais Sobre Compras
São descontos obtidos no momento da aquisição das mercadorias. O saldo desta conta (Descontos Incondicionais sobre Compras) deve ser encerrado a crédito da conta Compras, obtendo-se, assim, o valor líquido destas
Abatimentos Sobre Compras
São valores que reduzem o preço de aquisição de compra em função de eventos ocorridos após a operação. 
Os abatimentos sobre compras são provenientes de: – diferença de tipo, qualidade, quantidade, peso ou qualquer outro fator que esteja em desacordo com o pedido ou com a nota fiscal de compra. Contabilmente, o abatimento sobre compra é conta retificadora de compra.
Impostos Incidentes Sobre Compras
Na compra de mercadorias para revenda, o ICMS e o IPI incidem sobre as compras, porém no momento das vendas apenas o ICMS incidirá. Assim, o ICMS é recuperável (compensado o valor do imposto pago na aquisição com o valor a ser pago nas vendas), mas o IPI não é recuperável.
Na compra de matérias-primas para industrialização, ambos; ICMS e IPI são recuperáveis, porque haverá incidência destes impostos quando da venda dos produtos industrializados.
Os tributos recuperáveis são registrados em contas representativas de direitos realizáveis, já os tributos não recuperáveis integram o custo dos bens adquiridos.
Devoluções de Compras:
Correspondem a devoluções de mercadorias adquiridas para revenda ou matéria-prima , resultando na diminuição das compras realizadas. Podem ser contabilizadas como Devolução de Compras ou Compras Canceladas.
IMPOSTO ICIDENTES SOBRE AS COMPRAS: ICMS, IPI, PIS E CONFINS
ICMS significa: Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, ou seja, é um tributo que ocorre sobre a movimentação de mercadorias como produtos alimentícios e bebidas, eletrodomésticos, cosméticos, eletrônicos e sobre serviços de transporte sejam eles intermunicipais, interestaduais e até mesmo em importações de fora do país, além de incidir sobre qualquer natureza de comunicação.
O ICMS é um imposto brasileiro competente aos Estados e Distrito Federal, cada governante decide a alíquota que seu Estado irá incidir sobre os produtos e em todas as etapas de circulação de mercadorias e também em toda a prestação de serviços,
O IPI significa Imposto Sobre Produtos Industrializados. O IPI pode variar dependendo da legislação vigente, tipo de empresa ou produto. Pode ser cobrado tanto de produtos nacionais ou importados. Normalmente ele vem destacado na NF da empresa fornecedora em uma coluna ao lado do valor do ICMS.
Ao contrário do ICMS  que vem destacado, porém está incluso no preço do produto o IPI vem excluso, ou seja, você tem que incluir no preço do seu produto pra formar o preço de venda final.
Exemplos Alíquotas de IPI:
IPI sobre Aço = Geralmente é taxado em 5%;
IPI Sobre Ferramentas = Geralmente taxado entre 8% á 15%;
IPI Sobre Tintas = Geralmente é taxado em 10%; 
Solventes em 25%.
O Programa de Integração Social – PIS, foi instituído pela Lei Complementar n.º 07/1970, destinado a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas, a partir da Constituição Federal de 1988 as contribuições para o PIS passaram a financiar o programa de seguro-desemprego e o abono de um salário mínimo anual aos empregados que percebam até dois salários mínimos mensais de empregadores contribuintes do programa.
Existe algumas modalidades para pagamento e recolhimento do PIS que se faz diferenciar a alíquota de pagamento conforme o enquadramento da empresa que são elas PIS Cumulativo e PIS Não-Cumulativo.
PIS Cumulativo
As empresas enquadradas no Simples Nacional na condição de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), embora contribuintes do PIS não se sujeitam ao pagamento em separado, pois o PIS está incluído no pagamento mensal unificado de impostos e contribuições.
A alíquota do Pis-Faturamento é 0,65%.
Pis Não-Cumulativo
Outra forma de apuração do PIS é na modalidade não-cumulativa, apenas para as pessoas jurídicas de direto privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, tributadas pelo IRPJ com base no lucro real. O PIS não cumulativo é uma forma de apuração da contribuição onde a empresa se debita sobre o faturamento e pode se creditar sobre compras e algumas despesas.
A alíquota do PIS não-cumulativo é de 1,65%
A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS, foi instituída pela Lei Complementar n.º
70/1991A contribuição para a COFINS tem como fato gerador o auferimento de receita pela empresa, compreendendo como receita a totalidade das receitas auferidas, independente da atividade exercida pela empresa e da classificação contábil adotada para sua escrituração.
As empresas enquadradas no Simples Nacional na condição de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), embora contribuintes da COFINS não se sujeitam ao pagamento em separado, pois o PIS está incluído no pagamento mensal unificado de impostos e contribuições.
A alíquota da COFINS Cumulativa é 3,0%
COFINS Não-Cumulativa
A COFINS, com a incidência não-cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. A COFINS não-cumulativo é uma forma de apuração da contribuição onde a empresa se debita sobre o faturamento e pode se creditar sobre compras e algumas despesas, devendo ser apurada dessa forma apenas para as empresas tributadas pelo lucro real.
A alíquota da COFINS não-cumulativa é de 7,60%.
CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO ABSORÇÃO
Custeio por Absorção: É um processo de apuração de custos, cujo objetivo  é ratear todos os seus elementos (fixos e variáveis) em cada fase da produção. 
Logo um custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou unidade de produção, assim cada unidade ou produto receberá sua parcela no custo até que o valor aplicado seja totalmente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou pelos Estoques Finais.
Custeio Direto: É um tipo de custeamento que consiste em considerar como Custo de Produção do Período apenas os Custos Variáveis incorridos. Os Custos Fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como Custos de Produção e sim como Despesas, sendo encerradas diretamente contra o resultado do período.
Desse modo, o Custo dos Produtos Vendidos e os Estoques Finais de Produtos em Elaboração e Produtos Acabados só conterão custos variáveis. Uma outra diferença em relação Custeio por Absorção, esta de natureza formal, reside na maneira de apresentar a Demonstração de Resultado. 
No Custeio Variável, a diferença entre o valor de Vendas Líquidas e a soma do Custo dos Produtos Vendidos (que só contém Custos Variáveis) com as Despesas Variáveis (administrativas e de vendas) é denominada de Margem de Contribuição. Deduzindo-se desta os Custos Fixos e as Despesas Fixas, obtém-se o Lucro Operacional Líquido.
SISTEMA DE INVENTARIO PERIODICO E PERMANENTE
IVENTARIO PERIÓDICO: 
É aquele onde há o controle de estoque pela averiguação da contagem física de seus itens, geralmente ao final do exercício, quando do fechamento do Balanço Patrimonial. Contudo, para efeitos gerenciais, deveria ser feita essa averiguação mensalmente, quando do fechamento dos balancetes.
O inventário periódico é permitido pela legislação do imposto de renda e é o mais usado pelas empresas de pequeno porte. Este sistema permite apurar o Custo Global de Fabricação, ou o Custo dos Produtos Vendidos de um determinado período, que pode ser um mês, um bimestre, um trimestre, um semestre ou um ano, conforme o interesse da empresa.
Para a apuração do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) ou o Custo dos Produtos Vendidos (CPV).
SISTEMA DE IVENTARIO PERMANENTE:
Realização do controle contínuo das entradas e saídas de mercadorias (em quantidades e valores): a qualquer momento pode-se saber a posição atualizada dos estoques e do custo das mercadorias vendidas.
Permanentemente, as informações básicas para o planejamento das compras pode ser feito. Assim, evitam-se  faltas de mercadorias ou compras em excesso, além de se acompanhar a evolução do resultado de vendas ao longo do mês e do ano.
O registro permanente de estoques de produtos é um instrumento de controle gerencial. O departamento de compras consegue saber com precisão quais pedidos devem ser feitos para minimizar o investimento em estoque e, criar políticas de descontos, além de planejar com mais acuidade a produção, sem que falte matéria prima.
Permite a apuração sistemática do Custo de Fabricação dos produtos.
Processo baseado nos sistemas de informação da empresa – extremamente
dependente da acuidade da inserção dos dados ao longo do processo.
GASTOS COM FOLHA DE PAGAMENTO
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Conceito de Folha de Pagamento:
Documento elaborado pela empresa, no qual se relaciona, além dos nomes dos empregados, o montante das remunerações, dos descontos ou abatimentos e o valor líquido a que faz jus cada um dos empregados.
Elementos da Folha de Pagamento:
Por mais simples que seja a Folha de Pagamento, ela apresentará, pelo menos, os seguintes elementos:
Valor Bruto da remuneração (salário e demais vantagens);
Deduções do valor bruto da remuneração (descontos e contribuições);
Valor líquido que os empregados terão direito de receber
Contabilização da Folha de Pagamento
Regime de Competência:
No último dia do mês, quando é elaborada a Folha de Pagamento, são efetuados os lançamentos contábeis:
Das despesas com salários;
Dos encargos sociais incidentes sobre a Folha de Pagamento, quais sejam, a Contribuição de Previdência Social e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Quitação da Folha de Pagamentos e dos Encargos Sociais
No mês seguinte, são efetuados os lançamentos contábeis da liquidação da Folha, correspondente ao valor líquido pago aos empregados, bem como do recolhimento da Contribuição de Previdência Social, FGTS, IR e outros recolhimentos.
Eventos da Folha de Pagamento
Rendimentos ou Vantagens
Os rendimentos ou vantagens mensais de um empregado podem ser compostos de salário fixo, comissões, horas-extras, trabalho noturno, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, salário-maternidade (no caso de gestantes), salário família, ajuda de custo, descanso semanal remunerado, férias, 13º salário, etc.
Descontos ou Abatimentos
Contribuição Previdenciária, faltas e atrasos, contribuição sindical, contribuição confederativa, alimentação, vale-transporte, pensão alimentícia, Imposto de Renda Retido na Fonte, adiantamentos de salários¹
1 Valores que a empresa antecipou aos funcionários, a título de salários, para posterior desconto em folha de pagamento.
Parcelas Recuperáveis
Salário Família
Valor pago ao funcionário que tenha filhos menores de 14 anos. A referida parcela é descontada na GRPS - Guia de Recolhimento da Previdência Social.
Encargos Complementares Da Folha De Pagamento
Provisão para Férias
Segundo o regime de Competência, as férias transcorridas e ainda não gozadas devem ser provisionadas, de modo a se incluir o referido valor como custo ou despesa no período a que competir. 
O valor da provisão deve ser determinado com base na remuneração mensal do empregado e no número de dias de férias a que já tiver direito.
Provisão para 13º Salário
Para que os custos ou despesas mensais sejam os mais reais possíveis, as empresas deverão constituir a provisão mensal do 13º salário, que é constituída na base de 1/12 do valor bruto da Folha de Pagamento.
Os principais proventos na folha de pagamento são: salário, horas extras, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, salário-família, diárias para viagem e ajuda de custo.
Já os principais descontos são: quota de previdência, imposto de renda, contribuição sindical, seguros, adiantamentos, faltas e atrasos, vale-transporte
Principais proventos
São os valores de ganho do funcionário:
Salário
O salário é a importância fixa estipulada, dada como contraprestação mínima, devida e paga pelo empregador, não podendo este fazerdiferença de salários no que se refere o exercício de funções, bem como, decritérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor, estado civil ou deficiência.
Férias
Encargo da empresa para com o empregado que consiste na remuneração sem a correspondente força de trabalho
e constitui-se num ônus às empresa, que deve ser imputado aos custos à base de taxa sobre os salários, fundamentada na experiência de períodos anteriores. (MANDARINO, 1981 p. 68) 
Horas extras
De acordo com Martins (2010, pág. 251), “o adicional de horas extras é devido pelo trabalho extraordinário à razão de pelo menos 50% sobre a hora normal”.
A jornada normal de trabalho do funcionário poderá ser acrescida em duas horas, mediante acordo escrito entre empregado e empregador ou mediante acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho, sendo essa jornada paga obrigatoriamente acrescida no mínimo em 50% sobre o valor da hora normal pelo empregador.
Adicional de Insalubridade
O adicional de Insalubridade é devido aos funcionários, cuja atividade profissional esteja exposta a agentes nocivos a sua saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade do agente e do efeito.
Adicional de periculosidade
O adicional de periculosidade é devido aos funcionários, que na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, no exercício de suas atividades estejam em contato permanente com inflamáveis, eletricidade ou explosivos em condições de risco.
Adicional noturno
O adicional noturno é devido aos funcionários que trabalhem no horário compreendido entre as 22:00 e as 05:00 da manhã do outro dia. A hora de serviço noturno é reduzida para 52 minutos e 30 segundos. O percentual de Adicional Noturno é de no Mínimo de 20%.
Salário-família
Segundo Heméritas (1984, pág. 166), “a cada filho cabe uma quota de salário-família, cujo valor é de 5% do salario mínimo local. O seu pagamento é feito pelas próprias empresas juntamente com os respectivos salários”.
Quebra de Caixa:
A quebra de caixa pode ser definida como um adicional pago aos funcionários que efetuam os recebimentos dos ativos do empregador, ou seja, trabalhando diretamente no caixa da empresa. Caso haja uma diferença do valor a menor no caixa, o empregado deverá prestar conta da quantia. 
Décimo Terceiro Salário – Gratificação Natalina:
Décimo terceiro salário é uma gratificação de natal para os trabalhadores, ela corresponde a um mês não trabalhado, está previsto na Lei nº 4749/65 e instituído pela Lei n.º 4.090/62.
De acordo com Art. 1.º da Lei 4090/62, o empregado deve receber o décimo terceiro no mês de dezembro de cada ano, independente da remuneração que lhe é de direito. "Art. 1.º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado serápaga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus". 
Principais descontos
São os valores que devem ser deduzidos do trabalhador referentes a:
Faltas, Atrasos e Saídas Antecipadas Injustificadas:
Os dias correspondentes às faltas serão computados para efeito de férias e 13º salário e deverão ser lançados em dias. Já os atrasos e saídas antecipadas, deverão ser lançados em horas e não serão computados para efeito de férias e 13º salário.
Contribuição Sindical
A contribuição Sindical corresponde ao desconto de 1/30 sobre a remuneração do funcionário, este desconto ocorre normalmente no mês de março de cada ano. Já o recolhimento por parte da empresa será no mês de abril de cada ano.
INSS:
Todos aqueles que trabalham são obrigados a contribuir para o INSS, por esse motivo que todos têm direito de gozar os benefícios oferecidos, tanto o empregado e trabalhador autônomo quanto o empregador.
 A contribuição é obrigatória e abrangem empregados, empregadores, trabalhadores autônomos, segurados facultativos (membros de congregação religiosa).
IRRF
O Imposto de Renda é a tributação devida sobre os rendimentos do trabalho assalariado, tais como: salários, horas extras, adicionais eoutras receitas admitidas em lei pela Receita Federal. 
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
Foi criado em 1967 pelo Governo Federal para proteger o trabalhadordemitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. Até o dia 07 de cada mês, as empresas depositam, em contas abertas na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF em nome dos seus empregados, o valor correspondente a 8% da remuneração de cada funcionário.
A folha de pagamento tem um papel muito importante porque nela constam os gastos efetuados pela empresa ou instituição referentes aos salários e encargos sociais e isso afeta de forma direta o lucro das mesmas. 
BIBIOGRAFIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação a Administração de Materiais. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.
POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2001
http://www.industriahoje.com.br/como-calcular-o-valor-do-ipi-na-compra-de-um-produto
 
BAILY, Peter, FARMER, David et al. Compras: princípios e administração. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
http://www.industriahoje.com.br/como-calcular-credito-e-debito-de-icms-na-formacao-preco-venda-um-produto
MORAES, André. Gestão de Compras. Apostila do Curso de Administração Industrial. CEFDET. Rio de Janeiro: 2005.
LINS, Luiz S. Gestão Empresarial com ênfase em Custos. Uma abordagem Prática. São Paulo, Thomson, 2005. 
PADOVEZE, Clóvis Luís. Sistema de Informações Contábeis – fundamentos e análise. São Paulo: Atlas, 1998. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2003. 
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 2.Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
Referências Complementares: RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2009. 
VANDERBECK, E. J.; NAGY, C. F. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. 456 p.

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