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FORMAS E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Profª Gabriela Ortega Coelho Thomazi FORMAS FARMACÊUTICAS FORMA = BASE + EXCIPIENTE (sólido)/VEÍCULO (líquido). BASE: princípio ativo. EXCIPIENTE E VEÍCULO: coadjuvantes. Estado físico no qual se apresenta um medicamento. Objetivo: facilitar fracionamento, administração, posologia. ESTADO FÍSICO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS • Sólidos: pós, comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas, granulados, pellets, óvulos, supositórios. • Fluidos: aquosa, oleosa, suspensão, xarope, elixir, emulsão. • Pastosos: cremes, ungüentos, pomadas, cataplasmas. • Gasosos e voláteis. PRINCIPAIS FORMAS FARMACÊUTICAS Comprimidos: • Medicamento em pó. • Sob compressão em geral, de forma circular. Drágeas: • Grânulos com medicamento ou medicamentos envolvidos em camada de açúcar. • Polidos e coloridos. Pílulas: • Pequenas drágeas. Cápsulas: • Medicamento em pó ou grânulos. • Envolvidos em gelatina solúvel, que deve ser dissolvido no intestino. • Supositório: de forma alongada, com base de glicerina, gelatina ou manteiga de cacau. • Xarope: medicamento + açúcar + água. • Elixir: medicamento + açúcar + álcool. • Emulsão: combinação de dois líquidos que não se misturam, devendo ser agitada antes do uso. Formas e Vias • Uso interno: ▫ Utilizada apenas para medicamentos administrados por via oral, também denominada enteral. • Uso externo: ▫ Aplicação local ou tópica. • Uso parenteral: ▫ Administração de medicamentos por via que não seja interna (oral), como intravenosa, intramuscular e subcutânea. A escolha de determinada via de administração de drogas depende: Idade do paciente. Tempo necessário para início do efeito. Duração do tratamento. Obediência do paciente ao tratamento. Efeito local ou sistêmico da droga. Propriedades da droga e da forma farmacêutica. ORAL , ENTERAL OU USO INTERNO VANTAGENS • Mais comum, segura e econômica. • Auto-administração. • Remoção do medicamento. • Efeito local no TGI e efeitos sistêmicos a partir da absorção da mucosa no TGI. • A absorção ocorre na mucosa oral, intestino delgado e reto, e em menor extensão, ocorre no estômago e intestino grosso. DESVANTAGENS • A absorção pode ser limitada pelas características do fármaco. • Ex.: fármaco hidrossolúvel. • A presença das enzimas digestivas no estômago e o pH ácido destroem o fármaco. • Irregularidades na absorção na presença de alimentos – tempo de esvaziamento gástrico. • A absorção é favorecida se o estômago estiver vazio. • Necessidade de contar com a colaboração do paciente. Sublingual Vantagens Fácil acesso e aplicação. A saliva dissolve a droga. Absorção: vascularização da língua e cavidade bucal. Absorção rápida. Ingressa diretamente na circulação geral. Sem sofrer metabolismo de 1ª passagem. Emergências Desvantagens Pacientes inconscientes. Irritação da mucosa. Dificuldade em pediatria. A absorção pode ser incompleta. RETAL Vantagens Desvantagens Ação local e sistêmica. Lesão e irritação da mucosa. É uma alternativa à administração oral em crianças, doentes mentais, pacientes com vômito e náusea, inconscientes. Incômodo, desconforto. Não sofre metabolismo de 1ª passagem quando a droga entra em vasos que levam diretamente para a veia cava inferior. Dificuldade em pediatria. Entretanto, se o supositório penetrar mais e ficar situado numa região drenada por veias que levam ao fígado, não evita o efeito de 1ª passagem. Absorção irregular e incompleta. VIAS PARENTERAIS • Nesta via são utilizados medicamentos nas formas de injeções e implantes (pellets). • A via parenteral de administração de drogas é qualquer via que não seja oral ou enteral. VIAS PARENTERAIS Vantagens Desvantagens As drogas são administradas diretamente no compartimento desejado. Equipe treinada para a administração. Evitam obstáculos, como pele e mucosas. Processos assépticos. Pode ser utilizada em pacientes inconsciente e com vômito. Dor Podem ser administradas drogas que são inativadas pela via oral. Esta via passa a ser inconveniente para administrações freqüentes. INTRAVENOSA Vantagens Desvantagens Permite o controle da liberação do fármaco. Ex.: anestesia operatória. Aumenta o risco e efeitos adversos, pois o fármaco atinge altas concentrações no plasma. A dose da droga é ajustada de com a resposta do paciente. Dificuldade de encontrar veias adequadas à picada. Efeito imediato – emergências. Presença de tecidos com hematomas ou feridos. Adequado para grandes volumes e substâncias irritantes. SUBCUTÂNEA • Absorção imediata para solução aquosa. • Adequada para preparações de instilação lenta, ao longo de meses, semanas. Exemplo: hormônios. • Injeção abaixo da pele, nos braços, antebraço, coxa, abdome, região glútea. • Não confundir com intradérmica. INTRADÉRMICA • Fácil acesso. • Ação local e sistêmica. • É utilizada para a administração de pequenos volumes. • Esta via é empregada para fins diagnósticos, imunizantes. Ex.: diagnóstico de tuberculose PPD (proteína antigênica da tuberculose). INTRAMUSCULAR • Injeções intramusculares depositam o medicamento profundamente no músculo, o qual deve ser bastante vascularizado para absorver rapidamente. • Indicado para paciente não cooperativos, que não podem receber medicação via oral e para as medicações que são degradadas no TGI. • Locais de administração: região glútea, deltóide. PULMONAR • Fármacos gasosos e voláteis. • Absorvidos por meio do epitélio pulmonar e das mucosas do trato respiratório. • Ocorre quase absorção instantânea para a corrente sanguínea. • Ausência de metabolismo hepático. • Ação local e sistêmica. Desvantagens • Controle insatisfatório da dose. • Método de administração pouco prático em alguns casos. • Muitos fármacos voláteis e gasosos provocam irritação do epitélio pulmonar. TÓPICA • Nas vias tópicas ou externas são utilizadas as formas de acordo com o local de aplicação: • Cutâneo: pomadas, ungüentos, creme, loção, pós, gel e aerossóis. • Retal: supositórios. • Vaginal: óvulos, comprimidos, geléia, creme. • Oftálmicos: soluções, pomadas, gel. TÓPICA • Mucosas: absorção é rápida. • Olhos: ação local. • Cutânea: – Poucas substâncias penetram com facilidade através da pele íntegra. – A absorção é proporcional à superfície sobre a qual o fármaco é aplicado e à sua lipossolubilidade. – A absorção é facilitadas na pele com: abrasão, queimadura, presença de reação inflamatória, pois nestes casos o fluxo sanguíneo está aumentado, elevando a absorção. • Efeitos locais e sistêmicos. NOVOS SISTEMAS • Bioadesivos. – Liberação controlada de drogas. – Anticoncepcionais. • Pró-drogas – Devem ser transformados após a administração. – Levodopa - Dopamina. RELACIONANDO AS FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO COM AS VIAS • Via oral: pílula, pastilha, comprimido, drágea, xarope. • Uso externo • Tópico: pomada, creme, ungüento, loções. • Retal: supositório. • Vaginal: óvulo, comprimido, geléia. • Oftalmológico: colírio. • Inalação: gases e aerossóis. • Uso parenteral:ampola, injeções, contraste radiológico. Comente as vantagens e as desvantagens de pelo menos três vias de administração de fármacos. Relacione a via farmacêutica com suas respectivas características. 1. Enteral. 2. Sublingual. 3. Intravenosa. 4. Intratecal. 5. Subcutânea. ( ) Adequada para preparações de instilação lenta, ao longo de meses ou semanas, como hormônios. ( ) Esta via é ideal em situações de emergências, pois apresenta início de ação quase imediato, porém precisa de pessoal treinado e técnicas assépticas para a administração. ( ) Também é denominada de via oral, é a via mais comum, econômica e segura. ( ) Efeito local rápido nas meninges ou no eixo cérebro-espinhal. ( ) A absorção é realizada a partir da grande vascularização da língua e da cavidade bucal, e o efeito é rápido pelo fato do medicamento ingressar diretamente na circulação geral. FIM!!!!
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