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Farmacocinética: o que o nosso corpo vai fazer com o fármaco!! Vias de administração: é o caminho pelo qual um medicamento é levado ao organismo para exercer o seu efeito. Enteral ou internas e as vias parenteral ou externa Enteral passa pelo intestino, parenteral não passa necessariamente pelo intestino. Enteral: oral, sublingual, retal. Parental: direta (intravenosa, intramuscular, subcutânea, intraperitoneal, intratecal) e indireta (cutânea, inalatória, conjuntival, rino-orofaíngea, genitourinária) -A forma de como o fármaco vem, vai determinar a via de administração do fármaco. Formas de apresentação dos medicamentos: capsula, comprimido, drágea, elixir, emulsão, gel, loção, creme, pomada, pó, suspensão, xarope. Diferença da velocidade de ação do fármaco - o tempo de cada via. Dependendo da via o fármaco vai agir mais rápido. Ex: direto na veia vai ser bem mais rápido, o fármaco não vai precisar ser absorvido Velocidade de ação: 1.intravenosa 2.intramuscular 3.subcutanea 4.oral Vias enterais Via oral Consiste na administração pela boca de uma forma farmacêutica que após deglutição, chega ao TGI. – METABOLISMO DE 1 PASSAGEM Vantagens: facilidade de administração, via de administração mais comum, distribuição do fármaco é lenta, evita-se ocorrência de níveis sanguíneos elevados de forma rápida, menor probabilidade de feitos adversos. Fatores que modificam a absorção oral Formas farmacêuticas empregadas: comprimidos, capsulas, drágeas, suspensões, elixires, xaropes, soluções. Métodos de administração: deglutição e sondagem gástrica. Medicamentos que devem ser tomados com o estomago vazio: necessitam do ambiente mais ácido do estomago para poderem ser absorvidos. Ex: norfloxacino, captopril, omeprazol... Farmacologia Vias de administração e absorção Medicamentos que precisam do estomago cheio: cetonazol, itraconazol, hidralazina... Medicamentos que podem ser tomados com o estomago cheio ou vazio: alopurinol, amoxicilina, amiodarona, diclofenaco. Via bucal Utilizadas para administração de fármacos com efeitos locais, associados a compostos que proporcionem maior aderência para compensar a ação diluidora da saliva. Formas farmacêuticas: soluções, géis, colutórios, orabases, dentifrícios e dispositivos de liberação lenta. Métodos de administração: fricção, instilação, irrigação, aerossol e bochechos. Via sublingual Efeito rápido, muito utilizadas para drogas instáveis em ph gástrico ou rapidamente metabolizados pelo fígado. Caminho do fármaco: veias linguais, jugular interna, maxilar interna, jugular externa, circulação sistêmica. Ex: antianginosos, anti-hipertensivos... Sensação de formigamento. Cuidados na administração: medicação sob a língua. • A via sublingual vai ter uma ação mais rápida que a oral. Via retal Consiste na aplicação pelo reto de medicamentos para atuarem localmente ou produzirem efeitos sistêmicos. Indicações: pacientes com vômitos, crianças que não sabem deglutir. Formas farmacêuticas: soluções, suspensões e supositórios. Métodos de administração: aplicação e enemas. Desvantagens: absorção não muito boa, pode irritar a mucosa anal, pode desencadear o reflexo de defecação, via desconfortável para alguns pacientes. Via nasogástrica Indicações: pacientes comatosos, perda de reflexos para deglutir, distúrbios psiquiátricos. Cuidados: preparar os medicamentos individualizados, evitar triturar medicamentos com proteção gástrica. Vias parentais – indiretas e diretas Indiretas – não precisa de injeção Diretas – precisa de injeções Via tópica: absorção de medicamentos através da pele ou mucosa, pouca absorção sistêmica, fácil aplicação, dificuldade em ministrar uma dose exata, depende da integridade da pele, podem ter odor desagradável e provocar manchas. Medicações transdérmicas: medicamentos tópicos com efeito sistêmico de natureza lipofílica; Apresentação em discos ou patches. Ex: hormônios e medicamentos antitabagismo. Vantagens: terapia medicamentosa prolongada, controlada e com nível plasmático da substância mantido de forma estável. Desvio do TGI - Boa adesão ao tratamento. Administração oftálmica Indicado no tratamento de infecções, irritação, prevenção. Ex: a via de quando você vai no oculista. Cuidados: posicionamento do paciente, individualidade dos fracos... Administração nasal/respiratória (in) Compreende a mucosa nasal até os alvéolos pulmonares, efeitos locais ou sistêmicos, inalação de gases ou pequenas partículas liquidas ou sólidas geradas por nebulização ou aerossóis. Apresentações: spray, soluções, inalação – NÃO SOFRE METABOLISMO DE 1 PASSAGEM. Cuidados: observar a mucosa nasal antes das administrações, observar possíveis reações sistêmicas após administração. Administração otológica (in) Utilizada para tratar infecções, inflamações, remover cerume impacto, facilitar a retirada de um corpo estranho. Contraindicação: perfuração de tímpano Administração vaginal Indicações: efeito local Cuidado: técnica asséptica, isolamento Formas farmacêuticas: soluções, óvulos vaginais, geleia, cremes, pomadas (ex:metronidazol) Via parenteral DIRETA Administração de drogas ou de nutrientes por meio de injeções. Seleção adequada da agulha e da seringa. Cuidados na reconstrução. Administração intradérmica Pequena quantidade de líquidos, pouca absorção sistêmica Agulhas: 13X4,5 (13mm X 0,45mm) ex: mesobotox, aplicação só na derme Administração subcutânea Pequenas quantidades de fármaco, duração de ação mais longa ex:heparina e insulina, adrenalina ângulos de administração: 45 graus ou 90 graus. agulhas:13X4,5 locais de aplicação: coxa, bunda, tríceps, abdômen Injeção intramuscular (IM) É a deposição de medicamento dentro do tecido muscular, depois da via endovenosa é a mais rápida absorção, por isso o seu largo emprego. -na escolha do local para aplicação, é muito importante levar em consideração: a distancia em relação a vasos e nervos importantes, musculatura suficientemente grande, espessura do tecido adiposo, idade do paciente (porque o paciente tem uma maior perda do tecido cutâneo, com redução do musculo) ... músculos deltoides, musculo da face antero-lateral da coxa, musculo ventro-glutea, musculo dorso – glúteo. Angulo da agulha: 90 graus na via intramuscular SEMPRE. Tamanho da agulha: na seleção da agulha leva em consideração -idade do paciente, espessura do tecido subcutâneo, solubilidade da droga a ser injetada. EX: normal 30 mm X 8 mm (solução oleosa) Administração intramuscular Medicamento depositado profundamente no musculo, elevada absorção sistêmica-absorção depende do fluxo sanguíneo local e do grupo muscular utilizado, não sofre metabolismo de 1 passagem, volumes de até 4-5 ml geralmente causa dor. Forma farmacêutica: soluções aquosas, oleosas e suspensões. Faz assepsia com álcool, depois passa algodão seco e depois aplica. Locais para injeção IM dependem: condições da musculatura, do volume do medicamento, do tipo de medicação, da preferência do paciente. Obs.: injeções IM não devem ser administradas com pacientes em pé. Dorsoglúteo: Vantagens: larga massa muscular, cliente não vê. Desvantagens: próximo a nervos, grandes vasos, assepsia da região. Obs.: não é indicada para recém-nascidos (RN) MENOR que 1 ano. Técnica – dorsoglúteo Dividir o glúteo em 4 partes e aplicar no quadrante superior externo, braços devem ficar longe do corpo e os pés virados para dentro. Ventrogluteo Vantagens: longe de nervos e de grandes vasos, definida anatomicamente, grande massa muscular. Desvantagens: treinamento Deltoide Musculo deltoide. Vantagens: fácil acesso, aceito pelo paciente. Desvantagens: pequena massa muscular, próximo ao nervo radial, pequenos volumes. Musculo vasto lateralVantagens: musculo desenvolvido e não contém nervos grandes ou vasos sanguíneos calibrosos, minimizando o risco de lesão grave. Normalmente é feito na criança MUITA ATENÇÃO!! Nada substitui o olho clínico do profissional, os volumes a serem aplicados dependem da massa muscular do cliente, quanto menor o volume, menor o risco! Administração endovenosa Ação quase imediata do medicamento Indicada para pacientes inconscientes, incapazes de deglutir ou patologia GI É permitido administrar grandes volumes Completa disponibilidade Controle sobre a quantidade ministrada e níveis plasmáticos Aplicados em bolus ou por gotejamento. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!! A solução deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em suspensão. Retirar todo ar da seringa, para não deixar entrar ar na circulação. Aplicar lentamente, observando as reações do paciente Verificar se a agulha permanece na veia durante a aplicação Retirar a agulha na presença de hematoma, inflamação ou dor. A nova aplicação devera ser em outro local, de preferência em outro membro. Tipos de acesso venoso: Periférico Central – nunca infundir associado: adrenalina, cálcio, dobutamina... Tipos de infusão venosa: Bolus Intermitente ou contínua Via intraóssea Indicações: difícil ou impossível a infusão venosa rápida em neonatos e crianças - Utilizada em emergência Vantagem: permite a disposição de líquidos, medicamentos ou sangue total na medula óssea. Ex: na odontologia é feito para retirar um tumor granuloma Central – mais indicado o uso de corticoide para tratar esse tumor. Absorção dos fármacos Absorção: é a passagem de um fármaco desde o seu local de administração até a corrente sanguínea, isto é, até o plasma. Translocação de moléculas de fármacos - Por transferência a um volume em fluxo (corrente sanguínea) - Por transferência difusional (molécula por molécula) Passagem de substâncias através da membrana 1.Difusão através de lipídios. 2.Difusao através dos poros aquosos que atravessam o lipídio. 3. Combinação com uma molécula transportadora que age como rebocador através da região lipídica da membrana. 4.Pinocitoce. Ph e ionização – melhor absorção drogas acidas e bases fracas, a forma não ionizante, a forma não – ionizada é suficientemente lipossolúvel para possibilitar a passagem rápida pela membrana. Características das moléculas das drogas que favorecem o transporte das drogas através das membranas: não polar, baixo peso molecular, solubilidade lipídica elevada. Locais importantes onde o transporte de fármaco é medidor por transportadores: túbulo renal, trato biliar, barreira hematoencefálica, trato gastrintestinal. Fatores fisiológicos relacionados a absorção de drogas: lipossolubilidade, perfusão do TGI, presença de alimentos no estomago, via de administração, motilidade intestinal, efeito do ph, tempo de esvaziamento gástrico. Fatores que afetam a absorção gastrintestinal 75% do fármaco administrado pela via oral é absorvido em 1 – 3 horas. 1.motilidade gastrintestinal 2.fluxo sanguíneo 3.tamanho das partículas e formulação 4.fatores físico-químicos
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