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TINTAS TURMA: ECV6_M1 SALA: BA02 GRUPO Nº 02 Relação Nominal • Evandro Stélvio Camundo Carlos – 20132102 • Felisberto Maurício Ferraz - 20131153 • Gerson Gervásio dos Santos Soares – 20131669 • Hidrisi Herculano Cristóvão Miguel – 20131037 • Natalício de Jesus João Pedro - 20131147 I.1 – Objetivos gerais • O objetivo deste trabalho é o de fazer compreender da maneira mais clara possível, o procedimento de preparação das diferentes superfícies a ser pintadas, a aplicação, os cuidados ater no acto da pintura e algumas patologias das quais a pintura esta sujeita. I-Introdução Tinta é um composto na forma líquida, aquosa ou em gel, que quando aplicado sobre uma superfície, forma um filme transparente ou opaco, aderente ao substrato e flexível, com finalidade de proteger e decorar a superfície e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos ambientes construídos. Quando aplicadas, as tintas assumem a função de uma camada de sacrifício que evita a degradação precoce do substracto sobre o qual é aplicada. A tintas, constituem materiais que geralmente se apresentam sobre a forma de líquidos ou pós solúveis, sendo estas constituídas por: • Veículo(resina) – elemento constituído por resinas, o qual é responsável pela formação da película protetora na qual se converte a tinta depois de seca. • Pigmento – são partículas sólidas e insolúveis que se subdividem em inertes e ativos, sendo que destes últimos dependem a cor e o poder de cobertura da tinta, ao passo que os inertes proporcionam lixabilidade, dureza, consistência, entre outras características. • Solventes – elemento usado em diversas fases da fabricação da tinta a fim de facilitar o empastamento dos pigmentos, regular a viscosidade da pasta de moagem, facilitar a fluidez dos veículos e das tintas prontas na fase de enlatamento, podendo também ser empregues em obra para melhorar a aplicabilidade da tinta, alastramento, etc. Usam-se comumente a água, álcoois, acetonas, entre outros. • Aditivos– constituem produtos químicos de alta eficiência que têm a capacidade de modificar significativamente as propriedades da tinta, sendo os mais comuns os secantes, anti-espumantes, plastificantes, dispersantes, engrossantes, bactericidas, entre outros. I-Introdução Pigmentos ! SolventeVeículo(resina) II –Componentes da tinta em função do substracto As tintas como material de construção, têm uma grande variedade de propriedades, estas que variam segundo diversas especificidades de sua aplicação. Como tal, estas podem ser classificadas segundo o substrato, a que serão aplicadas da seguinte forma: • Sobre bases porosas (alvenaria, betão, revestimento de argamassas e de gesso); • Sobre madeira e derivados de madeira; • Sobre materiais metálicos (ferrosos e não ferrosos). Substrato Tipo de pintura Componentes das tintas Bases porosas Permeáveis ao vapor de água -Emulsões à base de resinas PVAC, acrílicas ou estireno-acrílicas -Tintas à base de cimento ou de cal (caiação) Impermeáveis ao vapor de água -Alquídicas (esmaltes sintéticos) -Epóxi, borracha clorada -Vernizes alquídicos, acrílicos ou poliuretânicos Hidrofugantes (tintas em que não se dá a formação de película) -Emulsões e soluções de silicones -Soluções de silano-siloxano Madeira e derivados Alquídicas Esmalte a óleo e esmalte sintético Esmaltes acrílicos Base em água Vernizes Alquídicos e poliuretânicos Materiais metálicos Alquídicas Esmaltes sintéticos Epoxídicas, de borracha clora e de poliéster \\ Tabela 1 – Componentes das tintas consoante o substrato Il –Componentes da tinta em função do substracto Assim sendo, consoante o substrato e o tipo de tinta, existe um intervalo mínimo para que se dê a cura da tinta, estes que estão apresentadas na tabela abaixo: Substrato Tipo de tinta Intervalo mínimo Betão, alvenaria, argamassas e mistos PVA ou acrílica 30 dias Cimento ou cal 1 semana Esmaltes ou vernizes 60 dias Epóxi ou borracha clorada Base seca (avaliar) Argamassas de cal PVA ou acrílica 60 dias Madeira Esmaltes ou vernizes Base seca (avaliar) Tabela 2 – Cura das tintas Il–Componentes da tinta em função do substracto IlI- Procedimento de aplicação das tintas dsubstracto O ato da pintura de uma superfície compreende métodos próprios adequados para diferentes tipos de tinta, de acordo com suas especificidades. Pode-se afirmar que todo o processo da pintura é dado por etapas que devem estar em devida conformidade com o sistema de pintura a ser utilizado, com o meio em que se insere, e com o substrato a ser utilizado. O processo de preparo da superfície, é um processo que se confere ao substrato os requisitos mínimos para que se garanta o sucesso de pintura, e não se verifiquem graves patologias no revestimento da pintura nas suas primeiras idades. Para que se efetue o devido preparo da superfície, deve-se observar alguns cuidados gerais: • A superfície deverá estar firme, curada, limpa, seca, isenta de poeira, óleo, gordura, sabão, mofo, ceras e ou graxa; • Todas as partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas através de raspagem ou escavação da superfície; • Todas as fissuras e imperfeições profundas das paredes devem ser corrigidas com massa acrílica em superfícies externas ou internas ou com massa PVA em superfícies internas; IlI.1- Preparação da Superfície • Paredes mofadas devem ser raspadas e a seguir lavadas com uma solução de água e água sanitária (1:1) e a seguir lavadas e enxaguadas com água potável; • No caso de repintura sobre superfícies brilhantes, o brilho deve ser eliminado com uma lixa fina. Além dos cuidados citados acima, devem ser observados cuidados específicos para cada tipo e situação de superfície a ser pintada. IlI.1- Preparação da Superfície IlI.1- Preparação da Superfície Raspagem da tinta velhaMassa de nivelamente • Aguardar pelo menos 30 dias para cura total. • Sobre rebocos fracos e ou pulverulentos, deve-se aplicar o fundo preparador de paredes para aumentar a coesão das partículas da superfície, evitando problemas de má aderência e descascamento. Quando essas superfícies tiverem absorções diferenciadas, deverá ser aplicado um selador acrílico pigmentado para uniformizar a absorção; • O concreto deve estar seco, limpo, isento de pó, sujeira, óleo e agentes desmoldantes; • Superfícies com fissuras internas ou externas deverão ser corrigidas com massa acrílica; • Superfícies de origem básica (pH básico), onde será utilizado acabamento com sistema de pintura ácido, deverão receber IlI.2- Betão,Alvenaria e Argamassa • Selador acrílico e PVA não se aplicam a superfícies pulverulentas; • Superfícies com incidência de umidade passiva e umidade por capilaridade deverão ter tratamento de impermeabilização específico e anterior ao serviço de pintura; • O lixamento será executado com lixa de parede, por ser mais adequado a este tipo de superfície do que a lixa d’água; • Após o lixamento a superfície será limpa com escova; • A área será limpa após o lixamento, afim de evitar impregnação de material particulado nas tintas aplicadas posteriormente. IlI.2- Betão Ambiente interno Procedimento Ambiente externo Procedimento Preparo de superfície 1. Fundo: • No caso de Pulverulência usar fundo preparador de parede; • No caso de correção química usar selador acrílico; • No caso de absorção excessiva usar selador PVA ou selador acrílico. 2. Massa: Corrida PVA. 3. Tinta de acabamento: PVA. Preparo de superfície 1. Fundo: • No caso de Pulverulência usar fundo preparador de parede; • No caso de correção química usarselador acrílico; • No caso de absorção excessiva usar selador PVA ou selador acrílico. 2. Massa: Acrílica. 3. Tinta de acabamento: PVA. Tabela – Alvenaria, betão e argamassa curada IlI.2- Betão • Deve ser limpa, aparelhada, seca e isenta de óleos, graxas, sujeiras ou outros contaminantes e também receber tratamento bactericida e fungicida (fundo preservativo). Madeiras resinosas ou áreas que contém nós devem ser seladas com verniz. Um procedimento aconselhável é selar a parte traseira e os cantos da madeira antes de instalá-la, para evitar a penetração de umidade por esse lado. Uma cuidadosa vedação de furos, frestas, junções é necessária para prevenir infiltrações de água de chuva. • Caso a madeira seja resinosa, é importante aplicar verniz sintético plástico como fundo. IlI.3- Madeira • Este tipo de material é muito vulnerável à corrosão. Devem ser removidos todos os contaminantes que possam interferir na aderência máxima do revestimento, inclusive a ferrugem através de lixamento manual com lixa de ferro. Os óleos e graxas devem ser removidos através da fricção com estopa embebida em solventes como por exemplo o thinner. O lixamento mecânico com lixadeira elétrica ou por processos químicos também é utilizado, atentando-se para a eliminação total do produto após a remoção da oxidação. O processo de preparo depende do tipo e concentração dos contaminantes e as exigências específicas de cada tipo de tinta. Alguns tipos de tinta têm uma boa aderência somente quando a superfície é preparada com jateamento abrasivo, que produz um perfil rugoso adequado para a perfeita ancoragem do revestimento. IlI.4- Ferro e Aço IV- Grupo CIN em Angola O GRUPO CIN consitui dos principais intervenientes no mercado das tintas e vernizes no mercado português desde 1992, e no mercado ibérico desde 1995. As empresas a ele afiliadas especializam-se no fornecimento de tintas e serviços a um grande leque de clientes sendo que a empresa mãe, Corporação Industrial do Norte, S.A. tem como principal atividade a produção e comercialização de tintas, vernizes, e produtos afins dedicando-se aos segmentos decorativos, industriais, anticorrosão e acessórios. Em Angola, a empresa iniciou sua atividade no ano de 1970 abrindo sua fábrica em Benguela, onde também está localizada sua atual sede. A distribuição dos produtos CIN é feita através de uma rede própria de lojas localizadas em Luanda, Benguela, Lobito e no Huambo, e também através de revendedores autorizados, empregando cerca de 140 trabalhadores. Esta tem por base a capacidade tecnológica e know-how técnico obtida com os mais de 90 anos de experiência que agracia o grupo CIN, produzindo e comercializando tintas e vernizes de aplicalidade diversa em função das necessidades dos consumidores, sendo que os mesmos produtos tendem a ser de base aquosa ou contêm um baixo teor de solventes, o que possibilita um menor impacto ambiental e na saúde de quem aplica, e de quem se beneficia dos espaços pintados com os produtos CIN.. IV- Grupo CIN em Angola Em Angola, a CIN opera nos segmentos de proteção anticorrosiva, industrial, repintura automóvel e decorativo, tendo ao dispor dos consumidores uma vasta gama de produtos, a estes que são continuamente adicionados novos elementos. • Segmento de proteção anticorrosiva A este segmento dedica-se a divisão “Protective Coatings” da CIN com principais âreas de atuação os setores da petroquímica, infra-estruturas metálicas, energia e construção metálica, destinando-se os produtos desenvolvidos para este segmento exclusivamente a proteção anticorrosiva de estruturas e equipamentos de aço e betão quando expostos a ambientes agressivos, a proteção passiva ao fogo, e ao revestimento de pavimentos industriais e comerciais. – IV- Produtos CIN Usados em Angola CIN Protective Coatings • Segmento industrial No setor industrial a CIN opera em dois setores de negócio, nomeadamente o setor das tintas líquidas de base solvente e de base aquosa, estas que se destinam às indústrias do metal, madeira, plásticos, vidro e repintura de veículos industriais e de transporte, e o setor das tintas em pó de marca MEGADUR, estas que constituem revestimentos em pó, sem chumbo, destinadas principalmente à proteção e acabamento de metais sendo de grande afinidade com os mercados de mobiliário metálico, de lacagem de alumínio, utilidades domésticas e componentes automóveis. -MEGADUR -MEGADUR IV- Produtos CIN Usados em Angola • Segmento de repintura automóvel Neste setor, a CIN opera no erritório angolano comercializando os produtos da marca RM/BASF, e presta além do mais, assistÊncia técnica e apoio comercial aos seus clientes. • Segmento decorativo Para o setor decorativo, a CIN Angola dispõe de uma vasta gama de produtos versáteis, estes que subdividem-se em produtos de aplicação interior e exterior. CIN-RM/BASF IV- Produtos CIN Usados em Angola De forma geral, as tintas também caressem de cuidados de formas a apresentarem o seu potencial desempenho, sendo que durante o processo de aplicação das tintas, estes cuidados se manifestam pelos seguintes pontos: • Respeito da idade da base (tempo de cura); • Cuidado com humidade excessiva do ar (acima de 80%); • Cuidado com temperatura excessiva do ar (acima de • 35ºC, preferencialmente entre 10ºC e 40ºC ); • Cuidado com vento e poeira; • Cuidado com emendas de faixas; • Evitar dias chuvosos no caso de pinturas externas. V- Cuidados a ter com a pintura Para que se realize uma pintura correta, deverão ser observados rigorosamente os seguintes pontos: Prazo de validade • Base água: 2 anos a partir da data de fabricação; • Base solvente: 3 anos a partir da data de fabricação; • Os produtos poderão ter estes prazos modificados pelos fabricantes, caso no qual este caso o prazo deverá ser indicado de forma clara e objetiva; • Todos os produtos deverão ser identificados, com código, lote e prazo de validade. Informações contidas na embalagem • Deverão acompanhar o produto informações impressas na embalagem, indicando composição básica, técnica de aplicação, armazenagem, transportes e cuidados com o manuseio. VI- Informação sobre os produtos usados na pintura Integridade do produto e embalagem •Todas as embalagens deverão se apresentar íntegras, fechadas, não violadas, etiquetadas com informações preservadas e de fácil leitura. Estabilidade das tintas Na abertura inicial de uma embalagem de tinta não poderá ser identificado: •Excesso de sedimentação; •Coagulação; •Empedramento; •Separação de pigmento; •Genéreses ou formação de nata (filme), que não possa tornar-se homogênea através de simples agitação manual. A tinta não pode apresentar odor pútrido, e nem exalar vapores tóxicos. Vl- Informação sobre os produtos usados na pintura VIl– Patologias das tintas Os materiais de construção empregues na preparação e no acabamento das paredes são quimicamente agressivos, podendo atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas. Para que se evite o aparecimento de tais patologias deve-se ter em consideração o seguinte: • Os materiais de alvenaria podem conter considerável quantidade de água, apresentar porosidade excessiva ou irregularmente distribuída, bem como sais minerais ou cal incorretamente carbonatada, estando sujeitos à degradação progressiva que acabará por reduzir ou destruir a firmeza destas paredes, e com elas o sistema de pintura empregue; • A presença de água pode promover o aparecimento de bolhas e impedir a aderência das películas, além de favorecer a formação de mofo. • A porosidade irregular pode causar variações no brilho, na cor ou prejudicar a aderência da tinta;• Sais minerais podem causar a formação de depósitos cristalinos, descascamento, empolamento, etc; • Preparo incorreto da superfície e/ou falha na aplicação do produto (mão de obra não qualificada). VIl– Patologias das tintas As patologias mais comuns aos sistemas de pintura são: Calcinação É o desagregamento do filme que começa a soltar em forma de pó. É normalmente causada pela aplicação externa de um produto recomendado apenas para interiores ou quando a tinta é aplicada sobre superfícies muito absorventes. Como correção recomenda-se efetuar a selagem através da utilização de produtos para tal fim. VIl – Patologias das tintas Bolhas Ocorre por aplicação de massa PVA em ambiente inadequado ou por infiltrações de água. Como correção recomenda-se raspar o material fracamente aderido, eliminar eventuais infiltrações, selar a superfície com “fundo preparador de paredes” e quando em ambientes externos, só utilizar massa acrílica. VIl– Patologias das tintas Saponificação A alcalinidade das paredes pode provocar a saponificação das tintas formando manchas, com posterior amolecimento ou descascamento do filme. A parição de manchas e descascamento do filme que promove a destruição das tintas PVA ou o retardamento da secagem das tintas sintéticas, em virtude do produto ter sido aplicado sobre superfícies não curadas ou com alcalinidade excessiva. Recomenda-se aguardar a cura total do reboco por trinta dias e aplicar “fundo preparador de paredes”. VlI– Patologias das tintas VIIl-Conclusão Nos últimos anos, o desenvolvimento tecnológico nesse setor tem sido intenso. Estimulados pelo exigente mercado e pelas restrições ambientais, os fabricantes têm-se empenhado a melhorar o processo, tornando-o mais limpo, sustentável e com menores custos. Na construção civil a pintura representa uma operação de grande importância, uma vez que as áreas pintadas são, normalmente, muito extensas, implicando num alto custo. Há uma tendência natural em considerar a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, como isolante impermeabilizante, controlar luminosidade e podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente as pessoas. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!!
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