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Aula 8 - HIPOCAMPO

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*
FUNÇÕES SUPERIORES DO SISTEMA NERVOSO CENTAL
MEMÓRIA
Professora: Rosany Piccolotto Carvalho
*
 O que nos faz lembrar de uma detalhada história ocorrida no passado?
 Como deixamos fluir naturalmente as frases complicadas de longas canções? 
 Por que nunca nos esquecemos de como se dirige um automóvel?
 
Nestes exemplos, a memória surge como um processo de retenção de informações no qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando as chamamos. 
É uma função cerebral superior relacionada ao processo de retenção de informações obtidas em experiências vividas. 
O termo  memória tem sua origem etmológica no latim: 
Significa a faculdade de reter e/ou readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças, reminiscências.
*
CÉREBRO
	
	É a parte mais desenvolvida nas aves e nos mamíferos, sendo o centro de inteligência e aprendizagem. 
	
	Acredita-se que a capacidade das sinapses serem moduladas é a principal base para todos os processos cognitivos, como percepção, raciocínio e memória. 
*
Aprendizado e Memória
Aprendizado: Capacidade para alterar o comportamento com base na experiência. 
 A aprendizagem pode ser vista como o processo adaptativo que resulta de uma mudança da estrutura sináptica.
 Memória: Função cognitiva específica de armazenar e resgatar informações a nível consciente ou inconsciente. 
*
Aprendizado e Memória
 Inteligência: Totalidade das funções cognitivas que compreendem o pensamento humano e as funções corticais altas que formam a mente humana.
Binet: “Inteligência é julgar bem, compreender bem, raciocinar bem” Teaman: “A capacidade de conceituar e de compreender o seu significado” Helm”A atividade inteligente consiste na compreensão do essencial de uma situação e numa resposta reflexa apropriada”
 Piaget: “Adaptação ao ambiente físico e social”
 O que é Inteligência Emocional? 
A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns. (Gilberto Vitor)
*
Aprendizado e Memória
 Howard Gardner da Universidade de Harward, nos Estados Unidos: 
 inteligências que se integram: •     Inteligência Verbal ou Lingüística: habilidade para lidar criativamente com as palavras. •     Inteligência Lógico-Matemática: capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo. •     Inteligência Cinestésica Corporal: capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis. •     Inteligência Espacial: noção de espaço e direção. •     Inteligência Musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa. •     Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; a maneira de como aceitar e conviver com o outro. •     Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo, autoconhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos. É a inteligência da auto-estima.
*
 Aprendizado e Memória
 - São vistos potenciais de ação de longa duração, que são objetos de investigação para a explicação da memória, resultante das sinapses na região do cérebro denominada HIPOCAMPO.
*
 Aprendizado e Memória
 Cognição
 Conceito: Processo de estar consciente, saber, pensar, aprender e julgar.
 Esferas:
Gnosias: reconhecimento de objetos familiares
Praxias: conhecimento automático de como fazer determinada tarefa
Linguagem: capacidade de comunicação 
 (afasias:alterações da linguagem)
Memória
*
Memória
Tipos:
Memória episódica
Sistema de memória utilizado para lembrar experiências pessoais vividas em um contexto próprio.
Ex: telefonema de um amigo, jantar da noite passada.
- Lobo temporal mesial (hipocampo, córtex entorrinal) e
 - Prosencéfalo basal
*
 MEMÓRIA 
 Memória semântica
Armazenamento de conhecimento factual e conceitual. Inclui todo o conhecimento do mundo ao nosso redor.
Ex: cor de uma determinada flor, nome do primeiro presidente do Brasil.
 Região inferior e lateral do lobo temporal
*
 MEMÓRIA 
 Memória de procedimento
 Capacidade de aprender habilidades comportamentais e cognitivas que são usadas de forma automática e inconsciente.
Ex: aprender a dirigir, como dar um laço no cadarço. 
Área motora suplementar, gânglios da base, cerebelo
*
 MEMÓRIA 
Memória operacional
 Combinação das capacidades de atenção, concentração e memória recente. Capacidade de manter ou manipular informações de forma mais temporária.
Ex: estudar para uma prova
 Requer memória episódica
Córtex pré-frontal e áreas subcorticais
*
 MEMÓRIA 
Memória Topocinética
 Grava a posição e o movimento do corpo e espaço..
Ex: Graças a ela você consegue caminhar automaticamente ate a sua casa estudar para uma prova
Córtex Prefrontal e Cerebelo
*
Diferentes tipos de Memória:
Visual; Registra imagens como rostos e lugares. 
Visual das formas figurativas;
Visual das formas abstratas;
Visual e conceptual;
Auditiva;
Tátil;
Sensoriomotora e dos lugares;
Motora.
*
Aprendizado
Os receptores de NMDA (N-methyl-D-aspartate) são canais iônicos permeáveis a diferentes tipos de íons, como de sódio, cálcio, ou potássio. 
Esses canais são inicialmente bloqueados por um íon de magnésio de tal forma que a permeabilidade para o sódio e cálcio seja baixa. Mas, se a célula é levada a um certo nível de excitação, os canais iônicos perdem os íons de magnésio e é desbloqueando os íons de cálcio. 
Através do fluxo de íons de cálcio, uma cadeia de reações é iniciada e produz uma mudança duradoura no nível de limiar de disparo da célula. 
�
Ca2+�
Mg+�
Mg+�
C�lula pre-sin�ptica�
membrana�
fenda sin�ptica�
�
neurotransmissores�
Receptor
de NMDA�
C�lula p�s-sin�ptica�
*
*
 Aprendizado
 Formas de Aprendizado 
1. Habitação: 
 é uma forma simples de aprendizado em que um estímulo neutro é repetido muitas vezes;
 estimulo/novidade – reação;
 diminuição de respostas elétricas;
habituação ignora o estímulo (hiperpolarização dos interneurônios).
BASES FISIOLÓGICAS
- Nossa mente são inundadas por informações sensoriais, e um função importante do nosso cérebro é a capacidade de ignorar informações irrelevantes e alheias. 
- Fisiologicamente ocorre devido a  do Ca++ nas terminações sensoriais que medeiam a resposta a ume estímulo em particular
*
Aprendizado
 Formas de Aprendizado 
2. Sensatização ou Aprendizado Percepcional:
aumenta o estimulo se estiver ao agradável ou desagradável (excita várias vias sensitivas) 
Ex. Ocupar mesmo lugar, forma de uso do computador, mãe/bebe.
BASES FISIOLÓGICAS
 Nosso cérebro tem a capacidade de incrementar, ou armazenar, certos traços de memória, pela facilitação de circuitos sinápticos.
 Fisiologicamente ocorre devido a um prolongamento do P.ª nas terminações sensoriais, com  do Ca++ intracelular
*
Aprendizado
3. Aprendizado Associativo:
- Reflexos condicionado: é uma resposta reflexa a um estímulo que produz pouco ou nenhuma resposta, e é adquirido pela associação repetida de estímulos a um outro estímulo que normalmente lembra a resposta.
 Ex. Exp. De Pavlov cão/salivação/campainha/carne. 
 Estímulos: Condicionados - é qualquer coisa que avisa o animal a executar uma tarefa (soar da campainha). Incondicionados - produzem uma resposta particular, são um evento agradável ou desagradável (carne colocada na boca).
- Condicionamento Operante:forma de condicionamento em que o animal é ensinado a executar alguma tarefa de forma a obter alguma recompensa ou evitar punição.
*
ESTRUTURAS DE MEMÓRIA
 TIPO DE INFORMAÇÃO
Declarativas
Procedurais 
Episódica / Autobiográfica
(rostos, filmes, festas,...)
Semânticas
(conhecimentos gerais)
Capacidades ou habilidades motoras ou sensoriais (hábitos)
(HIPOCAMPO)
(CEREBELO)
FORMA COMO FOI CODIFICADA
Ambas podem ser adquiridas de maneira 
IMPLÍCITA ou EXPLÍCITA
Wilson Vieira Melo
www.terapiascognitivas.com.br
*
*
Século XX
Modelos de Memória: 
Modelo de Atkinson-Shiffrin - década de 60
Modelo estrutural que sugere três sistemas de armazenamento de informações: armazenamento sensorial, memória de curto prazo e memória de longo prazo.
*
O Modelo de Armazenamento Múltiplo
Armazenagem de Curta Duração (Atkinson e Schifrin,1968)
Atkinson e Schifrin (1968)
Entrada do
Meio
Armazenagem Sensorial
Armazenag Curta Duração 
ArmazenagLonga Duração 
Icônica
Ecóica 
Haptic 
Controle
Processos;
Codificação;
Recuperação;
Estratégias
Abreu, VPS
*
Estudo de Sperling’s (1960) sobre a memória sensorial
Fixação
Mostragem
1/20 seg
Tom
Aparecem ou antes
ou depois de 15, 30, 50
ou 1 segundo
Relato
Alto
Médio
Baixo 
Tempo (frações de segundos) 
Abreu, VPS
*
 O Modelo de Armazenamento Múltiplo
 Waugh e Norman (1965)
 			 Alça Ensaio
						 Transferir para 
			 	 		 armazenagem
Estímulo				 permanente
Armaze
nagem Sensorial
Memória de Curta Duração
Memória de Longa Duração
Esquecimento
Resposta
Abreu, VPS
*
Século XX
Modelos de Memória: 
Modelo de Processamento por Níveis – 1972
Este modelo sugere que níveis mais profundos de processamento de informações produzem uma retenção mais eficiente do que níveis de processamento mais superficiais (Craik & Lockhart, 1972).
 
*
Teoria dos Níveis de Processamento
Níveis de processamento
Tipos de Codificação
Exemplos de questões usadas para elicitar a codificação apropriada	
Abreu, VPS
*
 Modelos de Memória: 
	
Modelo de Tulving - 1972
	O modelo de Tulving enfoca a natureza das informações que são armazenadas e distingue 3 tipos de memória segundo o conteúdo a ser processado: memória episódica, memória semântica e memória procedimental.
*
 MEMÓRIA 
Modelo de Processamento Paralelo - dias correntes
	De acordo com este modelo, a memória bem como outros processos cognitivos são processados em rede (neural), na qual os elementos (neurônios) apresentam múltiplos liames. Assim, a memória resultaria da ativação que ocorre na rede neural.
Comprometimento da Memória:
 Estudos tem mostrado que grande parte dos esquecimentos são de natureza auditivas (assuntos discutidos e ouvidos --- excesso de informações) para isto foram analisados 71 homens e mulheres na faixa etária de 18 a 42.
 
*
Comprometimento da Memória:
- Emoções e Memória: 
De acordo com Damasio, sentimentos positivos e negativos fazem com que os fatos sejam guardados e relembrados.
 Situações traumáticas levam ao esquecimento dos detalhes.
 Reviver situações de dor: mulheres esquecem para manter a espécie e homens para resolver o problema feminino.
 Partes do cérebro envolvidos na formação de memórias emocionais: Lobo Frontal. Episódio revivido e respectivas emoções desencadeadas
*
MEMÓRIA 
- Tudo que guardado na memória depende de mudanças nos padrões das sinápses... Conexões entre 100 milhões de neurônios (Claudia Guimarães dos Santos) ... As informações não ficam armazenadas indefinidamente pois o nosso cérebro faz uma triagem.
TIPOS DE MEMÓRIAS
M. Operacional: serve pra lembrar da palavra lida anteriormente até chegar ao fim desta frase.
M. Curta duração: serve pra lembrar de uma reportagem por algum tempo. Armazenam informações das últimas 6 a 8 horas.
M. Longo prazo: serve pra lembrar de uma reportagem por longo tempo. Levam tempo para se consolidarem e são suscetíveis à interferências nas 8 primeiras horas. §Memória Remota
*
 MEMÓRIA 
Concentração (Suzana H. Houzel)
- Hipocampo: é a estrutura que processa a memória longo prazo...é aqui que ocorrem sinapses que possibilitam a memorização.
 Excesso de estímulos confundem o Hipocampo;
 Envelhecimento após os 60 anos  a velocidade de aquisição ou evocação e não em capacidade total;
 Falta de estímulos cerebrais  a memorização o que é dada através de leitura e atividade que exige concentração  as sinapses;
- Uns nascem com memória boa outros sem..mas pode ser melhorada com estímulos (rostos, idéias e raciocínio);
- Não existem percentagem de quanto podemos lembrar.
*
MEMÓRIA 
Lucia Garcia de Oliveira
- Mostra a importância da concentração para a memorização: Ler e Ginástica aeróbia ( o fluxo de sangue no cérebro o que deixa a pessoa mentalmente mais alerta).
*
COMO DESENVOLVER A MEMÓRIA
Memória é um fenômeno biológico e psicológico, que envolve uma aliança de diferentes sistemas cerebrais que funcionam em conjunto. Coordenada pelo HIPOCAMPO formação da memória e AMIGDALA associada a memória emocional. 
Tentar sempre compreender aquilo que se aprende;
Criar associações de ideias;
Estudar em voz alta;
Tomar notas;
Seleccionar as recordações;
Ter calma.
*
 A liberação de hormônios de stresse (adrenalina, cortisol) nos minutos seguintes à aquisição pode:
Pequenas quantidades: melhorar a consolidação.
Grandes quantidades: anular o aprendizado.
Nas amnésias a falha está na
 MEMÓRIA DECLARATIVA EPISÓDICA EXPLÍCITA.
 Wilson Vieira Melo / www.terapiascognitivas.com.br
*
Tipos de Amnésia
Retrógrada
Envolvimento da memória para acontecimentos anteriores ao início da lesão cerebral
Anterógrada
Dificuldade na aquisição de novas informações e na recordação de acontecimentos ocorridos a partir do início da doença neurológica ou lesão cerebral
*
BASES BIOLÓGICAS DA MEMÓRIA
 Hipocampo: Amnésia Anterógrada ou incapacidade e formar, ou armazenar, novas memórias. Isto é dado por lesões do Hipocampo (está conectado aos centros de punição e de recompensa) é o responsável pela memória recente.
Tálamo  Amnésia Retrógrada  Fibras mamilotalâmicas  córtex pré-frontal  Prosencéfalo basal  Neocórtex  Amígdala  Hipocampo  a partir do Neurônio basal de Mey Nert. Perda de memória ao longo prazo, está relacionado a lesão talâmica. 
- Potencial a Longo Prazo: ativado pelo Ca++ onde libera glutamato  R. NMDA (N-Metil-D-Aspartato).
*
Síndrome disexecutivo
Incapacidade para alterar comportamentos de acordo com regras diferentes
Perturbação do planeamento e execução de comportamentos sequenciais, com múltiplos passos
Incapacidade para inibir respostas
Perseveração
*
Afasia
 Perturbação adquirida da compreensão e/ou da expressão da mensagem verbal secundária a uma lesão cerebral.
 Não confundir com:
	Disartria (defeito da articulação verbal) 
	Alteração do pensamento (delirium, psicose..)
*
Síndromas afásicos I
 Afasia tipo Broca (não fluente, 
 expressiva, motora, anterior):
-fluxo verbal diminuído
-discurso telegráfico
-agramatismo
-compreensão mantida
Área de Broca
*
Afasia de Paul Broca
Descrição original
No dia 11 de Abril de 1861, entrou na enfermaria geral de Bicêtre, no Serviço de Cirurgia, um homem de 51 anos, chamado Leborgne, com um fleimão difuso gangrenado de todo o membro inferior direito
Respondia a todas as questões que lhe fiz sobre a origem do seu mal com o monossílabo tan. Percebia tudo o que se lhe dizia, parecia perfeitamente válido e inteligente, mas a linguagem restringia-se ao tan. Era conhecido com o senhor tan-tan
Para além da afasia tinha uma hemiplegiadireita, fenómenos ocorridos 10 anos antes.
Cérebro Sr. Leborgne
Pé de F3 – área de Broca
*
Síndromas afásicos II
Afasia tipo Wernicke (fluente, receptiva, sensorial, posterior):
-compreensão perturbada 
-ritmo, melodia e articulação normais
-neologismos 
-parafasias
-logorreia
*
Síndromes afásicos III
Afasia de condução:
-perturbação da repetição 
-discurso fluente
-disfasia nominal
-confusões semânticas
-compreensão relativamente preservada
Lesão fasciculus arcuatus
*
Síndromes afásicos IV
Afasias transcorticais:
-repetição preservada 
Lesões poupando o Fasciculus arcuatus
*
Apraxia
Dificuldade em realizar gestos voluntários de forma adequada, na ausência de parésia, incoordenação dos movimentos, de perturbação da compreensão ou da atenção
*
Tipos de apraxia
Ideomotora: sabe o que fazer mas não sabe executar 
Ideatória: dificuldade em conceptualizar o movimento 
Vestir
 
Construtiva
Apraxia do vestir
*
Doença de Alzheimer
*
Doença de Alzheimer
História
Alois Alzheimer (1864-1915)
D. Alzheimer: Uma forma unusual de demência pré-senil Kraepelin, Psychiatrie 8ªEd., 1910
1ª Apresentação - Meeting of the South West Germany Society of Alienists Tubingen, Novembro de 1906
Alzheimer, A. (1907). Allg. Z. Psychiatr.,64,146-8
*
Doença de Alzheimer
Epidemiologia:
15 milhões de pacientes no mundo; A incidência aumenta de aproximadamente 0,5%/ano
Discreto predomínio em mulheres; 
 História familiar (1º grau): 23% a 48%;
Idade : fator isolado mais importante;
Prevalência dobra a cada 5 anos após os 65 anos;
5% na população com 65 anos de idade, e 47% na população com 85 anos de idade;
*
Doença de Alzheimer
Após 100 anos da 1ª descrição:
Causa principal continua desconhecida;
 Nenhuma teoria unificada dos achados;
Sem testes diagnósticos in vivo;
Sem prevenção ou cura;
*
Doença de Alzheimer
Fatores de risco
Idade - Alguns estudos demonstraram que, enquanto a incidência aos 80 anos é de aproximadamente 20%, aos 85 anos é de 47%, ou seja, o dobro em 5 anos. 
*
Doença de Alzheimer
Fatores de risco
 Escolaridade:
 O nível de educação parece ser uma proteção para a doença de Alzheimer:quanto maior o número de anos de estudo formal menor seria o risco.
 Essa possibilidade deve ser analisada com reserva a partir da constatação de que pessoas com mais escolaridade administram suas limitações cognitivas com maior facilidade que analfabetos ou com baixo nível de escolaridade.
 A plasticidade neuronal também pode estar implicada nesse processo
*
Doença de Alzheimer
Fatores de Riscos
Fatores não genéticos:
Traumatismo craniano;
Falta de estimulação; 
Fatores genéticos:
 Histórico familiar (início precoce)
Síndrome de Down;
APOE ε4;
*
Doença de Alzheimer
Fatores Protetores:
Vitamina E e C;
Vitamina B12 e ácido fólico;
Atividade física e intelectual;
Reposição hormonal.
*
Doença de Alzheimer
Fisiopatologia da doença de Alzheimer
Produção e acúmulo de beta-amilóide;
Inflamação, oxidação, hiperexcitabilidade Glutamatérgica;
Apoptose celular de neurônios colinérgicos;
*
Doença de Alzheimer
Fisiopatologia da doença de Alzheimer
São alterações extracelulares com acumulação da proteína – beta amilóide A/4. 
*
Doença de Alzheimer
Fisiopatologia da doença de Alzheimer
A análise bioquímica demonstra que a proteína-beta amilóide A4 das placas neuríticas são derivadas do precursor da proteína amilóide (PPA). 
O gene dessa proteína localiza-se no cromossomo 21. PPA é uma proteína trans-membrana encontrada preferencialmente nas terminações nervosas.
Sua degradação anormal produz fragmentos peptídeos que agregam-se a insolúvel beta-amilóide A4. 
*
Doença de Alzheimer 					 Patogenia
As placas senis ou de beta-amilóide são formadas por fragmentos da proteína percursora do amilóide (APP)
Enzimas (secretases) vão cortar a proteína em fragmentos, incluindo o peptido beta-amilóide
O peptido beta-amilóide vai agregar-se para formar as placas senis 
Na DA as placas causam anomalias do funcionamento dos neurónios; este processo envolve sobretudo o hipocampo e outras áreas do cérebro
*
Degeneração Neurofibrilar:
Proteína tau;
Hiperfosforilação;
Doença de Alzheimer
Fisiopatologia da doença de Alzheimer
*
Novelos Neurofibrilares: 
São alterações intracelulares verificadas no citoplasma dos neurônios.
*
Doença de Alzheimer
Fisiopatologia da doença de Alzheimer
ATROFIA
*
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
*
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
NEUROQUÍMICA
	Na doença de Alzheimer há uma marcada alteração do sistema colinérgico principalmente com a redução de 40 a 90% da atividade da colina-acetil-transferase especialmente no córtex cerebral e hipocampo.
 	Também estão diminuídas as atividades da precursora - A Côa, resultando em importante redução dos níveis de acetilcolina.
 	Outros sistemas também estão comprometidos; catecolaminérgicos (dopamina e noradrenalina) e serotominérgicos, além de certos neuropeptídeos (somastatina) e alguns aminoácidos como: GABA e Glutamato.  
*
Doença de Alzheimer
A hipótese colinérgica
. degenerescência dos neurónios colinérgicos 
 (N. Basalis de Meynert ,N.septal)
. redução da síntese/libertação acetilcolina
. desnervação colinérgica cortical 
*
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Genética:
3% a 5% das DA - autossômico 	
	dominante;
Resultado de mutações: 21,14 e 1;
Famílias sem mutações - novos genes.
*
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Genética:
Forma Autossômica Dominante: precoces (30/40 a);
Cromossomo 21: gene da APP;
Cromossomos 14 e 1: genes das Presenilinas: (PS1 e PS2);
Proteínas transmembranas; 
*
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Quadro Clínico:
Protótipo da demência amnésica;
Geralmente após os 65 anos;
Curso indolente;
Perda de memória: principal achado em todo o curso da doença;
Dx - óbito: de 15 a 20 anos;
*
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Quadro Clínico:
Estágios iniciais (2 a 3 anos):
Repetições, esquecimento de nomes, local de objetos pessoais; 
Déficit seletivo para eventos recentes;
Avaliação neuropsicológica pode mostrar discretas alterações em atenção, nomeação e visões-espaciais;
Relativa independência.
*
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Quadro Clínico:
Estágio intermediário (2 a 8 anos ):
 Déficits em outros domínios: linguagem, raciocínio, orientação espacial e funções executivas;
 Atividades diárias - dificuldade cada vez maior;
 A independência é gradualmente perdida;
 Alteração ciclo sono-vigília;
 Piora comportamental (fim do dia);
 Perda de decoro e higiene;
 Sintomas psiquiátricos: delírios, alucinações, agitação.
*
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Quadro Clínico:
Estágio final:
 Incontinência;
 Não reconhece familiares;
 Dificuldades com movimentação e alimentação;
 Piora importante de sintomas comportamentais e cognitivos;
 Mioclonias, rigidez, hipomímia e instabilidade de marcha tornam-se cada vez mais intensos;
 A morte geralmente ocorre por morte súbita ou decorrente de infecções.
*
Doença de Alzheimer:
A doente original
August D.
Delírio de ciúme
Deterioração cognitiva progressiva 
Memória, linguagem,…
Alterações do comportamento
Alucinações; psicose 
Perda das capacidades funcionais 
Falecida 1906 (56 a.)
Altª anatomo-patológicas características
Ex. alterações da linguagem
*
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
Tratamento:
 
Mecanismo básico da sintomatologia:perda neuronal de acetilcolina;
Drogas aprovadas:
	 inibidores da colinesterase;
Parar ou retardar a evolução dos sintomas, discreta melhora.
*
Doença de Alzheimer
Medicamentos:
 
Aricept 10mg: no inicio do tratamento o pct deve tomar 5mg (comprimido branco) todas as noites. Ao fim de um mês, o médico pode aumentar a dose para 10mg (comprimido amarelo). Dose máx por noite: 10mg.
Aricept 23mg : doses iniciais de 5mg/dia, com um aumento da dosagem para 10mg/dia após 4-6 semanas. Antes da utilização desse medicamento, os pcts devem ter usado o Aricept 10 mg por pelo menos 3 meses.
*
Medicamentos:
 
Galantamina (Reminyl): em comprimidos, tomados 2x ao dia, um após o almoço e outro ao deitar. O tratamento é inciado com 4mg (comprimido esbranquiçado) 2x/dia. Após 4 semanas de tratamento, a dose é aumenta para 8mg (2 comp. Esbranquiçados ou 1 rosa) 2x/dia. Se necessário, a dose ainda pode ser aumentada para 12mg (3 comp esbranquiçados ou 1 comp rosa e 1 esbranquiçado ou 1 comp. laranja-acastanhado) 2x/dia.
Doença de Alzheimer
*
Medicamentos:
 
Rivastigmina (Exelon): dose inicial de 1,5mg 2x/dia. Se bem tolerada, após pelo menos 2 semanas de tratamento pode a dose pode ser aumentada para 3mg 2x/dia, subsequentemente para 4,5mg 2x/dia e entao para o max. de 6mg 2x/dia.
Doença de Alzheimer
*
Obrigada!!!
“A velhice só começa quando se perde o interesse”. 
			 Jean Rostand 
*
Armazenagem de Curta Duração
Atkinson e Schifrin propuseram que a informação que tinha sido atentada na armazenagem sensorial entra em uma armazenagem de Curta Duração (também chamada de memória de curta duração) onde teve de ser ensaiada antes que pudesse entrar na memória de longa duração relativamente permanente.
Memória de Curta duração é de capacidade limitada e é frágil
(Recordar números de fones ou direções)
Capacidade de 5-7 itens 
Listas de letras/números usadas em experimentos
Recordação serial ou livre
Agrupamentos são grupos que nós já conhecemos
 
*
*
*
Vit. B3 – Niacina. Indispensável na produção de NAD+ e NADP, importantes no metabolismo energético e no reparo do DNA, por serem redutores de substâncias reativas como os radicais livres. Outras funções da niacina incluem remover substâncias químicas tóxicas do corpo e auxiliar a produção de hormônios esteróides pelas glândulas supra-renais, como os hormônios sexuais e os relacionados ao estresse.
Vit B12 – Cobalamina. Necessária a eritropoiese e indispensável para o bom desenvolvimentodo sist. Nervoso.
Vit C – Ác. Ascórbico. Indispensável na produção de neurotransmissores como a serotonina, adrenalina e dopamina.
Vit B9 – Ác. Fólico. Necessária para a formação de proteínas estruturais e para o desenvolvimento normal do sistema nervoso.
A atividade física regular libera substâncias endógenas que “melhoram” o funcionamento do SNC, como o BNDF, que é uma neurotrofina responsável pelo processo de regeneração neural, favorecendo a neuroplasticidade e estimulando a neurogênese.
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As placas senis têm o aspecto esférico e no centro há denso acúmulo de proteína beta-amilóide A/4 que é circundada por um anel formado de partículas de neurônios anormais, células microgliais e astrócitos reativos
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emaranhados neurofibrilares associados a mutações pela hiperfosforilação da proteína tau (proteínas que estabilizam os microtúbulos, presentes principalmente em cél. Do sistema nervoso), no interior dos microtúbulos do citoesqueleto dos neurônios.
A proteina tau é formada pro splicing alternativo do gene MAPT. Splicing alternativo ocorre qdo os exons e os intros podem ser usados na produçao de proteínas em diversas combinações.
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O cérebro de um paciente com a doença de Alzheimer, quando visto em necrópsia, apresenta uma atrofia generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo, mas também em regiões parieto-occipitais e frontais.
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Segunda fase (demência inicial):
Aumenta a dificuldade em pegar objetos (agnosia) e dificuldade na coordenação dos movimentos (apraxia);
Os problemas de linguagem tem a ver com uma diminuição do vocabulario e a maior dificuldade na fala;
Dificuldade de coordenação.
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