Buscar

Marlon Orçamento Público

Prévia do material em texto

Prof. Msc. FRANCIVALDO DE SOUZA LIMA
1
O ORÇAMENTO PÚBLICO 
 Não é diferente do Orçamento que fazemos em
casa.
2
O ORÇAMENTO PÚBLICO 
3
PLANEJAR 
 É função de importância fundamental para a
racionalização de qualquer gestão.
 O ato de PLANEJAR é o exercício de adequar os
recursos aos objetivos da gestão, mediada pelos
princípios que orientam uma equipe de governo.
4
PROPÓSITO PRINCIPAL DO PLANEJAMENTO 
 Estabelecer, a base de Políticas Públicas pré-
definidas, a forma pela qual deve-se adequar a
oferta à demanda por serviços públicos em um
horizonte de tempo determinado, estabelecendo-
se os objetivos e metas a serem cumpridos, e para
tal, dimensionando-se recursos físicos, humanos e
financeiros para a consecução dos mesmos.
5
O PLANEJAMENTO PÚBLICO 
 1. Facilita o diálogo entre sociedade e governo.
 2. Combate a descontinuidade administrativa.
 3. Equaciona o crescente desequilíbrio entre
demanda e oferta de serviços públicos.
 4. Facilita/possibilita – o controle da ação e a
avaliação dos resultados.
6
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO 
 1. O atual momento político-social exige
profundas mudanças em relação aos processos de
gestão que culminam na necessidade de planejar:
 2. Acentuada elevação da demanda por serviços
públicos, com contração de recursos para atendê-
la.
 3. Crescente complexidade da atividade
governamental, à medida que se assimila novos
parâmetros de desenvolvimento econômico e
social.
 4. Pressão generalizada no país pela aplicação de
novos critérios políticos e procedimentos no trato
da coisa pública.
7
O ORÇAMENTO PÚBLICO 
EXIGE A ELABORAÇÃO DE LEIS
 Plano Plurianual – PPA – planeja os 4 anos de
governo (prazo 30/08/2013)
 Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO – traça
as principais metas para o orçamento do ano
(prazo 30/04/2013)
 Lei Orçamentária Anual – LOA – é o orçamento
aprovado pela Câmara de Vereadores transformado
em Lei (prazo 30/09/2013)
8
BASE LEGAL DO PPA 
Constituição Federal
 Art. 165 – Leis de iniciativa do Poder Executivo
estabelecerão:
 I – o Plano Plurianual
 II – as diretrizes orçamentárias;
 III – os orçamentos anuais.
 § 1º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de
forma regionalizada, as diretrizes, objetivo e metas
da administração pública federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
9
BASE LEGAL DO PPA 
 Art.166
 (…)
 § 3º - As emendas ao projeto de Lei do
Orçamento ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
 I – sejam compatíveis com o plano plurianual e
com a lei de diretrizes orçamentárias.
10
BASE LEGAL DO PPA 
 Art. 167
 (…)
 §1º - Nenhum investimento cuja execução
ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei
que autorize sua inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
11
BASE LEGAL DO PPA 
 A LRF (Lei Complementar Federal nº 101, de 04
de maio de 2000) legitima a responsabilização e
impossibilita a dissociação dos instrumentos de
planejamento.
 Art. 5º - O projeto de Lei Orçamentária anual,
elaborado de forma compatível com o PPA, com a
LDO e com as normas desta Lei complementar:
 § 5º - A lei orçamentária não consignará dotação
para investimento com duração superior a um
exercício financeiro que não esteja previsto no
PPA ou em lei que autorize sua inclusão,
conforme disposto no § 1º do art. 167 da
Constituição.
12
BASE LEGAL DO PPA 
 Art. 15 – Serão consideradas não autorizadas,
irregulares e lesivas ao patrimônio público a
geração de despesa ou assunção de obrigação que
não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.
 Art. 16 – A criação, expansão ou aperfeiçoamento
da ação governamental que acarrete aumento da
despesa será acompanhado de:
 II – declaração do ordenador da despesa de que o
aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a Lei Orçamentária Anual e
compatibilidade com o Plano Plurianual e com a
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
13
BASE LEGAL DO PPA 
 Art. 17 – Considera-se obrigatório de caráter
continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal
de sua execução por período superior a dois
exercícios.
 § 4º - A comprovação referida no § 2º,
apresentada pelo proponente, conterá as
premissas e metodologia de cálculo utilizadas,
sem prejuízo do exame de compatibilidade da
despesa com as demais normas do PPA e da
LDO. 14
O PLANO PLURIANUAL – PPA
 O PPA é um plano estratégico que orienta as ações
do Governo durante quatro anos, integrando as
LDO e as LOA com base nos programas
estabelecidos.
 É estruturado em programas que expressam as
diretrizes estratégicas do governo.
 É o instrumento que explicita a direção que se
pretende imprimir ao desenvolvimento no
Município, que organiza a visão do governo e
aprimora sua capacidade de articulação.
15
O PLANO PLURIANUAL – PPA
 Considera ações do setor público para articulá-las,
com as do setor privado e terceiro setor, visando o
desenvolvimento do Município no horizonte de 4
anos.
 O PPA dá maior transparência às ações,
propiciando o acompanhamento e avaliação dos
programas, maior eficiência dos gastos públicos,
maior visibilidade à atuação das Secretarias, além
de combater a duplicação de esforços.
16
CARACTERÍSTICAS PLANEJ. E ORÇAM.
 Visão estratégica com estabelecimento de
objetivos.
 Identificação dos problemas ou oportunidades
com o objetivo de tornar realidade a visão
estratégica.
 Concepção dos programas cujos resultados
implicam na solução dos problemas ou
aproveitamento das oportunidades.
 Especificação das diferentes ações do programa,
com identificação dos produtos a serem gerados.
 Atribuição de indicadores aos Programas e metas
às Ações.
17
CARACTERÍSTICAS PLANEJ. E ORÇAM.
18
CARACTERÍSTICAS PLANEJ. E ORÇAM.
 Apenas após a Aprovação da LOA é que as
unidades iniciam o processo de execução das
despesas programadas, necessárias ao
cumprimento das Metas referentes às AÇÕES dos
PROGRAMAS:
 Aprovados no PPA
 Priorizados na LDO
 E para o qual a LOA aprovou um montante de
recursos
19
INTEGRAÇÃO ENTRE PPA – LDO – LOA 
20
INTEGRAÇÃO ENTRE PPA – LDO – LOA 
21
QUEM ELABORA O PPA 
Mobilizar todos os órgãos da administração direta
e indireta do município.
 Coordenação, através de um Núcleo de Elaboração,
criado/instituído com representantes de TODOS
os órgãos centrais e setoriais (inclusive um assessor
direto do prefeito).
 Escolher os participantes do processo de
elaboração do PPA e definir a forma de
participação de cada um: secretariado e equipes
setoriais; representantes da sociedade civil;
representantes dos conselhos municipais
22
ETAPAS DO PROC. DE ELAB. DO PPA 
Elaboração de Base Estratégica
 Esta etapa deve ser executada e/ou coordenada
pelo Núcleo de Elaboração, consistindo na:
 a) Avaliação da situação atual e perspectivas para o
município.
 b) A orientação estratégica do prefeito e dos
dirigentes dos órgãos deve considerar não somente
o que se gostaria de fazer, mas o que pode ser feito,
dentro das disponibilidades orçamentárias e outras
limitações.
23
ETAPAS DO PROC. DE ELAB. DO PPA 
 c) Levantamento, por parte dos dirigentes, das
ações em andamento no âmbito de sua área de
atuação, e das demandas da sociedade por novas
ações.
 d) Participação popular – Orçamento Participativo
 e) Avaliação das restrições legais e orçamentárias
limitantes para a realização de determinadas
despesas, e das vinculações constitucionais ou
legais de receitas: limites da Lei de
Responsabilidade Fiscal, TributaçãoMunicipal,
etc. 24
DEFINIÇÕES
 Diretrizes – é o conjunto de princípios e critérios
que deve orientar a execução dos programas de
governo.
 Programa – é motivado por um problema que se
quer resolver, uma oportunidade que se pretende
aproveitar ou uma necessidade a satisfazer.
 O Objetivo de um programa é o resultado final
desejado de uma ação a realizar.
25
DEFINIÇÕES
 Indicador – é um padrão de medida e/ou
avaliação para verificar se a meta está sendo
alcançada. O indicador indica apenas o grau de
cumprimento da meta estabelecida pelo programa
naquele exato momento de sua avaliação.
 O indicador deve servir para subsidiar o
acompanhamento da meta estabelecida pelo
programa, possibilitando o monitoramento por
parte do poder público e da sociedade civil, por
isso sua elaboração não deve ser sofisticada. Todos
os que monitoram a meta devem compreendê-la
facilmente.
26
VERSÃO FINAL DA PROPOSTA DO PPA 
SOB A COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE
ELABORAÇÃO:
 Compatibilizar as propostas setoriais e do
Orçamento Participativo com os macro objetivos
do Governo Municipal/Estadual/Federal.
 Identificar os programas multisetoriais.
 Definir os valores de encargos e operações
especiais.
27
VERSÃO FINAL DA PROPOSTA DO PPA 
 Atualizar os valores, aplicando o índice escolhido
para projeção da correção dos valores futuros.
 Elaborar os demonstrativos dos Programas e
Ações que comporão o PPA.
 Elaborar os demonstrativos das receitas que
acompanharão os projeto de lei.
 Redigir o texto do projeto de lei e o texto da
mensagem, com todos os demonstrativos.
28
RESTRIÇÕES P/ELABORAÇÃO DO PPA
 Recursos para a manutenção do ensino.
 Recursos para aplicação em ações e serviços
públicos de saúde (Emenda Constitucional nº 29).
 Limite de despesas com o Poder Legislativo
Municipal.
 Contrapartida de convênios, exceto saúde e
educação, já equacionados no cálculo dos recursos
para estas áreas.
29
RESTRIÇÕES P/ELABORAÇÃO DO PPA
 Receitas vinculadas, como a da CIDE, de multas de
trânsito, etc.
 Outras restrições.
 Serviço da Dívida
 Despesas de Pessoal: para a definição dos valores
globais para cada órgão, assegurar-se de que os
valores não ultrapassem o limite prudencial
estabelecido no art. 22 da LRF (95% do limite
estabelecido). 30
CONTEÚDO DO PPA 
A versão final do documento do PPA deve
conter:
 Uma síntese da situação atual do município.
 Um resumo das diretrizes e orientações
estratégicas de governo, fundamentadas na
avaliação da situação atual do município e nas
perspectivas para o futuro.
 Os critérios utilizados na projeção das receitas.
31
PROJETO DE LEI 
 Período abrangido pelo plano e a legislação básica:
Constituição Federal, Lei Orgânica e outras leis
ordinárias que tratem de matérias focadas no PPA.
 Regra geral para o encaminhamento de eventuais
alterações nos Programas e Ações constantes do
PPA.
 Orientação geral para avaliação e revisão periódica
e prazos para encaminhamento ao Legislativo.
32
ANEXOS 
 Anexo detalhando a orientação estratégica e
critérios para a projeção da receita e a base
estratégica estruturadora dos programas.
 Previsão de receitas.
 Demonstrativos dos encargos gerais e
compromissos do município não abrangidos pelos
programas finalísticos: serviço da dívida,
precatórios, inativos e pensionistas, etc.
 Anexo com os Programas e Ações que compõe o
PPA.
33
CRÉDITOS PÚBLICOS
 Por não constituírem em uma Receita Definitiva,
mas sim Provisória, os empréstimos públicos não
constituem uma autêntica receita pública, mas
mera entrada ou ingresso (susceptível a posterior
devolução).
 Para fins legais, o art. 11, §4º, da Lei n° 4.320/64,
enquadrou o empréstimo como uma receita de
capital.
 O empréstimo também cria uma consequente
despesa, traduzida na obrigação de restituir a
quantia emprestada nos prazos e condições fixados
34
CRÉDITOS PÚBLICOS
 A Lei nº 4.320/64, em seu art. 13, classifica como
despesa corrente, subespécie transferências
correntes, o pagamento (amortização) dos juros
da Dívida Pública, e como despesa de capital,
modalidade transferência de capital, a
amortização da Dívida Pública (principal).
 Logo, a amortização da Dívida Pública, na
condição de despesa de capital, deve estar
estabelecida no PPA e compreendida na LDO (art.
165, §§ 1º e 2º, CF).
35
CRÉDITOS PÚBLICOS
 O art. 165, § 8º, da CR/88, exige que a contratação
de operações de crédito seja expressamente
autorizada na LOA.
 Trata-se de uma manifestação do princípio da
legalidade, aplicado para o Crédito Público.
 O art. 396-A, do CP (na redação dada pela Lei n°
10.028/00), prevê o crime contra as Finanças
Públicas de contratação de operação de crédito.
 Ademais, a LRF dedicou os arts. 29 a 42 para tratar
sobre a dívida e o endividamento.
36
CRÉDITOS PÚBLICOS
 A Constituição também demonstra sua
preocupação com o tema, ao exigir uma
lei complementar para dispor sobre dívida pública
externa e interna, concessão de garantias e emissão
de resgate de títulos da dívida pública (art. 163, II,
a IV).
 De acordo com os arts. 34, V, ”a”, e 35, I, da CR/88,
a falta de pagamento por dois anos consecutivos,
sem motivo de força maior, da dívida fundada,
pode ensejar a intervenção federal no Estado ou no
Distrito Federal, ou a intervenção estadual no
Município.
37
CRÉDITOS PÚBLICOS
 Rosa Jr. (op. cit., p. 127), conceitua crédito público
como sendo a faculdade que tem o Estado de, com
base na confiança que inspira e nas vantagens que
oferece, obter, mediante empréstimo, recursos de
quem deles dispõe, assumindo, em contrapartida,
a obrigação de restituí-los nos prazos e condições
fixados.
 O art. 32, § 1º, da LRF, aduz que a realização de
uma operação de crédito deve atender o interesse
econômico e social da operação, devidamente
fundamentado em parecer de órgãos técnicos e
jurídicos da entidade federada, com demonstração
do custo-benefício. 38
CRÉDITOS PÚBLICOS
 O art. 165, § 8º, da CR/88, impõe a necessidade de
autorização por lei ou pelo orçamento para as
operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita.
 Há quem inclua também nesta manifestação da
atividade financeira a Concessão de
Empréstimo, hipótese em que a Administração
Pública fornece dinheiro a juros.
 Neste sentido, a Lei nº 4.320/64 classifica a
concessão de empréstimos como uma despesa de
capital, na subespécie inversões financeiras (art.
13).
39
Obrigado……
40

Continue navegando