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Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO 
PARANÁ 
Campus Toledo 
 
Djerly Alcântara Simonetti Disciplina: Didática da Matemática I 
 
Explorando o Contrato Didático 
Em muitas situações na sala de aula, nos deparamos com necessidade de 
estabelecer regras, para uma melhor harmonia do espaço escolar. Observa-se que nossa 
relação na sociedade se dá por acordos coletivos; em qualquer grupo que nos inserimos 
as regras se fazem presentes. Sendo assim, a escola interpretada como uma comunidade, 
a sala de aula como um grupo, é imprescindível que normas se façam presentes. 
 Na sala de aula esses acordos entre professor e aluno, são o objeto de estudo da 
teoria Contrato Didático de Brousseau. Como afirma Pais (2008, p.77) a mesma “diz 
respeito às obrigações mais imediatas e recíprocas que se estabelecem entre professor e 
alunos”. Além disso, ocorre uma associação plausível entre contrato didático e saber 
matemático, no que tange ao formalismo, abstração e rigor. 
 De acordo com Machado (2008, p. 71) contrato didático pode ser entendido por 
“conjunto das condições que determinam, quase sempre implicitamente, aquilo que cada 
um dos dois parceiros (professor e aluno) da relação didática tem a responsabilidade de 
gerenciar e aquilo que tem que prestar conta ao outro”. 
 D’amore também apresenta uma definição de Brousseau, o qual afirma que os 
comportamentos esperados de um aprendiz mediante as aulas de matemática por um 
professor e do mesmo modo, os esperados do professor pelo aprendiz constituem o 
contrato didático (D’AMORE, 2007). 
 A elaboração do contrato didático será permeada pelo espaço que a escola é 
concebida. É perceptível assim, que todas as cláusulas inferidas, sofrem influências 
externas, nem tudo pode ser como se deseja, há outras forças maiores que predominam 
nessa escolha. 
 Ao pensar em contrato didático se faz necessário entender que é impossível 
explicitar todas as regras, de modo que todos as formulem, embora, seja indispensável 
que todos os envolvidos conheçam suas obrigações e direitos. Na sala de aula precisa 
ser estipulado com linguagem acessível ao seu público, sendo que deve ser apresentado 
também um registro do mesmo. Acima de tudo, o importante é a sensibilidade do 
educador para alterações quando o meio exigir. 
Segue três casos significativos de contrato didático que podem acontecer, 
pensado por Brousseau: 
1º Ênfase na importância do conteúdo. 
2º Ênfase no relacionamento entre aluno e saber. 
3º Ênfase no relacionamento entre aluno e saber, com mediação do educador. 
 “Efeito Topázio” ocorre quando o professor seleciona à turma os conteúdos de 
melhor compreensão. Pode-se dizer que minimiza a capacidade do educando. Embora o 
educando pense que o professor é ótimo, explica bem, porque suas notas são boas 
(MACHADO, 2008). 
Outro risco em que se incorre é de apresentar técnicas de resolução de 
problemas, não propiciando a verdadeira apreensão do conteúdo. Há também o uso 
abusivo de analogias; muitas vezes o professor “simplifica” o problema fazendo 
comparação com os anteriores, no sentido de mostrar que a ideia de resolução até certo 
ponto é a mesma (MACHADO, 2008). 
A ruptura do contrato didático pode ocorrer em situações de desinteresse pelo 
aluno, em casos que o aluno ainda não possua maturidade cognitiva para se expor diante 
de uma situação e em condições que o professor se apresenta como soberano, ou abusa 
de sua autoridade utilizando-se do próprio saber para punir os educandos. 
A termo de ilustração, podemos citar a experiência de uma escola com o 
contrato didático e conhecimentos lógicos matemáticos. Percebendo a contribuição a 
aprendizagem em http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/4323_2849.pdf. 
 
 Referências 
D’AMORE, B. Elementos de didática da matemática. São Paulo: Editora Livraria da 
Física, 2007. < http://books.google.com.br/books?id=MW0y2EWP7q0C&printsec=fron 
tcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false> Data 
de acesso: 21 de jun. 2013. 
 
MACHADO, S. D. A. et al. Educação Matemática: uma (nova) introdução. – 3ª ed. 
São Paulo: EDUC, 2012.<http://books.google.com.br/books?id=09ixcD1VLGQC&prin 
tsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r#v=onepage&q&f=false> Data 
de acesso: 19 de jun. 2013. 
 
PAIS, L. C. Didática da Matemática; uma análise da influência francesa. – 2ª ed. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2008. – (Coleção Tendências em Educação Matemática).

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