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INSTITUTO FEDERAL DO SUDESTE DE MINAS GERAIS ENGENHARIA AGRONÔMICA Laís Resende Juscileia Vieira Maria Ângela Mariana Teixeira Marina Lôbo Thais Moraes ROCHAS METAMÓRFICAS Barbacena - MG 2016 Laís Resende Juscileia Vieira Maria Ângela Mariana Teixeira Marina Lôbo Thais Moraes ROCHAS METAMÓRFICAS O trabalho tem como objetivo, apresentar as rochas metamórficas, tais como suas classi- ficações e importância no planeta. Palavras- chave: Intemperismo; Rocha metamórfica; Placa tectônica; Mineral. Professor(a): Marcelo Zózimo Disciplina: Gênese e Mineralogia Barbacena - MG 2016 Sumário 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 Desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.1 Os agentes do metamorfismo: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.1.1 Calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.1.2 Pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.1.3 Atividade do fluido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2 Os três tipos de metamorfismo: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2.1 Metamorfismo de Contato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.2.2 Metamorfismo Dinâmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.2.3 Metamorfismo Regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.3 Classificação das rochas: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.3.1 Rochas não foliadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.3.2 Rochas foliadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3 Comentário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 5 Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3 1 Introdução Rochas metamórficas (do grupo meta, “mudança” e morfo, “formato) são o terceiro maior grupo de rochas. Elas são resultantes do metamorfismo ou de transfor- mações de outras rochas pré-existentes, sejam elas ígneas, sedimentares ou mesmo outras metamórficas. São caracterizadas por uma metamorfose, ou seja, não existe perda na sua natureza, porque não há destruição da rocha. O processo geológico responsável por sua formação é denominado metamorfismo, processo este que pode levar a rocha sofrer alterações físicas, como crescimento de cristais, ocasionando novas texturas; pode levar a alterações químicas mais intensas, como o surgimento de novos minerais, ou finalmente pode levar a alterações profundas, como aparecimento de novas texturas e novos minerais, pela atuação conjunta de alterações físicas e químicas. Durante o metamorfismo, as rochas são sujeitas a calor, pressão e atividade dos fluidos para mudar sua composição mineral e/ou sua textura, formando, assim, novas rochas. Essas transformações ocorrem em estado sólido, e o tipo de rocha metamórfica formada depende: 1) Da composição e da textura originais da rocha; 2) Dos agentes do metamorfismo; 3) Da quantidade de tempo que a rocha parental foi submetida aos efeitos do metamorfismo. As rochas metamórficas dominam os antigos núcleos de todos os continentes, mostrando-nos que os processos metamórficos têm sido as forças significativas que moldam o nosso planeta. Elas ocupam posição destacada nos afloramentos importantes que aparecem no território brasileiro e são encontradas em grande quantidade. O estudo destas rochas é difícil devido à complexidade apresentada pelo conjunto de seus representantes, em virtude dos múltiplos agentes que influem no metamorfismo, como temperatura, pressão e atuação de fluidos. A diferenciação dessas rochas dá-se pelo grau de metamorfismo. Por exemplo, a partir de uma rocha de origem do tipo silito ou argilito, pode-se originar ardósia que é uma rocha de intemperismo brando, ou o filito uma rocha de intemperismo intermediário, ou ainda o micaxisto, uma rocha de intemperismo intenso. Capítulo 1. Introdução 4 Dentro das classes químicas, os principais exemplos de rochas metamórficas passam a depender também da espécie e do grau de metamorfismo. A seguir, a classificação e os mais importantes exemplos: Figura 1 – TIpos de rochas metamórficas As rochas sofrem intemperismo em diferentes velocidades e sua variação de resistência depende de certas características, ou atritos, que as tornam mais ou menos susceptíveis aos ataques intempéricos. Atributos importantes na susceptibilidade das rochas ao intemperismo são: composição mineralógica, cor, textura e estrutura. 5 2 Desenvolvimento 2.1 Os agentes do metamorfismo: Os três agentes do metamorfismo são o calor, a pressão e a atividade do fluido. Durante o metamorfismo, a rocha original sofre mudanças para atingir o equilíbrio com seu novo ambiente. As mudanças podem resultar na formação de novos minerais e/ou uma mudança na textura da rocha pela reorientação dos minerais originais. Em alguns casos, as mudanças são menores, e as características da rocha original podem ainda ser reconhecidas. Em outros casos, a rocha muda tanto que a sua identidade petrográfica original só pode ser determinada com grande dificuldade, isto é, se for determinada. Além do calor, pressão e atividade fluida, o tempo também é importante para o processo metamórfico. Reações químicas se processam em ritmos diferentes e, assim, requerem diferentes quantidades de tempo para se completar. As reações que envolvem silicatos são particularmente lentas e, em razão de a maioria das rochas metamórficas serem compostas de silicatos, considerando-se que o metamorfismo é um processo geológico de longa duração. 2.1.1 Calor É um agente importante do metamorfismo porque aumenta a velocidade das reações químicas que podem produzir minerais diferentes daqueles das rochas ori- ginais. Ele pode vir dos magmas intrusivos ou extrusivos e até resultar de rochas profundamente enterradas na crosta, tal como ocorre durante a subducção ao longo do limite convergente de placa. Quando as rochas são intrudidas por corpos magmáticos, ficam sujeitas ao intenso calor do corpo intrusivo. O aquecimento mais intenso ocorre, normalmente, adjacente ao corpo magmático e, gradualmente, decresce com a distância da intrusão. O zone- amento metamórfico que se forma na rocha encaixante adjacente a um corpo ígneo intrusivo é característico e fácil de ser reconhecido por causa das modificações texturais e mineralógicas que lhe são impressas. 2.1.2 Pressão Quando as rochas são enterradas, elas ficam sujeitas a uma pressão litostática crescente. Essa pressão que resulta do peso das rochas sobrepostas é aplicada igualmente em todas as direções. À medida que as rochas são submetidas à pressão litostática em profundidades crescentes, os grãos minerais dentro da rocha podem tornar-se mais compactados. Sobre essas condições, os minerais podem recristalizar- Capítulo 2. Desenvolvimento 6 se, isto é, eles podem formar minerais menores e mais densos. Mas, sobre outras condições, os grãos minerais isolados podem sofrer recristalização e formarem cristais maiores, conhecidos como por porfiroblastos. Com a pressão litostática resultante do soterramento, as rochas podem também sofrer pressão diferencial. Nesse caso, as pressões não são iguais em todos os lados, e a rocha é consequentemente distorcida. Pressões diferenciais ocorrem normalmente durante a deformação associada com a formação de montanhas e pode produzir texturas e formações metamórficas distintas. 2.1.3 Atividade do fluido Em quase toda região de metamorfismo, a água e o dióxido de carbono (CO2) estão presentes em quantidades variadas ao longo das fronteiras dos grãos minerais ou na porosidade das rochas. Esses fluidos, que podem conter íons em solução, aceleram o metamorfismo pelo incremento na velocidade das reaçõesquímicas. Sob condições secas, a maior parte dos minerais reage muito lentamente. Mas, mesmo quando uma quantidade pequena de fluido é introduzida no sistema, a velocidade da reação aumenta. Isso porque os íons podem mover-se mais rapidamente através do fluido e, portanto, acelerar as reações químicas e a formação de novos minerais. A reação seguinte é um bom exemplo de como novos minerais podem ser formados pela atividade do fluido. Aqui, a água do mar movendo-se através de rocha basáltica quente da crosta oceânica transforma a olivina em serpentina, um mineral metamórfico: 2Mg2 SiO4 + 2H2O Mg3 Si2O5 (OH)4 + MgO Os fluidos quimicamente ativos, que são importantes no metamorfismo, vêm de três fontes. A primeira é a água capturada na porosidade das rochas sedimentares quando elas se formam. A segunda é um fluido volátil dentro do magma. A terceira fonte é a desidratação de minerais que carregam água, tais como a gipsita (CaSO4|2H2O) e algumas argilas. 2.2 Os três tipos de metamorfismo: São reconhecidos três grandes tipos de metamorfismo: 1) Metamorfismo de contato, no qual o calor magmático e os fluidos agem para produzir mudança na rocha encaixante; 2) Metamorfismo dinâmico, que é, principalmente, o resultado de altas pressões diferenciais associadas com intensa deformação; 3) Metamorfismo regional, que ocorre dentro de uma grande área e é causado principalmente pelas forças que geram as montanhas. Capítulo 2. Desenvolvimento 7 2.2.1 Metamorfismo de Contato O metamorfismo de contato ocorre quando um corpo de magma modifica a rocha encaixante. A pouca, causando uma alteração termal. Em seguida, a liberação de fluidos quentes na rocha encaixante, pelo resfriamento da intrusão, pode ajudar na formação de novos minerais. Importantes fatores no metamorfismo de contato são a temperatura inicial e o tamanho da intrusão, assim como o conteúdo do fluido magmático e/ou a rocha encaixante. A temperatura inicial de uma intrusão é controlada, em parte, pela sua composição. Magmas mórficos são mais quentes que os magmas félsicos e, portanto, possuem um efeito termal maior sobre as rochas encaixantes. O tamanho da intrusão é também importante. Normalmente, no caso de pequenas intrusões como diques e soleiras, apenas as rochas em contato direto com a intrusão são afetadas. Em razão de as grandes intrusões, tais como batólitos, levarem um grande tempo para resfriar, o aumento da temperatura na rocha encaixante pode durar tempo suficiente para que uma área mais ampla seja afetada. As temperaturas adjacentes à intrusão podem aproximar-se de 900ºC, mas elas gradualmente decrescem com a distância. Os efeitos térmicos e as reações químicas resultantes ocorrem, normalmente, em zonas concêntricas conhecidas como auréolas metamórficas. O limite entre uma intrusão e sua auréola pode ser abrupto ou transicional. Pode depender diretamente do tamanho, temperatura e composição da intrusão, assim com a mineralogia da rocha encaixante circundante, as auréolas metamórficas têm larguras variáveis. Comumente, os grandes corpos intrusivos possuem várias zonas metamórficas, cada zona caracterizada pelos conjuntos minerais distintos, indicando o decréscimo da temperatura com a distância da intrusão. A zona mais próxima da intru- são e, por tanto, sujeita às maiores temperaturas, pode conter minerais metamórficos de alta temperatura (isto é, minerais em equilíbrio com o ambiente de temperaturas mais altas), tais como sillimanita. A zona externa pode ser caracterizada pelos minerais metamórficos de temperaturas mais baixas, tais como a clorita, o talco e o epídoto. O metamorfismo de contato pode resultar não somente de intrusões ígneas, mas também de fluxo de lava. Nesse caso, a lava fluindo sobre a terra pode alterar termicamente as rochas subjacentes. Embora seja fácil reconhecer um fluxo de lava recente e o resultante metamorfismo de contato das rochas abaixo dele, nem sempre é obvio se um corpo ígneo é intrusivo ou extrusivo em um afloramento de rochas onde as sedimentares ocorrem acima e abaixo do corpo ígneo. Reconhecer quais unidades de rocha sedimentar foi metamorfizadas torna possível aos geólogos determinarem se o corpo ígneo é intrusivo (tal como a soleira e o dique) ou extrusivo (fluxo de lava). Tal Capítulo 2. Desenvolvimento 8 determinação é crítica na reconstrução da historia geológica de uma área e pode ser também importante implicação econômica. Os fluidos também desempenham um papel importante no metamorfismo de contato. Muitos magmas são úmidos e contem fluidos quentes e quimicamente ativos, que podem permear a rocha de novos minerais. Além disso, a rocha encaixante pode conter fluidos nos poros que quando aquecidos pelo magma também contribuem para aumentar a velocidade da reação. A formação de novos minerais pelo metamorfismo de contato não depende somente da proximidade da intrusão, mas também da composição da rocha encaixante. Folhelhos, argilitos, calcários e dolomitos impuros são particular- mente suscetíveis à formação de novos minerais pelo metamorfismo de contato, ao contrário do arenito puro ou do calcário puro que não são, normalmente. Em razão de que o calor e os de fluidos serem os agentes primários do metamorfismo de contato, dois tipos de rochas metamórficas são geralmente reconhecidas nesses ambientes: 1) Aqueles que resultam do aquecimento da rocha encaixante; 2) Aqueles modificados pelas soluções quentes. Muitas das rochas que resultam do metamorfismo de contato têm uma textura de porcelana, isto é, elas são duras e finamente granuladas. Isto é, particularmente verdade para as rochas com alto teor de argila tais como folhelho. Tal textura é resultante do fato de que os minerais de argila da rocha são cozidos, da mesma forma que o vaso de argila é cozido quando queimado em forno. Durante os estágios finais do resfriamento, quando o magma intrusivo começa a se cristalizar, grandes quantidades de soluções aquosas quentes são liberadas. Essas soluções podem reagir com a rocha encaixante e produzir novos minerais metamórficos. Esse processo, que usualmente ocorre perto da superfície da terra, é chamado alteração hidrotermal (do grego hydro, “água” e themer, “calor”) e pode resultar em depósitos minerais valiosos. Os geólogos consideram que muitos dos depósitos de minério do mundo resultam da migração de íons metálicos em soluções hidrotermais. Exemplos incluem cobre, ouro, minério de ferro, estanho e zinco em varias localidades, incluindo a Austrália, Canadá, China, Chipre, Brasil, Finlândia, Rússia e oeste dos Estados Unidos. 2.2.2 Metamorfismo Dinâmico A maior parte do metamorfismo dinâmico é associada às zonas de folhas (fratura ao longo das quais o movimento ocorreu), onde as rochas são sujeitas à pressões diferenciais elevadas. As rochas metamórficas resultantes do puro metamorfismo dinâmico são chamadas milonitos e são, geralmente, restritas às estreitas zonas Capítulo 2. Desenvolvimento 9 adjacentes às falhas. Os milonitos são rochas duras, densas e finamente granuladas, muitas das quais são caracterizadas pelas laminações finas. Arranjos tectônicos onde os milonitos ocorrem incluem a zona de empurrão Moine, no noroeste da Escócia, e porções das falhas de San Andreas, na Califórnia. 2.2.3 Metamorfismo Regional A maioria das rochas metamórficas resulta do metamorfismo regional, que ocorrem sobre uma grande área e é normalmente causado pelas elevadas taxas de temperatura, pressão e deformação localizadas nas porções mais profundas da crosta. O metamorfismo regional é o mais óbvio ao longo do limite convergente de placas, onde as rochas são intensamente deformadas e recristalizadas durante a convergência e a subducção. Nesse grupo de rochas metamórficas, há normalmente uma gradação de intensidade metamórfica das áreas que foram sujeitas à pressão mais intensa e/ou as maiores temperaturas para as áreas de pressão e temperaturamais baixas. Tal gradação no metamorfismo pode ser reconhecida pelos minerais metamórficos que estão presentes. O metamorfismo regional não esta confinado somente às margens convergentes. Tam- bém ocorre em áreas onde as placas divergem, embora normalmente em profundidades mais rasas por causa do elevado gradiente geotermal associado a essas áreas. Sabe-se, dos estudos de campo e experimentos em laboratório que certos minerais se formam dentro de um intervalo específico de temperatura e pressão. Tais minerais são conhecidos como minerais índices, porque sua presença permite aos geólogos reconhecer zonas metamórficas de grau menor, intermediário e alto. Quando uma rocha rica em argila, tal como o folhelho é metamorfisada, novos minerais se formam com o resultado dos processos metamórficos. O mineral clorita, por exemplo, é produzido sobre temperaturas relativamente baixas, de cerca de 200ºC. Portanto sua presença indica metamorfismo de grau menor. À medida que as temperaturas e pressões continuam a aumentar, novos minerais se formam, os quais são estáveis sob aquelas condições. Assim uma progressão no surgimento de novos minerais desde a clorita, cuja presença indica metamorfismo de grau menor, até a sillimanita, cuja presença indica metamorfismo de alto grau e temperaturas que excedem a 500ºC. Diferentes composições rochosas desenvolvem diferentes minerais índices. Quando os dolomitos arenosos são metamorfisados, por exemplo, eles produzem um conjunto totalmente diferente de minerais índices. Portanto, um conjunto específico de minerais índices se forma em tipos especificados de rochas à medida que o metamorfismo progride. Capítulo 2. Desenvolvimento 10 2.3 Classificação das rochas: 2.3.1 Rochas não foliadas Formam-se, geralmente, a partir de rochas pré-existentes constituídas apenas por um único mineral (à exceção das corneanas). Figura 2 – Exemplos de rochas não-foliadas. Mármore, Quartzito e Corneana, respectivamente. 2.3.2 Rochas foliadas Tendem a desenvolver-se quando rochas pré-existente polimenerálicas (cons- tituídas por vários minerais) são submetidas a condições de tensão dirigida e de temperatura crescentes, apresentando por isso, estruturas planares, em resultado do alinhamento paralelo dos seus minerais. Figura 3 – Exemplos de rochas foliadas. Gnaisse, Ardósia e Xisto, respectivamente. 11 3 Comentário Muitas rochas metamórficas e minerais são recursos naturais valiosos. Embora esses recursos incluam vários tipos de depósitos de minério, as duas rochas metamór- ficas mais familiares e mais amplamente usadas são o mármore e a ardósia que, como previamente discutido, têm sido usadas de vários modos por séculos. Muitos depósitos de minério resultam do metamorfismo de contato durante o qual os fluidos ricos em ferro migram das intrusões ígneas para a rocha circundante, produzindo, dessa forma, importantes depósitos de minerais. Os depósitos de minério sulfetados mais comuns, associados com o metamorfismo de contato, são bornita, calcopirita, galena, pirita e esfalerita. No caso dos óxidos, os mais comuns são hematita e magnetita. Estanho e tungstênio também são importantes minérios associados com o metamorfismo de contato. Outros minerais metamórficos economicamente importantes incluem o talco para os cosméticos; grafite para os lápis e lubrificantes secos; granadas e coríndon que, dependendo de sua qualidade, são usados como abrasivos ou gemas para joalheria; e andaluzita, cianita e sillimanita, que são usados na fabricação de porcelanas de altas temperaturas e materiais resistentes à alta temperatura para produtos como velas de ignição e revestimentos de fornalhas. As rochas do Rio de Janeiro como por exemplo, o Corcovado e as montanhas ao seu redor, são denominadas gnaisses e formaram-se há cerca de 570 milhões de anos atrás em profundidades maiores que 20 km, sob pressões de pelo menos 7.000 vezes a pressão atmosférica e a temperaturas acima de 600 graus centígrados. Lentamente, ao longo de centenas de milhões de anos, a erosão, isto é, o desgaste e a remoção de materiais, e os movimentos verticais da crosta terrestre trabalharam juntos para trazer estas rochas para a superfície, permitindo a sua observação direta. Por ser uma rocha dura, difícil de ser desgastada pela chuva, vento etc., o Gnaisse Facoidal destaca-se como a parte mais alta do morro do Corcovado, assim como a maioria dos paredões rochosos da cidade do Rio de Janeiro. Este gnaisse foi, desde o século XVI, o preferido na construção de fortificações, monumentos e residências. 12 4 Conclusão Nosso trabalho teve como objetivo conhecer os tipos de rochas metamórficas, bem como a sua importância no nosso planeta. As rochas possuem um ciclo e que nele elas passam por transformações, uma dá origem à outra. O estudo dessas rochas é complexo, devido aos múltiplos fatores que podem influenciar nas características finais. Os diferentes tipos de metamorfismo e fatores condicionantes propiciam não somente a formação de diversas espécies minerais, a partir de alterações mineralógicas, texturais e estruturais, mas a possibilidade de aplicações diversas na construção civil e outros setores do ramo industrial. 13 5 Referências Bibliográficas WICANDER R. & MONROE, J.S.2009. Fundamentos de Geologia. São Paulo, Cengage Learning, 508p. TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 568 p. http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/metamorficas/metamorficas1.html http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/Geologia-Cap6.pdf Folha de rosto Sumário Introdução Desenvolvimento Os agentes do metamorfismo: Calor Pressão Atividade do fluido Os três tipos de metamorfismo: Metamorfismo de Contato Metamorfismo Dinâmico Metamorfismo Regional Classificação das rochas: Rochas não foliadas Rochas foliadas Comentário Conclusão Referências Bibliográficas
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