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DIREITO PENAL I AV2 SALATIEL

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DIREITO PENAL I - AULA 9
ITER CRIMINIS
CONCEITO: É o caminho que o crime percorre até o momento em que se consuma o ato final.
FASES:
1 – COGITATIO: É a elaboração mental da resolução criminosa, a qual não é punível. 
2 – ATOS PREPARATÓRIOS: O agente passa a exteriorizar sua vontade preparando-se para o delito, buscando, por exemplo, meios e informações, o que via de regra não é punível, salvo quando expressamente previsto em Lei.
EX: Art.288 CP (Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes)
EX: Art.291 CP (Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda).
3 – EXECUÇÃO: Inicia-se com o ataque ao bem jurídico, conforme o plano concreto do ator, o qual passa a responder criminalmente, ainda que minimamente pela tentativa.
4 – CONSUMAÇÃO: Ocorre quando realizados todos os elementos exigidos pelo tipo penal. 
5 – EXAURIMENTO: Verifica-se com um novo resultado lesivo que se dá após a consumação, mas como desdobramento natural do delito, o que é permitido pelo próprio tipo penal.
EX: Art.159 CP (Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate).
EX: Art.317 CP (Corrupção Passiva)
TENTATIVA:
Art.14, II e Parágrafo Único.
CONCEITO: Ocorre quando iniciada a execução o agente não consuma o delito em razão de algum fato alheio a sua vontade, devendo se aplicar a pena do crime consumado diminuída de um a dois terços.
EX: Art.121 C/C Art.14,II – CP.
Art.129 C/C Art.14, II – CP.
REQUISITOS:
1º Início da execução: Não há tentativa se estiver na cogitatio ou nos atos preparatórios.
2º Não consumação por fato alheio à vontade: O ato não se consuma por erro ao definir o crime.
3º Dolo: Só há tentativa em crime doloso, não se admite tentativa em crime culposo.
OBS: INFRAÇÕES PENAIS QUE NÃO ADMITEM A TENTATIVA.
1º - Crime Culposo - é uma conduta voluntária, sem intenção de produzir o resultado ilícito, porém, previsível, que poderia ser evitado. A conduta deve ser resultado de negligência, imperícia ou imprudência.
2º - Contravenções Penais - é uma infração penal considerada como "crime menor". É punida com pena de prisão simples, multa ou ambas.
3º - Os crimes omissivos próprios - (são os delitos de mera conduta). São crimes sem resultado, em que a conduta do agente, por si só, configura o crime, independentemente de qualquer alteração do mundo exterior (embora isso seja questionável, porque, no crime de violação de domicílio, típico crime formal, a presença do agente altera o mundo exterior e poderia ser considerado um resultado).
OBS: Omissão imprópria – por ser um crime material admite tentativa. (a pessoa desatende a um dever legal de evitar um resultado indesejável).
4º - Crime Unissubsistente: é aquele que é realizado por ato único, não sendo admitido o fracionamento da conduta, como, por exemplo, no desacato - Art.331 do CP, praticado verbalmente.
5º - Crime habitual: é majoritário que não se admite a tentativa, porém há entendimento de que se iniciada a execução e o agente não alcançar a habitualidade por um fato alheio a vontade responderia a tentativa (Zafaroni).
(Parte 2) Aula 9 – Dia 19/10/2015.
Desistência Voluntária – Art.15
CONCEITO: Trata-se de uma interrupção dos atos executórios pelo próprio agente de forma voluntária impedindo a consumação e afastando a tentativa, fazendo com que este responda apenas pelos atos já praticados.
 Execução Consumação
EX: _____________/____________/_____________ (FÓRMULA DE HANS FRANK).
 Omissão
Na tentativa: Eu quero mais não posso!
Na voluntária: Eu posso mais não quero!
Arrependimento Eficaz: Art.15 CP.
CONCEITO: Nesta hipótese o agente já praticou tudo que é suficiente para consumar o delito, exigindo assim, uma ação positiva para evitar a consumação. Caso obtenha sucesso, afasta-se a tentativa e o agente só responderá pelos atos já praticados.
Arrependimento posterior: Art.16 CP.
CONCEITO: Verifica-se nos crimes sem violência ou grave ameaça quando o agente repara o dano causado antes de iniciada à ação penal, configurando uma causa de diminuição de pena.
CRIME IMPOSSÍVEL: Art.17 - Ou tentativa inidônea, inadequada ou quase crime.
CONCEITO: Não se pune a tentativa quando embora iniciada a execução verifica-se que o agente jamais conseguiria consumar o delito, tendo em vista a ineficácia absoluta do meio ou pela impropriedade absoluta do objeto.
EX: Um indivíduo vai matar o outro, porém não municiou a arma e esta não dispara! 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime
Aqui, a pessoa não responde por crime, logo há a excludente de TIPICIDADE.
* Esse crime ocorre quando, iniciada a execução, sua consumação se torna impossível;
Para ser crime impossível, tem que haver a ineficácia tanto do meio, quanto do objeto;
O meio, é a forma pela qual o agente se utiliza para praticar o crime (se é com arma, arma branca (instrumentos cortantes), etc; Nos crimes impossíveis esses meios têm que ser totalmente ineficazes, (ineficácia ABSOLUTA);
Quando esse meio é totalmente INEFICAZ, A VONTADE NÃO é julgada, Há a excludente de tipicidade;
O objeto - é aquilo sobre quem ou o que o agente pratica a conduta;
No Homicídio, por exemplo, o objeto é o CORPO, no roubo, o objeto é a COISA ALHEIA...
Ex: Querer matar alguém que já está morto, ou rouba uma coisa sua, (crime impossível)
Ineficácia Absoluta do meio - quando o 
meio empregado é inviável para consumar o crime;
Ex: Efetuar disparo da Arma de fogo com a arma sem munição. Ministrar açúcar à vítima com objetivo de matá-la envenenada (desde que a vítima não seja diabética); Disparar a arma com a munição já detonada;
- A mulher que toma aspirina, pensando ser abortivo
- O agente pensa que tem uma doença e quer transmiti-la a terceiros, e não está doente.
- Para ser crime impossível, a ineficácia tem que ser absoluta.
- Se a ineficácia é relativa, o agente responde pela tentativa – no caso da arma com munição antiga, vencida ou a mulher que toma um abortivo com data vencida – o agente só responde pela tentativa.

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