Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Gerenciamento de Riscos Ambientais Aline Yendo Freitas Aula 8 Ao final da aula 8, você será capaz de: Entender a Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE). Compreender o processo da árvore de falhas que é bastante útil na compreensão das causas dos riscos. Calcular massa de referência, fator de perigo, fator de distância, e índice de risco. 2 Conteúdo e objetivo da aula 2 Avaliação de Riscos Análise Preliminar de Perigos (APP). Análise de Perigos e Operabilidade (HAZOP). 3 © Endostock | Dreamstime.com ID: 37451679 3 Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE) Failure Modes ande Effects Analysis (FMEA). Método qualitativo de análise de riscos. Identifica falhas de componentes individuais. Avalia os efeitos que podem causar no comportamento do sistema. Não considera falhas operacionais ou erros humanos. 4 Não considera falhas operacionais ou erros humanos Na forma mais rigorosa desta análise, realiza-se um sumário do conhecimento de como um produto ou um processo é desenvolvido, incluindo uma análise de itens que poderiam falhar, baseado na experiência e em assuntos passados. 4 AMFE a aplicação da técnica AMFE, em sistemas ou plantas industriais, permite: (1) analisar como diferentes equipamentos/processos que podem falhar. (2) definir melhorias de projetos que irão aumentar a confiabilidade dos sistemas em estudo. 5 (2) definir melhorias de projetos que irão aumentar a confiabilidade dos sistemas em estudo, ou seja, diminuir a probabilidade da ocorrência de falhas indesejáveis. Etapas do projeto, construção, etapas do processo 5 Alguns exemplos de falhas: falha durante operação (ex.: exaustor para de funcionar; rompimento de tubulação). falha sob demanda (ex.: bomba de incêndio não parte; válvula não fecha). atuação indevida (ex.: abertura de válvula de segurança). 6 AMFE Variação da AMFE AMFEC – Análise de Modos de Falhas, Efeitos e Criticidade. Diferença – considerar na Análise de Falhas identificadas, uma graduação do nível de criticidade dos efeitos decorrentes dessas falhas. AMFEC – propicia a avaliação comparativa das diferentes falhas identificadas. 7 , em termos de importância ou prioridade para a definição do estabelecimento de modificações ou ações de gerenciamento das possíveis anormalidades. 7 Composta por: dois analistas que conheçam perfeitamente as funções de cada equipamento ou sistema, assim como a influência destes nas demais partes ou sistemas de uma linha ou processo. 8 AMFE © Dragonimages | Dreamstime.com Diferente das técnicas descritas anteriormente, Em sistemas complexos, o número de analistas é, normalmente, incrementado, de acordo com a complexidade e especificidades das instalações. 8 Aplicação da AMFE Determinar o nível de detalhamento da análise a ser realizada. Definir o formato da tabela e informações a serem apontadas. Definir o problema e as condições de contorno. Preencher a tabela da AMFE. Apontar as informações e recomendações. 9 ETAPAS: O nível de detalhamento da análise a ser realizada dependerá, obviamente, da complexidade da instalação a ser analisada, bem como dos objetivos a serem alcançados; assim, se a análise tiver por finalidade definir a necessidade ou não de proteções ou sistemas de segurança adicionais (redundâncias), certamente a análise deverá ser mais detalhada e criteriosa, podendo haver a necessidade de estudar cada equipamento, acessórios, interfaces, intertravamentos etc. 9 Modelo de planilha - AMFE 10 Empresa: Unidade: Referência: Data: Analistas: Página: Item Componente Mode de falha Efeitos Observações e recomendações Empresa: Unidade: Referência: Data: Analistas: Página: Componente Mode de falha Efeitos Métodos de detecção Severidade Observações e recomendações Modelo de planilha - AMFEC Elementos mínimos considerados A identificação da planta e/ou dos sistemas a serem analisados. O estabelecimento dos limites físicos dos sistemas. A identificação dos equipamentos e suas relações como os demais sistemas da planta a ser analisada. 11 A identificação da planta e/ou dos sistemas a serem analisados; O estabelecimento dos limites físicos dos sistemas, o que implica normalmente a utilização de fluxogramas de engenharia; O reconhecimento das informações necessárias para a identificação dos equipamentos e suas relações como os demais sistemas da planta a ser analisada. 11 Exemplo de Planilha - AMFEC EFEITO SEVERIDADE A falha não acarreta nenhum dano ou gera um dano não mensurável. 1 A falha não resulta numa degradação maior do sistema, não requerendo a parada do processo. 2 A falha pode degradar o sistema representando riscos às instalações, pessoas e meio ambiente. Requer a parada programada do processo. 3 A falha pode produzir severa degradação do sistema, podendo resultar em perdas e impactos significativos, lesões ou até morte das pessoas expostas. Requer a paralisação do processo em regime emergencial. 4 12 Categorias de severidade para AMFEC Análise por Árvores de Falhas (AAF) Failure Tree Analysis (FTA). Método excelente para o estudo dos fatores que poderiam causar um evento indesejável (falha), em sistemas complexos. Principal técnica dedutiva de avaliação de confiabilidade dos sistemas. 13 É uma das principais técnicas dedutivas de avaliação de confiabilidade dos sistemas e consiste na construção de um diagrama lógico, chamado de árvore de falhas que, partindo de um evento (evento topo), identifica as possíveis causas do evento e as combina até atingir as causas raízes que originaram o evento estudo. Tem por objetivo identificar as causas potenciais de acidentes e de falhas (eventos indesejáveis) num determinado sistema. Consiste na construção de um processo lógico dedutivo que, partindo de um evento indesejado predefinido (hipótese acidental), busca as suas possíveis causas. O processo segue investigando as sucessivas falhas dos componentes até atingir os eventos básicos (falhas básicas), que não podem ser desenvolvidos, e para as quais existem dados quantitativos disponíveis. A construção do processo lógico dedutivo é efetuada com o auxílio da álgebra Booleana. falhas ou defeitos de componentes falhas operacionais eventos da natureza 13 Símbolos lógicos em AAF Símbolo Denominação Descrição Comporta “OU” Comportas lógicas: forma de relacionamento lógico entre oseventosde entrada (input-lower) e o evento de saída (output-higher).Essesrelacionamentos lógicos são normalmente representados como portas E (AND) ouOU(OR). Comporta “E” Evento-topo Evento indesejado ou hipótese acidental. Localizado no topo da árvore de falhas, é desenvolvido até que as falhas mais básicasdosistema sejam identificadas, por meio de relações lógicas que estabelecem as relações entre as falhas. Ocorre por causa deumou mais eventos. Evento intermediário Evento que propaga ou mitiga um evento iniciador (básico) duranteasequência do acidente. Ocorre por causa de um ou mais eventos. Evento básico Um evento é considerado básico, quando nenhum desenvolvimento a mais é julgado necessário e não requer nenhum desenvolvimento adicional. Evento não desenvolvido Evento que não pode ser desenvolvido porque não há informações disponíveis ou por não haver interesse em julgá-lo. 14 A diagramação lógica da árvore de falhas com bifurcações sucessivas é feita utilizando-se símbolos e comportas lógicas, indicando o relacionamento entre os eventos considerados. As duas unidades básicas ou comportas lógicas envolvidas são os operadores “E” e “OU”, que indicam o relacionamento casual entre eventos dos níveis inferiores que levam ao evento-topo. As combinações sequenciais desses eventos formam os diversos ramos da árvore. 14 Construção da Árvore de Falhas Que falhas podem ocorrer? Como estas falhas podem ocorrer? Quais são as causas destas falhas? 15 © Martinmark | Dreamstime.com Para a construção da árvore de falhas, a partir de um determinado “evento-topo”, 3 perguntas são consideradas fundamentais para a identificação dos eventos intermediários e básicos e de suas relações lógicas: (1) Que falhas podem ocorrer?; (2) Como essas falhas podem ocorrer?; (3) Quais são as causas dessas falhas? Pode-se também determinar caminhos críticos, sequências de eventos com maior probabilidade de levar ao evento indesejado (denominado evento-topo, por situar-se no topo, ou no tronco de uma árvore invertida, cujas bifurcações são as raízes). Ressalta-se que a AAF pode ser realizada em diferentes níveis de complexidade e que sua análise qualitativa já oferece ótimos resultados. Como dica, esta análise combina bastante com a AMFE. ID:23212624 15 Etapas – Árvore de Falhas Seleção do evento indesejável ou falha. Revisão dos fatores intervenientes. Montagem, através da diagramação sistemática. Realizar uma avaliação qualitativa da árvore elaborada. Aplicação das probabilidades ou frequências nos eventos básicos. Através da Álgebra Booleana são desenvolvidas as expressões matemáticas. 16 Vídeo https://www.youtube.com/watch?v=c3lXedOq0eQ 17 Estrutura – Árvore de Falhas 18 Exemplo AAF 19 Benefícios - AAF Conhecimento detalhado do sistema. Estimativa da confiabilidade. Cálculo da frequência – hipótese acidental. Identificação das causas básicas e das prováveis. Detecção de falhas potenciais. Tomada de decisão quanto ao controle dos riscos associados. 20 Índice de Risco É a avaliação de um perigo associado a probabilidade de ocorrência de um evento indesejável (incidente ou acidente) e a gravidade de suas consequências. Ex.: o manuseio de líquidos classificados como produtos Perigosos. 21 Em qualquer processo sempre haverá riscos ambientais que são óbvios, tanto pela natureza do processo, quanto pelos produtos envolvidos. Por exemplo, o manuseio de líquidos classificados como produtos perigosos tem um aspecto ambiental associado como a possibilidade de um derrame acidental que leva a um impacto de contaminação do solo e/ou da água. O conhecimento e a determinação de índices que facilitem o manuseio das informações dos riscos se torna fundamental para o processo de gerenciamento de riscos ambientais, facilitando sua execução e acompanhamento. ID:40214316 21 IR = FP FD Onde: IR é o índice de risco FP é o fator de perigo FD é o fator de distância 22 Índice de Risco Fator de Perigo FP = _MLA_ MR Onde: FP é o fator de perigo, que representa uma medida da intensidade da fonte de risco. MLA é a massa de substância perigosa liberada acidentalmente (em quilos). MR é a massa de referência da substância perigosa (em quilos). 23 Quanto maior for a quantidade de material que puder ser liberada acidentalmente, maior será o perigo e, portanto, maior será o risco. fator de perigo representa uma medida da intensidade da fonte de risco. 23 Fator de distância FD = 1ª distância = 1ª distância 2ª distância 50 Onde: FD é o fator distância em metros. 1ª distância é a menor distância entre o ponto de liberação e o ponto de interesse onde estão localizados os recursos vulneráveis. 2ª distância é a distância de 50 metros. 24 Classificação das Instalações/Atividades (IR) Índice de risco Categoria de risco Descrição IR ≤ 1 1 Podem ser consideradas como de risco desprezível por terem quantidades muito pequenas (ou não terem) de substâncias perigosas em processo ou armazenagem. 1IR ≤ 2 2 Podem causar danos significativos em distâncias de até 100m do local. 2IR ≤ 4 3 Podem causar danos significativos em distâncias entre 100m e 500m do local. IR4 4 Podem causar danos significativos em distâncias superiores a 500m do local. 25 Recursos Vulneráveis 26 - Quanto maior for a distância entre a fonte de perigo e o ponto onde se localizam os recursos vulneráveis, menor deverão ser os danos e por tanto os riscos. 26 Gerenciamento de Riscos Ambientais Aline Yendo Freitas Atividade 8 28 Analise uma caixa d’ água de uso domiciliar, para a qual foi desenvolvida uma AMFE, de forma a se estudar as possíveis perdas decorrentes de falhas de seus componentes. Atividade 28 29 Atividade
Compartilhar