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Aula 01 História 1

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06/03/2017
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TEORIA GERALDOS CONTRATOS
CONCEITO .
Segundo o doutrinador Carlos Roberto Gonçalves, assimdefine-se contrato:
Contrato é o acordo de vontadesque tem por fim criar, modificar ouextinguir direitos.
Constitui fonte de obrigação e o mais expressivo modelode negócio jurídico bilateral.
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Maria Helena Diniz
O contrato constitui uma espécie de negócio
jurídico, de natureza bilateral ou plurilateral,
dependendo, para sua formação, do encontro da
vontade das partes, por ser ato regulamentador de
interesses privados.
FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS
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FUNÇÃO SOCIAL
"A liberdade de contratar não é absoluta, poisestá limitada não só pela supremacia da ordempública, que veda convenção que lhe sejacontrária aos bons costumes, de forma que avontade dos contratantes está subordinada aointeresse coletivo, mas também pela função socialdo contrato que o condiciona ao atendimento dobem comum e dos fins sociais".
Maria Helena Diniz 
FUNÇÃO SOCIAL
“A função social do contrato serve precipuamentepara limitar a autonomia da vontade quando talautonomia esteja em confronto com o interessesocial e este deva prevalecer, ainda que essalimitação possa atingir a própria liberdade de nãocontratar, como ocorre nas hipóteses de contratoobrigatório”. Caio Mário
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FUNÇÃO SOCIAL
“A concepção social do contrato apresenta-se,modernamente, como um dos pilares da teoriacontratual. Tem por escopo promover a realizaçãode uma justiça comutativa, aplainando asdesigualdades substanciais entre os contratantes.O art. 421 do Código Civil subordina a liberdadecontratual à sua função social, com prevalênciados princípios condizentes com a ordem pública.”
Carlos Roberto Gonçalves
CONDIÇÕES DE VALIDADE
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CONDIÇÕES DE VALIDADE
De ordem geral (art. 104 CC):
a) Capacidade do agente;
b) Objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
c) Forma prescrita ou não defesa em Lei.
De ordem especial – consentimento recíproco(acordo de vontades)
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL
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AUTONOMIA DA VONTADE
Significa que as partes são livrespara contratar assumindo direitos eobrigações, sem qualquerinterferência do Estado (arts. 421 à425 CC).
SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA
Limita o princípio da autonomia davontade, dando prevalência aointeresse público.
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CONSENSUALISMO
Basta o acordo de vontades,independentemente da entrega dacoisa, para o aperfeiçoamento docontrato (consensuais).
* Exceções: os contratos de natureza real, comoexemplo, depósito, comodato, etc.
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
Funda-se na ideia de que os efeitos doscontratos só se produzem em relação àspartes, não afetando terceiros, salvoalgumas exceções consignadas na lei(estipulações em favor de terceiros).
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OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS
Decorre da convicção de que o acordo devontades faz lei entre as partes (pactasunt servanda), não podendo ser alteradonem pelo juiz.
REVISÃO DOS CONTRATOS
Opõe-se ao da obrigatoriedade, pois permiteaos contratantes recorrerem ao Judiciáriopara obter alteração da convenção econdições mais humanas, se a prestação setornar excessivamente onerosa em virtude deacontecimentos extraordinários eimprevisíveis (art. 478 e 480 CC).
* Cláusula rebus sic stantibus (teoria da imprevisão).
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BOA FÉ 
Exige que as partes se comportem deforma correta não só durante astratativas, como também durante aformação e o cumprimento do contrato(art. 422 CC).
INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS
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FUNÇÕES 
A interpretação dos contratos exerce funçãoobjetiva e subjetiva. Nos contratos escritos, aanálise do texto (interpretação objetiva)conduz à descoberta da intenção das partes(interpretação subjetiva), alvo principal daoperação.
* O Código Civil deu prevalência à teoria davontade sobre a da declaração (art. 112 CC).
Princípios básicos
a)Boa fé – deve o intérprete presumir queos contratantes procedem com lealdade,pois a boa-fé se presume (arts. 113 e 422).
b)Conservação do contrato – se umacláusula contratual permitir duasinterpretações diferentes, prevalecerá aque possa produzir algum efeito.
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Regras interpretativas
 Quando houver no contrato de adesão cláusulasambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar ainterpretação mais favorável ao aderente (art. 423).
 A transação interpreta-se restritivamente (art. 843).
 A fiança não admite interpretação extensiva (art.819).
 Prevalecerá a interpretação da cláusulatestamentária que melhor assegure a observância davontade do testador (art. 1.899).
Pactos sucessórios
Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoaviva, dispõe o art. 426 do Código Civil, afastando asucessão contratual.
O nosso ordenamento só admite duas formas desucessão causa mortis: a legítima e a testamentária.
No Código Civil de 2002, somente a partilha intervivos, permitida no art. 2.018, pode ser consideradaexceção à norma do art. 426.

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