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IMUNOLOGIA VETERINÁRIA SISTEMA IMUNE INATO – RECEPTORES CELULARES A imunidade inata é responsável pela resposta imune inicial que previne a infecção do hospedeiro e pode muitas vezes eliminar o patógeno. Funções: Eliminação direta de patógenos. Estimulação da resposta imune adaptativa, tendo influência direta na magnitude da resposta adaptativa. – Apresentação antigênica, moléculas co-estimulatórias (CD80, CD86, CD40), IL-12, IFN-gamma… Importância da inflamação: Garantia que as células e moléculas concentra-se num local. Ativação e migração de células do sangue para o tecido. PADRÕES MOLECULARES ASSOCIADOS Á LESÃO ➢ Presença de alarminas Moléculas liberadas por células mortas ou que estão morrendo. Apresenta potente propriedade antimicrobiana Ativam e recrutam células do sistema imune inato Promove, indiretamente, a resposta imune adaptativa Exemplo de alarminas: defensivas, catelicinas, neurotoxina derivada de eosinófilo, etc; ➢ Presença de alarminas: proteína HGMB1 Proteína que se liga ao DNA e garante o dobramento correto Obs: células epoptóticas não liberam HMGB1 ➢ Padrões moleculares associados ao patógeno (PAMPs) - Patógenos são caracterizados por arranjos específicos de moléculas chaves chamados de padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs) que são reconhecidos pelos receptores de reconhecimento de padrões (PRRs). - Na maioria das vezes o reconhecimento do patógeno e discriminação do que é próprio é devido ao reconhecimento de certos resíduos de açúcares que são documentados em micróbios patogênicos e não em células do hospedeiro. ➢ Tipos de receptores: ✓ Receptores tipo Toll ✓ Receptores tipo NOD ✓ Proteinas que reconhecem peptidioglicanos ✓ Receptores tipo RIG ✓ Outros receptores que reconhece, padrões; RECEPTORES CELULARES QUE RECONHECEM PADRÕES TIPO TROLL São os mais importantes, pois quando são ativados os Macrófagos liberam 2 tipos de Citocinas: TNF (Fator de Necrose Tumoral) e IL1e2 (Inter Leucina). São glicoproteínas localizadas na membrana Receptor mais importante contra patógenos extracelulares Obs. TLRs: São membranas celulares que reconhecem o PAMP gerando sinais e faz produção de citocina pró- inflamatórias. Células que apresentam TLRs: macrófagos, DCs mastócitos, eosinófilos e células epiteliais. Expressão de TLRs: ✓ Superfície celular: que faz reconhecimento de proteína, lipoproteínas microbianas e LPS. ✓ Membrana endossômica: ácidos nucleicos virais. ▪ Ligação entre TLRs e PAMP: produção de fator de transcrição. Quando um TLR localizado na superfície celular se liga a um PAMP microbiano (seu ligante), um sinal é passado á célula. – Isso estimula a produção de um fator de transcrição chamado fator nuclear kappa-B. O fato nuclear kappa- B ativam genes que codificam citocinas: interleucina-1 (IL-1) , IL-6 e fator de necrose turmoral-alfa. – Esse fator também estimula os agentes da oxido nítrico sintase 2 (NOS2) e a ciclooxigenase – 2 (COX-2). Essas duas enzimas levam a geração de, respectivamente, óxido nítrico e prostaglandinas e leucotrienos. Obs: A capase-1 ativam pró-moléculas para a síntese de citocinas: ✓ Pró TNF - alfa: ativam TN – alfa ✓ Pró IL1 beta: ativam IL-1beta. ✓ Pró IL6: ativam IL-6 ▪ Produção de capase-1: Por enzimas proteolíticas baseadas em cisteína Estimuladas por inflamassomas: complexos proteicos formados após a ligação do TLRs e PAMPS TIPO NOD São receptores de ligantes de nucleotídeos ( NLRs) – Atuam em conjunto com os TRLs contra patógenos. NOD1 = Reconhecimento de peptidoglicanos bacterianos NOD2 = Reconhecimento de muramil dipeptídeo. PROTEÍNAS QUE RECONHECEM PEPTÍDEOS (PGRPs) São proteínas que se ligam a peptidoglicanos bacterianos Induzem a produção de defensinas. TIPO RIG São receptores de reconhecimento de padrões expressos no citosol das células que se ligam ao RNA viral. Induzem a produção de interferons. OUTROS RECEPTORES QUE RECONHECEM PADRÕES Receptores de manana: ligam-se a carboidratos microbianos Receptors scavenger (Limpador): ligam-se a lipoproteínas bacterianas. CD1: ligam-se a glicolipídeos microbianos. O SISTEMA CD CD – Cluster of differentiation (grupamento de diferenciação). São proteínas individuais presentas na superfície celular que apresenta funções específicas. É um conjunto de moléculas marcadoras da superfície celular usado para diferenciar variados tipos de células. Moléculas CD podem agir de diferentes modos, geralmente como receptoras ou como ligantes (moléculas que ativam um receptor). Algumas proteínas CD não têm papel na sinalização, desempenhando outras funções, como a adesão celular. Exemplo: CD14 – liga-se ao LPS bacteriano. IMUNOLOGIA VETERINÁRIA SISTEMA IMUNE INATO – SISTEMA COMPLEMENTO 1. DEFINIÇÃO Conjunto de proteínas plasmáticas e de membrana celular funcionalmente ligadas que interagem entre si de maneira altamente regulada para executar muitas das funções efetoras da imunidade humoral e da inflamação. Maioria das proteínas estão presentes na circulação na forma inativa e requerem clivagem proteolítica para serem ativadas. Estas proteínas tem uma ativação sequencial e em cascata uma vez que cada molécula de um componente ativado age em várias moléculas do componente seguinte. Convenções: componente na forma inativa: C + número ( ex. C1) Componente na forma ativada: C + número (s) com um traço em cima (ex. C1) Fragmentos do componente: C + número + letra minúscula (ex. C3b): a - fragmento menor ; b - fragmento maior; fragmento inativado: i + C + número + letra (ex iC3b). VIA CLÁSSICA: esta via vai acontecer na presença de anticorpo, então se não houve anticorpo circulante que vai reconhecer o antígeno na bactéria que vai acontecer vai ser a via alternativa. São proteínas que compõem a via clássica da cascata do complemento: C1q, C1r, C1s, C2, C4, C3, C5, C6, C7, C8 e C9; sendo que a ativação das proteínas ocorrera nessa sequência. Só anticorpos do tipo IgM e IgG ativam a cascata do sistema complemento via clássica. 1. A ativação do complemento pela Via Clássica se inicia quando o anticorpo (IgM ou IgG) se liga a superfície do antígeno, com isso o complexo C1 ira se ligar ao anticorpo expondo suas porções r e s que irão atrair primeiramente a C4 2. Quando o C4 ligar ele será quebrado em C4b que ira ficar ligado na membrana e C4a vai ficar livre para avisar as células de defesa, ou seja, realizar a quimiotaxia, agora ira atrair o C2 que quando ligar ele será quebrado em C2a que ira ficar ligado na membrana e C2b ira realizar quimiotaxia; 3. A junção do C4b com o C2a atua como uma enzima chamada C3 convertase da via clássica, então a C3 vai ser quebrada pela C3 convertase (C4b + C2a) sendo que a C3b vai se ligar a superfície da bactéria 4. E a C3a ira realizar quimiotaxia; a junção da C4b mais C2a mais C3b ira formar a C5 convertase (daqui para frente é via comum) vai converte em C5b que ira ficar ligado na membrana e C5a ira realizar quimiotaxia; a junção de C4b + C2a + C3b + C5b vai atrair a C6 e a C7, e depois o C8 e o C9; então tudo junto formou o MAC (C4b + C2a + C3b + C5b + C6 + C7 + C8 + C9) VIA ALTERNATIVA: esta via acontece sem a presença de anticorpos (não possui anticorpo capaz de reconhecer aqueleantígeno). São proteínas que compõem a via alternativa da cascata do complemento: B, D, C3, C5, C6, C7, C8 e C9. Inicia-se pela C3 porque ela (é a única proteína do complemento capaz de se quebrada sem a ação de uma enzima) sofre hidrolise (quebra em C3a e C3b pela água). 1. A C3 sofre a ação da água e é quebrada em C3a e C3b, sendo que a C3b vai se ligar a superfície da bactéria e a C3a ira realizar quimiotaxia, em seguida o Fator B será atraído e no momento que ele ligar o Fator D 2. O fator D será atraído e ira se ligar fazendo com que o Fator B seja quebrado em Ba ira realizar quimiotaxia e Bb vai se ligar a superfície da bactéria; então a C3b + Bb irão formar a C3 convertase da via alternativa que ira quebrar o C3 sendo que a C3b vai se ligar a superfície da bactéria e a C3a ira realizar quimiotaxia; 3. então a união do C3b + Bb + C3b ira formar a C5 convertase (daqui para frente é via comum) vai converte em C5b que ira ficar ligado na membrana e C5a ira realizar quimiotaxia; a junção de C3b + Bb + C3b + C5b vai atrair a C6 e a C7, e depois o C8 e o C9; então tudo junto formou o MAC (C3b + Bb + C3b + C5b + C6 + C7 + C8 + C9). VIA DAS LECTINAS: Iniciada por alguns açúcares presentes em bactérias e fungos. Dentre estes açúcares o principal é a manose e a N-acetil-glicosamina (e outros carboidratos), em bactérias, fungos e vírus. Também é uma via de ativação não imune, pertence a imunidade natural. ✓ Função do sistema complemento Anafilotoxinas: C4a, C3a e C5a (em ordem crescente de atividade) são todas as anafilotoxinas que causam degranulação celular de basófilos/mastócitos e contração de células da musculatura lisa. Efeitos indesejáveis desses peptídios são controlados pela carboxipeptidase B (C3a- INA). Fatores Quimiotácticos: C5a e MAC (C5b67) são ambos quimiotácticos. C5a é também um potente ativador de neutrófilos, basófilos e macrófagos e causam indução de moléculas de adesão nas células endoteliais vasculares. Opsoninas: C3b e C4b na superfície de microrganismos se encaixam no receptor do C (CR1) em células fagocitárias e promovem fagocitose. Outros produtos biologicamente ativos da ativação do C: Os produtos de degradação de C3 (iC3b, C3d e C3e) também se ligam a células diferentes através de receptores distintos e modulam suas funções
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