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NDAT - 02 - Tributo

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TRIBUTO
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TRIBUTO
Tributo vem do ato de tributar, de prestar algo a alguém.
CONCEITO DO TRIBUTO (art. 3º do CTN):
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
CARACTERÍSTICAS:
1) Tributo é uma prestação pecuniária compulsória: não é prestação voluntária, é comportamento obrigatório de uma prestação em dinheiro, é prestação de dar (e não de fazer). O art. 156, XI, CTN alterado pela LC 104/2001, prevê a dação em pagamento em bens imóveis; bem como há previsão legal de pagamento de 50% do ITR com TDA. O FISCO está no pólo ativo (credor) e o contribuinte no pólo passivo (devedor);
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TRIBUTO
2) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: não pode ser in natura (ex: sacos de farinha) ou in labore (ex: trabalho do contrinbuinte), mas pago em moeda nacional;
3) Não constitua sanção de ato ilícito: não é penalidade, não incide sobre o elemento ilicitude. Multa e juros não são tributos;
4) Instituída em lei: decorre do princípio da legalidade (Art. 5º, II, e Art. 150, I da CF/88, art. 97 do CTN). A MP pode instituir e pode aumentar impostos, salvo os excluídos; 
5) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a autoridade administrativa não tem liberdade para agir, não tem discricionariedade (não se analisa a conveniência e a oportunidade do ato), independente da vontade dos servidores públicos. A exigência do tributo está vinculada à previsão legal. 
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TRIBUTO - CLASSIFICAÇÃO
Diretos - é quando numa só pessoa reúnem-se as condições de contribuinte (aquele que é responsável pelo cumprimento de todas as obrigações tributárias previstas na lei). 
Exemplo: Imposto de Renda por declaração. 
Indiretos - é quando na relação jurídico-tributária que se estabelece entre o Estado e o sujeito passivo, este paga o tributo correspondente e se ressarce cobrando de terceiro através da inclusão do imposto no preço. 
Exemplos: IPI e ICMS. 
Reais - São aqueles que não levam em consideração as condições do contribuinte, indicando igualmente a todas as pessoas. Exemplo: IPTU. 
Pessoais - São aqueles que estabelecem diferenças tributárias em função das condições próprias do contribuinte. Exemplo: Imposto de Renda das Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas. 
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TRIBUTO - CLASSIFICAÇÃO
Proporcionais - São caracterizados quando os impostos são estabelecidos em percentagem única incidente sobre o valor da matéria tributável .Exemplo: ITBI. 
Progressivos - São os impostos cujas alíquotas são fixadas em percentagens variáveis e crescentes. Exemplo: Imposto de Renda - Pessoa Física. 
Fixos - é quando o valor do imposto é determinado em garantia certa , independendo de cálculo. Exemplo: ISS - enquadramento por estimativa anual.
Fiscais - criado para arrecadar recursos a pessoa jurídica de direito público interno, para que possa cobrir seus gastos. Exemplo: Imposto de Renda. 
Parafiscais - contribuição cobrada por autarquia, órgãos paraestatias, profissionais ou sociais, para custear seu financiamento autônomo. Exemplo: taxa anual do CRC, CREA, etc. 
Extrafiscais - quando não visa só a arrecadação, mas também, corrigir anomalias. Exemplo: Imposto de Exportação.
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TRIBUTO - ELEMENTOS
O tributo possui os seguintes elementos:
Essenciais  determinados por lei
Hipótese de Incidência
Fato gerador
Sujeito ativo e passivo
Base de cálculo
Alíquota
b) Secundários  definidos por normas infralegais (ex: decretos)
 Vencimento da prestação tributária
 Forma de recolhimento
 Preenchimento de guias
 Recursos administrativos
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HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
É o fato descrito na lei que acontecido faz nascer a relação jurídica tributária (o dever de pagar tributo) que tem por objeto a dívida tributária. Existe no mundo abstrato, é o tipo tributário, é o elemento diferenciador dos tributos (fato gerador in abstrato). 
 
Fato imponível é o fato concreto, localizado no tempo e no espaço, que corresponde rigorosamente à descrição prévia formulada pela hipótese de incidência legal – dá nascimento à obrigação tributária. 
Cada fato imponível determina o nascimento de uma obrigação tributária.
Nasce o tributo quando ocorrer o FI que se ajusto a uma HI já prevista = subsunção = tipicidade.
HI é diferente de FI. 
HI = tipo legal e o FI = fato típico legal
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FATO GERADOR
É o aspecto material da hipótese de incidência tributária junto com a base de cálculo.
É a situação necessária e suficiente para o surgimento da obrigação tributária (art. 114 CTN).
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA:
a) principal – Pagar tributo ou penalidade pecuniária (art. 113 CTN). 
b) acessória – Prestações negativas instituídas em lei no interesse da fiscalização e arrecadação dos tributos, como emitir nota fiscal. Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável que impõe à prática ou abstenção de ato que não configura obrigação principal (art. 115 CTN).
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FATO GERADOR
a)Aspecto Temporal:
- Quando ocorreu o FG.
- Aplica-se a lei do momento da ocorrência do FG.
- A lei tributária não tem efeitos retroativos, exceto para penalidades. 
 Se o que mudou na lei nova foi a penalidade, haverá efeito retroativo se a lei nova for mais benéfica. 
 
b)Aspecto Valorativo/Quantitativo:
- Quanto será pago.
c)Aspecto Espacial:
- Onde será pago.
- ICMS = devido no Estado de onde está partindo a mercadoria.
- IPTU = devido onde está situado o imóvel.
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SUJEITOS
Sujeito Ativo:
 - Com competência tributária: podem criar, fiscalizar e arrecadar tributos. União, Estados, DF e Municípios.
 - Sem competência tributária mas com capacidade tributária: não podem criar tributos, apenas fiscalizar e arrecadar. 
Sujeito Passivo:
 - Aquele que deve pagar o tributo, que tem relação direta com o fato gerador: contribuinte (devedor direto – art. 121, I, CTN) ou responsável (apesar de não ser contribuinte, sua obrigação vem expressa em lei - artigo 121, II CTN).
 - Caso dos contratos entre particulares: se quem paga o IPTU é o locador do imóvel, isto não importa para questões tributárias, ou seja, o proprietário que será sujeito passivo numa futura execução fiscal.
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BASE DE CÁLCULO
É a grandeza adotada na lei que permite o cálculo do tributo devido.
É a dimensão legal da materialidade do tributo. 
Deve guardar correlação lógica com a HI (está embutida na HI), se houver descompasso entre ambas nada poderá ser cobrado. (é elemento quantitativo). 
EX1.: IR = a HI é obter rendimentos e a BC é o quanto do rendimento. 
 
Ex2.: IPTU = a HI é ser proprietário do imóvel urbano e a BC é o valor do imóvel e não o valor do aluguel.
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ALÍQUOTA
É o critério legal, normalmente expresso em %, que, conjugado à Base de Cálculo permite que se chegue ao valor devido (quantum debeatur). 
Não pode ser confiscatória (tributo confiscatório é o que retira do contribuinte o mínimo necessário para sua sobrevivência.
 
A Base de Cálculo e a Alíquota são fixadas pela pessoa política tributante.

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