Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Centro Universitário Celso Lisboa Disciplina: Microbiologia Professora: Ludmila Cunha de Almeida Aula 2 – 17/08/15 e 18/08/15 A questão de os vírus serem organismos vivos ou não tem uma resposta ambígua. A vida pode ser definida como um conjunto complexo de processos resultantes da ação de proteínas codificadas por ácidos nucleicos. Os ácidos nucleicos das células vivas estão em atividade o tempo todo. Como são inertes fora das células vivas, os vírus não são considerados organismos vivos. No entanto, quando um vírus penetra uma célula hospedeira, o ácido nucleico viral torna- se ativo, ocorrendo a multiplicação viral. Sob esse ponto de vista, os vírus estão vivos quando se multiplicam dentro da célula hospedeira. Do ponto de vista clínico, os vírus podem ser considerados vivos por serem capazes de causar infecção e doença, assim como bactérias, fungos e protozoários patogênicos. Os vírus são visíveis apenas ao microscópio eletrônico e constituídos basicamente por uma cápsula de natureza proteica em cujo interior existe apenas um tipo de ácido nucléico: DNA ou RNA. Desprovidos de hialoplasma e organelas citoplasmáticas, esses seres não possuem organização celular. Além disso, não apresentam metabolismo próprio e permanecem inativos quando fora de células vivas, podendo até mesmo formar cristais. Reproduzem-se apenas no interior de células vivas. Penetrando em uma delas, os vírus reproduzem-se em seu interior, utilizando a energia e o equipamento bioquímico da célula hospedeira. Por isso, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Características dos Vírus: Parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, requerem células hospedeiras vivas para se multiplicarem; Contêm um único tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA; Podem ser envelopados ou não; Multiplicam-se no interior de células vivas utilizando a maquinaria para a síntese celular; Possuem alta especificidade (tropismo), ou seja, os vírus possuem certa especificidade em relação ao tipo celular que parasitam, uma vez que o capsídeo se adere a células que possuem receptores compatíveis ao seu arranjo. Para que ocorra a infecção da célula hospedeira, a superfície externa do vírus deve interagir quimicamente com receptores específicos presentes na superfície celular. Altas taxas de reprodução (principalmente, o RNA). Estrutura viral O ácido nucleico dos vírus é protegido por um envoltório proteico chamado de capsídeo. Cada capsídeo é composto por subunidades proteicas chamadas de capsômeros. Em alguns vírus, as proteínas que compõem os capsômeros são de um único tipo; em outros, vários tipos de proteínas podem estar presentes. A organização dos capsômeros é característica para cada tipo de vírus. Em alguns vírus, o capsídeo é coberto por um envelope que normalmente consiste em uma combinação de lipídeos, proteínas e carboidratos. Dependendo do vírus, os envelopes podem ou não apresentar espículas, constituídas por complexos glicoproteicos (gp) que se projetam da superfície do envelope. Reprodução de vírus bacteriófago ou fago Referências Bibliográficas: TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 10ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. TRABULSI, L. R.; ALBERTHUM, F. Microbiologia. 5ª ed. São Paulo: atheneu, 2008.
Compartilhar