Buscar

Introdução a Filosofia Aula 3 Apostila III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução à Filosofia – Aula 3
PRINCIPAIS PROBLEMAS
Lógica
- A Lógica, como vimos, estuda a Razão como instrumento do conhecimento. Então, a Lógica se preocupa em estudar o instrumento da Filosofia. O objetivo é poder conhecer para utilizá-la DE UMA MANEIRA CORRETA para não a corromper; mas esse conhecimento é feito por EXPERIÊNCIA, experimentando o seu funcionamento;
- E como nos servimos da Razão de uma maneira correta, conforme a natureza do raciocínio, sem prejudicá-lo?
- quais são as regras que precisamos para raciocinar corretamente?
- Depois, seria correto estudar o nosso instrumento não mais a partir da experiência tida, mas por verificação de sua aplicação no objeto por ela trabalhado; assim, poderíamos verificar a sua UTILIDADE E EFICÁCIA;
- Então, um segundo estudo será necessário: estudar o raciocínio em sua aplicação nas coisas, fazendo a pergunta: EM QUE CONDIÇÕES O RACIOCÍNIO É NÃO SOMENTE CORRETO, MAS TAMBÉM VERDADEIRO E DEMONSTRATIVO, E FAZ ADQUIRIR A CIÊNCIA?
- É neste ponto que deveremos estudar OS MÉTODOS das diversas ciências. O que é uma ideia e como ela nos chega ao espírito. Em outras palavras, COMO AS COISAS SE FAZEM PRESENTES EM NOSSA INTELIGÊNCIA A PONTO DE PODERMOS RACIOCINAR COM ELAS?
- primeiro vamos à Lógica Menor, que propõe conhecer a correção de um raciocínio pela experiência do mesmo;
- depois vamos à Lógica Maior, que estuda a origem das ideias e das outras ciências;
Lógica Menor – breves considerações
- A Lógica estuda a razão como instrumento da ciência ou meio de adquirir e possuir a verdade;
- Melhor: a arte que dirige o próprio ato da Razão;
- A Lógica Menor nos permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio ato da razão;
- Portanto, a Lógica não age como as outras ciências, com a razão, mas estuda o ato mesmo da razão enquanto ele ocorre; ela não a pressupõe, mas a evidencia e estuda; por isso é chamada a ciência da razão ou do logos (λογικὴ επιστήμη). 
- A RAZÃO NÃO É UMA FACULDADE DISTINTA DA INTELIGENCIA, DO ENTENDIMETO OU DO INTELCTO; MAS DO PONTO DE VISTA DO SEU FUNCIONAMENTO, SERÁ MAIS ADEQUADO CHAMÁ-LA DE INTELIGÊNCIA QUANDO ELA VÊ, ATINGE OU APREEENDE, E RAZÃO MAIS PROPRIAMENTE OCORRE QUANDO SE VAI PELO DISCURSO DE UMA COISA APREENDIDA A UMA OUTRA. A INTELIGÊNCIA TRAZ PARA A RAZÃO DISCURSIVA A SUA MATÉRIA.
- Existem 3 operações do espírito humano: 
a) a primeira é o ato de raciocinar (este é o ato próprio do homem): ex. O QUE É ESPIRITUAL É INCORRUPATÍVEL; ORA, A ALMA HUMANA É ESPIRITUAL; LOGO, ELA É INCORRUPTÍVEL);
Obs. O RACIOCÍNIO É A OPERAÇÃO MAIS COMPELXA DO NOSSO EPÍRITO (RAZÃO); ATRAVÉS DELE CAMINHAMOS DO CONHECIDO PARA CONHECER O QUE AINDA NÃO CONHECEMOS; A PARTIR DELE DESCOBRIMOS UMA VERDADE; E PODEMOS DEMONSTRAR PORQUE TEMOS O UM PROCESSO COM FASES; A CIÊNCIA PROGRIDE POR CAUSA DELE; PORTANTO, É O OBJETO MAIS APROPRIADO PARA A LÓGICA MENOR. EXISTEM OUTRAS OPERAÇÕES QUE ESTÃO INTIMAMENTE LIGADAS AO RACIOCÍNIO E QUE TAMBÉM PRECISAM SER INVESTIGADAS PELA LÓGICA; MAS TODAS SÃO ESTUDADAS EM SUA RELAÇÃO COM O RACIOCÍNIO;
OBS. O ATO DE RACIOCINAR É UM OU INDIVISO, COMO O ATO DE DAR TRÊS PASSO ATÉ O FIM; OU SEJA, NÃO CONFUNDIR INDIVISÍVEL COM INDIVISO. O ATO DE RACIOCINAR É INDIVISO E UM PORQUE DO INÍCIO ATÉ O FIM NÃO É INTERROMPIDO, MAS PODE MUITO BEM SER FRACIONADO QUANDO FOR CONSIDERADO NO SEU TODO; PORTANTO É INDIVISO E DIVISÍVEL. POSSO CONTAR OS TRÊS PASSO A CADA MOMENTO QUE OS FAÇO, MAS FAÇO DE UMA SÓ VEZ ATÉ O FIM, OU SEJA, NÃO RECOMEÇO; O IMPORTANTE DO RACIOCÍNIO É CONCLUIR E NÃO DISCORRER DE UMA IDEIA À OUTRA. 
OBS. PORTANTO, EMBORA INDIVISO, NÃO É SIMPLES NEM INDIVISÍVEL. NÃO É SIMPLES PORQUE SE COMPÕE DE UMA SÉRIE DE ATOS ANTERIORES. ESTES ATOS SÃO DISTINTOS MAS ORDENADOS ENTRE SI. CADA ATO DESSE FAZ UM ENUNCIADO, ENUNCIA ALGO; AS ENUNCIAÇÕES SÃO CHAMADAS PROPROSIÇÕES; SE OLHARMOS CADA PROPOSIÇÃO, SEPARADA DA SÉRIE, DEVEREMOS CHAMÁ-LOS DE JUÍZO. 
b) portanto, o JUÍZO é outro ato da Razão, anterior ao Raciocínio, e por ele suposta; JULGAR é afirmar ou negar algo. Quando penso: a desconfiança é mãe da segurança. Ora, afirmamos que a desconfiança é a mãe da insegurança. Afirmamos do termo desconfiança o outro termo “mão da segurança”. Temos um mesmo sujeito (desconfiança) ao qual identificamos o nome “mãe da segurança”. A uma coisa convém ao mesmo tempo a outra coisa, por identificação. 
OBS. O ATO DE JULGAR É SIM INDIVISO E AO MESMO TEMPO INDIVISÍVEL E SIMPLES. NÃO EXISTEM FASES, MAS UM SÓ ATO DE PENSAMENTO. NUM SÓ PENSAMENTO PENSAMOS A DESCONFIANA E A MÃE DA SEGURANÇA. 
OBS. AINDA QUE SEJA INDIVISÍVEL E SIMPLES, TEM UM OBJETO COMPLEXO, PORQUE EXISTE UM MOVIMENTO DE PENSAMENTO ENTRE DOIS TERMOS, O INICIAL E O FINAL, COM O VERBO SER. O VERBO SER UNE NOÇÕES DISTINTAS ISOLADAMENTE E IDENTIFICADAS NO JUÍZO (O PRIMEIRO TERMO É A PALAVRA-SUJEITO, E O SEGUNDO É A PALAVRA-PREDICADO OU ATRIBUTO);
- Existe ainda outra operação do espírito anterior ao juízo e suposta por este: a SIMPLES APREENSÃO (CONCEPÇÃO E PERCEPAÇÃO);
- OBS. CONCEBER É FORMAR EM SI UMA IDEIA NA QUAL SE VÊ, ATINGE E APREENDE ALGUMA COISA; QUANDO PENSAMOS “HOMEM”, “DESCONFIANÇA” E “INFELIZ”; 
- OBS. NA ORIGEM DE TODO O NOSSO CONHECIMETO INTELECTUAL ESTÁ A CONCEPÇÃO, OU A SIMPLES APREENSÃO; 
- OBS. PELO ATO SIMPLES UM OBJETO DE PENSAMENTO É REPRESENTADO PARA SER CONSIDERADO PELA NOSSA INTELIGÊNCIA E PARA SER POR ELA POSSUÍDO;
- OBS. ESTE ATO DE APREENSÃO NOS TRAZ UM CONHECIMENTO, MAS IMPERFEITO, PORQUE O OBJETO É CONHECIDO NÃO EM SUAS RELAÇÕES COM OS OUTROS OBJETOS (TAL COMO É NA REALIDADE CONCRETA OU POSSÍVEL), MAS DISCERNÍVEL APENAS EM SI, MAS NÃO RELATIVAMENTE ÀS OUTRAS COISAS. NOSSO ESPÍRITO AINDA NÃO TEM O QUE AFIRMAR OU NEGAR PORQUE SÓ TEM UM OBJETO APREENDIDO, E NÃO AS SUAS RELAÇÕES; 
- OBS. POR EXEMPLO, O TERMO “HOMEM”, OU “NEVE” OU “DELICADOS” DÁ PARA O NOSSO ESPÍRITO UMA VERDADE APENAS COMEÇADA – NÃO FAZEMOS AINDA NENHUMA AFIRMAÇÃO CONFORME A REALIDADE; TEMOS UMA VERDADE, SEM DÚVIDA, MAS AINDA IMPERFEITA, INACABADA, PORQUE ELA SÓ SE COMPELTA NO ESPÍRITO QUANDO PENSAMOS (NUM JUÍZO): O HOMEM É MORTAL; OU A NEVE É BRANCA; OU OS DELICADOS SÃO INFELIZES;
- OBS. NA SIMPLES APREENSÃO APREENDEMOS ALGO MAS SEM NADA AFIRMAR OU NEGAR; 
- OBS. O ATO DE PENSAR “HOMEM” OU “NEVE” É SIMPLES E NÃO TÊM PARTES; 
- O ATO DE APREENSÃO É UMA ATIVIDADE PRIMEIRO; É A NOSSA PRIMEIRA OPERAÇÃO INTELECTUAL – É A PRIMEIRA OPERAÇÃO DO ESPÍRITO;

Continue navegando