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MODELOS de atenção à saúde Prof. Rodolfo Pimenta ¹Cirurgião-dentista; Especialista em Saúde da Família; Mestre em Saúde Coletiva. SUS: MODELOS ASSISTENCIAIS O QUE É UM MODELO ASSISTENCIAL? Sistema de serviços de saúde Organização Gestão Financiamento Prestação da assistência Infra- estrutura Modelo de atenção ou assistencial Cuidado Assistência Intervenção Ações ou práticas de saúde Modelos de atenção à saúde Modelos assistenciais: termos conceituais • “São formas de organização das relações entre sujeitos (profissionais de saúde e usuários) mediadas por tecnologias (materiais e não materiais) utilizadas no processo de trabalho em saúde, cujo propósito é intervir sobre problemas (danos e riscos) e necessidades sociais de saúde historicamente definidas.” (Paim, 1993; 1994) “ Modelo” = representação da realidade de saúde SUS: modelos assistenciais • SUS palco da disputa entre modelos assistenciais diversos, com a tendência de reprodução conflitiva dos modelos hegemônicos modelo assistencial sanitarista-campanhista (campanhas, programas especiais e ações de vigilância epidemiológica e sanitária) modelo assistencial curativo- privatista (ênfase na assistência médico-hospitalar e nos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico). Ao lado dos esforços de construção de “modelos” alternativos. (Teixeira; Paim; Vilasbôas, 1998) MODELO ASSISTENCIAL SANITARISTA-CAMPANHISTA • Campanhas e programas especiais; • Não contempla a totalidade da atenção; • Não enfatiza a integralidade da atenção; • Campanhas de caráter temporário; • Programas verticalizados. MODELO MÉDICO-ASSISTENCIAL PRIVATISTA • Voltado para o indivíduo (livre iniciativa na procura dos serviços); • Capitalização da medicina; • Centrado nas cooperativas médicas; • Predominantemente curativo; • Modelo biomédico. MODELOS ALTERNATIVOS MODELO EM DEFESA DO SUS • (Campinas – final da década de 1980) • Gestão democrática; • Saúde como direito de cidadania; • Serviço público de saúde voltado para a defesa da vida individual e coletiva. • Ações: Demanda organizada; Programas definidos por ciclos da vida; Articulação por equipes multiprofissionais; Fluxograma de atividades e condutas terapêuticas; Sistema de informação; Regionalização e hierarquização. SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE (SILOS) • Planejamento local baseado na situação de saúde; • Estratégias para atender à demanda epidemiologicamente identificada e captar os usuários da demanda espontânea; • Operacionalizada, principalmente, no Ceará e na Bahia. CIDADES SAUDÁVEIS (OMS): Cidades capazes de promover a saúde e melhorar o ambiente • Saúde como qualidade de vida; • Políticas públicas promoção da saúde; • Participação da comunidade; • Autorresponsabilidade; • Reorientação dos serviços de saúde; • Intersetorialidade como estratégia principal. VIGILÂNCIA DA SAÚDE • Em síntese, a Vigilância da Saúde apresenta sete características básicas: • a) Intervenção sobre problemas de saúde, (danos, riscos e/ ou determinantes); • b) Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos; • c) Operacionalização do conceito de risco; • d) Articulação entre ações promocionais, preventivas e curativas; • e) Atuação intersetorial; • f) Ações sobre o território; • g) Intervenção sob a forma de operações. (Teixeira; Paim; Vilasbôas, 1998) MODELOS ALTERNATIVOS Os modelos SILOS, Vigilância à Saúde e Cidades Saudáveis são similares: • Importância dos determinantes sociais em saúde; •Propõem intervenções sistêmicas e intersetoriais na saúde coletiva; •Baseadas no diagnóstico e no monitoramento da situação de saúde dos territórios. MODELOS ASSISTENCIAIS E VIGILÂNCIA EM SAÚDE (Teixeira; Paim; Vilasbôas, 1998) Modelo Sujeito Objeto Meios de trabalho Formas de Organização Médico- assistencial privatista Médico Especialização Doença Doentes Tecnologia médica - individual Rede de serviços de saúde Hospital Sanitarista Sanitarista e auxiliares Modos de transmissão Fatores de risco Tecnologia Sanitária Campanhas sanitárias Programas especiais Sistemas de vigilância sanitária e epidemiológica Vigilância em Saúde Equipe de Saúde e população Danos, riscos, necessidades e determinantes dos modos de vida e saúde (condições de vida e trabalho) Tecnologias de comunicação social, de planejamento e programação local e situacional de saúde e tecnologias médico- sanitárias Políticas públicas saudáveis Ações intersetoriais Interneções específicas (promoção, prevenção e recuperação) Operações sobre problemas e grupos populacionais
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