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[RESUMO] Aula 01 - Modelos Assistenciais em Saúde

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Modelos Assistenciais em Saúde 
SAÚDE PÚBLICA
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MODELOS ASSISTENCIAIS EM SAÚDE
O modelo assistencial diz respeito ao modo como são organizadas, em uma dada 
sociedade, as ações de atenção à saúde, envolvendo os aspectos tecnológicos e 
assistenciais. Ou seja, é uma forma de organização e articulação entre os diversos recursos 
físicos, tecnológicos e humanos disponíveis para enfrentar e resolver os problemas de saúde 
de uma coletividade.
O modelo assistencial não é apenas uma forma de organização, porque há processo de 
trabalho, de relação entre o fazer saúde e a gestão. Não é só uma forma de organização, é 
também uma forma de gestão.
ATENÇÃO
Não é, portanto, uma forma de organização dos serviços de saúde nem tampouco um 
modo de administrar um sistema de saúde.
Lógica de Formação em Rede
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Modelos Assistenciais em Saúde 
SAÚDE PÚBLICA
As ações e serviços de saúde devem se configurar em redes.
Obs.: A eficiência está relacionada à atividade de qualidade com baixo custo.
RELEMBRANDO
A atenção básica trabalha com baixa densidade tecnológica (tecnologia leve do cuidado), o 
nível secundário trabalha com baixa e média densidade tecnológica e o nível terciário com 
alta densidade tecnológica. Quando se utiliza a expertise e equipamentos há tecnologia 
leve-dura. 
Os modelos assistenciais são formas de organização das relações entre sujeitos 
(profissionais e usuários).mediadas por tecnologias (materiais e não materiais), utilizadas no 
processo de trabalho em saúde, cujo propósito é intervir sobre problemas (danos e riscos) e 
necessidades sociais de saúde (PAIM, 2002).
Para se conceber “modelo de atenção” de maneira sistêmica, deve-se articular 03 
dimensões:
Gerencial Organizativa Técnico-Assistencial ou Operativa
Relativa aos mecanis-
mos de condução do 
processo de reorganiza-
ção das ações e serviços 
de saúde.
Estabelecimento de 
relações entre as 
unidades de pres-
tação de serviços, 
levando em conta a 
hierarquização dos 
níveis de complexi-
dade.
Diz respeito às relações 
estabelecidas entre os 
sujeitos das práticas e 
seus objetos de trabalho, 
relações essas, mediadas 
pelo saber e tecnologia em 
vários planos (promoção, 
prevenção, recuperação e 
reabilitação)
COMPONENTES DA ESTRUTURA DO MODELO DE ATENÇÃO DE SAÙDE
5m
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Modelos Assistenciais em Saúde 
SAÚDE PÚBLICA
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MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE NO BRASIL
No Brasil, três modelos convivem historicamente de forma contraditória ou complementar:
 1. Modelo médico hegemônico (é o mais encontrado).
 2. Modelo sanitarista.
 3. Modelo de Vigilância da Saúde (preconizado pelo Ministério da Saúde).
A concomitância de modelos de atenção enriquece as ações, mas também traz fragilidade 
para alguns pontos que precisam ser mudados. A vigilância em saúde tenta se antecipar ao 
problema. O modelo privatista médico hegemônico, que é médico-centrado (não trabalha em 
equipe) e tem como local de cuidado o hospital, destoa de toda a política pública de saúde. 
Características Fundamentais do Modelo Hegemônico
• Individualismo (centrado em um profissional);
• Saúde/doença como mercadoria;
• Ênfase no biologismo: não trabalha com determinantes nem condicionantes;
• A historicidade da prática médica;
• Medicalização dos problemas;
• Privilégio da medicina curativa;
• Estímulo ao consumismo médico;
• Participação passiva e subordinada dos consumidores (Menéndez,1992);
• Tem como foco o doente e a doença;
• Tem como espaço de cuidado o hospital.
Exemplos do Modelo Médico Hegemônico
• Modelo médico assistencial privatista:
 – Voltado apenas para a demanda espontânea;
 – Privilegia a assistência médica individual curativa;
 – Centrado na doença e na assistência médica curativa;
 – Fragmentação da ciência médica.
• Modelo de Atenção Gerenciada (medicina baseada em evidências):
 – Fundamentado na medicina baseada em evidências e na Economia;
 – Tendência de adoção pelos planos privados de saúde;
 – Coexistência contraditória com o modelo assistencial privatista;
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Modelos Assistenciais em Saúde 
SAÚDE PÚBLICA
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 – Relevância dos protocolos clínicos como tecnologias para o controle de custos e 
do trabalho médico;
 – Compatível com a promoção da saúde e prevenção no sentido de baixar custos e 
aumentar lucros.
É necessário trabalhar com a medicina baseada em evidências, mas o ideal é que essa 
medicina se tornasse mais grupal e não centrada no paciente, na doença e na cura.
Características do Modelo Sanitarista
• Intervenção sobre problemas e necessidades de saúde;
• De caráter coletivo;
• Foco nos modos de transmissão e fatores de risco;
• Traços autoritários, organização vertical;
• Investe-se muitos recursos financeiros e humanos para determinada ação, mas não 
tem continuidade;
• Tem como sujeito o sanitarista, cujo trabalho toma por objeto os modos de transmis-
são e fatores de risco de doenças, numa perspectiva epidemiológica;
• A intervenção de saúde está organizada sob a forma de campanhas e programas 
especiais, as campanhas são temporárias, requerem uma grande mobilização de 
recursos e a administração centralizada;
• Os programas especiais de saúde pública têm administração única e vertical organi-
zando suas ações de forma fragmentada sem articulação com outras atividades dos 
serviços levando em conflito na ponta do sistema.
O modelo campanhista é enraizado culturalmente tanto nos profissionais quanto 
na população. Não deveria mais existir campanha de vacina, pois o sistema de saúde é 
organizado para dar conta de ofertar todas as ações e serviços durante o processo de 
trabalho. As campanhas demandam muito recurso material e financeiro para um problema 
só, o qual poderia ser resolvido durante a rotina ou poderia ser evitado com a vigilância em 
saúde. Porém, as campanhas de vacina ainda são necessárias no Brasil, apesar das salas 
de vacinação estarem abertas de segunda a sexta. As campanhas são muito mais culturais 
do que necessárias, pois se houvesse busca ativa e fosse trabalhado de forma rotineira 
nessas situações, não haveria necessidade de demandar campanhas de prevenção, mas 
sensibilização para atentar o indivíduo para o autocuidado. 
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Modelos Assistenciais em Saúde 
SAÚDE PÚBLICA
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Exemplos de Modelos Sanitaristas
• Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs);
• O Programa de Saúde da Família (PSF);
• As campanhas sanitárias; e
• As vigilâncias sanitárias e epidemiológicas, dentre outros.
Obs.: O PACS e o PSF eram sanitaristas quando eram vistos como programas. Atualmente, 
os agentes comunitários de saúde e a saúde da família são estratégia, o que muda 
o foco. O programa é mais vertical e a estratégia é mais continuada.
NOVOS MODELOS TÉCNICO-ASSISTENCIAIS
Em consonância com o projeto da Reforma Sanitária Brasileira, surgiram novos modelos 
de atenção à Saúde no Brasil:
• Modelo em Defesa da Vida;
• Ação Programática ou Programação em Saúde;
• Sistemas Locais de Saúde (SILOS);
• Modelo das Cidades Saudáveis.
Modelo em Defesa da Vida
Fundamenta-se nos seguintes princípios:
• Gestão Democrática;
• Saúde como direito e cidadania;
• Serviço Público de Saúde voltado para a defesa da vida individual e coletiva.
Ações Programáticas em Saúde
Fundamenta-se nos seguintes princípios:
• Atividades eventuais, conforme demanda espontânea;
• Programas definidos por ciclos de vida, doenças especiais ou por importância sanitária, 
como programa da tuberculose, hanseníase,pré-natal, planejamento familiar;
• Definições de objetivos gerais assentados em categorias coletivas; 
• Articulação das atividades por equipes multiprofissionais;20m
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Modelos Assistenciais em Saúde 
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• Gerência das unidades básicas realizadas por médicos sanitaristas, pois o fato de 
ser um profissional da área de saúde coletiva traz uma expertise maior em relação 
às pessoas colocadas para resolver questões administrativas.
Sistemas Locais De Saúde – SILOS
• Caracteriza-se pela formulação chave território-problema.
• O enfoque por problemas pressupõe a interdisciplinaridade, contrapondo-se à ideia 
de fragmentação do saber, presente na abordagem multidisciplinar. Esta diz respeito 
a agrupar pessoas e é diferente de interdisciplinaridade, que vai além do agrupa-
mento de pessoas.
• Por meio da análise da situação de saúde, propõe estratégias de ações para atender 
a demanda epidemiológica e ao mesmo tempo captar os usuários provenientes da 
demanda espontânea.
Cidades Saudáveis
As cidades Saudáveis tem como diretrizes:
• A Saúde como qualidade de vida (conceito ampliado de saúde);
• Políticas Públicas que promovam a saúde;
• Reforço à participação comunitária;
• Desenvolvimento da autorresponsabilidade e corresponsabilidade;
• Reorientação dos serviços de saúde;
• Intersetorialidade como estratégia principal.
ATENÇÃO
O modelo preconizado pelo Ministério da Saúde é o de Vigilância da Saúde. Porém, o mo-
delo hegemônico é o médico privatista.
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Modelos Assistenciais em Saúde 
SAÚDE PÚBLICA
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MODELO DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE
O que é Vigilância da Saúde?
Forma de organização das práticas de saúde que contempla a articulação das ações de 
promoção da saúde, prevenção e controle de riscos, assistência e reabilitação, de modo a se 
desenvolver uma atenção integral.
A Vigilância da Saúde está relacionada aos princípios e diretrizes do SUS, à integralidade 
da assistência, fortalece a promoção da saúde e a prevenção sem deixar para trás a 
assistência, a recuperação e a reabilitação. É observar o que muda no processo saúde-
doença, as condicionantes e determinantes, se antecipar ao problema com ações de 
promoção e prevenção. 
25m
�����������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Natale Oliveira de Souza. A presente degravação tem 
como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não 
recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.

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