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Relato de experiencia com EAD

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
NOME DO ALUNO E RU DO ALUNO – Marcus Vinícius Mesquita de Oliveira 
RU – 785661 
POLO DE APOIO PRESENCIAL – The Best, Centro, Belo Horizonte – MG.
 
 O Eu à Distância
 
 Desde que comecei a ouvir algumas pessoas falarem sobre tecnologia, informática, internet, na década de 80/90, em uma época onde o glamour eram os tapedecks, walkcds (Discman), e Walkmans, os 3em1, a fita cassete e o disco de vinil, (famoso “bolachão” que por sinal considero a melhor qualidade de áudio até hoje), os aparelhos de sons valvulados e a TV analógica (e muitas ainda de tubo) com a antena espinha de peixe, me abriram um novo caminho de busca e afinco pelo conhecimento e utilização dessas ferramentas, que produzia em mim um sentimento de proximidade com o que estava distante. 
 Mesmo antes de ter o primeiro contato com as expressões internet, Network, Educação à Distância, eu já teria conhecido seu “pai”, o Instituto Universal Brasileiro, um dos percussores na modalidade e um dos pioneiros do Ensino a Distância (EaD) no Brasil desde 1939, e estão no mercado de ensino até hoje. Oferecem cursos profissionalizantes em diversas áreas e eu recebia um pacote desses livros e materiais de estudo. Um formato de ensino muito avançado para época. 
E como eu, muitas pessoas também se aproveitaram dessa ferramenta. Os que participavam do sistema educacional da época, da escola tradicional consideravam o método de ensino a distancia á margem da condição de produção de capacitação. E mesmo eu frequentando a escola regular presencial, buscar mais conhecimento, aprendizado e profissionalização, a partir do modelo de correspondência, era notório o ar de desconsideração e preconceito por parte daqueles com quem eu falava sobre minha satisfação de estar utilizando aquela modalidade de ensino. 
Não me importava, mesmo percebendo essa indiferença, não me deixava abater. E focado, ainda busquei outros métodos, que também eram de poucos adeptos ou pouco divulgado, como O Telecurso 2º Grau  que foi criado em 1978, com a parceria entre a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura e a Fundação Roberto Marinho, onde a Rede Globo também exibia os cursos e com o estudo de audiência a emissora, em 1981, passou a exibir o Telecurso 1º Grau (fonte wikipedia.org/wiki/Telecurso). 
 
 [...] Com relação aos meios, um programa de televisão gravado, por exemplo, é altamente estruturado, com virtualmente cada palavra, cada atividade do instrutor, cada minuto do tempo disponível e cada peça de conteúdos predeterminados. Não há diálogo e assim nenhuma possibilidade de reorganizar o programa para levar em conta a contribuição dos alunos. (Moore,1993).
 Eu acordava sempre bem cedo uma hora antes, me arrumava e durante o meu café simples, de pão com manteiga, sem mamão e gelatina, assistia a teleaulas diariamente durante todo o ano. Meu contato com o ensino à distância, se consideramos dentro deste formato, sem a presença em sala de aula, posso dizer “distante”, então pra mim não é novidade. 
É obvio que com o advento da tecnologia e seu aprofundamento, a modalidade tornou-se um aparato extremamente chamativo, agregador e benéfico, mesmo que ainda haja alguns pontos negativos. Segundo o autor, Wedemeyer a 
[...] distância é um fenômeno pedagógico, e não simplesmente uma questão de distância geográfica. Nesse processo, o aspecto mais importante é o efeito que a separação geográfica tem no ensino e na aprendizagem, especialmente na interação entre alunos e professores, sobre a concepção de cursos e sobre a organização dos recursos humanos e tecnológicos (Wedemeyer, 1970. p. 295).
 
A educação à distância surgiu no Brasil pelos idos de 1904. Nesta época era comum que instituições particulares, muitas eram escolas internacionais, dessem cursos por correspondência. Passadas três décadas do surgimento, em 1934, o Instituto Monitor11 começou suas atividades. Já no ano de 1939 foi à vez do Instituto Universal Brasileiro, em São Paulo, iniciar suas atividades. (MARQUES, 2004. p.12) 
Em outras obras que li sobre a teoria do surgimento do modelo EaD, afirmam a consolidação a partir dos anos 70, num movimento dos pesquisadores que atuavam com essa modalidade de ensino. Outros fatores motivaram ainda mais o investimento na criação e melhoria da EaD, fatores econômicos, políticos sociais. “um momento de expansão econômica e de entusiasmo dos governos em relação à educação” (MEDIANO, 1988, p. 46);Michael G. Moore Greg Kearsley
 Até então as poucas instituições que ofertavam essa modalidade o faziam de acordo com a configuração e necessidades locais ou nacionais. Somente em 1972, durante a Conferência Mundial do Conselho Internacional de Educação por Correspondência – ICCE –, que o pesquisador mais importante nesse sentido, Michael Moore propôs uma definição mais objetiva para esse tipo de educação. A partir de então, houve um esforço da comunidade acadêmica em estabelecer uma teoria geral da pedagogia da educação à distância. Na obra Teoria da Distância Transacional de Michael G. Moore,
[...] A primeira tentativa em língua inglesa de definição e articulação de uma teoria da Educação a Distância surgiu em 1972. Mais tarde foi denominada de "teoria da distância transacional". Nesta primeira teoria afirmava-se que Educação a Distância não é uma simples separação geográfica entre alunos e professores, mas sim, e mais importante, um conceito pedagógico. É um conceito que descreve o universo de relações professor-aluno que se dão quando alunos e instrutores estão separados no espaço e/ou no tempo. (Dewey e Bentley 1949).
 Continuando minha caminhada “escolarizadora”, equilibrando a escola presencial e à distância, ainda teria muitas outras experiências com a EaD. 
 Uma coisa é certa, em qualquer instituição EaD, mesmo que haja toda uma estrutura bem elaborada e um projeto pedagógico estruturado, o sucesso do aprendizado do aluno, não está totalmente em suas mãos. Fatores externos ligados ao modo de compreensão, em relação ao modelo de ensino faz grande diferença no resultado final para a avaliação, tanto das notas, aprendizado, competência e aceitação dessa modalidade. Digo isso devido, o juízo que eu sempre tive da EaD, de que ela poderia encurtar meus passos ao longo de minha vida estudantil. Além de a meu ver, acelerar e facilitar a minha aquisição de títulos e abrir mais portas para o mercado profissional. Naturalmente fui me adequando e moldando minha rotina de estudo diante à proposta de ensino à distancia. Continuei buscando alternativas e aprendendo a me relacionar com essa modalidade de ensino, que com a expansão da internet e sua popularização, futuramente ficaria muito mais popular e acessível. 
 Segundo o autor, Wedemeyer (em 1971) tentou “[...] definir o aluno independente como uma pessoa não apenas independente no espaço e no tempo, mas também potencialmente independente no controle e no direcionamento do aprendizado” (p. 294).
 Mesmo dentro da escola presencial, minha disciplina nas atividades dos cursos por correspondência, multimídia, teleaprendizagem sempre foram muitos harmoniosos. Minhas rotinas de estudo e meu gosto pelo estudo e a capacitação à distancia se tornava ainda mais sólida e inquestionável. Quero atentar para um detalhe, que mesmo parecendo que os modelos de ensino que acabo de citar anteriormente surgiram na década de 60, grande parte deles está atuando no mercado até hoje. (... Não fique pensando que sou um homem de Neandertal, ou irmão de Moises e amigo de infância de Matusalém...). Os Cd roms e as fitas de videocassete eram “TOP”, e não é que aprendi até tocar instrumento com as vídeo-aulas, material caroe tinha o esquema entre amigos, de trocar fitas de um mesmo conteúdo estudado para aprender algo novo ou de outro ponto de vista. Desta forma o estudo ficava amplo e se tornava mais barato.
 O advento da internet no fim dos anos 80 e sua popularização a partir do meio dos anos 90, a EaD, começam a dar passos mais abrangentes, muitos estudos e teorias que vinham surgindo fortaleceram ainda mais a modalidade. Outro ponto muito positivo a favor do grande crescimento do ensino à distancia, em minha opinião, foi a abertura de mais oportunidades de empregos que surgiram durante os anos 90 até os dias atuais. 
Com a mudança no quadro político brasileiro, a baixa quantidade de profissionais capacitados, o alto índice dos sem formação de nível médio e superior e o surgimento de vagas de emprego, muitos começaram a buscar soluções para acelerar o processo de ingresso no mercado de trabalho. 
 A população então começa a enxergar uma ótima vantagem na modalidade EaD. De uma forma geral, dentro do processo de ensino à distancia, existem pontos muito positivos para a população, os pontos negativo são quase todos de ordem pessoais, por isso em meu relato de experiência, não quero me ater aos princípios de caráter positivos e negativos em relação á cada modalidade de ensino.(...Tem um tipo de dente para cada tipo de boca...).
 A internet tornou-se acessível para mim finalmente. Agora eu já não fazia parte do grupo do “vai pra Lan house”, com muito sacrifício comprei meu primeiro computador, configurações básicas, porém, capaz de suportar uma internet, se bem que no inicio da liberação dos provedores se ter uma internet, ainda eram caras, mas já abriria outra grande porta de aproximação para tudo dentro do mundo digital. 
 Para mm já não havia e nem há o que questionar na EaD, pela experiência que adquiri com essa modalidade de ensino desde seus primórdios. A questão era a diferença de metodologia entre uma e outra instituição, “O sucesso do ensino a distância depende da criação, por parte da instituição e do instrutor, de oportunidades adequadas para o diálogo entre professor e aluno, bem como de materiais didáticos adequadamente estruturados”. (Moore,M. 1972) Dentre os pontos positivos que sempre foram um diferencial para minha escolha pela modalidade EAD, são as possibilidades de gerenciamento do tempo de estudo, a conciliação com lazer, trabalho e outras obrigações. Ingresso mais democrático e menos burocrático. A variedade de cursos e possibilidades com preço mais favorável uma renda média familiar.
 As tecnologias da informação, de comunicação, de educação que permitiram e permitam com que eu realize esta modalidade de ensino, são meu computador e celular. Aliás, em 40% do meu dia eu trabalho diretamente com algum recurso tecnológico, e em outros cursos tiveram de utilizar câmeras fotográficas, filmadoras, mesas de edição de imagens, áudio e vídeo. Esse talvez seja o maior e mais apavorante desafio para ex-estudantes da década de 70 e 80 a voltarem a estudar utilizando a modalidade e-learning. Muitos sentem uma enorme dificuldade em manusear e operar aparelhos e ferramentas da área de informática. Um passo importante para o melhor rendimento do aluno de EaD é possuir conhecimento de informática, mas isso não quer dizer que, se ele não souber nada, não possa ingressar nessa modalidade, terá mais dificuldades, mas com um pouco mais de paciência e tempo irá aprender o necessário para realizar suas atividades. Minha facilidade com a informática e meu interesse pela tecnologia acabaram me favorecendo desde sempre. O contato coma tecnologia não foi uma barreira para mim. Ainda sou do tempo da maquina de escrever, do mimeógrafo, da transparência e essas maquinas eram muito avançadas e sempre me despertaram interesse de conhecer e manusear. E hoje as coisas são muito mais rápidas, antes que eu aprenda a operar um telefone, já lançam no mercado outro, com novas ferramentas, é uma facilidade engolindo a outra. E gostar disso tudo me ajuda na relação de uso do e-learning. 
 São muitas as características necessárias para o bom desenvolvimento e adaptação de um aluno de EaD. O bom relacionamento e facilidade para aprender informática, ter disciplina com tempo, e responsabilidade com o acompanhamento diário das disciplinas e a agenda da instituição. Ser organizado e focado. Apesar de ser ema modalidade à distancia, e passar a ideia de mais fácil, só pelo fato de não ter presença diária na instituição, ela exige que você determine horários e tempo diários para o estudo. 
Minhas expectativas em relação á EaD sempre foram as melhores possíveis, por isso sempre que tenho um interesse em fazer algum curso ou espécie de qualificação, primeiramente eu pesquiso na modalidade à distancia. Preço, metodologias, instituições e etc. 
 A meu ver, é uma tendência em constante crescimento e melhoria. A cada dia as instituições estão investindo ainda mais em sua estrutura, em suas plataformas. Isso é o reflexo do interesse cada vez maior pela comunidade estudante pela modalidade. Como disse no inicio deste texto, existem os problemas e um deles sempre foi o “feedback”. O maior problema que sempre enfrentei, foi o retorno de duvidas, informações e questionamentos de varias ordens. Mas esse problema que pode ser prejudicial, principalmente quando se tratam de dúvidas sobre atividades, provas, exercícios ou exames, porque causa um atraso e desacelera o processo de continuidade de interação do aluno/instituição e com o seu andamento com as disciplinas e suas obrigações dentro do seu tempo pré- determinado. Só para deixar ainda mais claro sou um adepto e favorável à modalidade EaD.
Referências
BOYD, R. A. (1966) Psychological Definition of Adult Education,( Definição Psicológica da Educação de adultos) Adult Leadership 13, November, 160-81.
 _______ Apps, J.W. and Associates (1980) Redefining the Discipline of Adult Education (Redefinindo a Disciplina da Educação de Adultos), San Francisco: Jossey-Bass. Dewey,J. and Bentley,A.F. (1949) Knowing and the Known, Boston: Beacon Press.
MEDIANO, Catalina Marínez. Los sistemas de Educación Superior a
Distancia. La practica tutorial en la UNED. Madrid: UNED, 1988.
MARQUES, C. Ensino a distância começou com cartas e agricultores. Folha Online. 29/09/204. Disponível em: Acesso em: 22 set. 2014.

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