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A educação a distância e seu público
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A educação a distância e seu público • 2/11
Objetivos de Aprendizagem
• Conceituar educação a distância.
• Conhecer a nomenclatura da EaD no mundo.
• Descrever o público da EaD.
A educação a distância e seu público
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
A educação a distância e seu público • 3/11
Introdução 
Sabemos que estamos vivenciando um novo contexto na educação. Não faz tanto 
tempo que nos deparamos, quase que exclusivamente, com uma modalidade de 
estudo apenas, a presencial. Até já tínhamos algumas possibilidades de ensino a 
distância, porém pensava-se nela apenas diante da impossibilidade de estudar de 
forma presencial. No entanto, com a explosão das diferentes tecnologias, com o avanço 
na capacidade do acesso à internet, e com a redução dos preços das ferramentas 
tecnológicas como smartphones, tablets e computadores (inclusive os móveis), dentre 
outras, ocorreu uma mudança muito significativa na forma de viver e de fazer educação.
Nessa ‘nova educação’, que está inserida nos ambientes web, conseguimos reunir 
diversas possibilidades de comunicação, de colaboração, de compartilhamento de 
informações e de interatividade globalizada como nunca se vivenciou antes.
Obviamente ainda há muita relutância, muita resistência à mudança e muitas 
dificuldades para a entrada definitiva e plena nessa forma de ensino e aprendizagem, 
ora pela falta de preparo e/ou de recursos e medo dos docentes, ora pela dificuldade, 
pela falta de recursos ou ainda por uma necessidade que o aluno tem de contar com 
a presença e explicações do seu professor, daquele personagem que ele encontra 
na escola quando está em sala de aula presencial, e o fato de não estar nesse local o 
deixa inseguro.
Cada vez mais é necessário que o estudante da modalidade EaD se aproprie de 
seu processo de aprendizagem, que aprenda a organizar seu tempo, a planejar seu 
estudo e a controlar as suas necessidades, mas ainda fica evidente que ele não está 
preparado 100% para isso. Ele ainda não compreendeu, verdadeiramente, o grau de 
responsabilidade que tem no estudo a distância.
Mesmo quando o aluno está inserido nessa modalidade, percebe-se que se sente 
perdido quando não tem o suporte constante do professor. A maior parte dos 
estudantes EaD ainda não compreende que a modalidade a distância não é uma 
forma diferente de ensino presencial (como foi o ensino remoto emergencial inserido 
no período de pandemia), mas sim uma modalidade completamente diferente, na 
qual ele é o protagonista absoluto do seu aprendizado.
A educação a distância e seu público • 4/11
Então, faço um convite, para que venha comigo nesta caminhada, para compreendermos, 
de fato, em que consiste a educação a distância, e como se dá o seu planejamento, 
estrutura e organização, e qual o papel dos estudantes, dos professores e da gestão 
institucional nessa modalidade. (Guarezi & Matos, 2012)
Conceito de ensino a distância
Para entendermos melhor em que consiste o ensino a distância, precisamos estudar 
o que os pesquisadores vêm dizendo ao longo do tempo. Também precisamos 
conhecer quais são as caraterísticas inerentes e as perspectivas futuras. Comecemos, 
então, fazendo um passeio pelas diversas conceituações que foram sendo abordadas 
com o passar dos anos.
Vejamos se houve alguma mudança sobre o que se pensava no início e o que se pensa 
e se entende atualmente sobre a EaD e se esse conceito ainda está evoluindo.
Evidentemente nem sempre todos os autores concordam com o conceito desenvolvido 
sobre a educação a distância. Alguns concordam, porém outros divergem em alguns 
aspectos, apresentando sua definição conforme suas linhas de pesquisa.
Um primeiro paradigma traz a educação a distância com foco do Poder Público, 
caracterizando-a como um tipo de ensino no qual a mediação do processo de ensino 
e aprendizagem ocorre por meio de tecnologias de informação e comunicação (TIC), 
com alunos e professores desenvolvendo suas atividades em espaços e tempos 
diferentes. (Decreto nº 5.622, 2005 como citado em Sousa, 2015)
Um outro paradigma define a educação a distância como uma modalidade baseada em 
procedimentos que permitem que o ensino e a aprendizagem ocorram mesmo sem o 
contato face a face entre professores e estudantes, possibilitando uma aprendizagem 
individualizada. (Belloni, 2008 como citado em Sousa, 2015)
Há um terceiro paradigma, que está baseado no contexto direto do ensino, que 
conceitua a educação a distância como um processo que é dinâmico e interativo, 
que utiliza materiais impressos, preparados especialmente para o ensino individual 
e a distância e recursos das TICs que possibilitam o processo de ensino, pesquisa e 
aprendizado. (UNIUBE, como citado em Sousa, 2015)
A educação a distância e seu público • 5/11
Maia e Mattar (2007) conceituam a educação a distância como um tipo de educação 
no qual existe uma separação entre professores e estudantes no tempo e no espaço, 
e que é planejada por instituições de ensino que usam diversas tecnologias de 
comunicação. 
Eles explicam que nesse método o ensino não deve ocorrer apenas em sala de aula. 
Deve-se empregar atividades síncronas, nas quais alunos e docentes se conectam e 
interagem em determinada data e horário (como no caso dos chats e videoconferências), 
e atividades assíncronas, nas quais os estudantes escolhem o momento e o tempo 
mais oportuno para estudar (como nos fóruns).
Com relação ao uso das TICs, os autores comentam que o ensino a distância aposta em 
mídias que perpassam o mero uso das tecnologias tradicionais como a lousa e o giz, 
propiciando o uso de vários outros suportes como o telefone, o rádio, o vídeo, o áudio, 
a televisão, o e-mail, as redes sociais, as tecnologias interativas de telecomunicações, 
os grupos de discussão digital, dentre outros. (Maia & Mattar, 2007)
Saiba Mais
Se quiser conhecer um pouco mais sobre o conceito da educação a 
distância no Brasil e no mundo leia os seguintes textos e aprenda mais.
1. Alves, L.. (2011). Associação Brasileira de Educação a Distância. 
Disponível em http://seer.abed.net.br/index.php/RBAAD/article/
view/235. Acessado em 10 de dezembro de 2022.
2. Valente, J. A.; Moran, J. Manuel; & Arantes, V. A.. (2011). Educação 
a distância: pontos e contrapontos. Disponível em https://www.
google.com.br/books/edition/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%
C3%A2ncia/5HymAgAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=Educa%C
3%A7%C3%A3o+a+dist%C3%A2ncia+Por+Jos%C3%A9+Manue
l+Moran,+Jos%C3%A9+Armando+Valente&printsec=frontcover 
Acessado em 10 de dezembro de 2022.
A educação a distância e seu público • 6/11
Para Chaves (1999, como citado em Guarezi & Matos, 2012) o ensino a distância é 
aquele que ocorre quando ensinante e aprendente não estão juntos no mesmo tempo 
e espaço, e essa separação é superada por meio do uso de TICs e da transmissão de 
dados, de voz e de imagens.
Por sua vez Aretio (1994, como citado em Guarezi & Matos, 2012) afirma que é um 
sistema de comunicação bidirecional, que vem substituindo a interação pessoal que 
ocorre em sala de aula (física), entre docente e discente, e que se dá como meio 
preferencial de ensino, pela ação conjunta de diversos recursos didáticos digitais e com 
o apoio de um tutor, visando desenvolver a aprendizagem autônoma dos estudantes.
Em resumo, percebe-se que todos os conceitos apresentados mantêm em comum 
a separação física entre o docente e o estudante e a existência de tecnologias de 
informação e comunicação que propiciam que a aprendizagem aconteça.
Com o passar do tempo, o conceito evoluiu porque os processos de comunicação 
evoluíram, assim como inseriu-se a importância da interação entre professores e 
alunos, alunos e alunos, além dainteração aluno-material.
A educação a distância e seu público • 7/11
Nomenclatura da EaD no mundo
Há que se pensar também que os diversos países foram denominando a educação 
a distância de diferentes formas. No Reino Unido, é chamada de educação por 
correspondência; nos Estados Unidos, estudo em casa ou estudo independente; 
na Austrália, estudos externos; na França, é conhecida como telensino ou ensino a 
distância, como no Brasil; na Alemanha, estudo ou ensino a distância também, na 
Espanha, educação a distância, em Portugal, teleducação, dentre outras nomenclaturas. 
(Maia & Mattar, 2007)
Autonomia x interação 
Precisamos lembrar sempre que na educação a distância o aluno precisa ser 
independente, afinal, não é uma outra forma de ensinar presencialmente, mas uma 
modalidade bastante diferente da tradicional. 
O aluno não fica limitado a um tempo e a um espaço, aprendendo sozinho, de 
maneira privada na maior parte do tempo. É uma escolha feita pelo estudante e não 
uma obrigação, como ocorreu no período da pandemia da Covid-19 durante o qual 
alunos e professores tiveram que adequar o ensino presencial para o ensino remoto, 
com o principal objetivo de não parar a educação durante a crise sanitária mundial.
No ensino a distância, existe uma interação entre o estudante e o material didático 
e entre o estudante e o autor daquele material, como uma conversa didática guiada 
(guided didactic conversation), conforme afirma o alemão Börje Homberg, aliás, 
os materiais produzidos para esse tipo de ensino procuram espelhar, de fato, essa 
conversa entre o autor e o leitor.
Hoje em dia, é possível ensinar face a face mesmo a distância, porque é viável criar 
momentos síncronos de interação direta, porém eles não são a maioria, porque senão 
iriam contra a própria ideia de ensino a distância, que não limita ou determina o 
horário de estudo do aluno. Ele é livre para controlar o seu tempo e escolher os seus 
períodos de estudo.
Portanto, a interação entre alunos e professores não é considerada como uma 
condição necessária para que o ensino a distância ocorra, visto limitar a autonomia e 
independência do aluno. (Maia & Mattar, 2007)
A educação a distância e seu público • 8/11
E o público?
Maia e Mattar (2007) comentam que o público que pode ter acesso ao ensino a 
distância é ilimitado, visto as limitações terem a ver apenas (e geralmente) com 
questões tecnológicas, como ter uma boa conexão de internet e uma boa ferramenta 
para poder acessar os conteúdos e interagir.
Não é mais uma limitação geográfica ou financeira, visto o aluno poder estar em 
qualquer lugar do mundo e também pelo fato de, ao não precisar despender todos 
os custos inerentes a uma instituição com toda a estrutura física necessária para o 
ensino presencial, poder oferecer valores mais acessíveis. 
Vale ressaltar que também não exclui aquelas pessoas que apresentam algum tipo 
de limitação física, por deficiência. E ainda inclui pessoas que moram em lugares 
mais isolados, assim como pessoas que têm limitações de horários em função de suas 
atividades profissionais.
Em Resumo
Ao longo desta aula, conhecemos um pouco sobre o conceito da educação a distância. 
Aprendemos que boa parte dos autores concorda que é um estilo de aprendizagem 
no qual professores e alunos não estão ao mesmo tempo e no mesmo local ensinando 
e aprendendo, e que os alunos são os responsáveis diretos por seu processo de 
aprendizagem, desenvolvendo uma atitude ativa e autônoma, compreendendo que 
a aquisição de conhecimento depende dele, com o suporte de um tutor, e por meio 
do material didático oferecido pela instituição. Vimos ainda que os diversos países do 
mundo dão nomes diferentes para o ensino a distância e que essa metodologia de 
ensino extrapola fronteiras e insere um público ilimitado.
A educação a distância e seu público • 9/11
Na ponta da língua
A educação a distância e seu público • 10/11
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
Sousa, Jaqueline Andréa Furtado de. (2015). O planejamento de estudo na educação 
a distância como prática discente no combate ao insucesso das avaliações acadêmicas. 
Um estudo de caso. [livro eletrônico] São Paulo:Blucher
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
Características e Perspectivas da EaD
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Características e Perspectivas da EaD • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Características do ensino a distância.
Características e Perspectivas da EaD
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
Características e Perspectivas da EaD • 3/12
Introdução 
Está cada vez mais evidente o crescimento explosivo do ensino a distância no mundo. 
O número de alunos matriculados cresce exponencialmente, assim como o número de 
instituições de ensino que oferece essa modalidade de estudo, a variedade de cursos 
e disciplinas oferecidos, o número de professores que se oferecem e se capacitam 
para desenvolver conteúdos e ministrar aulas on-line, como também cresce o número 
de empresas preparadas para prestar serviços e oferecer insumos para esse mercado, 
isso sem contar nas tecnologias disponíveis para que o ensino a distância possa ocorrer 
efetivamente.
Isso está muito claro. Ainda é possível dizer que nenhuma outra novidade moderna 
causou um impacto tão profundo na história da educação como o desenvolvimento 
da educação a distância, especialmente a educação on-line.
Temos, portanto, um número cada vez mais crescente de pessoas envolvidas nesse 
processo, assumindo as mais diferentes funções, como professores, tutores, estudantes, 
conteudistas, designers instrucionais, web designers, pedagogos, gestores, curadores, 
dentre outras.
Porém, apesar desse boom, os recursos humanos não estão se desenvolvendo e 
capacitando na mesma velocidade, ao contrário, os diferentes atores da educação 
a distância ainda não entendem completamente os seus papéis, direitos, deveres e 
responsabilidades. 
Professores, tutores e autores acabam não sendo preparados, de forma adequada, 
para assumir sua função pedagógica. 
Os aprendentes desconhecem seus novos papéis e responsabilidades, pois não 
estão acostumados a participar ativa e independentemente de seu processo de 
aprendizagem, sempre esperando o posicionamento do professor para dizer-lhe o 
quê e como deve fazer a sua parte. São personagens que não conseguem dar uma 
resposta efetiva quando lhes exigem disciplina e autogerenciamento de sua própria 
aprendizagem.
Os produtores de conteúdo (conteudistas) continuam mais presos ao assunto que 
precisam desenvolver do que à aprendizagem e ao design instrucional.
Características e Perspectivas da EaD • 4/12
Os pedagogos não estão conseguindo acompanhar a evolução e o surgimento de tantas 
tecnologias educacionais, e os tecnólogos ignoram e detestam pedagogia, andragogia 
(que é a educação dos adultos) e heutagogia (processo no qual o estudante é o único 
responsável pela aprendizagem), desconhecendo seus significados, inclusive. (Maia 
& Mattar, 2007)
Torna-se importante, então, entendermos um pouco mais sobre as características e 
perspectivas da educação a distância. Vamos a elas.
Características da EaD
Vamos conversar sobre o ensino a distância, com relação à autonomia necessária 
aos estudantes, à comunicação e ao processo tecnológico. Vamos começar com os 
aspectos voltados para a autonomia.Autonomia
Em se tratando de autonomia, está evidente que ela se destaca em diferentes 
momentos do estudo a distância. Ao definir qual o melhor horário para estudar, o 
estudante determina, conforme a sua necessidade, qual o período ideal para separar 
um tempo destinado para sua aprendizagem, assim como ao definir qual o melhor 
local, ele identifica um ambiente agradável ou viável para focar nos ensinamentos que 
serão passados, e ao estudar de acordo com o seu ritmo e seu estilo, ele determina a 
forma ideal para seu aprendizado. Isso tem a ver com a autonomia que o estudante 
desenvolve ao optar pela modalidade a distância.
Um outro ponto que deve ser ressaltado diz respeito ao planejamento e gerenciamento 
de seu aprendizado, visto que é ele o responsável por organizar a forma como 
estruturará o seu estudo. Esse aprendizado depende muito mais do aluno do que da 
intervenção do tutor.
A autonomia e independência do aprendente são importantes características do 
ensino a distância, visto que estão capacitados para decidirem o que querem aprender, 
em qual momento e ritmo. 
Características e Perspectivas da EaD • 5/12
1. Público-alvo com predomínio do adulto
Sabe-se que na maior parte do público que escolhe (porque essa metodologia 
tem muito mais a ver com uma escolha do estudante do que com a obrigatoriedade 
de estudo) estudar a distância é de adultos, com idade, geralmente, entre 20 e 
30 anos, não se limitando aos 30 anos de idade.
Sendo assim, os princípios da andragogia são muito relevantes nas práticas 
pedagógicas da EaD.
2. Autoaprendizagem
Uma das características marcantes da EaD é criar e oferecer materiais didáticos 
especialmente elaborados para essa modalidade de ensino. São materiais que 
facilitam a mediatização dos saberes, propiciando a autoaprendizagem.
São materiais elaborados por pessoas especialistas, e são preparados por equipes 
multidisciplinares e transdisciplinares (como veremos mais adiante) que inserem 
as técnicas mais adequadas para a auto instrução. Nesse sentido, o centro do 
processo de ensino passa a ser o aluno. (Guarezi & Matos, 2012)
Saiba Mais
Para conhecer um pouco mais sobre as características da educação a 
distância leia os seguintes artigos sobre o assunto.
1. Almeida, M. E. B de; Iannone, L. R.; & Silva, M. da G. M. da. (2012). 
Educação a Distância: oferta, características e tendências dos cursos 
de Licenciatura em Pedagogia. Disponível em https://www.usfx.
bo/nueva/vicerrectorado/citas/SOCIALES_8/Pedagogia/11.pdf. 
Acessado em 20 de dezembro de 2022.
2. Costa, V. M. F.; Schaurich, A.; Stefanan A.; Sales, E.; & Richter A. 
(2014). Educação a distância x educação presencial: como os 
alunos percebem as diferentes características. Disponível em 
http://esud2014.nute.ufsc.br/anais-esud2014/files/pdf/126878.
pdf Acessado em 20 de dezembro de 2022.
Características e Perspectivas da EaD • 6/12
Aspectos da comunicação
1. Processo de comunicação
Sem sombra de dúvidas, o processo de comunicação é uma característica inerente 
à EaD, visto que a comunicação é sempre mediatizada e ocorre ora de forma 
síncrona, ora de forma assíncrona.
Sabe-se que, nessa modalidade, professor e aluno não se encontram 
presencialmente, e portanto, é necessário o uso de meios que propiciem a 
comunicação entre eles de forma eficiente. Esses meios podem ser síncronos 
como os chats, as webconferências, as audioconferências e o telefone, e também 
assíncronos como por meios postais, correspondência eletrônica e os fóruns.
Características e Perspectivas da EaD • 7/12
2. Dispersão geográfica
Normalmente as turmas do ensino a distância são organizadas com alunos de 
diferentes lugares, visto que não se limitam a determinado espaço físico. Em um 
mesmo curso, é possível ter alunos de diversos municípios de um estado, de 
diversos estados de um país, e de diversos países do mundo, reunidos em um 
mesmo grupo, que irão interagir e multiplicar aspectos culturais diferenciados, 
aprendendo individual e coletivamente.
3. Flexibilização
Também é necessário enfatizar que o ensino a distância apresente flexibilidade de 
acesso, de horário, de lugar, de ritmo, que possibilitam ao estudante começar seus 
estudos e parar, caso ocorra algo que lhe tire a concentração ou sua prioridade. 
Dessa forma, cabe a ele estipular tudo no seu processo de aprendizagem, 
conforme suas necessidades.
4. Larga escala
Uma vez completamente preparado e adequadamente destinado, as instituições 
de ensino podem oferecer o curso para um grande número de alunos, o que faz 
com que seja economicamente conveniente e interessante, no entanto, precisa 
estar realmente bem estruturado para conseguir atender ao seu público de 
forma efetiva. (Guarezi & Matos, 2012)
Aspectos do processo tecnológico
1. Mediatização
O fato de estudantes e professores não estarem face a face, faz com que a 
mediatização de conhecimentos seja necessária, portanto diversas tecnologias 
são utilizadas, e elas podem reunir em apenas um meio de comunicação as 
vantagens das diferentes maneiras de comunicar, de forma mais interativa, com 
menos custos e com a possibilidade do auto-descobrimento. 
Características e Perspectivas da EaD • 8/12
2. Custos menores
Quando o ensino a distância é oferecido em larga escala, apresenta menores 
custos para as instituições que o oferecem, mas também para os alunos. Isso sem 
contar que para o aluno inexiste o custo com deslocamento, o que causa uma 
diminuição a mais nesse gasto, além do tempo do deslocamento que também 
termina contando como custo, porque é um tempo que o estudante pode usar 
para fazer outras coisas.
Vale relembrar, no entanto, que a instituição precisa elaborar material didático 
específico para esse fim, e essa criação é mais cara, porque precisa ser um material 
adequado, que exige uma equipe multi ou transdisciplinar, que envolve professor 
conteudista, designer pedagógico e a equipe de produção. (Guarezi & Matos, 2012)
E o estudante precisa contar com dispositivos que funcionem de forma adequada 
e com uma boa internet, o que pode causar um aumento de gastos para a aquisição 
desses recursos.
E o que essas características representam?
Essas características mostram claramente que o ensino a distância precisa de um novo 
espaço de aprendizagem para os estudantes, visto que ele acontece em situações 
que não são convencionais porque ocorrem em tempo e espaço diferentes.
Portanto, é preciso reforçar que usar metodologias do ensino presencial convencional 
e seus recursos sem fazer previamente uma readequação para o ensino a distância 
é ir contra as características dessa modalidade. Não podemos esquecer disso. (Guarezi 
& Matos, 2012)
Características e Perspectivas da EaD • 9/12
Em Resumo
Pudemos conhecer melhor sobre as características inerentes ao ensino a distância. Sob a 
ótica da autonomia, analisamos o público alvo e a autoaprendizagem. Sob o ponto de 
vista da comunicação, analisamos o processo de comunicação, a dispersão geográfica, 
a flexibilização e a larga escala, e sob a perspectiva da tecnologia, analisamos a 
mediatização e os menores custos, e finalmente enfatizamos que usar as metodologias 
do ensino presencial, bem como seus recursos sem fazer uma adaptação para a EaD é ir 
contra a estrutura e base do ensino a distância, de fato. Precisamos estar atentos a isso.
Características e Perspectivas da EaD • 10/12
Na ponta da língua
Características e Perspectivas da EaD • 11/12
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
Contextualização e histórico do ensinoa 
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Contextualização e histórico do ensino a distância • 2/11
Objetivos de Aprendizagem
• Contextualizar a passagem do ensino da sala de aula para o ciberespaço.
• Conhecer o histórico da EaD no mundo.
Contextualização e histórico do ensino a distância
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
Contextualização e histórico do ensino a distância • 3/11
Introdução 
Podemos dizer que a escola presencial é polifônica, visto que os sons se propagam 
por todos os ambientes. Alunos, professores e gestores se espalham pelas salas de 
aulas e pelos corredores e os sons ecoam. Os corpos se movimentam em constante 
dispersão. Misturam-se os barulhos dos pés circulando e dos gritos nos momentos de 
recreio e de competições nas quadras poliesportivas. Há momentos inesquecíveis de 
recuperação, festas, formaturas e férias.
Pode-se dizer que o espaço da escola é mágico, no qual se realiza o milagre e 
aprender a cada instante, de transformar o pensamento racional em sentimentos e 
de sentir saudades.
O espaço condiciona a proposta de ensino e de pesquisa que será desenvolvida. A 
existência de lugares por onde as pessoas circulam, as cores das paredes, a distribuição 
dos ambientes dentro do espaço físico, projetam-se no estímulo de lá estar e na 
qualidade do ensino.
A disposição e o uso dos móveis e equipamentos determinam a ação pedagógica a 
ser realizada. A biblioteca, as salas de aula, os auditórios, as quadras esportivas, os 
pátios, os jardins comunicam visualmente a filosofia da escola.
Claro que conseguiu perceber que este foi um relato do ambiente escolar presencial 
e tudo que ele representa para uma sociedade mais tradicional, acostumada ao calor 
de estar com outras pessoas nesse importante local de estudo.
Por outro lado, a escola virtual é aquela que está na tela do computador ou outra 
ferramenta digital de comunicação. É fluida e mutante, representando um novo 
tempo, uma nova realidade, novas necessidades em uma sociedade mais global e 
conectada.
As escolas nas redes apagam as distâncias e reúnem pessoas em lugares não-assinaláveis. 
É o local onde se compartilham mensagens, fomentando a disseminação de saberes. É 
um ambiente que se estrutura baseado no estímulo à realização de tarefas colaborativas 
para que o aluno não se sinta só, apenas dialogando com máquinas ou com um tutor-
mediador, também virtual.
Contextualização e histórico do ensino a distância • 4/11
Ao contrário, é um espaço no qual se constroem novas formas de comunicação, 
estruturando um ambiente on-line, onde alunos e professores dialogam 
permanentemente, a qualquer tempo ( já seja em momentos síncronos ou assíncronos), 
mediados pelo conhecimento.
As escolas virtuais propiciam o encontro no ciberespaço, sem lugar ou tempo 
definidos, reunindo pessoas de diferentes lugares e perfis que se inserem em uma 
inteligência coletiva, representando uma nova forma de cultura e de linguagem, de 
trocas de informações e de interações, características do momento atual da sociedade. 
(Kenski, 2015)
Da sala de aula ao ciberespaço
Essa breve introdução procurou trazer para esta aula um pouco sobre a passagem de 
uma sala de aula presencial para uma virtual, e vale ressaltar que essa transição não 
é nada fácil.
Mudar de uma sala de aula na qual alunos e professores encontram-se face a face 
para os ambientes virtuais requer aprender uma nova linguagem comunicacional, 
visto que muitas vezes o aluno encontra-se sozinho. Em geral, não é possível ver as 
expressões faciais e ouvir a fala dos demais, portanto, um dos grandes desafios das 
escolas virtuais é criar ambientes de ensino interessantes e estimulantes, partindo de 
programas e processos, quase que exclusivamente textuais.
Portanto, é importante tentar criar a sensação de ‘presença sincrônica’, em um espaço 
em que geralmente os alunos não estão reunidos no mesmo momento. Torna-se, então, 
relevante que os estudantes possam se apresentar, mostrar suas personalidades, seus 
interesses, estabelecendo relações mesmo não estando fisicamente próximos.
Para tanto podem-se criar páginas pessoais, com convites para que os colegas e 
professores as visitem, ação que com certeza facilitará a ‘aproximação’ virtual da turma. 
O espaço virtual não apaga o presencial, mas o amplia, visto que as diversas 
instituições e os diferentes cursos podem alcançar todos os níveis de ensino e todas 
as idades, sendo oferecido para estudantes de qualquer lugar do mundo (por meio 
das redes), criando novas dimensões, novas possibilidades de comunicação e novas 
oportunidades de formar cidadãos que habitam múltiplos espaços escolares e que 
apresentam múltiplas linguagens. (Kenski, 2015)
Contextualização e histórico do ensino a distância • 5/11
Saiba Mais
Para conhecer mais sobre as primeiras gerações do ensino a distância 
leia os seguintes textos.
1. 1- Gomes, M. J.. (2003). Gerações de inovação tecnológica no 
ensino a distância. Revista Portuguesa de Educação, 16(1), pp. 
137-156. Disponível em https://repositorium.sdum.uminho.pt/
bitstream/1822/496/1/MariaJoaoGomes.pdf Acessado em 10 de 
dezembro de 2022. 
2. 2- Faria, A. A.; & Salvadori, A. (2010). A educação a distância e seu 
movimento histórico no Brasil. Revista das Faculdades Santa Cruz, 
v. 8, n. 1, janeiro/junho. Disponível em https://unisantacruz.edu.
br/v4/download/revista-academica/14/08-educacao-a-distancia-
e-seu-movimento-historico-no-brasil.pdf Acessado em 10 de 
dezembro de 2022.
Contextualização e histórico do ensino a distância • 6/11
Histórico da EaD no mundo
Apesar de vários autores defenderem que a educação a distância é uma ideia 
moderna, o fato é que ela já possui uma longa trajetória, remontando à época em 
que teve origem a escrita. Nas sociedades orais, antes da escrita, a comunicação, sem 
dúvida era presencial, visto que emissor e receptor precisavam estar no mesmo local, 
no mesmo momento.
Com o advento da escrita, a comunicação passa a acontecer mesmo sem que as pessoas 
estejam presentes no mesmo momento e espaço. Maia e Mattar (2007) relembram 
que as primeiras manifestações escritas foram os desenhos, geralmente realizados nas 
pedras, que tentavam imitar objetos. Os homens das cavernas, ao desenhar nas paredes 
de pedras, de alguma forma já estavam realizando uma espécie de comunicação a 
distância, de modo muito incipiente.
Alguns autores consideram como exemplos antigos de educação a distância as cartas 
de Platão e as Epístolas de São Paulo, e outros defendem que a EaD foi possível apenas 
no século XV, quando da invenção da imprensa.
Mas, por que se defendem esses momentos como originários da educação a distância? 
Porque a escrita permitia que pessoas separadas no tempo e espaço pudessem se 
comunicar e documentar informações. 
Com o advento da imprensa, esse processo viu-se ampliado, porque permitiu que 
ideias fossem compartilhadas e transmitidas para mais pessoas, propiciando os 
debates, bem como a produção e a reprodução do conhecimento e das informações. 
(Maia & Mattar, 2007)
Sousa (2015) comenta que, desde a Grécia Antiga, as pessoas transmitiam 
conhecimentos entre os membros de suas comunidades e para regiões mais distantes 
mediante o envio de cartas e documentos escritos que continham relatos de situações 
da vida.
Mais adiante, no final da primeira grande guerra mundial houve muita busca por 
escolarização na Europa Ocidental. Com a falência dos Estados Unidos, a modalidade 
do ensino a distância ganhou ainda mais impulso.
Contextualização e histórico do ensino a distância • 7/11
Ainda sobre o período da EaD por correspondência, Guarezi e Matos (2012) afirmam 
que no período de 1728, quando surgiu a primeira experiência em EaD, até meados 
de 1970, dá-sea primeira geração do ensino a distância. Foi um período caracterizado 
pelo estudo por correspondência, com o envio pelo correio de material impresso 
com exercícios, o que possibilitava pouca interação entre o aluno e a instituição de 
ensino, limitada aos momentos de avaliação previamente estipulados.
Em 1920, predominava o fordismo como modelo forte do capitalismo, que propunha 
a produção em massa para os mercados de massa. Contextualizando a educação, o 
foco era atender às necessidades desse modelo. (Guarezi & Matos, 2012)
Durante as duas primeiras décadas do século XX, aconteceram vários eventos no 
mundo: a capacitação de professores na Austrália, a abertura de várias universidades 
nos Estados Unidos que mantinham cursos por correspondência, a 1ª Conferência 
Internacional sobre Correspondência no Canadá, e a criação do Centro Nacional de 
EaD, na França, visando atender refugiados de guerra.
Em 1946, a ‘Sudáfrica’ começou suas atividades por correspondência, transformando-
se, em 1951, na única Universidade da África a atender exclusivamente a distância, o 
que ocorre até os dias atuais.
Até 1950, todas as iniciativas tinham a ver com o ensino a distância por correspondência. 
(Guarezi & Matos, 2021)
A EaD a partir de 1960
A partir de 1960, percebe-se um período de transição tanto do modelo econômico 
(queda do fordismo que não mais conseguia atender às necessidades do processo 
operacional, surgindo modelos de produção industrial), quanto com relação às 
concepções da educação, principalmente por causa da evolução da tecnologia.
Surge, então, uma nova geração da EaD, que vai até 1990, que integra os meios de 
comunicação audiovisuais ao ensino. 
No período pós guerras, com o surgimento de meios de comunicação inovadores, o 
rádio passou a ser muito usado, principalmente no ambiente rural, para possibilitar o 
ensino para esses locais. (Sousa, 2015)
Contextualização e histórico do ensino a distância • 8/11
Foi um período de desenvolvimento não só do rádio, mas também da televisão, das 
fitas de áudio e de vídeo e do telefone. Surgem algumas experiências inovadoras 
como a Beijing Television College, na China, o Bacharelado Radiofônico, na Espanha, e 
a Open University, na Inglaterra.
Passam a coexistir, na educação, duas tendências: por um lado um estilo ainda 
fordista de ensino de massa, e por outro uma proposta mais flexível, mais focada nas 
necessidades sociais. (Belloni, 1999 como citado em Guarezi & Matos, 2012)
Na década de 1970, surgem diversas universidades em vários países como Espanha, 
Inglaterra, Israel, Alemanha e Portugal.
Reforça-se que a tendência dessa segunda geração do ensino a distância procurava 
oferecer um ensino mais personalizado, com diversidade de temática.
Em Resumo
Caro aluno, nesta aula foi possível relembrarmos sobre a passagem de uma sala de aula 
presencial para uma virtual. Vimos que o espaço virtual não apaga o presencial, mas o 
amplia, visto que as diversas instituições e os diferentes cursos podem alcançar todos os 
níveis de ensino e todas as idades, sendo oferecido para estudantes de qualquer lugar 
do mundo. Com relação ao histórico, vimos que apesar de muitos autores defenderem 
que a educação a distância é uma ideia moderna, o fato é que ela já possui uma longa 
trajetória, remontando à época em que teve origem a escrita. Aprendemos que houve 
um período de educação a distância por correspondência, e um segundo período por 
rádio, televisão e outras mídias, que aos poucos foi se transformando e chegando à 
educação on-line como conhecemos nos dias atuais.
Aplicação prática
Procure se imaginar vivendo nessa época, em que as tecnologias eram 
de rádio, televisão, etc. Escreva três vantagens e três desvantagens que 
você enxerga nessa nova geração de ensino EaD, como se vivesse nesse 
período. Reflita sobre os motivos dessa escolha.
Contextualização e histórico do ensino a distância • 9/11
Na ponta da língua
Contextualização e histórico do ensino a distância • 10/11
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Kenski, Vani Moreira. (2015). Tecnologias e ensino presencial e a distância. [livro 
eletrônico]. Campinas, SP: Papirus.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
Sousa, Jaqueline Andréa Furtado de. (2015). O planejamento de estudo na educação 
a distância como prática discente no combate ao insucesso das avaliações acadêmicas. 
Um estudo de caso. [livro eletrônico] São Paulo:Blucher
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
Evolução da EaD no século XXI
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Evolução da EaD no século XXI • 2/11
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender como se deu a evolução da educação a distância no século 
XXI.
• Decifrar a nova lógica do ensino.
Evolução da EaD no século XXI
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
Evolução da EaD no século XXI • 3/11
Introdução 
A partir de 1990, pode-se dizer que surge a 3ª geração do ensino a distância, o 
período que mais nos interessa, que é o da EaD on-line. É uma geração que inseriu o 
uso do videotexto, do computador, da tecnologia da multimídia, do hipertexto e das 
comunicações em redes, integrando esses diversos meios.
Nos dias atuais, todos os cursos que oferecem educação a distância ainda oferecem 
esses meios, porém com predomínio do uso da internet. 
Por volta de 1995, no momento da explosão do uso da internet, surge um novo 
contexto para a educação, o espaço virtual, digital e inserido na rede.
Nesse período, surgem diversas instituições que oferecem essa modalidade de estudo, 
dando início a um espaço de ensino aberto, centrado no aluno, focado no resultado, 
um ambiente interativo, colaborativo, participativo, de mediação, com currículo mais 
flexível, novas estratégias de aprendizagem e livre, visto que estudantes podem ‘estar 
presentes’ de qualquer lugar. (Maia & Mattar, 2007)
A evolução da Ead
Esse novo modelo pós-fordista focava na alta inovação do produto, na variação do 
processo de produção e na responsabilização pelo trabalho, formando um novo perfil 
profissional, que precisava estar muito mais qualificado. Foi o momento de ruptura 
com as estruturas industriais com rígidas hierarquias e super burocratizadas.
Passam a coexistir três modelos de produção capitalista: o fordismo, o neofordismo e o 
pós-fordismo. Na educação, não foi diferente, critica-se o ‘industrialismo instrucional’ 
e passa-se a defender o diálogo entre professores e estudantes, explorando novas 
maneiras de educação, mais abertas, flexíveis, que representam o acesso livre aos 
sistemas de ensino, tanto no tempo, quanto no espaço e no ritmo de estudo.
Existe um cuidado em atender às diversidades dos currículos e dos estudantes, que 
procuram responder às necessidades nacionais, regionais e locais, mas sem esquecer 
as questões econômicas.
Evolução da EaD no século XXI • 4/11
Aretio (1994 como citado em Guarezi & Matos, 2012) explicita as experiências da 
França e da Austrália, que, apesar de não terem Universidades Abertas possuíam, na 
época, mais de 30 centros de educação superior usando programas de EaD. Cita a 
Índia com cerca de 20 universidades convencionais oferecendo cursos a distância e a 
América Latina com o desenvolvimento de centros e programas de ensino a distância 
como a Argentina, o Brasil, a Bolívia, a Colômbia, o Equador e o México, dentre outros.
E a que deveu-se esse crescimento repentinoe substancial? Obviamente à evolução 
das tecnologias da informação e comunicação (TIC) e da importância que ganhou o 
conhecimento na sociedade moderna, muito mais conectada e atenta às novidades e 
inovações, e que espera a formação permanente e contínua.
Saiba Mais
Para compreender melhor como ocorreu a evolução do ensino a 
distância no século XXI leia o seguinte texto e na sequência veja o vídeo 
proposto. Bons estudos!
1. Santana, R. C. de. (2020). A Tecnologia educacional e a educação à 
distância no século XXI. Revista Scientia nº14, v. 5. n. 3. Disponível 
em https://www.revistas.uneb.br/index.php/scientia/article/
view/8157 Acessado em 17 de dezembro de 2022
2. Lacerda, D. (2016). Documentário EAD: do surgimento até o 
século XXI. 20m47s. Disponível em https://youtu.be/FS1mAf8un-c 
Acessado em 17 de dezembro de 2022
Nos dias atuais, são inúmeros os países que atendem seus alunos com educação a 
distância, independente do seu desenvolvimento econômico, ainda que nem todos 
consigam usar sistemas muito formais.
Alguns cursos são oferecidos por instituições que oferecem cursos presenciais 
também, mas algumas foram abertas para oferecer apenas cursos on-line, e outras 
não têm sequer campus, sendo estruturadas completamente on-line, são as chamadas 
clicks universities em oposição às brick universities. 
Evolução da EaD no século XXI • 5/11
Na Europa, as universidades abertas só oferecem cursos EaD. Nos Estados Unidos, 
a EaD foi se desenvolvendo, principalmente tendo como base as International 
Correspondence Schools (ICS) com foco no estudo em casa.
Um outro ponto que merece destaque com relação ao ensino, são as empresas, nas 
chamadas ‘EaD corporativas’, que deram origem, na década de 1990, às universidades 
corporativas. Cada vez mais as empresas vêm investindo em cursos, treinamentos e 
capacitações para seus colaboradores de maneira remota, principalmente em função 
do período da pandemia da Covid-19 que estimulou, sobremaneira, esse tipo de 
estudo. (Maia & Mattar, 2007)
Resta-nos refletir agora sobre qual é a nova lógica do ensino nessa nova sociedade da 
informação. Venha comigo!
Evolução da EaD no século XXI • 6/11
A nova lógica do ensino
Com o amplo desenvolvimento e multiplicação das TICs, ocorreram muitas mudanças 
nas ciências, novas oportunidades de acesso à informação e inúmeras reorganizações 
e reestruturações em todas as áreas do conhecimento.
Estamos vivendo em um momento de ampla transformação social que repercute 
mudanças muito significativas na forma como pensamos e como fazemos educação.
Hoje se compartilham múltiplas informações, em qualquer momento e local, em 
função da explosão de recursos tecnológicos que temos em mãos. Atualmente, há 
inúmeras possibilidades de comunicação e de interação que garantem que as diversas 
instituições de ensino (escolas, faculdades, universidades, instituições culturais e 
educacionais) e empresas e organizações no mundo todo possam produzir e usar 
conhecimentos, serviços e produtos de forma cooperativa.
O estilo de ensino existente até então contemplava o ensino rotineiro, repetitivo, 
passivo, que não tinha a ver com as necessidades reais da vida profissional e pessoal. 
Nesse contexto, muitas vezes o estudante recém formado, precisava fazer cursos de 
‘atualização’ para conseguir se inserir no mercado de trabalho, visto que o currículo 
não integrava esse tipo de conhecimento real, necessário.
Hoje, é preciso desenvolver e ampliar uma nova forma de pensar sobre a educação, 
inserindo novas metodologias, inclusive digitais no caso da EaD, e tecnologias que 
exigem uma reorganização curricular focada nessa nova forma de ensinar e aprender, 
e ainda requerem novas formas de gestão e de uso de metodologias na prática 
educativa.
São mudanças radicais. Não se trata de apenas adaptar metodologias e formas de 
gestão antigas para um novo formato, é preciso repensar, reestruturar, instaurar um 
novo estilo de pedagogia que possibilite e estimule aprendizagens personalizadas 
e cooperativas, em rede, e para tanto os docentes precisam estar minimamente 
familiarizados.
As novas atividades agora feitas em rede, como as teleconferências, videoconferências, 
os chats, as atividades virtuais em grupos, os fóruns, exigem que professores, tutores 
e estudantes tenham conhecimentos tecnológicos mínimos, assim como algumas 
habilidades específicas como o foco, a motivação para estudar sozinhos, disciplina, 
responsabilidade e poder de controle do tempo, dentre outras.
Evolução da EaD no século XXI • 7/11
O ponto fundamental dessa nova lógica de ensinar e aprender por meio das redes 
é redefinir o papel de professores e aprendentes, como veremos mais adiante nas 
aulas.
Por ora precisamos saber que os docentes precisam conhecer o mundo dos estudantes, 
entendendo esse novo momento como de ‘trabalho em equipe’ com novos desafios 
e responsabilidades para ambas as partes, com respeito mútuo e colaboração.
Passam a existir novos tipos de grupos: grupos de estudos, equipes de trabalho e 
ainda comunidades de aprendizado, que permitem a inclusão de todos aqueles 
que queiram estudar, em qualquer lugar do mundo, e a qualquer tempo, inclusive 
portadores de deficiências, hospitalizados, impossibilitados de locomoção, pessoas 
idosas, dentre outros.
Vale lembrar que as atividades realizadas em comunidades em rede ainda permitem 
articulações entre diferentes instituições e a interação entre estudantes e profissionais 
das diversas áreas, ampliando conhecimentos e compartilhando informações.
É importante destacar também que, no que refere às mudanças mais importantes na 
nova lógica educacional voltada para o ensino de qualidade, com acesso à infraestrutura, 
à informação e à interação, elas não estão nos avanços tecnológicos, mas em uma 
profunda, significativa e total ‘mudança institucional’ nos sistemas educacionais.
É preciso implantar uma nova forma de gestão, modificando os sistemas de controle, 
de avaliação, de administração e de estrutura hierárquica para que as instituições se 
transformem em pólos de ação e de produção de cultura e de saber para todos.
São necessários novos espaços e tempos educacionais, novos currículos, a 
interdisciplinaridade de conteúdos, o desenvolvimento de pesquisas, de intercâmbios 
de convênios entre diversas instituições, vínculo com os sistemas produtivos e com 
os entes governamentais, com as demais esferas sociais, e claro, com a comunidade 
como um todo.
É o momento do preparo de um novo ser, preocupado com as desigualdades sociais 
existentes, focado em reduzi-las, em oferecer a todos o acesso a um ensino de 
qualidade, formando um novo cidadão necessário para um novo mundo. (Kenski, 
2015)
Evolução da EaD no século XXI • 8/11
Em Resumo
Vimos nesta aula que a partir de 1990 surge a 3ª geração do ensino a distância, da EaD 
online, que inseriu o uso do videotexto, do computador, da tecnologia da multimídia, do 
hipertexto e das comunicações em redes, integrando esses diversos meios. Aprendemos 
que hoje em dia se compartilham múltiplas informações, em qualquer momento e local, 
em função da explosão de recursos tecnológicos que temos em mãos. Atualmente, 
há inúmeras possibilidades de comunicação e de interação que garantem que as 
diversas instituições de ensino (escolas, faculdades, universidades, instituições culturais 
e educacionais) e empresas e organizações no mundo todo possam produzir e usar 
conhecimentos, serviços e produtos de forma cooperativa. Espero que tenha gostado 
deste passeio na evolução da educação a distância.
Evolução da EaD no século XXI • 9/11
Na ponta da língua
Evolução da EaD no século XXI • 10/11
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Kenski, Vani Moreira. (2015). Tecnologias e ensino presencial e a distância. [livro 
eletrônico]. Campinas, SP: Papirus.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007).ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
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A Evolução das Tecnologias na Educação • 2/10
Objetivos de Aprendizagem
• Demonstrar as mudanças do processo de ensino-aprendizagem em função 
das tecnologias.
• Realizar uma breve retrospectiva das tecnologias na educação.
A Evolução das Tecnologias na Educação
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
A Evolução das Tecnologias na Educação • 3/10
Introdução 
Nos dias atuais, com o acesso generalizado e global que temos às tecnologias de 
comunicação e informação (TIC), pudemos desenvolver uma nova forma de viver, de 
agir, de trabalhar e de conviver socialmente. 
Basta parar para observar a forma como as pessoas se comunicam rapidamente e com 
frequência (na verdade em instantes), por meio dos seus telefones celulares, ou por 
e-mail com outras pessoas, ainda que estejam bem distantes uma das outra. 
Além disso, as pessoas podem conversar com amigos e parentes, receber notícias 
super atualizadas e buscar informações, a todo instante.
Podemos dizer que todas essas ações modificaram sobremaneira a forma como 
vivemos, como pensamos, como agimos, e no caso da educação, a maneira como 
ensinamos e aprendemos. (Kenski, 2015)
As mudanças no ensinar e no aprender em função das 
tecnologias
Antigamente era tarefa exclusiva da escola a transmissão de conhecimentos, que 
eram apresentados aos estudantes de maneira gradativa, à medida que se avançava 
no grau de escolaridade, e ao finalizar cada um desses graus, o aprendente se 
considerava formado e pronto para adentrar no ambiente profissional, conforme o 
seu conhecimento adquirido.
O tempo da escola era considerado como aquele durante o qual o estudante se 
deslocava até a instituição, realizava sua função de aprender e novamente voltava 
para sua casa, para no dia seguinte fazer novamente esse movimento de ir e voltar 
para estudar. Era o período dedicado à sua formação escolar.
Hoje em dia, as novas necessidades da sociedade exigem um novo ritmo e dimensão 
ao processo de aprender. É necessário estar aprendendo sempre, adaptando-se ao 
novo, às novas exigências.
Independente do grau de formação atingida, não é mais possível pensar nos dias 
atuais em que a pessoa está formada. Isso porque nossos conhecimentos passam a ser 
necessários e a pessoa se vê novamente na necessidade de adquirir conhecimento. 
A Evolução das Tecnologias na Educação • 4/10
Isso sem contar que a aquisição de conhecimentos não precisa mais do deslocamento 
físico até o local de estudo para acontecer.
Há várias escolas virtuais que oferecem aulas apenas on-line, além das inúmeras 
interações que podemos fazer com os diferentes tipos de tecnologias às quais temos 
acesso, muitas vezes, nas palmas das mãos.
Atualmente, é a informação que se desloca, e não mais as pessoas que precisam se 
mover, fisicamente, até um local no qual poderão adquirir conhecimento. O destaque 
é a velocidade com a qual chegamos a esse conhecimento. Há velocidade para 
aprender e velocidade para esquecer, há velocidade para acessar as informações e 
para interagir com ela, ou seja, o tempo-espaço da informação mudou, e também 
precisamos nos acostumar com isso.
Quem se lembra de receber uma informação por carta (que demorava meses para 
chegar), e responder pelo mesmo meio? E o que acontecia quando a pessoa recebia 
essa resposta? Isso mesmo, muitas vezes o conteúdo já estava velho em função do 
tempo decorrido.
Imaginemos um convite que precisasse ser enviado para um batizado. Com 
quanto tempo de antecedência precisaria ser enviado para chegar ao seu destino 
tempestivamente? E esse é apenas um dos muitos exemplos de situações tempo-
espaço que se modificaram com o passar do tempo no que se refere ao envio e 
recebimento de informações.
Essa é a beleza da tecnologia. (Kenski, 2015)
A Evolução das Tecnologias na Educação • 5/10
Uma breve retrospectiva das tecnologias na educação
Vejamos agora um pouco sobre como as tecnologias foram adentrando o mundo da 
educação, e mudando a forma de aprender e ensinar.
Em 1986, surge o videotexto, um dos precursores das TICs, que se propunha a 
reduzir as distâncias, mesmo em um contexto no qual nem se pensava em educação 
a distância, (ilógico não?, mas verdadeiro) e abriu caminho para várias outras mídias 
interativas.
Um exemplo são as Bulletin Board Systems (BBS), parecidas com os e-mails atuais, 
com tela verde e uso restrito aos ambientes de pesquisa acadêmica e ao mundo dos 
programadores e desenvolvedores. Lembrava muito as listas de discussões modernas, 
mas era mais limitada, visto que todos se conheciam. 
Em 1990, surgem, na internet, os ambientes de navegação Mosaic, Netscape e Explorer, 
que demoravam horas para serem instalados e que depois demoravam bastante para 
carregar uma página, em função da velocidade da internet disponibilizada. Com 
certeza, vários estudantes não vivenciaram esse período e nem imaginam como era a 
comunicação digital dessa forma.
A Evolução das Tecnologias na Educação • 6/10
Aos poucos, foram surgindo os primeiros Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
(AVA) que buscavam reproduzir um campus tradicional, com salas de aula, tesouraria, 
secretaria, biblioteca e inclusive área de bate-papo.
Surgiram, e ainda estão surgindo, vários cursos superiores a distância que usavam 
as diversas ferramentas da Web, do Teleduc ao Moodle, passando pelo WebCT, 
Blackboard, FirstClass e outras, que possibilitam oferecer cursos aos estudantes.
A interatividade acontecia via e-mail, listas de discussão, fóruns, pelo Orkut e mais 
atualmente por meio dos blogs. Quem chegou a usar o Orkut? Foi uma ferramenta 
inovadora que revolucionou a forma de conversar pela internet. (Maia & Mattar, 2007)
Mas, o que mudou verdadeiramente? Será que os alunos aprendem mais no ensino a 
distância? Será que tem mais qualidade?
Saiba Mais
Agora, para complementar o seu conhecimento, leia os seguintes textos 
que versam sobre a evolução das mídias na educação. 
1. Teixeira, O. A. F. & Weschenfelder, G. V. (2013). Evolução do EaD 
e as novas mídias. Revista Cesuca Virtual: Conhecimento sem 
Fronteiras. Disponível em https://www.academia.edu/24945960/A_
evolu%C3%A7%C3%A3o_do_EAD_e_as_novas_m%C3%ADdias 
Acessado em 17 de dezembro de 2022.
2. Tessari, R. M; Fernandes, C. T.; & Campos, M. das G. (2021). Prática 
Pedagógica e Mídias Digitais: um Diálogo Necessário na Educação 
Contemporânea. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas. 
Disponível em https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensino/
article/view/8128 Acessado em 17 de dezembro de 2022.
A Evolução das Tecnologias na Educação • 7/10
Mas… o que mudou verdadeiramente?
Pode-se dizer que o foco da educação pouco mudou em termos de formato e tipo 
de oferta de cursos, visto que antigamente os materiais eram oferecidos impressos e 
entregues pelo correio e passaram a ser oferecidos digitalmente em formato ‘PDF’.
Antes, o conteúdo era disponibilizado pelo rádio e passou a ser multimídia, disponível 
em endereços eletrônicos. Então, podemos entender que a grande inovação ainda 
está por vir.
Mesmo com tanta tecnologia e interatividade, o estudante, que deveria ser o grande 
destaque do ensino a distância, continua sendo um espectador passivo, sem entender, 
ao certo, como deve se conduzir quando escolhe estudar em um curso a distância.
Esse aluno continua aguardando que a informação seja passada pelo professor que 
agora recebe o nome de tutor-mediador, equando não recebe a informação, porque 
a verdade é que cabe a ele mesmo ditar o seu ritmo de estudos e conduzir o seu 
processo de aprendizagem, reclama com a instituição, exigindo que ela assuma um 
papel que pertence ao do ensino presencial.
O estudante precisa perceber que o ensino a distância não é o espelho do ensino 
presencial, mas sim, uma nova forma de adquirir conhecimento, na qual ele é o 
protagonista único, interagindo com os demais atores, como gestores da instituição, 
professores, tutores, secretaria, financeiro e colegas, dentre outros.
Um outro ponto que deve ser observado é que também em matéria de grade 
curricular e projeto pedagógico, as instituições pouco inovaram. As aulas expositivas 
foram transformadas em exposições de arquivos em ‘pdf’, slides no power point, uso 
do Breeze e os debates ganharam o nome de fóruns e comunidades de aprendizagem.
Inclusive os tempos das horas-aulas foram inseridos no ensino a distância da mesma 
forma que funcionam no ensino presencial, os cursos oferecidos continuam sendo os 
mesmos e o formato das aulas, de maneira geral, também. (Maia & Mattar, 2007)
Devemos entender, no entanto, que o ensino a distância ainda está engatinhando e 
que muito ainda pode e deve ser feito. Aos poucos gestão, professores e alunos estão 
identificando seus verdadeiros papéis e se esforçando para assumi-los.
A Evolução das Tecnologias na Educação • 8/10
O ensino a distância veio para ficar e é uma forma de ensino e aprendizagem com um 
futuro amplo e inenarrável que ainda tem muito a crescer. Cabe a nós, como parte 
desse contexto, fazermos a nossa parte e nos inserirmos, de fato, nele.
Em Resumo
Vimos em nossa aula que, nos dias atuais, com o acesso generalizado e global que 
temos às tecnologias de comunicação e informação (TIC), pudemos desenvolver uma 
nova forma de viver, de agir, de trabalhar e de conviver socialmente. Antigamente, era 
tarefa exclusiva da escola a transmissão de conhecimentos, que eram apresentados aos 
estudantes de maneira gradativa, à medida que se avançava no grau de escolaridade, e 
ao finalizar cada um desses graus, o aprendente se considerava formado e pronto para 
adentrar no ambiente profissional. Atualmente, cabe ao estudante gerir o seu processo 
de aprendizagem, utilizando as mais diversas ferramentas tecnológicas, oferecidas pelas 
instituições de ensino, e vale ressaltar que o ensino a distância ainda está engatinhando 
e que muito ainda pode e deve ser feito. Aos poucos, gestão, professores e alunos estão 
identificando seus verdadeiros papéis e se esforçando para assumi-los.
A Evolução das Tecnologias na Educação • 9/10
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Kenski, Vani Moreira. (2015). Tecnologias e ensino presencial e a distância. [livro 
eletrônico]. Campinas, SP: Papirus.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
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Comportamentalismo
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As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 2/10
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer o conceito de conhecimento
• Explicar as Teorias Educacionais, iniciando pelo comportamentalismo.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 3/10
Introdução 
Vamos começar revendo o que é conhecimento. Há muitas teorias que procuram 
explicar o que significa conhecer e como conhecer.
Sócrates compreendia o conhecimento com sua função de se auto conhecer. Para seu 
oponente, Protágoras, era a base para que o seu detentor se tornasse um sabedor do 
que dizer e de como dizer, sendo eficaz. 
Vale ressaltar ainda que os confucionistas afirmavam que o conhecimento servia para 
saber o que dizer e como dizer visando aperfeiçoar a terra. E para o taoísmo e o 
monge Zen era também o autoconhecimento, o caminho para se chegar à sabedoria.
Nos dias atuais, temos Peter Drucker que compartilha seu entendimento de que o 
conhecimento se dá no fazer, é a informação eficaz no momento da ação, voltada 
para a aquisição de um resultado.
Pensar nisso é refletir que para que haja informação é preciso transformar dados. Os 
dados sozinhos, por mais que sejam muitos, fora de contexto não significam nada. 
Quando vários dados se juntam produzindo informações, que passam a ser entendidas 
quando são colocadas em prática, tem-se o conhecimento.
Vejamos melhor qual a diferença entre dados, informações e conhecimento
Figura 1 – Diferença entre dados, informações e conhecimento
Fonte: adaptado de Latros, 2008, como citado em Guarezi e Matos, 2012, p. 47.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 4/10
Um pouco mais sobre o conceito de conhecimento
E como se dá então o processo de conhecimento? Observe a figura abaixo
Figura 1 – A construção do conhecimento
Fonte: Latros, 2008, como citado em Guarezi e Matos, 2012, p. 47.
Recapitulando então, a junção de vários dados cria na mente humana conexões que 
os fazem se transformar em informações, que, ao serem corretamente interpretadas 
e compreendidas geram o conhecimento, de fato.
Podemos dizer que o conhecimento é uma mistura das experiências, dos valores e das 
informações contextualizadas, que nos permitem avaliar e assimilar novas experiências 
e novos saberes.
Choo (2002, como citado em Guarezi & Matos, 2012) afirma que o conhecimento é 
a capacidade que o ser humano tem para transformar informação em ação, por meio 
da razão e da reflexão.
Pode-se dividir o conhecimento em dois tipos:
1. conhecimento tácito → que é aquele que não tem como ser exteriorizado.
2. conhecimento explícito → que é aquele que está declarado, claro, exposto.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 5/10
Mas… por que falar sobre conhecimento antes de falar sobre as teorias de 
aprendizagem? Porque muitos cursos de ensino a distância usam informações 
mediatizadas com diferentes tecnologias e entendem que apenas isso já é capaz de 
gerar conhecimento. Mas… será que é suficiente? (Guarezi & Matos, 2012)
Vejamos o que diz o comportamentalismo, o cognitivismo e o humanismo.
Saiba Mais
Para conhecer um pouco mais sobre o conceito de conhecimento, veja 
os seguintes vídeos.
1. Zagaz. (2017). O que é conhecimento? Disponível em https://
www.youtube.com/watch?v=YR_J_dkD1Ps Acessado em 17 de 
dezembro de 2022.
2. Mundo no Geral. (2016). O que é conhecimento? Disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=wekwPIP4oRo Acessado em 
17 de dezembro de 2022.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 6/10
As Teorias Educacionais
 O comportamentalismo
Também chamado de teoria psicológica behaviorista, condutismo ou conexionismo, 
o comportamentalismo nega a existência da mente, portanto, a assimilação do 
conhecimento ocorre pela associação de ideias que são captadas do ambiente externo, 
por meio dos sentidos, guiando-se pelos princípios da semelhança, da continuidade 
espacial e ainda da casualidade, sendo a aprendizagem iniciada e controlada pelo 
ambiente.
Vale ressaltar que os estudos behavioristas ocorreram nas primeiras décadas do século 
XX, nos Estados Unidos e na Europa, influenciados pela teoria do reflexo de Pavlov, e 
que foi seguida por Watson, Thorndike e Skinner.
Skinner, dentre os comportamentalistas, defende que o ato de conhecer vem da 
ação do ambiente sobre as pessoas, sendo um processo comportamental, ambiental, 
neurológico e fisiológico.
Define a aprendizagem como a mudança no comportamento, sendo essamudança 
causada pelo operante, ou seja, é o processo pelo qual uma resposta faz-se mais 
provável ou frequente, porque é fortalecida.
Skinner entende que o processo de educação ocorre quando o plano de estudos 
garante que as respostas que os alunos precisam sejam reforçadas. Dentre os mais 
eficientes tipos de instrumentos, para que a aprendizagem ocorra, estão as ‘máquinas 
de ensinar’, como os computadores, em que os alunos têm programas com materiais 
para a leitura e questões sobre os diferentes assuntos estudados, com crescente 
complexidade.
Ao responder, o aluno descobre imediatamente sua resposta, e se errar, para Skinner 
o aluno deve continuar, mas para outros behavioristas ele deve tentar de novo até 
acertar.
Veja que muitas vezes é o que se observa nos cursos a distância, com questões 
objetivas e feedbacks imediatos que mostram erros e acertos. Quando o aluno acerta, 
ele continua suas atividades, quando ele erra, ele deve tentar de novo.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 7/10
Nota-se que Skinner estava o tempo todo preocupado com o aprendizado do 
estudante, com os seguintes objetivos:
• Que o aluno fosse ativo em seu processo de aprendizagem;
• Que o aluno conseguisse verificar imediatamente seus resultados, para seguir 
em frente com segurança;
• Que houvesse o respeito pelo ritmo de aprendizado, levando em conta as 
diferenças individuais.
• Que houvesse uma avaliação do programa e sua reelaboração conforme os 
resultados dos alunos.
Apesar dessa preocupação, o que se pergunta sobre esse método é: onde está a 
postura ativa do aluno, que vê o que errou e copia a resposta certa? 
Vale ressaltar que, neste tipo de ensino, realmente o ritmo do aluno é respeitado.
Para finalizar, é necessário ressaltar que uma das críticas mais ferrenhas que o 
comportamentalismo aplicado à EaD recebe é que forma um estudante completamente 
passivo, que não critica, não argumenta e não cria, apenas assimila e reproduz o que 
aprendeu. (Becker, 1998, como citado em Guarezi & Matos, 2012)
Em Resumo
Aprendemos ao longo da aula que o comportamentalismo também é conhecido 
como behaviorismo, condutismo ou conexionismo. É uma corrente que entende que a 
assimilação do conhecimento ocorre pela associação de ideias que são captadas do 
ambiente externo, por meio dos sentidos, guiando-se pelos princípios da semelhança, 
da continuidade espacial e ainda da casualidade, sendo a aprendizagem iniciada e 
controlada pelo ambiente. Também aprendemos que o conhecimento é uma mistura 
das experiências, dos valores e das informações contextualizadas que nos permitem 
avaliar e assimilar novas experiências e novos saberes. Finalizamos compreendendo 
que uma das críticas mais ferrenhas que o comportamentalismo aplicado à EaD recebe 
é que forma um estudante completamente passivo, que não critica, não argumenta e 
não cria, apenas assimila e reproduz o que aprendeu. Espero que tenha gostado deste 
conteúdo.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 8/10
Aplicação prática
Agora que você já entendeu melhor o que é conhecimento, crie o seu 
próprio conceito.
Se for necessário pode realizar novas pesquisas para embasar o seu 
conceito.
As Teorias Educacionais - o Comportamentalismo • 9/10
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
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InterSaberes, 2012
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Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 2/9
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar em que consiste o Cognitivismo.
• Compreender o Cognitivismo sob o ponto de vista de Piaget, Vygotsky e 
Ausubel.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 3/9
Introdução 
Podemos dizer que o comportamentalismo se baseia no conceito do 
comportamento, enquanto o cognitivismo, mais uma das teorias educacionais, 
entende o conceito de conhecimento como a organização e a representação 
da mente.
Diferente do comportamentalismo, o cognitivismo vai tentar explicar como se 
‘estrutura’ a mente humana e como é sua forma de representação, de funcionamento 
e de transformação dos conhecimentos.
Vejamos agora, juntos, um pouco mais sobre esta concepção educacional.
O Cognitivismo
Desde 1950, visando superar as deficiências do behaviorismo, o cognitivismo vem 
focando no estudo do funcionamento cognitivo. Isso significa que o que ocorre com 
a mente pode ser testado conforme os comportamentos que são observados.
O sujeito é entendido como aquele que interpreta os estímulos que recebe e tem o 
poder de decidir sobre as suas respostas. 
Para esta corrente, o ser humano tem um papel ativo, capaz de selecionar e encontrar 
alternativas para agir. 
Considera que os conhecimentos prévios das pessoas são fundamentais para entender 
a forma como o sujeito lê o mundo. São conhecimentos que servem de base para os 
novos saberes que serão assimilados, e devem ser levados em consideração.
Portanto, as informações que são absorvidas do exterior são assimiladas em função 
dos conteúdos prévios que a pessoa já tem sobre aquele assunto, e quanto mais 
simples for o conhecimento prévio, menor o grau de profundidade da assimilação 
desse saber pelo aprendiz.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 4/9
 Jean Piaget
Um de seus representantes foi Piaget. Para ele, ou o ser humano se adapta ao meio, 
ou morre. Essa aquisição de conhecimentos do meio é, portanto, a aprendizagem. 
Ele considerava que o processo de assimilação do saber é contínuo, sendo que 
as mudanças no desenvolvimento da mente são graduais.
Essa ideia tem sido aceita e aplicada na EaD, por exemplo, em cursos nos quais os 
alunos têm vários desafios durante seu processo de aprendizagem. As respostas não 
são dadas, assim, simplesmente. O aluno é questionado, e precisa descobrir a solução.
Quando o estudante se depara com um desafio, entra em desequilíbrio, que será 
recuperado quando assimilar o novo aprendizado, em uma construção permanente.
É importante não esquecermos que Piaget foi o principal impulsionador da psicologia, 
preocupando-se com o desenvolvimento cognitivo das pessoas.
Saiba Mais
Para conhecer mais sobre Jean Piaget, Lev Vygotsky e David Ausubel 
leia os seguintes artigos.
1. Ferrari, M. (2008). Jean Piaget, o biólogo que colocou a aprendizagem 
no microscópio. Nova Escola. Disponível em https://novaescola.
org.br/conteudo/1709/jean-piaget-o-biologo-que-colocou-a-
aprendizagem-no-microscopio Acessado em 17 de dezembro de 
2022.
2. Ferrari, M. (2008). Lev Vygotsky, o teórico do ensino como 
processo social. Nova Escola. Disponível em https://novaescola.
org.br/conteudo/382/lev-vygotsky-o-teorico-do-ensino-como-
processo-social Acessado em 17 de dezembro de 2022.
3. Fernandes, E. (2011). David Ausubel e a aprendizagem 
significativa. Nova Escola. Disponível em https://novaescola.org.
br/conteudo/262/david-ausubel-e-a-aprendizagem-significativa 
Acessado em 17 de dezembro de 2022.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 5/9
 Lev Vygotsky
Para Vygotsky, outro grande estudioso desta corrente, a aprendizagem acontece em 
dois momentos, primeiro nas relações externas e depois é internalizada. Para 
ele, a aprendizagem e o desenvolvimento são interdependentes. 
O desenvolvimento começa sempre no exterior, pelosprocessos de aprendizado, 
e depois se transforma em desenvolvimento interno. Nesse caso, o aprendizado 
precede o desenvolvimento mental.
Aquilo que o ser humano consegue fazer sem ajuda está no nível do desenvolvimento 
efetivo ou real, e aquilo que ele precisa fazer com a ajuda de alguém está no nível de 
desenvolvimento proximal, sendo este o nível de desenvolvimento que precisa da 
atenção dos educadores, visto que nele os conhecimentos estão sendo modificados.
No caso do ensino a distância, deve-se planejar o ensino para focar em 
conceitos que ainda não foram incorporados pelos estudantes, impulsionando 
o desenvolvimento da consciência, do planejamento e da deliberação.
Não devemos esquecer, neste caso, da enorme importância do tutor mediador na 
intermediação desse conhecimento novo com os aprendentes.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 6/9
David Ausubel
Ausubel é mais um dos estudiosos desta teoria educacional, que foca seus esforços no 
processo de ensino e aprendizagem de conceitos baseados nos conhecimentos 
já assimilados pelos estudantes. Ele entende que a aprendizagem deve ser 
observada em duas dimensões, quais sejam, o eixo vertical e o eixo horizontal.
• no eixo vertical → são os momentos nos quais os estudantes codificam, 
transformam e armazenam as informações, passando de um aprendizado 
repetitivo (mnemônico) para um aprendizado significativo.
• no eixo horizontal → são os momentos nos quais os estudantes passam no ensino 
plenamente receptivo para o ensino que se baseia na descoberta espontânea.
Observe a figura abaixo para entender melhor essa ideia.
Figura 1 - Situações de aprendizagem
Fonte: adaptado de Pozo, 1998, como citado em Guarezi e Matos, 2012, p. 64
Considerando o eixo horizontal, entende-se que é a maneira como o estudante 
recebe os conteúdos. Na aprendizagem por descoberta, ele é levado a procurar 
pelas informações, para então assimilá-las. Já na aprendizagem receptiva os conteúdos 
já estão prontos. Basta que ele os assimile.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 7/9
Considerando o eixo vertical, dá-se a diferença entre a aprendizagem 
significativa e a mnemônica. A primeira diz respeito ao tipo de aprendizado que 
se incorpora aos conhecimentos já internalizados pelo aluno, enquanto a segunda 
(também conhecida como aprendizagem por associação) se refere à assimilação de 
uma informação que não faz nenhum sentido para o estudante e ele apenas decora.
Então, para esta teoria, como a aprendizagem ocorre de fato? Ausubel detalha 3 
aspectos necessários para que a aprendizagem significativa ocorra, e que podem 
ser de grande ajuda no planejamento dos cursos a distância. São eles:
1. o material didático: deve ser bem organizado e ter um significado, não sendo 
um conjunto de informações fragmentadas, mas com sentido.
2. a predisposição para aprender: o material precisa ser significativo para que o 
estudante queira aprender. Isso significa que ter um motivo para querer estudar 
vai fazer com que ele obtenha uma aprendizagem realmente significativa e não 
desista do curso.
3. os subsunçores adequados: a estrutura cognitiva do aprendiz deve ter 
conceitos que lhe possibilitem a assimilação de novos conceitos.
Podemos entender, portanto, que a aprendizagem significativa ocorre quando o 
sujeito e o meio interagem, e o conhecimento é obtido muito mais por conta das 
informações recebidas, do que descobertas, sendo uma prática voltada e focada no 
aprendiz. (Guarezi & Matos, 2012)
Em Resumo
Aprendemos, ao longo da aula, que para a teoria cognitivista o sujeito é entendido 
como aquele que interpreta os estímulos que recebe e que tem o poder de decidir 
sobre as suas respostas. Para esta corrente, o ser humano tem um papel ativo, capaz 
de selecionar e encontrar alternativas para agir. Vimos ainda que considera que os 
conhecimentos prévios das pessoas são fundamentais para entender a forma como o 
sujeito lê o mundo e que são conhecimentos que servem de base para os novos saberes 
que serão assimilados, e devem ser levados em consideração.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Cognitivismo • 8/9
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
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Mais algumas Teorias Educacionais - o Humanismo • 2/10
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar em que consiste o humanismo e a aprendizagem centrada no aluno 
de Carl Rogers.
• Estudar os modelos educacionais bimodal e a distância.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Humanismo
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
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Introdução 
Abraham Maslow, Carl Rogers, Rollo May, Ludwig Binswanger foram alguns dos 
primeiros estudiosos do humanismo, que teve origem em 1940.
Rogers transformou-se em um dos principais representantes ao desenvolver o ‘ensino 
centrado no aluno’. Mais recentemente temos Novack e Gowin que desenvolveram a 
‘aprendizagem significativa’.
A psicologia humanista foi influenciada pela teoria Gestalt e pelas filosofias 
fenomenológica e existencialista. Essa psicologia afirma que o ser humano usa sua 
experiência para escolher as suas atividades, procurando atingir a autorrealização.
Vejamos, então, algumas das ideias mais importantes desta corrente.
A aprendizagem centrada no aluno de Carl Rogers
Nesta teoria, para entender o comportamento de uma pessoa, é necessário 
compreender como ele percebe a realidade que o cerca.
Para Rogers, a pessoa educada é aquela que aprendeu a aprender. O sistema 
educativo deve ter como foco, sempre, desenvolver o ser humano, de forma plena, 
para que conquiste a auto realização.
Ele apresenta uma série de princípios que são a base para o aprendizado. São eles:
• As pessoas têm uma propensão natural para aprender;
• Não podemos ensinar, mas devemos facilitar a aprendizagem;
• A aprendizagem significativa ocorre quando o conteúdo passado ao estudante 
é relevante para ele;
• A aprendizagem requer uma mudança na percepção de si mesmo;
• Boa parte do aprendizado significativo é assimilado pela pessoa quando está 
em ação;
• O aprendizado é facilitado quando o aprendiz participa do processo;
• A independência, criatividade e autoconfiança são facilitadas quando a autocrítica 
e a autoavaliação são realizadas pelo estudante.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Humanismo • 4/10
• A aprendizagem útil, nos dias atuais, é um contínuo processo de mudança, 
visando o aprender a aprender.
Saiba Mais
Se quiser aprender mais sobre as teorias educacionais, leia os seguintes 
artigos a respeito e reflita sobre as diferenças entre elas.
1. Rodrigues, R. G. & Rufino, E. de A. (2016). Uma análise do 
behaviorismo na educação à luz do humanismo de Carl Rogers. 
III Conedu. Disponível em http://www.editorarealize.com.br/
editora/anais/conedu/2016/TRABALHO_EV056_MD1_SA6_
ID2595_17082016213111.pdf Acessado em 17 de dezembro de 
2022.
2. Silva Neto, O. da; & de Melo, U. A. de M. (2018) Behaviorismo, 
Humanismo e Cognitivismo. V Conedu. Disponível em https://www.
editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2018/TRABALHO_
EV117_MD1_SA4_ID5853_10092018113452.pdf Acessado em 
17 de dezembro de 2022.
Os sistemas educativos precisam facilitar a mudança e a aprendizagem, e Rogers cita 
algumas atitudes para que isso ocorra. São elas: 
• Autenticidade dofacilitador da aprendizagem: deve mostrar-se verdadeiro, 
autêntico, uma pessoa real.
• Prezar, aceitar e confiar: o facilitador deve aceitar o aluno, entender e respeitar 
seus sentimentos e suas opiniões, sem julgamentos.
• Compreensão empática: deve entender as reações do estudante e se colocar 
no lugar do outro.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Humanismo • 5/10
Essa abordagem simboliza o processo de ensino e aprendizagem focado exclusivamente 
no aluno. Confia-se no potencial do estudante para aprender, de forma livre, mostrando 
seus sentimentos e necessidades, escolhendo seu caminho, formulando e resolvendo 
problemas, de forma a aprender e a viver as consequência de suas escolhas. (Guarezi 
& Matos, 2012)
Modelos educacionais - o modelo bimodal
Vimos, ao longo de nossas aulas, que o ensino a distância se caracteriza pela total 
separação física que existe entre o docente e o aluno, no entanto, ao estudar os 
diversos modelos de ensino a distância percebe-se que a linha divisória entre o ensino 
presencial e o ensino a distância é muito tênue e por vezes se confunde.
Esse fato é percebido principalmente nos modelos bimodais, também chamados 
semipresenciais ou mistos, nos quais há momentos de aulas presenciais e outros de 
aulas virtuais.
Mas então, como pode-se definir o sistema educacional como presencial, misto ou a 
distância? A resposta tem a ver com o tempo médio que os aprendentes usam nas 
atividades presenciais ou a distância.
Veja na figura abaixo, as principais diferenças entre os 3 modelos.
Figura 1 - Classificação dos Sistemas Educacionais
Fonte: Pimentel e Andrade. 2008 como citado em Guarezi e Matos, 2012, p. 87
Mais algumas Teorias Educacionais - o Humanismo • 6/10
O modelo a distância
Às vezes a impressão que se tem sobre o ensino a distância é que caracteriza um 
estudo sozinho, mas essa não é a verdade. Atualmente, com a internet o processo de 
comunicação acontece de muitas formas, seja de um para um, de um para muitos e de 
muitos para muitos, ou seja, já não se entende como um estudo solitário visto as várias 
interações síncronas e assíncronas que acontecem.
Quando se estrutura um bom processo de comunicação, as barreiras no espaço e no 
tempo são atenuadas e o estudante sente-se mais acompanhado, isso sem contar nas 
tarefas colaborativas que são estimuladas nesse processo.
Além de um processo de comunicação multidirecional, e de uma proposta pedagógica 
adequada é preciso uma equipe multidisciplinar capacitada, trabalhando em 
conjunto e de forma colaborativa.
Enquanto, no modelo presencial, cabe ao professor o processo de ensino e 
aprendizagem, no modelo EaD, exige-se uma equipe de profissionais conhecedores 
de conteúdos, educação, produção de material didático de qualidade e pertinente 
ao tipo e nível do curso, tutoria, monitoria, dentre vários outros que tornarão o 
desenvolvimento desse curso possível e eficiente. 
Mais algumas Teorias Educacionais - o Humanismo • 7/10
Devem participar dessa equipe profissionais das áreas pedagógica, tecnológica 
e administrativa. As 3 principais funções dos atores do sistema educativo no ensino 
a distância são:
• Orientadora: que diz respeito aos aspectos afetivos, às atitudes e às emoções;
• Investigativa: que tem a ver com o tutor como pesquisador, que observa, 
verifica dificuldades, registra e propõe mudanças;
• Colaborativa: que está focada no atendimento técnico-administrativo.
Outro ponto de destaque é o público-alvo, que no caso do ensino a distância é 
predominantemente adulto, e vale ressaltar que ainda que esse estudante adulto 
possua autonomia quando se trata de seus compromissos profissionais, familiares e 
pessoais, geralmente no estudo essa autonomia é rara.
Nesse modelo, é fundamental a interação, que pode ocorrer por meio de tecnologias 
interativas síncronas, como o chat e as videoconferências, e assíncronas, como os fóruns, 
e-mail, grupos de estudos e listas de discussões, sem esquecer dos jogos interativos e 
simuladores que também fazem parte dos cursos a distância.
A cada aula iremos conhecer um pouco mais sobre como se estrutura o ensino aa 
distância. Continue comigo nesta jornada.
Em Resumo
Aprendemos, nesta aula, que a psicologia humanista afirma que o ser humano usa 
sua experiência para escolher as suas atividades, procurando atingir a autorrealização. 
Vimos que, para Rogers, a aprendizagem é centrada no aluno, a pessoa educada é 
aquela que aprendeu a aprender. Aprendemos também que o ensino a distância se 
caracteriza pela total separação física que existe entre o docente e o aluno, no entanto, 
ao estudar os diversos modelos de ensino a distância percebe-se que a linha divisória 
entre o ensino presencial e o ensino a distância é muito tênue e por vezes se confunde. 
Enquanto, no modelo presencial, cabe ao professor o processo de ensino e aprendizagem, 
no EaD exige-se uma equipe de profissionais conhecedores de conteúdos, educação, 
produção de material didático de qualidade e pertinente ao tipo e nível do curso, tutoria, 
monitoria, dentre vários outros que tornarão o desenvolvimento desse curso possível e 
eficiente. 
Mais algumas Teorias Educacionais - o Humanismo • 8/10
Aplicação prática
Agora que você já conhece mais sobre as 3 teorias educacionais e suas 
características, crie um mapa mental diferenciando-as.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Humanismo • 9/10
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Mais algumas Teorias Educacionais - o Humanismo • 10/10
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
O papel do estudante do curso EaD
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Objetivos de Aprendizagem
• Explicar o perfil do aluno dos cursos a distância.
• Compreender qual o curso voltado para o estudante virtual.
• Conhecer o aprender a aprender do aluno EaD.
• Estudar como se dá o planejamento do aluno virtual.
O papel do estudante do curso EaD
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
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Introdução 
É importante começarmos compreendendo que o perfil de aluno que procura cursos 
a distância não é o mesmo que busca cursos presenciais. Essa ideia vem ganhando 
novos rumos, porém grande parte do público que opta por realizar um curso a 
distância é composto por pessoas adultas, que muitas vezes não têm muito tempo 
para estudar em função de sua vida particular e profissional, ou que mora longe dos 
grandes centros que oferecem bons cursos, ou ainda pessoas que preferem estudar 
conforme o seu próprio ritmo, dentre outras possibilidades.
Essa corrente é chamada de andragogia. Há que se ressaltar que a preocupação com 
o estudo dos adultos teve início nos Estados Unidos e na Europa, depois do final da 1ª 
Guerra Mundial, porém somente nas últimas décadas esse foco ganhou importância.
Dentre as características necessárias para o planejamento do ensino do adulto podem 
ser citadas:
• Um currículo voltado para os interesses do aluno: para a educação do 
adulto é importante que o currículo seja ajustado às necessidades e interesses 
do estudante, visto que material didático e professores assumem um papel de 
coadjuvantes, pois o aluno é o centro do processo.
• Deve-se levar em conta a experiência do estudante: todo o conhecimento 
prévio e a experiência de vida do aprendiz adulto é relevante para a estruturação 
do curso.
• Não ser um ensino diretivo e autoritário: com os adultos não cabe um estilo 
de ensino autoritário,que imponha ações. O adulto deve poder escolher o seu 
ritmo de estudo, o local, o que estudar primeiro, dentre outras questões, que 
vão de encontro com o seu interesse.
• Deve-se adotar um conceito dinâmico de inteligência: os alunos adultos 
apresentam aspirações intelectuais que geralmente as instituições de ensino mais 
tradicionais não contemplam por serem mais rígidas e inflexíveis. O adulto tem 
um padrão de inteligência mais flexível, visto que já traz consigo muita bagagem 
pessoal e profissional.
O papel do estudante do curso EaD • 4/11
• Relação entre teoria e prática: o aprendizado do adulto deve estar centrado 
em descobrir o significado da experiência, relacionando-o com a vida. (Guarezi 
& Matos, 2012)
Vejamos agora um pouco mais sobre o perfil do aluno que escolhe estudar a distância 
e suas necessidades. Pensemos como um curso deve ser planejado para atingir essas 
necessidades.
Afinal, quem é o aluno da EaD?
É claro que o ensino a distância abriu portas (e por que não dizer fronteiras) para 
estudantes de toda parte estudarem, independente de sua localização geográfica, ou 
de suas possibilidades de horários e ritmos de estudos.
É interessante pensar que o ensino a distância possibilita uma nova nomenclatura, 
mais abrangente, para aquele que escolhe estudar fora do ambiente tradicional, é o 
‘aluno universal’. E por que? Porque um mesmo estudante pode optar por estudar 
informática no Massachusetts Institute of Technology (MIT) nos Estados Unidos, 
economia na Suíça, literatura na França, filosofia na Alemanha (isso entendendo que 
esses países oferecem cursos a distância), ou seja, pode escolher o que estudar e 
onde estudar. Pode escolher fazer vários cursos ao mesmo tempo, ou um por vez, 
mas o fato é que hoje em dia o estudante pode ser global, internacional. (Maia & 
Mattar, 2007)
O curso voltado para o estudante virtual
A primeira característica desse estudante é que ele está no centro de seu processo 
de ensino e aprendizagem, e portanto, as instituições de ensino, ao criarem cursos 
para esse perfil, precisam levar em conta o que ele precisa aprender e não o que o 
professor quer ensinar.
Esse foco deve ser levado em consideração tanto na fase do planejamento do curso, 
quanto no momento da implementação, e não no final quando o conteúdo já estiver 
pronto.
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Também devemos levar em conta que esse aprendiz não precisa mais estar presente 
fisicamente para aprender, ele pode estudar de qualquer lugar, e seu aprendizado é 
contínuo e permanente. 
Hoje em dia entendemos que o ensino não deve ser realizado em apenas alguns 
momentos de nossa vida, mas deve ocorrer ao longo de toda ela, portanto, nem o 
tempo, nem o espaço são limitadores para as ambições de aquisição de conhecimento.
Aliás, o aprendiz virtual hoje não se limita apenas a ser entendido como uma pessoa, 
porque existem comunidades e organizações que em conjunto aprendem nessa 
modalidade, inclusive, a teoria da administração já fala sobre a gestão do conhecimento 
nas empresas, tanto no que se refere ao conhecimento dos colaboradores, quanto 
ao conhecimento da própria empresa, entendida como uma organização. (Maia & 
Mattar, 2007)
Saiba Mais
Agora que você já conhece melhor o perfil do estudante a distância 
aprofunde seus estudos sobre a andragogia lendo o seguinte texto e 
vendo o vídeo escolhido.
1. Oliveira, J. F. R.; Mota, A. R. M. A. da; & Silva, F. R. M. (2022). A 
educação a distância e sua importância para a andragogia. Revista 
Ibero-americana de humanidades, ciências e educação, v. 8 n. 
7. Disponível em https://periodicorease.pro.br/rease/article/
view/6181 Acessado em 17 de dezembro de 2022.
2. Fermento Soluções de Aprendizagem. (2016) Andragogia. 
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=QCUDcU6jIQU 
Acessado em 17 de dezembro de 2022.
O papel do estudante do curso EaD • 6/11
O aprender a aprender do estudante virtual
Podemos dizer que um dos grandes desafios do aprendiz virtual é ser capaz de 
aprender a aprender com as diferentes situações com as quais se deparará em sua 
vida. O importante, nos dias atuais, é ser capaz de pesquisar e de avaliar as diferentes 
fontes de informação, excluindo as que não são relevantes, transformando-as em 
conhecimento significativo.
Sabe-se que a internet tem muitas informações à nossa disposição, mas temos que 
aprender a diferenciar as boas fontes das ruins, de maneira a adquirir conhecimento 
relevante, pertinente e verdadeiro.
Outra estratégia necessária ao aprendiz virtual é desenvolver a metacognição, 
que é a habilidade de analisar constantemente o que foi compreendido, checar 
possibilidades, alternativas, e reavaliar a sua compreensão. 
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O estudante virtual precisa ter um computador e uma boa conexão com a internet, 
deve ter a mente aberta e compartilhar suas experiências educacionais. Não deve se 
sentir abalado por falhas auditivas ou visuais no processo de comunicação (porque 
já sabe que esporadicamente elas irão ocorrer), precisa sempre querer separar uma 
quantidade significativa de seu tempo para estudar, e não deve ver seu curso como a 
maneira mais fácil de obter um diploma. 
Também precisa pensar criticamente, e se não o faz, deve desenvolver essa habilidade. 
Precisa ter capacidade de refletir, e o mais importante, ele deve acreditar que o melhor 
ensino é aquele que ocorre em qualquer lugar e a qualquer momento. 
O estudante deve ter ainda habilidade para estudar em ambientes informatizados de 
aprendizagem, com autodeterminação, organização e orientação. Precisa aprender a 
aprender de forma autônoma, desenvolver adequadas estratégias de estudo, usar os 
novos recursos de comunicação e motivação extra para os estudos, afinal, não é fácil 
ter que decidir sobre o momento e local ideal para estudar, não tendo seus colegas 
juntos, presencialmente. (Maia & Mattar, 2007)
O planejamento de estudo do aluno virtual
Ribeiro (2007, como citado em Sousa, 2015) explica que planejamento de estudos 
é a organização que leva em conta o tempo de estudo que o aluno tem disponível, 
dividindo-o diariamente, conforme a quantidade de conteúdo que precisa assimilar.
O autor também diz que estudar bem não significa estudar durante muitas horas 
seguidas, ignorando o esgotamento mental. Estudar bem é levar em consideração 
os limites e esforços que vão possibilitar o rendimento.
Para que se crie o hábito do estudo, é importante que se desenvolva organização, 
determinação, disposição e disciplina. Também deve-se determinar o tempo 
destinado ao estudo, os conteúdos que deverão ser estudados, o lugar no qual o 
estudo será efetuado, a revisão dos textos produzidos, a realização de uma pesquisa 
objetiva e também o estudo em equipe.
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No caso do ensino a distância, é fundamental o desenvolvimento da autonomia, que 
permita ao aluno organizar seus tempos em função de suas necessidades e ritmo de 
estudo. O conhecimento, para este aprendiz deve ser considerado um processo e 
não uma mercadoria. Assim alcançará o aprendizado significativo com excelência. 
(Belloni, 2008, como citado em Sousa, 2015)
Em Resumo
Tivemos a oportunidade de aprender, nesta aula, que o ensino a distância abriu portas 
para estudantes de toda parte, independente de sua localização geográfica, ou de 
suas possibilidades de horários e ritmos de estudos. Vimos que a primeira característica 
deste estudante é que ele está no centro de seu processo de ensino e aprendizagem, e 
portanto, as instituições de ensino, ao criarem cursos, precisam levar em conta o que 
ele precisa aprender e não o que o professor quer ensinar. O estudante virtual precisa 
ter um computador e uma boa conexão com a internet, deve ter a mente aberta e 
compartilhar suas experiências educacionais. O estudante deve ter ainda habilidade 
para estudar em ambientes informatizados de aprendizagem, com autodeterminação, 
organização e orientação. Precisaaprender a aprender de forma autônoma, desenvolver 
adequadas estratégias de estudo e usar os novos recursos de comunicação e motivação 
extra para os estudos. Para que se crie o hábito do estudo, é importante que desenvolva 
organização, determinação, disposição e disciplina. Também devem ser determinados 
o tempo destinado ao estudo, os conteúdos que deverão ser estudados, o lugar no qual 
o estudo será efetuado, a revisão dos textos produzidos, a realização de uma pesquisa 
objetiva e também o estudo em equipe.
Aplicação prática
Agora que já se localizou como o aluno do curso a distância, reflita 
sobre tudo que já estudou sobre esse perfil e procure anotar quais as 
diferenças em relação ao aluno que estuda presencialmente.
Mãos à obra!
O papel do estudante do curso EaD • 9/11
Na ponta da língua
O papel do estudante do curso EaD • 10/11
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
Sousa, Jaqueline Andréa Furtado de. (2015). O planejamento de estudo na educação 
a distância como prática discente no combate ao insucesso das avaliações acadêmicas. 
Um estudo de caso. [livro eletrônico] São Paulo:Blucher
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
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InterSaberes, 2012
Vantagens, desvantagens e desafios da 
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Objetivos de Aprendizagem
• Detalhar as vantagens do ensino a distância.
• Explicar as desvantagens e os desafios do ensino a distância.
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 3/13
Introdução 
Ao falarmos sobre o ensino a distância, é preciso refletir sobre o número de alunos 
que se interessa por esse tipo de metodologia de estudo e que nos últimos anos 
quintuplicou. 
Conforme texto da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed, 2022), desde 
2020, houve um aumento de 428% no setor, superando, e muito, o ensino presencial 
tradicional. E esse aumento não vai parar por aí.
Mas, o que será que motivou esse crescimento surpreendente de pessoas interessadas 
no ensino a distância? 
A resposta é simples. Parte desse fenômeno ocorre porque as pessoas sentiram 
necessidade de conciliar trabalho e estudo, e uma das grandes vantagens deste método 
é justamente a possibilidade de administração do tempo conforme as necessidades 
do aprendiz.
Como para estudar a distância não é preciso estar fisicamente e em determinado 
horário em certo local, as pessoas conseguem se organizar de forma a unir trabalho e 
educação, na famosa ‘dupla jornada’.
É claro que esse tipo de ensino apresenta vários desafios, como capacitar bem o 
corpo docente, controlar a evasão dos estudantes e criar novas técnicas de ensino, 
mas também apresenta muitas vantagens.
E quais as principais características do ensino a distância? Dentre as várias podemos 
elencar:
• O uso de tecnologia para realizar as aulas;
• Horários mais flexíveis para estudar;
• Materiais didáticos e bibliotecas oferecidos virtualmente, nos ambientes de 
estudo;
• Fóruns e tutores on-line para interagir e ajudar os estudantes e possibilitar a 
comunicação;
• Custos mais baixos tanto para quem estuda como para quem desenvolve e 
disponibiliza os cursos. (Abed, 2022)
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 4/13
Vejamos então quais são algumas das vantagens, desvantagens e desafios desta 
modalidade de ensino.
As vantagens do ensino a distância
O estudo a distância foi desenvolvido pensando em abranger estudantes com diferentes 
necessidades, que não poderiam estar sempre fisicamente em determinado local, nem 
limitados a estudar em certos horários. Pensando nisso, o ensino a distância apresenta 
uma série de vantagens que permitem uma maior adesão dos estudantes e uma 
melhor adaptação ao estudo. São elas:
1. Horário flexível: nesta modalidade é o aluno que escolhe o melhor momento 
para realizar seus estudos, sem prejudicar o restante de sua jornada. Com certeza, 
esta é a maior vantagem de todas porque permite que as pessoas conciliem 
seus diversos afazeres com a sua vontade e necessidade de estudar, dando-
lhes maior autonomia. Como os conteúdos são disponibilizados nos Ambientes 
Virtuais de Aprendizagem (AVA), os aprendentes podem acessá-los quando 
for mais conveniente. Na prática, significa que os compromissos dos alunos são 
pontuais, limitados à participação nos encontros síncronos, que muitas vezes são 
facultativos, e à participação nos trabalhos e avaliações.
2. Menor custo: sem dúvida, o fato de não precisar se locomover para algum lugar, 
permanecer no curso termina sendo mais barato, com certeza. Estudando em casa, 
ou no seu local de trabalho (ou outros, se for o caso, como no ônibus, no trem, 
na biblioteca etc.) o estudante não tem gastos com transporte, estacionamento, 
alimentação, e muitas vezes com o material didático que já é ofertado pela 
instituição de ensino virtualmente, sem contar que no conforto do seu lar o 
aluno pode aprender melhor. E a mensalidade costuma ser mais acessível. Vale 
ressaltar que para a instituição o custo também é mais barato visto que não 
precisa manter a estrutura física completa de um curso presencial, como energia 
elétrica, limpeza, água, dentre tantos outros gastos que qualquer empresa tem 
quando se constitui fisicamente. Com isso, as mensalidades costumam ser mais 
baixas e acessíveis. 
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 5/13
3. Maior mobilidade e comodidade: ao ter como base o uso da tecnologia, as 
aulas a distância oferecem aos estudantes maior mobilidade, pois podem estudar 
de qualquer lugar desde que tenham acesso à internet. É o aluno que escolhe 
quando e onde estudar, sem precisar cumprir horários. Além disso, os AVAs 
costumam conter bibliotecas virtuais que oferecem seus acervos 24h por dia.
Saiba Mais
Para conhecer mais sobre as vantagens, desvantagens e desafios do 
ensino a distância leia o seguinte texto e veja o vídeo selecionado.
1. Alves, J. M.; Ferreira, J. V.; Botrel, L.; Ferreira, M. & Araújo, P. H. 
(2020) Ensino a distância: características e desafios. Disponível em 
http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/ueadsl/article/
view/17571 Acessado em 17 de dezembro de 2022.
2. Chiapetta, A. (2020). Ensino a distância - Vantagens e desvantagens 
do EAD. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=_
CWh0SIkw3Y Acessado em 17 de dezembro de 2022.
4. Economia de tempo: como o estudante não precisa se locomover para estudar, 
ganha tempo para realizar outras atividades, como simplesmente relaxar um 
pouco antes do momento de estudo.
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 6/13
5. Pedagogia inovadora: em uma sociedade globalizada e digital, na qual o tempo 
é muito importante, o estudante não precisa mais passar horas em uma sala de aula 
presencial ouvindo o professor falar. Nos AVAs, há uma série de ferramentas de 
apoio ao aprendizado com as quais o estudante pode interagir com professores-
tutores, colegas e gestão por meio de fóruns, videoconferências, e-mail, chats, 
simulações, jogos interativos e exercícios on-line, por exemplo. Para a instituição, 
é muito importante ao desenvolver um curso a distância fazer com que o 
aluno permaneça conectado pelo tempo que for preciso até que ele assimile 
o conteúdo a ser passado. Por isso, as instituições precisam planejar bem como 
construir essescursos, inserindo novas formas de apresentação, de interação e 
de avaliação que facilitem o processo de comunicação constantemente, gerando 
uma aprendizagem mais lúdica e eficaz, mantendo a motivação.
6. Interação: por falar em interação, é importante que o estudante não se sinta 
solitário em seu processo de aprendizagem, propiciando ferramentas que 
permitam a conexão entre estudantes e professores-tutores, estudantes e colegas, 
estudantes e instituição. Vale ressaltar que aprendizes mais tímidos muitas vezes 
se desenvolvem bem nos cursos a distância, porque se sentem mais à vontade 
para expressar suas dúvidas e opiniões.
7. Ferramenta de inclusão social: no ensino a distância, pessoas que por qualquer 
motivo não consigam frequentar cursos presenciais, sentem-se inseridos. Basta 
pensar em pessoas com algum tipo de deficiência, pessoas que cuidam de outras 
pessoas em suas famílias ou profissão, pessoas que trabalham em tempo integral, 
pessoas que moram em lugares distantes de centros de ensino, pessoas de faixas 
etárias mais elevadas, dentre outras questões.
8. Reconhecimento pelo mercado de trabalho: com a evolução digital e as 
mudanças na sociedade e no mercado há um grande reconhecimento para 
aqueles que estão adaptados ao mundo digital. Sendo assim, os estudantes de 
cursos a distância são bem recebidos pelo mercado de trabalho porque possuem 
competências que os recrutadores admiram e buscam, como a facilidade com 
o trabalho remoto. Fora que as universidades, em todo o mundo, passam por 
rigoroso controle de qualidade por seus órgãos fiscalizadores, para que se tenha 
certeza que estão oferecendo cursos de nível.
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 7/13
9. Disciplina: estudantes que optam pela modalidade a distância acabam 
desenvolvendo organização e disciplina, qualidades muito importantes para o 
mercado profissional e porque não pessoal. O aluno aprende a organizar seu 
tempo, desenvolvendo o senso de disciplina e autonomia.
10. Protagonismo do aluno: nesta modalidade o estudante se torna protagonista, 
agindo de forma ativa no seu processo de aprendizagem, determinando seu 
horário de estudo, seu ritmo, o conteúdo que prefere estudar ou a tarefa que 
prefere executar. Ele pode reler os textos, rever os vídeos, ouvir novamente os 
podcasts, revisar o conteúdo quantas vezes quiser, pesquisar materiais extra e 
utilizar as diferentes ferramentas e métodos que preferir para potencializar o 
seu estudo.
11. Gestão pedagógica centralizada para os tutores: com a concentração das 
atividades realizadas pelos alunos nos AVAs, os tutores conseguem fazer um 
levantamento claro e completo do que o aluno executa e da evolução de seu 
desempenho.
12. Múltiplos canais de comunicação: além de todas as vantagens já elencadas 
tem-se assim a possibilidade de comunicação por múltiplos canais como fóruns, 
vídeos, videoconferências, teleconferências, chats, podcasts, e-mails, grupos 
de Whatsapp, dentre tantas outras ferramentas. (Abed, 2022; Ead, 2022; Ead 
Plataforma, 2021; UTP, 2021)
Desvantagens e desafios
Com tantas vantagens, será que há também desvantagens, ou poderíamos dizer… 
desafios? 
 Falta de concentração
Uma das desvantagens que pode ser enfatizada é a falta de concentração. Talvez 
estando em sala de aula presencial seja mais fácil que o cérebro compreenda que 
se está em um momento de estudo. Ao estar em outro local é mais fácil existirem 
distrações que comprometam o bom rendimento do estudante.
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 8/13
O mundo da internet é um campo muito vasto de distrações, e uma olhada apenas no 
celular pode fazer com que o aluno perca algumas horas de estudo, ou estou falando 
besteira?
Estando em casa é muito mais fácil que alguém bata à nossa porta, que haja mais 
pessoas por perto que podem fazer barulho, que toque o telefone, que alguém ligue 
a televisão, que bata aquela fome, e aí… já sabemos o que pode acontecer.
O desafio de estudar em casa, ou no trabalho, ou no trem, no metrô ou no ônibus é 
se organizar, manter o foco e ser responsável, com disciplina e determinação.
 Menos ou nenhum contato presencial
Muitos alunos reclamam da falta de contato presencial com professores, colegas e 
gestão da instituição, o famoso ‘olho no olho’, ou o ‘calor humano’.
A educação a distância vem tentando driblar esse desafio, inovando em ferramentas 
de interação social, que ampliem as possibilidades de networking e de aprendizado 
colaborativo. 
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 9/13
Esse ponto pode ser contornado com aulas ao vivo, com a criação de grupos de 
discussão, de grupos de Whatsapp, e chats, que permitem a interação mais tête-à-
tête, como se diz no francês. 
 Necessidade de gestão de tempo e maturidade
Não podemos esquecer que o estudo independente requer responsabilidade, 
concentração e capacidade de gerenciar o tempo, habilidades que precisam de 
maturidade, que nem sempre são conseguidas pelos estudantes, que terminam 
desistindo do curso ou sentindo falta de características do ensino presencial, que 
querem refletir no ensino a distância.
Aprendizes que não desenvolvem essas habilidades terminam procrastinando e 
muitas vezes não chegam ao fim do curso, culpando a instituição de ensino, porém, 
esquecem que o protagonista do ensino a distância é ele próprio e que a gestão de 
tempo e a maturidade são requisitos para escolher essa modalidade.
 Acesso à internet e dispositivos eletrônicos
Um último ponto que merece destaque com relação às desvantagens e desafios é 
a necessidade de um bom acesso à internet e de computador, notebook, tablet ou 
aparelho celular. Não é preciso que sejam aparelhos modernos e com muita tecnologia, 
mas com bom acesso à rede.
Sem dúvida, quando a conexão é muito falha os momentos síncronos ficam 
comprometidos, mas nada que impeça um estudante de estudar, até porque muitas 
vezes esses encontros são gravados e é possível vê-los quando quiser.
Agora que já conhecemos bastante sobre o panorama geral e a estrutura inicial do 
ensino a distância, vamos nos concentrar em conhecer sobre a implantação do ensino 
a distância. Nos encontramos na próxima Unidade. (Abed, 2022; Ead, 2022; Ead 
Plataforma, 2021; UTP, 2021)
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 10/13
Em Resumo
Aprendemos ao longo desta aula que o ensino a distância tem sido cada vez mais 
procurado porque as pessoas sentiram necessidade de conciliar trabalho e estudo, e uma 
das grandes vantagens deste método é justamente a possibilidade de administração 
do tempo conforme as necessidades do aprendiz. Estudamos dentre as vantagens o 
horário flexível, o menor custo, a maior mobilidade e comodidade, a economia de 
tempo, a pedagogia inovadora, a interação, ser uma ferramenta de inclusão social, o 
reconhecimento pelo mercado de trabalho, a disciplina, o protagonismo do aluno, a 
gestão pedagógica centralizada para os tutores, e os múltiplos canais de comunicação, 
e dentre as desvantagens e desafios a falta de concentração, menos ou nenhum contato 
presencial, a necessidade de gestão de tempo e maturidade, bem como o acesso à 
internet e dispositivos eletrônicos. Espero que tenham gostado.
Aplicação prática
Caro aluno, agora que você já conheceu um pouco sobre as vantagens, 
desvantagens e desafios do ensino a distância, faça um quadro sinóptico 
e esquematize seu conhecimento.
Você pode utilizar este recurso em qualquer ponto do texto.
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 11/13
Na ponta da língua
Vantagens, desvantagens e desafios da EaD • 12/13
Referências Bibliográficas
Associação Brasileira de Educação a Distância. (2022). Vantagens do EaD: que 
competências os alunos podem ganhar? Disponível em https://www.abed.org.br/site/
pt/midiateca/textos_ead/2155/2022/08/vantagens_do_ead_que_competencias_os_
alunos_podem_ganhar Acessado em 15 de novembro de 2022.
Ead. (2022). Confira 8 benefícios do ensino a distância para sua formação.Disponível 
em https://www.ead.com.br/blog/beneficios-do-ensino-a-distancia Acessado em 15 de 
novembro de 2022.
Ead Plataforma. (2021). Vantagens e desvantagens da EAD: conheça a fundo a 
metodologia de ensino. Disponível em https://blog.eadplataforma.com/setor-ead/
vantagens-desvantagens-ead/. Acessado em 15 de novembro de 2022.
Universidade Tuiuti do Paraná. (2021). Quais as vantagens e os desafios do ensino a 
distância? Disponível em https://www.tuiuti.edu.br/blog-tuiuti/quais-as-vantagens-e-os-
desafios-do-ensino-a-distancia. Acessado em 15 de novembro de 2022.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
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InterSaberes, 2012
A Proposta Pedagógica do Curso EaD
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A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Identificar como selecionar a proposta pedagógica ideal para um curso EaD.
• Explicar como ocorre o planejamento para a implantação de um curso a 
distância.
A Proposta Pedagógica do Curso EaD
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 3/12
Introdução 
Já sabemos que o estudo a distância vem ganhando cada vez mais destaque e crescendo 
em grandes proporções nos últimos tempos, em todo o mundo. Isso porque é uma 
modalidade de ensino que permite aos estudantes estudarem como quiserem, quando 
quiserem e de onde quiserem, com menores custos, sem tempo de translado e sem 
precisar organizar o seu planejamento conforme a estrutura formal da modalidade 
presencial.
Vivemos em uma sociedade baseada no intercâmbio imediato e constante de 
informação, porém, no que diz respeito ao ensino, não é simplesmente treinar 
pessoas para usarem as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), trata-se 
de preparar seres humanos para, por meio das TICs, se integrarem nas sociedades 
como profissionais bem preparados e cidadãos éticos, capazes de tomar decisões 
bem fundamentadas e de interagir num mundo globalizado.
No que se refere ao planejamento e organização de um curso a distância, é 
fundamental que os gestores estejam preparados para realizar esse planejamento e 
o desenvolvimento completo de um curso que contemple tudo o que seus alunos 
precisam, com qualidade.
Portanto, vamos conhecer um pouco mais agora sobre como se dá esse processo de 
planejamento, construção e desenvolvimento de cursos focados no ensino a distância. 
Venha comigo!
A proposta pedagógica
Qualquer curso que queira ser bem sucedido precisa elaborar uma boa proposta 
pedagógica, que dê o norte para qualquer decisão que venha a ser tomada. Em um 
primeiro momento, é necessário saber onde se quer chegar e como se quer chegar, 
para unir esforços em prol desse objetivo.
É fundamental criar mecanismos que possibilitem planejar, organizar e capacitar a 
gestão para executar e controlar as atividades, a fim de que esses objetivos sejam 
atingidos. 
A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 4/12
Ao desenvolver o projeto de implantação de um curso EaD, a gestão precisa levar 
em conta o tempo disponível, a gestão de pessoas, o custo-benefício e a qualidade, 
dentre outras questões. 
A implementação exige uma estrutura institucional, caso o curso esteja sendo criado, ou 
uma mudança estrutural, caso esteja fazendo uma adequação, quebrando paradigmas, 
visto que é um tipo de ensino que não acontece somente em sala de aula (virtual ou 
não). Deve ocorrer uma mudança no sistema administrativo como um todo. (Pereira 
et. al, 2020)
Ao iniciar o processo de planejamento, é preciso investigar o que se adequaria melhor 
para a aprendizagem de alunos adultos, que são o grande foco do ensino a distância 
atual, bem como a formação necessária do indivíduo. 
Não se pode esquecer que as pessoas aprendem, veem e sentem de forma diferente, 
ou seja, as pessoas não usam as mesmas percepções do mesmo jeito. Cada qual é um 
indivíduo único, com necessidades próprias e o ensino a distância precisa levar isso 
em conta no momento de estruturar a sua proposta pedagógica. 
O foco é preparar um curso que estimule o estudante a assumir um papel ativo e de 
autonomia.
A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 5/12
Saiba Mais
Se tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre o processo de 
implantação de um curso a distância leia os seguintes textos.
1. Senter; L. & Raymundo, G. M. C. (2018). Desafios na Implantação 
de Cursos a Distância. Revista Científica em Educação a Distância. 
Disponível em https://eademfoco.cecierj.edu.br/index.php/
Revista/article/view/703 Acessado em 17 de dezembro de 2022.
2. Castro, J. M. de; & Ladeira, E. da Silva. (2010). Gestão e 
planejamento de cursos a distância (EaD) no Brasil. Disponível 
em https://www.researchgate.net/profile/Jose-De-Castro-4/
publication/266732569_GESTAO_E_PLANEJAMENTO_DE_
CURSOS_A_DISTANCIA_EAD_NO_BRASIL_UM_ESTUDO_
DE_CASOS_MULTIPLOS_EM_TRES_INSTITUICOES_DE_
ENSINO_SUPERIOR/links/5438473b0cf204cab1d6d2e8/
GESTAO-E-PLANEJAMENTO-DE-CURSOS-A-DISTANCIA-EAD-
NO-BRASIL-UM-ESTUDO-DE-CASOS-MULTIPLOS-EM-TRES-
INSTITUICOES-DE-ENSINO-SUPERIOR.pdf Acessado em 17 de 
dezembro de 2022.
A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 6/12
O planejamento para a Implantação
Polak (2012) expõe um planejamento inicial a ser desenvolvido para implantar um 
curso a distância. 
Figura 1 - 1ª etapa do Planejamento Estratégico de um curso EaD
Fonte: Polak, 2012, p. 3
A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 7/12
Para a autora, primeiramente faz-se necessário definir algumas questões, como:
• • Selecionar parcerias e definir contratos;
• • Idealizar e implementar a infraestrutura tecnológica;
• • Planejar e inserir o trabalho multidisciplinar;
• • Formar e treinar especialistas, tutores e conteudistas;
• • Desenvolver o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) que precisa conter 
ferramentas interativas para aulas síncronas e assíncronas;
• • Criar o plano de gestão;
• • Conhecer, implantar e respeitar os instrumentos legais que normatizarão o 
curso.
Polak (2012) também detalha que é preciso criar as infraestruturas que são 
indispensáveis para que os 3 subsistemas do curso possam se desenvolver. Vale 
ressaltar que nenhum desses subsistemas é mais importante do que o outro.
Figura 2 - Subsistemas para o Projeto do curso EaD
Fonte: Polak, 2012, p. 3
A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 8/12
De maneira geral, os cursos são ofertados por uma ou por várias mídias, como a 
impressa com envio pelo correio e pela internet, a mídia radiofônica, com suporte da 
mídia impressa e da televisiva, ou mesmo a integração de várias mídias, chamada de 
convergência midiática, na qual empregam-se ao mesmo tempo materiais impressos, 
radiofônicos, televisivos, da internet, videoconferências e teleconferências, entre 
outros recursos. Tudo é uma questão de planejamento, organização e escolhas.
A interatividade (aluno-material-conteúdo) é ainda mais rica quando ocorre a 
mediação do docente no AVA e nos momentos de encontro síncrono.
Vale ressaltar que o sucesso (ou não) e a qualidade (ou não) do curso idealizado não 
depende apenas da forma como ele é ofertado, mas também depende de como 
ocorre a relação entre os 3 subsistemas. (Polak, 2012)
Vamos juntos, ao longo das próximas aulas, conhecer aos poucos todas as etapas e 
detalhes do planejamento para a implantação de um curso a distância.
Em Resumo
Foi possível aprender, nesta aula, que no que se refere ao planejamento e organização 
de um curso a distância, é fundamental que os gestores estejam preparados para 
realizar esse planejamento e o desenvolvimento completo de um curso que contemple 
tudo o que seus alunos precisam, com qualidade. Vimos quequalquer curso que queira 
ser bem sucedido precisa elaborar uma boa proposta pedagógica, que dê o norte para 
qualquer decisão que venha a ser tomada. Em um primeiro momento, é necessário 
saber onde se quer chegar e como se quer chegar, para unir esforços em prol desse 
objetivo. Também aprendemos que é fundamental criar mecanismos que possibilitem 
planejar, organizar e capacitar a gestão para executar e controlar as atividades, para 
que esses objetivos sejam atingidos, e que ao desenvolver o projeto de implantação de 
um curso EaD, a gestão precisa levar em conta o tempo disponível, a gestão de pessoas, 
o custo-benefício e a qualidade, dentre outras questões. O foco é preparar um curso 
que estimule o estudante a assumir um papel ativo e de autonomia.
A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 9/12
Aplicação prática
Faça uma pesquisa na qual identifique um exemplo de instituição de 
ensino que tenha realizado a implantação de um curso a distância com 
sucesso.
A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 10/12
Na ponta da língua
A Proposta Pedagógica do Curso EaD • 11/12
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Paula, Keilla Carrijo de; Ferneda, Edilson; & Campos Filho, Maurício Prates de. (2004). 
Elementos para implantação de cursos à distância. Colabor@ - Revista Digital da CVA-
Ricesu.
Pereira, Samáris Ramiro; Previtali-Sampaio, Ívia Campos; Seraphim, Jovelino Sérgio; 
Loddi, Sueli Aparecida; & Brick, Vanessa de Souza. (2020). Implementação de cursos 
a distância no ensino superior. Congresso Internacional de Educação e Tecnologia. 
Polak, Ymiracy N de S. (2012). Modos de implantação da educação a distância. 
Associação Brasileira de Educação a Distância - ABED. Disponível em http://www.abed.
org.br/arquivos/Modos_de_implantacao_EAD_Ymiracy_Polak.pdf Acessado em 20 de 
novembro de 2022.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
A Implantação do curso EaD
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A Implantação do curso EaD • 2/10
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar o modelo para a Implantação do curso EaD, levando em conta o tipo 
de curso, o design do curso, a implementação, as interações e o ambiente. 
• Conhecer outras características importantes para a implantação do curso EaD.
A Implantação do curso EaD
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
A Implantação do curso EaD • 3/10
Introdução 
Já conversamos diversas vezes, ao longo do curso, sobre a importância das TICs e a 
sua influência no crescimento exponencial da modalidade a distância no ensino. Esse 
imenso crescimento deu-se e dá-se principalmente em função de propiciar o respeito 
aos limites individuais de cada estudante, considerando as distâncias, os tempos, as 
necessidades e as limitações sócio-econômicas, assim como o acesso a tecnologias, 
gerando interação entre indivíduos que se encontram em qualquer parte do mundo. 
É um tipo de aprendizado que acontece em qualquer momento e local e, portanto, 
precisa de um planejamento especial no ‘desenho’ de curso, de técnicas especiais de 
ensino, de métodos especiais para a comunicação tecnológica, assim como uma boa 
organização e estrutura administrativa. (Paula, Ferneda & Campos Filho, 2004)
Vejamos então um modelo para a implantação de um curso a distância. 
O modelo para a Implantação do curso EaD
Moore e Kearsley (1996, como citado em Paula, Ferneda & Campos Filho, 2004) 
idealizaram um plano para a implantação de um curso EaD que se baseia em 5 partes.
Figura 2 - Modelo Sistêmico para a EaD
Fonte: Moore e Kearsley, como citado em Paula, Ferneda e Campos Filho, 2004, p. 4
Vejamos sobre cada uma dessas etapas.
A Implantação do curso EaD • 4/10
 O tipo de curso
Escolher o tipo de curso a ser criado não é tarefa fácil e depende de inúmeras questões 
que precisam ser analisadas antecipadamente pela equipe responsável pela fase da 
estruturação do curso. 
Saiba Mais
Se tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre a implantação e a 
gestão de cursos a distância leia os seguintes textos.
1. Duarte, Z. M. C. (2011). Educação a distância (EaD): estudo 
dos fatores críticos de sucesso na gestão de cursos da região 
metropolitana de Belo Horizonte na visão dos tutores. Disponível 
em http://www.fumec.br/anexos/cursos/mestrado/dissertacoes/
completa/zalina_maria.pdf Acessado em 17 de dezembro de 
2022.
2. Mill, D.; Brito, N. B.; Silva, A. R. da; & Almeida, L. F. (2010) 
Gestão da educação a distância: noções sobre planejamento, 
organização, direção e controle de educação a distância. 
Disponível em https://www.researchgate.net/profile/Daniel-Mill/
publication/321808230_Gestao_da_educacao_a_distancia_EaD_
nocoes_sobre_planejamento_organizacao_direcao_e_controle_
da_EaD/links/5bfaa48ea6fdcc538819bf36/Gestao-da-educacao-
a-distancia-EaD-nocoes-sobre-planejamento-organizacao-
direcao-e-controle-da-EaD.pdf Acessado em 17 de dezembro de 
2022.
A Implantação do curso EaD • 5/10
Dentre essas questões, podemos citar as necessidades dos alunos, a filosofia de trabalho 
da instituição de ensino que implantará o curso, os especialistas que serão necessários, 
as estratégias pedagógicas do curso, a formação necessária aos professores-tutores-
mediadores, a necessidade de professores conteudistas que desenvolvam o conteúdo 
certo e eficaz para o curso, as atividades que permearão a formação dos estudantes 
no curso, os suportes necessários para o curso, dentre outras inúmeras questões.
 O design do curso
Há uma série de tarefas que precisam ser executadas para que o design no curso 
fique completo e bem estruturado na modalidade a distância.
Dentre essas tarefas, podemos citar o design estrutural que trará o layout do curso, 
a ‘cara’ do curso que será vista pelos usuários, o planejamento em si do curso, que 
formatará o seu design, a produção dos materiais que serão usados pelos estudantes 
e as estratégias de avaliação.
Estudaremos cada um desses pontos com mais detalhes, mais adiante.
 A implementação
Neste momento, estará sendo realizada a execução, de fato, do curso. Será o momento 
de colocar em prática tudo o que foi idealizado, fornecendo aos alunos material 
adequado, suporte, garantia da passagem de informação e uma boa comunicação por 
meio de material impresso, áudio, vídeo, teleconferência, videoconferência, materiais 
midiáticos, softwares, etc., que diferenciam o curso a distância do presencial.
A escolha das ferramentas e suportes a serem utilizados no curso deve estar 
definitivamente estipulada nesta fase, e os materiais do curso já devem estar prontos.
Este é o momento de colocar a mão na massa, efetivamente.
A Implantação do curso EaD • 6/10
 As interações
Já sabemos que, no curso a distância, as interações não acontecem apenas entre o 
aluno e o professor ou o aluno e o material, mas também entre o aluno e o tutor, 
o aluno e os colegas de turma, e ainda entre o aluno e todos os demais elementos 
que fazem parte do mundo do estudantes como a família, a comunidade, o trabalho, 
dentre outros, e ainda, e principalmente, com a tecnologia.
As Tecnologias de Informação e Comunicação possibilitam inúmeros tipos de 
interação mediatizada antes impensáveis, bem como de interatividade com materiais 
inovadores e de ótima qualidade e variedade.
O fato de podermos usar em nossas aulas ferramentas digitais como e-mails, listas 
e grupos de discussão e transmissão, mídias digitais, e diversas outras ferramentas 
síncronas e assíncronas trazem uma série de vantagensporque possibilitam juntar 
a flexibilidade da interação com a independência de tempo e local, sem perder a 
qualidade.
 O ambiente
Finalmente, ao falarmos sobre o ambiente do curso a distância, passamos a ter a 
possibilidade de estudar em diversos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, sem que 
exista a necessidade de estar em uma sala de aula física e presencial, o que significa 
que este novo modelo abre as fronteiras do ensino para qualquer local (isso sem falar 
no tempo de cada pessoa).
No ensino a distância, estudantes e docentes estão separados fisicamente. (Paula, 
Ferneda & Campos Filho, 2004)
A Implantação do curso EaD • 7/10
Outras características importantes para a implantação do 
curso EaD
Em resumo, podemos dizer que para que a implantação de um curso a distância 
efetivamente ocorra é necessário que:
1. O curso oferecido esteja focado na questão pedagógica e não na tecnologia, 
que será a ferramenta a ser usada, mas não a base. 
2. O curso tenha objetivos bem traçados, público-alvo bem definido e expectativas 
bem delimitadas.
3. O curso e os programas atendam às necessidades dos alunos, tendo um 
planejamento bem definido, equipes claramente delimitadas e comprometimento 
da instituição como um todo. 
4. O conteúdo das disciplinas atenda às necessidades dos estudantes, preparando-
os, efetivamente, para o mundo do trabalho e para a convivência em sociedade, 
assim como que sejam integrados às tecnologias escolhidas para o curso.
5. Na EaD, o contato entre educadores e estudantes ocorre de forma indireta, 
portanto o aprendizado precisa acontecer sem a presença constante do 
professor/tutor/mediador, mas de forma efetiva e com qualidade.
A Implantação do curso EaD • 8/10
6. O curso utilize mídias apropriadas para o conteúdo que se pretende passar e 
como se pretende passar, oferecendo vantagens e benefícios pedagógicos e 
financeiros para os estudantes, nesse sentido.
7. O curso estimule a criação de comunidades virtuais entre os aprendizes.
8. Finalmente, a metodologia escolhida propicie flexibilidade de aprendizagem 
para os estudantes de forma que ele consiga aprender no seu ritmo, quando e 
onde quiser.
Vale ainda ressaltar que para termos um diagnóstico prévio à implantação de um 
curso EaD é importante analisar os seguintes pontos:
• Qual o público-alvo?
• Quais as necessidades desse público-alvo?
• Quais são os pré-requisitos necessários para que a execução do curso dê certo?
• Qual o contexto social e geográfico que deve ser considerado?
• Quais os recursos tecnológicos necessários?
• Quais as expectativas do professor e do aprendiz?
• Quais os objetivos gerais e específicos do curso?
• Quais os conteúdos que serão ensinados?
• Qual o cronograma de desenvolvimento e execução do curso? (Paula, Ferneda 
& Campos Filho, 2004)
 Em Resumo
Tivemos a oportunidade de aprender, nesta aula, que o ensino a distância é um tipo 
de aprendizado que acontece em qualquer momento e local e, portanto, precisa de 
um planejamento especial no ‘desenho’ de curso, de técnicas especiais de ensino, de 
métodos especiais para a comunicação tecnológica, assim como uma boa organização 
e estrutura administrativa. Estudamos como ocorre o processo de implantação de um 
curso EaD, levando em conta o tipo de curso, o design do curso, a implementação, 
as interações e o ambiente. Vimos ainda algumas características importantes para a 
implantação desse curso e o que deve ser analisado previamente. Espero que tenha 
gostado.
A Implantação do curso EaD • 9/10
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
OSTERWALDER, A. Business Model Generation – Inovação em Modelos de Negócios, 
1 ed. . RIO DE JANEIRO – RJ – Alta Books, 2020
JOHNSON, M. Reinvent your Business Model, 1 ed. Boston – Massachusetts – Harvard 
Business Review Press, 2018
A Implantação do curso EaD • 10/10
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
A Preparação e a Comunicação no curso 
EaD
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A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar como ocorre o processo de comunicação no ensino a distância.
• Compreender a preparação e o acompanhamento no ensino a distância 
(docentes, estudantes e equipe multidisciplinar).
A Preparação e a Comunicação no curso EaD
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 3/12
Introdução 
Uma das grandes vantagens do ensino a distância é que vem sendo uma poderosa 
ferramenta de inclusão social, visto que todas as pessoas, de qualquer lugar do 
mundo, com qualquer deficiência ou dificuldade, seja física, emocional, ou financeira, 
tem a chance de estudar, e isso faz com que seja uma modalidade de ensino muito 
democrática.
Porém, para que realmente seja uma ferramenta de inclusão, precisa prestar atenção a 
algumas questões como a acessibilidade dos estudantes à internet e a disponibilidade 
de aparelhos como computadores, tablets e celulares, dentre outros, porque sem eles 
o aprendizado não acontece.
Um outro detalhe é que ainda que o ensino seja a distância, alguns encontros são 
necessários, para que os estudantes se sintam amparados.
No ensino híbrido (blended learning), ocorrem alguns encontros presenciais, mas no 
ensino completamente a distância, esses momentos precisam ser síncronos, para que 
os aprendizes se sintam mais engajados e motivados a continuar.
Vejamos então um pouco sobre o processo de comunicação e interação que ocorre no 
ensino a distância e ainda o sistema de preparação e acompanhamento do processo.
O processo de comunicação no ensino EaD
No planejamento do curso a distância, é essencial que o processo de comunicação 
não seja unidirecional, ou seja que a informação tenha ida e volta, caso contrário o 
aluno sentirá que não consegue transmitir à instituição qualquer informação que sinta 
necessidade de passar, já seja um elogio ou alguma falha no processo.
A correta interação, seja ela qual for e entre quem for, precisa de uma comunicação 
bidirecional, visto que:
• Estimula a motivação e o engajamento do aprendiz;
• Facilita o aprendizado do estudante, intercambiando comentários, sugestões, 
explicações, dentre outros;
• Permite que o aluno acompanhe o andamento de sua situação;
A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 4/12
• Possibilita identificar deficiências do curso que precisam ser sanadas.
Vale ressaltar que o processo eficiente de comunicação é muito mais definido pela 
proposta pedagógica da instituição do que pelos limites criados pela distância, isso, 
porque muitas vezes no próprio ensino presencial a comunicação ocorre de forma 
unidirecional e autoritária. Portanto, é o projeto pedagógico de cada instituição, 
independente do modelo, que vai sustentar a comunicação eficiente entre estudantes 
e a instituição de ensino.
Por meio das mídias que são empregadas no curso, que, conforme já ensinado, podem 
ser impressas, por vídeos, por televisão, pela internet, é possível que o processo de 
comunicação entre os diversos usuários se dê de maneira flexível e dinâmica.
Ao se planejar, por exemplo, o material didático que será utilizado no curso, e para 
que ocorra, deveras, uma aprendizagem ativa, é necessário se ater a alguns detalhes 
como escrever como se estivesse conversando com o estudante, como em um diálogo 
encorajador, é a famosa linguagem dialógica, que faz com que o aprendiz se sinta 
próximo do professor, refletindo com ele.
Sendo assim, o uso da internet consolida novas formas de comunicação na educação, 
possibilitando, inclusive trocas que produzem conhecimentos colaborativos, com 
compartilhamentode informações.
Vale reiterar que no ensino a distância o foco é que o estudante atue de forma ativa 
em seu processo de aprendizagem e que os demais agentes contribuam para que 
isso ocorra, não é verdade? (Guarezi & Matos, 2012)
A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 5/12
Saiba Mais
Para conhecer um pouco mais sobre o processo de comunicação nos 
cursos a distância leia os seguintes textos e reflita a respeito.
1. Tenório, A.; Junior, J. F.; & Tenório, T. (2015). A visão de tutores 
sobre o uso de fóruns em cursos a distância. Revista Brasileira de 
Aprendizagem Aberta e a Distância. Disponível em http://seer.
abed.net.br/index.php/RBAAD/article/view/264 Acessado em 17 
de dezembro de 2022.
2. Slomski, V. G.; Araujo; A. M. P. de.; Camargo, A. S. S.; Weffort, E. F. J. 
(2016). Tecnologias e mediação pedagógica na educação superior 
a distância. Disponível em https://www.scielo.br/j/jistm/a/5GM3ch
mQBwDdKcp3snZYFKc/?format=pdf&lang=pt Acessado em 17 
de dezembro de 2022.
A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 6/12
A preparação e o acompanhamento do ensino EaD
Para que tudo dê certo, no processo de criação de um curso EaD, deve haver um 
planejamento para preparar estudantes e professores para aprenderem e 
ensinarem a distância, assim como preparar toda a equipe envolvida, como os 
coordenadores, os mediadores, os editores, os conteudistas, enfim, todos aqueles 
que direta ou indiretamente trabalham para a construção e execução desse curso, a 
equipe multidisciplinar. 
Todos precisam conhecer em profundidade a proposta pedagógica do curso, para 
agirem coletiva e colaborativamente de forma a garantir a qualidade.
Para tanto, é necessário que se forme uma equipe bem capacitada que será a 
responsável pela preparação dos docentes, alunos e demais agentes.
Essa equipe precisa ter uma formação em pedagogia para que seja conhecedora de 
como o aluno aprende e de suas necessidades, assim como de EaD, conhecendo os 
princípios da andragogia, visto que, conforme já estudamos, a maior parte do público 
alvo desta metodologia de ensino costuma ser adulto. (Guarezi & Matos, 2012)
Vejamos juntos mais detalhes dessa preparação.
 A preparação dos docentes
Sabemos que boa parte dos professores têm muita experiência em sala de aula, mas 
pouco ou nenhum conhecimento sobre tecnologias e ensino a distância.
Então precisa receber um treinamento inicial, ficar ciente da proposta pedagógica 
do curso, entender quais as ferramentas tecnológicas que precisarão ser utilizadas, 
compreender quais as necessidades do aluno nesse curso em especial, e depois ter 
um acompanhamento constante da equipe, que poderá ajudá-lo na elaboração do 
material que irá utilizar. (Guarezi & Matos, 2012)
O professor do curso a distância precisa se capacitar para assumir diferentes funções. 
Ele pode ser tutor, curador, conteudista, designer, monitor, coordenador, etc.
A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 7/12
Como autor de material, ele deverá elaborar e organizar os conteúdos necessários 
aos alunos. Precisará planejar o conteúdo, escolher as letras, os tamanhos, as cores, 
os fundos, o layout, escolher o material visual a ser inserido como imagens, figuras, 
diagramas, tabelas, gráficos, fotos etc., escolher sons e animações, dominar recursos 
multimídias, dentre outras habilidades.
Como curador, ele deverá checar o material desenvolvido, ajustar falhas de escrita, 
diagramação, modificar enunciados, títulos, reescrever parte de conteúdos quando 
assim for necessário e rever continuamente o material, de forma que esteja sempre 
atualizado e que seja dinâmico para os alunos.
Como designer, poderá ser um designer gráfico e visual, responsável pela tecnologia 
educacional ou ser um designer instrucional, sendo o responsável pelo planejamento 
global do curso.
Também pode criar ou auxiliar no desenvolvimento dos Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem, visto que tem experiência em educação, contato com os alunos e 
acompanha o seu aprendizado.
Pode ainda ser um consultor para o mercado EaD, realizando monitoria, ou 
coordenando diversos grupos de professores.
E pode assumir a função de tutor, organizando sua sala de aula virtual, definindo 
ou fazendo cumprir o calendário do curso, explicitando as regras do curso e das 
aulas, delimitando o início de fim das atividades, acompanhando o aprendizado 
dos estudantes, coordenando os tempos de acesso aos materiais e atividades, 
desempenhando um papel administrativo e organizacional, sendo um guia dos alunos. 
(Maia & Mattar, 2007)
 A preparação dos alunos
Visto que a maior parte do público-alvo do ensino a distância está composta por 
adultos, é preciso levar em conta que se por um lado têm muita experiência de vida, 
tanto profissionalmente, como em sociedade, por outro não nasceram na era da 
informática, e apresentam, às vezes, bastante dificuldade com o uso da tecnologia e o 
ensino fora da sala de aula.
A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 8/12
Portanto, caso não haja um bom planejamento, a execução do curso pela instituição 
pode terminar tendo resultados muito negativos, porque os estudantes podem não 
estar preparados para essa modalidade.
Além das dificuldades com as tecnologias, muitas vezes esses estudantes têm muitos 
afazeres em suas vidas, então precisam de um curso objetivo, bem planejado, que 
lhes possibilite usar seu tempo de forma eficiente, para que não decidam desistir.
Então, como uma forma de preparo para o aluno é importante que antes do começo 
do curso ele saiba o que é a EaD e como é o curso a distância, quais as diferenças 
com relação ao curso presencial, para que ele não confunda as modalidades quando 
começar seus estudos. 
Também é importante que ele compreenda as vantagens e as limitações, quais são 
os papéis de cada agente envolvido na modalidade, principalmente do papel do 
professor-tutor-mediador, que não tem mais aquela função do professor presencial 
expositor de conteúdos.
Precisa ainda entender a relevância de ele próprio assumir o seu papel de sujeito ativo, 
e quais as características e habilidades que precisa ter para estudar nessa modalidade.
É fundamental que compreenda profundamente a proposta pedagógica do curso, 
os objetivos, os conteúdos, as formas de avaliação e demais estruturas, assim como as 
ferramentas tecnologias com as quais precisará estudar a distância. (Guarezi & Matos, 
2012)
 A preparação e o acompanhamento dos demais agentes - 
Equipe Multidisciplinar
Quando decidimos implantar um curso a distância a ser oferecido para a comunidade 
é essencial que se crie uma equipe multidisciplinar composta por um designer 
pedagógico, uma equipe de tutores e professores capacitados, uma equipe de apoio 
logístico, um grupo de professores conteudistas, dentre outros profissionais.
A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 9/12
E é fundamental que toda essa equipe envolvida no preparo do curso saiba quais 
são os seus papéis. Todos precisam estar comprometidos com a qualidade do curso 
que se pretende oferecer, com as necessidades dos estudantes, com a qualidade e 
comprometimento do atendimento ao aluno, dos materiais proporcionados, e todas 
as demais questões que possibilitarão que o aluno fique satisfeito com o que lhe está 
sendo oferecido. (Guarezi & Matos, 2012)
Cada grupo de profissionais dessa equipe terá como responsabilidade um conjunto 
de ações, e um fluxo de trabalho, e todas as equipes precisam desenvolver bem o 
seu trabalho de forma a não comprometer o resultado do todo, ou seja, o trabalho 
de uma equipe compromete a qualidade e o funcionamento das demais. Estão todas 
interligadas. 
Portanto, é preciso que elas troquem experiências e se mantenham em diálogo 
constante para que as metas e objetivos do curso se consolidem, desenvolvendo, 
efetivamente, uma prática pedagógica multidisciplinar. (Paiva, Ferreira & Cunha, 2005)
A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 10/12
Em Resumo
Vimos, nesta aula, que no planejamento do cursoa distância é essencial que o processo de 
comunicação seja bidirecional, ou seja que a informação tenha ida e volta, caso contrário 
o aluno sentirá que não consegue transmitir à instituição qualquer informação que sinta 
necessidade de passar, já seja um elogio ou alguma falha no processo. Aprendemos que 
o processo eficiente de comunicação é muito mais definido pela proposta pedagógica 
da instituição do que pelos limites criados pela distância, isso, porque muitas vezes no 
próprio ensino presencial a comunicação ocorre de forma unidirecional e autoritária. 
Vimos que o uso da internet vem consolidando novas formas de comunicação na 
educação, possibilitando, inclusive trocas que produzem conhecimentos colaborativos, 
com compartilhamento de informações. No caso do preparo e acompanhamento do 
curso, o professor precisa se capacitar para assumir diferentes funções, como a de 
tutor, curador, conteudista, designer, monitor, coordenador etc. Em se tratando dos 
estudantes, vimos que além das dificuldades com as tecnologias, muitas vezes eles têm 
muitos afazeres em suas vidas, então precisam de um curso objetivo, bem planejado, 
que lhes possibilite usar seu tempo de forma eficiente, para que não decidam desistir. 
Então, como uma forma de preparo para o aluno, é importante que antes do começo 
do curso ele saiba o que é a EaD e como é o curso a distância, quais as diferenças 
com relação ao curso presencial, para que ele não confunda as modalidades quando 
começar seus estudos. Também aprendemos que a equipe multidisciplinar precisa ser 
bem escolhida e trabalhar em sincronia e em conjunto para que uma parte da equipe 
não comprometa o desempenho dos demais.
A Preparação e a Comunicação no curso EaD • 11/12
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
OSTERWALDER, A. Business Model Generation – Inovação em Modelos de Negócios, 
1 ed. . RIO DE JANEIRO – RJ – Alta Books, 2020
JOHNSON, M. Reinvent your Business Model, 1 ed. Boston – Massachusetts – Harvard 
Business Review Press, 2018
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
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O Desenvolvimento do curso EaD • 2/11
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar como ocorre o desenvolvimento dos cursos a distância focado nos 
materiais didáticos escolhidos.
• Compreender a importância das TICs no desenvolvimento do curso a 
distância.
O Desenvolvimento do curso EaD
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
O Desenvolvimento do curso EaD • 3/11
Introdução 
O conceito ‘tecnologias disruptivas’ foi difundido por Clayton Christensen e representa 
inovações que provocam rupturas em estruturas de negócios já constituídas, mudando 
paradigmas. 
Diante dessas tecnologias inovadoras, empresas que são novas e mais enxutas terminam 
tendo mais vantagens e flexibilidade para lidar com mudanças, isso porque essas 
empresas iniciam seus negócios focando em nichos de mercado que não recebem 
muita atenção, mudando radicalmente o contexto do mercado local.
Tecnologias disruptivas são aquelas que fazem com que as empresas precisem 
fazer as coisas de forma diferente. Dentre elas, podemos citar, com certeza, o uso da 
internet.
Pode-se dizer que essas tecnologias podem destruir negócios antigos e criar 
novos, como pode ser observado com as mídias como jornais e livros que vêm 
perdendo espaço para as mídias digitais.
Após essa contextualização, é preciso enfatizar que a educação vem passando 
por muitas mudanças nas últimas décadas, mudanças essas radicais, que estão 
transformando a forma como ensinamos e aprendemos.
Sem dúvida, uma fatia de mercado antes ignorada, e que vem sendo explorada 
pelas empresas de educação disruptiva são os adultos, principalmente os adultos 
trabalhadores.
Antes mesmo da aparição e crescimento da internet, o ensino a distância já estava de 
olho nesse público, os trabalhadores que não tinham conseguido concluir no tempo 
normal seus estudos e que precisavam terminar ou se reciclar.
Portanto, esse é um dos motivos de o ensino a distância estar tão ligado ao ensino de 
adultos.
Vamos, então, estudar um pouco melhor como o ensino a distância se desenvolve, 
focado principalmente nesse público-alvo. (Maia & Mattar, 2007)
O Desenvolvimento do curso EaD • 4/11
O desenvolvimento do ensino a distância focado no material 
didático escolhido
Para que a proposta pedagógica seja realizada de maneira efetiva, é essencial planejar 
a logística dessa execução.
Para a efetiva execução de um curso EaD, o desenvolvimento precisa considerar o 
diagnóstico prévio que foi realizado com relação ao público-alvo, à produção e à 
escolha do material didático mais apropriado, à metodologia que será implementada, 
aos instrumentos que serão usados nas avaliações, à produção técnica, à comunicação, 
ao suporte que será oferecido e ainda à avaliação do curso como um todo.
Ao falarmos em material didático, não podemos esquecer que ele é o esqueleto 
do curso a distância, ou seja, a base de sustentação do interesse e motivação dos 
estudantes pelo curso, e portanto, precisa ser muito bem escolhido e elaborado.
Imaginemos um material que não esteja pronto em tempo para determinado curso 
pode causar muita dor de cabeça, até que se encontre uma alternativa à altura para a 
troca que precisará ser realizada.
Ao ser um curso EaD, devemos levar em conta que não reproduza aulas convencionais. 
É preciso que o curso tenha um sistema de monitoramento do andamento do aluno 
on-line, que faça com que ele consiga, realmente, desenvolver um estudo mais 
independente.
Para tanto, é necessário verificar que todo o curso esteja focado em oferecer atividades 
interativas, flexíveis e inovadoras.
No desenvolvimento do curso, escolher adequadamente o material didático é 
fundamental. Ele deve estar de acordo com a proposta pedagógica do curso e precisa 
ter passado por um rigoroso processo de análise.
Não podemos esquecer que, no curso a distância, o tutor-mediador está longe do 
estudante, e portanto, o material precisa ser claro, mediatizado, dinâmico, de forma a 
motivar o estudo por parte dos aprendizes, sem a presença física desse ‘guia’.
É imprescindível que o material possibilite a autoaprendizagem dos estudantes, e 
portanto deve ser muito bem escolhido e desenvolvido.
Apresentar ao estudante um material claro, bem escrito, mediatizado, com atividades 
O Desenvolvimento do curso EaD • 5/11
lúdicas, interessantes e que insiram a colaboração e a interação, e ainda avaliações 
interessantes, que estimulem, realmente, a aquisição de conhecimento significativo 
farão com que ele queira permanecer curso, por sentir-se acolhido e satisfeito, com 
a segurança de que conseguirá aprender, precisando, a cada tempo, de menos 
interferência dos professores-tutores, transformando-se aos poucos em um sujeito 
cada vez mais autônomo e independente.
Portanto, é essencial que o professor conteudista receba todas as informações possíveis 
sobre o perfil do estudante desse curso, e que após a sua elaboração, passe por uma 
revisão de conteúdo, de redação e de linguagem, adequando-os às necessidades do 
curso a distância. (Guarezi & Matos, 2012)
Os materiais usados em um curso a distância podem incluir, além dos textos tradicionais, 
e que precisam mesmo fundamentar o conhecimento que será passado, sons e imagens. 
Quando o material possibilita que o aprendiz faça uma imersão em seu conteúdo, 
múltiplos sentidos podem ser envolvidos como os olhos, ouvidos, dedos, intuição, 
imaginação, etc., valorizando o lado lúdico e experimental.
Essas novas formas de interaçãocom o material digital não substituem as formas orais e 
impressas tradicionais, necessárias para o processo de ensino e aprendizagem, porém 
elas transformam e inserem novas dimensões, novos sentidos e novas percepções 
para aquilo que está sendo ensinado, exigindo novas metodologias e novas ações. 
(Kenski, 2015)
Conforme Espírito Santo e Borhz (2015, como citado em Pereira et. al, 2020) dentre 
os tipos de material existentes tem-se:
1. Conteúdo mais suporte: que separa o conteúdo, de fato, e o auxílio que o 
tutor-mediador precisa dar para que se alcance a compreensão plena desse 
material;
2. Wrap around: no qual parte do tempo é dedicado às interações on-line e na 
outra parte oferece-se um conteúdo pré-determinado;
3. Modelo integrado: que combina atividades colaborativas, recursos para o 
aprendizado e algumas atividades em grupos.
O Desenvolvimento do curso EaD • 6/11
Saiba Mais
Para compreender melhor a importância das Tecnologias de Informação 
e Comunicação, as TIC, no desenvolvimento dos cursos a distância, leia 
os seguintes textos e pense como se deu o processo de evolução e 
inserção delas na educação.
1. Cruz, F. F. da S. da; & Morais, N. O. (2021). A importância das 
TICs no processo de desenvolvimento da educação a distância. 
Revista Científica de Tecnologias para Educação. Disponível 
em http://45.71.6.16/index.php/ticseadfoco/article/view/539 
Acessado em 17 de dezembro de 2022.
2. Reis, A. T. V. (2016). A importância das TICs e da educação como 
processo comunicacional dialógico no ensino superior: um estudo 
da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Disponível em 
http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1465 Acessado em 17 
de dezembro de 2022.
O Desenvolvimento do curso EaD • 7/11
As TICs no desenvolvimento do curso a distância
Além da atenção e cuidado na escolha e elaboração do material didático, a análise 
das ferramentas tecnológicas que serão implementadas no desenvolvimento do curso 
também é fundamental.
As TICs são as diversas tecnologias que de forma direta ou indireta interferirão nos 
processos de comunicação que ocorrerão entre os diversos agentes e usuários do 
curso. 
No início do curso, o aluno precisa ser incluído digitalmente, isso significa que é 
necessário treinamento ou capacitação para que se tenha a certeza que ele adquiriu 
o conhecimento para navegar pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem e encontrar 
tudo o que precisa para aprender.
Não podemos esquecer que não cabe apenas inserir as TICs no curso. Para que ocorra, 
realmente, uma educação de qualidade, com metodologias inovadoras, devemos 
integrar espaços e tempos de forma que a aprendizagem ocorra unindo os espaços 
físicos e digitais. 
Logicamente, instituição e estudantes precisam ter uma conexão de internet de 
qualidade para que seja possível interagir nas atividades síncronas e assíncronas.
Além do uso para o estudo em si, as TICs também auxiliam a gestão dos cursos 
propiciando a transmissão de informações entre as instituições e toda a comunidade 
envolvida, como professores, tutores, colaboradores, ex-alunos, alunos, e demais 
agentes.
Por meio das TICs, tem-se o controle das informações dos estudantes, como dados 
pessoais, histórico e demais documentos apresentados pelo ingressante, certificados, 
diplomas, pedidos de aproveitamento de disciplinas e diversos outros documentos e 
comprovações. Quando existe um banco de dados bem estruturado, o acesso a essas 
informações torna-se muito mais rápido e eficaz.
A infraestrutura de TICs necessária abrange hardware e softwares, bem como os 
processos relevantes para a sua gestão.
Vale ressaltar algo muito importante no que se refere às tecnologias de informação e 
comunicação que é a segurança dos dados. Assim, exige-se critério e bons programas 
que garantam essa segurança para todos os usuários. (Pereira et. al, 2020)
O Desenvolvimento do curso EaD • 8/11
Em Resumo
Aprendemos, nesta aula, que para a efetiva execução de um curso EaD, o desenvolvimento 
precisa considerar o diagnóstico prévio que foi realizado com relação ao público-alvo, 
à produção e à escolha do material didático mais apropriado, à metodologia que será 
implementada, aos instrumentos que serão usados nas avaliações, à produção técnica, à 
comunicação, ao suporte que será oferecido e ainda à avaliação do curso como um todo. 
Também vimos que além da atenção e cuidado na escolha e elaboração do material 
didático, é fundamental que se realize uma análise das ferramentas tecnológicas que 
serão implementadas no desenvolvimento do curso e ainda que se prepare o estudante 
(e demais agentes) para que interaja com o AVA, realizando seus estudos de forma 
eficiente e encontrando as informações necessárias quando quiser e com segurança.
O Desenvolvimento do curso EaD • 9/11
Na ponta da língua
O Desenvolvimento do curso EaD • 10/11
Referências Bibliográficas
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Kenski, Vani Moreira. (2015). Tecnologias e ensino presencial e a distância. [livro 
eletrônico]. Campinas, SP: Papirus.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
Pereira, Samáris Ramiro; Previtali-Sampaio, Ívia Campos; Seraphim, Jovelino Sérgio; 
Loddi, Sueli Aparecida; & Brick, Vanessa de Souza. (2020). Implementação de cursos 
a distância no ensino superior. Congresso Internacional de Educação e Tecnologia. 
Disponível em https://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2020/article/
view/1257/931 Acessado em 20 de novembro de 2022. 
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
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InterSaberes, 2012
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O Desenvolvimento do curso EaD • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar a importância da mediação pedagógica na execução do curso a 
distância.
• Compreender as competências necessárias aos mediadores.
• Estudar as atribuições do mediador.
• Traçar os desafios da mediação no curso da distância.
O Desenvolvimento do curso EaD
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
O Desenvolvimento do curso EaD • 3/12
Introdução 
Os dois elos da corrente no ensino a distância (assim como em qualquer modalidade 
de ensino, diga-se de passagem) são o estudante e o professor por meio de uma 
plataforma digital. Sem eles o processo de ensino e aprendizagem não acontece e é 
entre eles que ocorre a maior mediação.
Recapitulemos algumas reflexões que fomos aprendendo ao longo de nosso curso ou 
ao longo de nossa prática educativa e pensemos um pouco a respeito da importância 
da mediação.
Dentre os saberes que Vygotsky compartilha em seus estudos, está que o pensamento e, 
junto com ele, a aprendizagem, têm como base a integração entre as dimensões afetiva 
e cognitiva, e o ‘outro’ é fundamental para que ocorra a aquisição de conhecimento, 
auxiliando na realização das atividades educativas.
O conhecimento, conforme Piaget, o precursor do construtivismo, é estruturado pela 
interação que ocorre com o meio, questionando as ideias do ensino tradicional. Isso 
significa que os vínculos que ocorrem são fundamentais para que cada um construa e 
organize o seu saber.
Devemos relembrar também que Wallon defende que somos essencialmente 
‘emocionais’ quando somos crianças e aos poucos vamos nos transformando em 
sócio-cognitivos, algo que se dá com o tempo.
Para Feuerstein, as Experiências de Aprendizagem Mediada (EAM) têm a ver com 
a transformação que ocorre em um ambiente por meio de um mediador, que é o 
responsávelpor selecionar, organizar, filtrar e programar os diversos estímulos para 
que o conhecimento aconteça.
Finalmente Maria Montessori, criadora do modelo montessoriano, enfatiza que é 
necessário que o estudante tenha mais autonomia e autodesenvolvimento, realizando 
seu estudo em seu tempo, e as mediações que ocorrem propiciam o progresso nesse 
sentido. (Ead Plataforma, 2020)
Estudemos agora sobre como se dá o processo de mediação pedagógica, sua 
importância e o processo de avaliação da EaD. Venha comigo mais um pouco.
O Desenvolvimento do curso EaD • 4/12
A mediação pedagógica no curso EaD
Adquirir conhecimento exige esforço, persistência e paciência, e com a mediação 
esse processo ocorre de uma forma um pouco mais suave e agradável.
Quando estamos diante de cursos a distância, essa aquisição de conhecimento deve 
ter como base a interatividade, que precisa envolver os diversos agentes e também o 
ambiente, criando e desenvolvendo vínculos, vivências e interações entre estudantes, 
professores, tutores, direção, suporte técnico, administração, dentre outros, de forma 
colaborativa, organizada e bidirecional (por que não dizer multidirecional?).
Nos cursos a distância, o tutor-mediador é o suporte mais direto e próximo do 
aprendiz, é aquele que possibilita e estimula a interação e a colaboração, motivando-o, 
estimulando a troca de experiência entre os diversos estudantes, a comunicação em 
grupos e o respeito às diferenças.
A construção do conhecimento vai ocorrendo aos poucos, à medida que as interações 
entre aluno-material, aluno-outros alunos, e aluno-tutor vão acontecendo, por meio 
da integração dos conteúdos à prática, com o estímulo e acompanhamento do tutor.
Deve-se valorizar o autoconhecimento, a autoavaliação, e os resultados obtidos a cada 
tarefa entregue e corrigida (e aprovada, claro).
E o tutor-mediador, ‘presente a distância’, de forma sutil a cada passo, deve fortalecer 
e estimular essas interações, sendo um facilitador, um guia.
São os tutores que incentivam o estudo e a pesquisa, o compartilhamento de 
informações, o estudo colaborativo, que provoca reflexões, esclarece dúvidas, avalia 
as tarefas feitas e acompanha os estudantes ao longo de seus estudos. (Guarezi & 
Matos, 2012)
As competências necessárias aos mediadores
Os tutores mediadores precisarão ser sempre avaliados com relação:
1. Ao conhecimento pertinente ao conteúdo que está sendo ministrado no curso;
2. Ao conhecimento geral sobre a instituição na qual o curso está sendo ofertado;
3. Ao perfil dos estudantes;
O Desenvolvimento do curso EaD • 5/12
4. Às suas habilidades com relação ao uso de tecnologias de informação, 
comunicação oral e comunicação escrita;
5. Às suas atitudes no que se refere à sua flexibilidade, à sua facilidade de se 
relacionar com os estudantes e demais agentes, e à sua postura ética. (Guarezi & 
Matos, 2012)
Saiba Mais
Para entender melhor sobre a importância da mediação no 
desenvolvimento de um curso a distância leia os seguintes textos.
1. Galasso, B. J. B. ; & Matuda, F. G. (2021). A Mediação Pedagógica 
a Distância como Processo de Formação Docente: o Caso da 
UNIVESP. Revista Científica de Educação a Distância. Disponível 
em https://eademfoco.cecierj.edu.br/index.php/Revista/article/
view/1323 Acessado em 17 de dezembro de 2022.
2. Crepaldi, N. P.; & Santos, A. R. dos. (2021). Mediação pedagógica 
no ensino à distância: o papel do tutor em ambientes colaborativos 
de aprendizagem. Disponível em https://econtents.bc.unicamp.
br/inpec/index.php/tsc/article/view/15806 Acessado em 17 de 
dezembro de 2022.
O Desenvolvimento do curso EaD • 6/12
As atribuições do mediador
Dentre as principais atribuições do mediador podemos citar:
1. Planejar as aulas conforme a proposta pedagógica e as novas teorias de 
aprendizagem, inserindo metodologias ativas.
2. Refletir sobre as formas de avaliação no curso a distância, levando em conta os 
feedbacks que deverão ser dados aos estudantes.
3. Escolher as diversas tecnologias que serão inseridas no curso, diversificando-as, 
incluindo videoaulas, e-books, podcasts, plataforma e-learning, webconferências 
etc.
4. Refletir sobre a inserção contínua de novas formas de ensinar, aproveitando os 
recursos que estão disponíveis nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem.
5. Valorizar a autonomia dos estudantes e seu papel ativo no processo de 
aprendizagem, aproveitando seus conhecimentos prévios, estimulando o 
compartilhamento de experiências e a inclusão. (Ead Plataforma, 2020)
Podemos dizer ainda que caberá ao tutor organizar a sala virtual, definir e divulgar o 
calendário e os objetivos do curso, assim como as regras que deverão ser seguidas. 
O Desenvolvimento do curso EaD • 7/12
Precisa deixar bem claro, o início e o fim das atividades, acompanhar o desempenho 
e progressividade dos estudantes, coordenar o tempo de acesso aos materiais e 
atividades, checar o cumprimento dos prazos de entrega, desempenhando um papel 
administrativo e organizacional.
É o mediador o responsável pelo primeiro contato com a turma, pela apresentação do 
curso/disciplina, por meio de mensagens de boas vindas, por exemplo, estimulando a 
apresentação dos estudantes, com um fórum de apresentação, e tentar identificar os 
alunos que são mais introvertidos para que consigam interagir.
O mediador, também, deve enviar mensagens de motivação e de agradecimento, dar 
feedbacks das avaliações de forma clara, gerar o senso de comunidade e cooperação 
na turma, precisando de um alto grau de inteligência interpessoal, exercendo um 
papel social.
Deve haver um canal extra classe pelo qual o estudante possa entrar em contato com 
seu tutor e aguardar a sua resposta quando tiver dúvidas no momento do estudo.
Com relação à função pedagógica, cabe ao tutor-mediador além de corrigir as 
atividades, incentivar a pesquisa, dar dicas de buscas ao referencial adequado para 
o estudo, fazer perguntas, relacionar diversos comentários, bem como coordenar 
debates, encorajando o compartilhamento e a construção do conhecimento. 
Cabe ao tutor, ainda, esclarecer sobre o material textual, visual e multimídia, 
desempenhando uma função tecnológica.
Para tanto, é fundamental que as instituições desenvolvam projetos de treinamento e 
capacitação aos tutores, inclusive para o uso das ferramentas empregadas na tutoria, 
de forma contínua.
Em seu novo papel, o mediador passa a ser um ‘guia do lado’ (guide on the side), 
passando de orador a tutor, de expositor a facilitador e de avaliador a mediador da 
aprendizagem. (Maia & Mattar, 2007)
Os desafios da mediação no curso a distância
Estruturar um curso a distância e organizar uma mediação que seja eficiente e 
condizente com a qualidade do curso que está sendo ofertado não é tarefa fácil. É 
preciso observar uma série de fatores e analisar várias situações.
O Desenvolvimento do curso EaD • 8/12
Vejamos alguns dos desafios que os mediadores precisarão enfrentar.
1. Compreender que o professor mediador não é o ‘senhor’ do conhecimento e 
que os estudantes precisam adotar uma postura mais ativa em seu processo de 
aprendizagem.
2. Não desviar o foco de sua preocupação principal que é o estudante.
3. Refletir sobre a compreensão que o aluno está tendo no que diz respeito aos 
conteúdos com os quais está tendo contato, levando em conta que alguns podem 
ter mais dificuldade para assimilá-los, assim como podem ter mais dificuldade 
de uso e acesso à internet.
4. Não esquecer que o professor está assumindo um outro papel que é o de 
mediador e estimulador e guia do aprendizado.
5. Refletir sobre as diferentes necessidades intelectuais, emocionais, físicas, sociais 
e culturais dos estudantes.
6. Ser empático e manter a escuta ativa, acolhendo os estudantes e mantendo a 
inclusão social.
7. Estimular o pensamento crítico para que os estudantes aprendam tendo como 
base os seus questionamentos e dúvidas. (Ead Plataforma, 2020)
O Desenvolvimento do curso EaD • 9/12
Em Resumo
Aprendemos, nestaaula, que os dois elos da corrente no ensino a distância são o 
estudante e o professor por meio de uma plataforma digital. Sem eles, o processo de 
ensino e aprendizagem não acontece e é entre eles que ocorre a maior mediação. 
Compreendemos que, em se tratando de cursos a distância, a aquisição de conhecimento 
deve ter como base a interatividade, que precisa envolver os diversos agentes e também 
o ambiente, criando e desenvolvendo vínculos, vivências e interações entre estudantes, 
professores, tutores, direção, suporte técnico, administração, dentre outros, de forma 
colaborativa, organizada e bidirecional. Também estudamos que nos cursos a distância, 
o tutor-mediador é o suporte mais direto e próximo do aprendiz, aquele que possibilita e 
estimula a interação e a colaboração, motivando-o, estimulando a troca de experiência 
entre os diversos estudantes, a comunicação em grupos e o respeito às diferenças. E 
ainda tivemos acesso a algumas das competências e atribuições dos tutores e os desafios 
que precisam ser superados para que a mediação aconteça de forma eficiente. Espero 
que tenha gostado.
O Desenvolvimento do curso EaD • 10/12
Na ponta da língua
O Desenvolvimento do curso EaD • 11/12
Referências Bibliográficas
Ead Plataforma. (2020). Desafios e oportunidades: o que é mediação pedagógica 
na EAD? Disponível em https://blog.eadplataforma.com/setor-ead/o-que-e-mediacao-
pedagogica-ead/# Acessado em 03 de dezembro de 2022
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Maia, Carmem; & Mattar, João. (2007). ABC da EaD. [livro eletrônico]. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
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InterSaberes, 2012
A Avaliação nos Cursos a Distância
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A Avaliação nos Cursos a Distância • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar como deve ocorrer o processo de avaliação no curso a distância.
• Compreender quais são as funções e as modalidades da avaliação.
• Conhecer os critérios usados para a escolha da avaliação mais adequada e 
quais os instrumentos usados.
A Avaliação nos Cursos a Distância
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
A Avaliação nos Cursos a Distância • 3/12
Introdução 
Ao iniciarmos nossa aula sobre o processo de avaliação nos cursos a distância, 
precisamos refletir sobre se avaliar, se dar nota, significa ‘julgamento’, ou sucesso ou 
insucesso da aprendizagem.
Vale ressaltar que para muitos professores, gestores e alunos esse é o entendimento, 
mas será que o processo de avaliação deve ser relegado a apenas ‘julgar’ o quanto o 
estudante conseguiu (ou não) assimilar, ou, vendo pelo outro ponto de vista, o quanto 
o docente conseguiu (ou não) passar o conhecimento necessário?
Pensando no ensino a distância, no qual o aprendiz é o principal responsável pelo seu 
próprio aprendizado, será que a avaliação significa apenas o quanto ele conseguiu 
(ou não) assimilar o conhecimento? Ou ainda, o quanto o material didático oferecido 
pelo curso e os recursos e ferramentas foram efetivos no aprendizado ministrado ao 
estudante?
Acredito piamente que a avaliação deve ser vista como uma possibilidade potencial 
de aprendizagem e não como um processo de julgamento, o que acha meu aluno?
Pensando na disseminação dos cursos a distância nos últimos anos, novas reflexões 
sobre o assunto surgiram, como: será que a aprendizagem precisa de avaliação? Quais 
os tipos de avaliação que respeitam o aluno e seu ritmo de aprendizagem? Que 
avaliações conseguem medir, de fato, a aprendizagem que ocorre a distância? Será 
que é possível adequar as formas tradicionais de avaliação para o curso a distância, se 
é que elas serviram bem ao ensino presencial? (Conrad & Openo, 2019)
Vejamos agora sobre as características do processo avaliativo nos cursos a distância.
O processo de avaliação
Ao olharmos para trás, ao longo do tempo, podemos observar que a avaliação tem 
como base sua função, as diferentes modalidades que podem ser aplicadas, os critérios 
adotados e os instrumentos de medição da aprendizagem. Veremos cada um deles 
ao longo desta aula.
A Avaliação nos Cursos a Distância • 4/12
Podemos, ainda, nos dias atuais, considerar que a avaliação é um grande desafio 
para boa parte dos professores, assim como para os estudantes também, que muitas 
vezes não entendem seu propósito. E, será que os docentes conseguem garantir uma 
avaliação realmente significativa?
Conforme Luckesi (2001, p. 174, como citado em Rocha, 2014, p. 1), “a avaliação 
da aprendizagem na escola tem dois objetivos: auxiliar o aluno no seu processo 
de desenvolvimento pessoal, a partir do processo ensino-aprendizagem e prestar 
informações à sociedade acerca da qualidade do trabalho educativo realizado”.
Não podemos esquecer que a avaliação está conectada às diretrizes educacionais do 
ensino a distância, especificando inclusive o tipo de avaliação a ser aplicado conforme 
o curso ou disciplina ministrada.
Na visão positivista e tecnicista, aplica-se à avaliação um foco quantitativo, visando 
atribuir notas e classificar o desempenho dos estudantes, enfatizando o produto e 
não o processo em si.
Já na visão cognitivista, avaliação tem foco qualitativo, que visa a melhoria da 
qualidade da educação, com ênfase no processo, buscando a construção do 
conhecimento.
Então, podemos dizer que a forma como avaliamos reflete a educação na qual 
acreditamos. Portanto deve fazer parte de todo o processo de aprendizagem. Deve 
estimular o crescimento do estudante.
Vamos entender, agora, qual a diferença entre verificação da aprendizagem e avaliação 
da aprendizagem.
Verificação: momento pontual de constatação e quantificação do desempenho dos 
estudantes;
Avaliação: tomada de decisão quantitativa e qualitativa sobre o desempenho dos 
estudantes.
Isto posto, percebemos que a verificação é uma ferramenta da avaliação, que ocorre 
muitas vezes durante os cursos a distância, e não é uma quantificação, visto que vai 
além das informações obtidas. (Guarezi & Matos, 2012)
A Avaliação nos Cursos a Distância • 5/12
As funções da avaliação
Já sabemos que o processo de avaliação é dinâmico, visto que tem a ver com as diretrizes 
que os docentes definem no momento de sua aplicação. Para aprofundarmos nossos 
estudos, vejamos algumas das suas funções.
●	 Avaliação durante o processo: é a avaliação aplicada de forma constante, como 
uma avaliação diagnóstica, diária, que possibilita fazer previsões, tomar decisões 
e fazer ajustes;
●	 Autoavaliação: é aquela que possibilita a auto compreensão do conhecimento 
adquirido pelo próprio aluno;
●	 Avaliação motivadora: é aquela que serve para avaliar o crescimento do 
conhecimento;
●	 Avaliação que visa aprofundar a aprendizagem: é aquela que mede a 
qualidade da avaliação na prática;
●	 Avaliação que auxilia a aprendizagem: é aquela que utiliza diversos estilos 
de aprendizagem e que realiza diferentes intervenções. (Rocha, 2014)
Saiba Mais
Assista os seguintes vídeos sobre avaliação para conhecer mais sobre a 
sua importância no ensino a distância e os tipos de avaliação.
1. Univesp. (2016). Elizabeth Almeida. O que é avaliação em EAD? 
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=YOLx_rBgEa8 
Acessado em 17 de dezembro de 2022.
2. Pott, F. (2010). Avaliação da aprendizagem na EaD: modalidades 
e ferramentas. Disponível em https://www.youtube.com/
watch?v=nAr0v3ChzMU Acessado em 17 de dezembro de 2022.
A Avaliação nos Cursos a Distância • 6/12
As modalidades de avaliação
Sabemos queo processo de avaliar significa diagnosticar, observar comportamentos, 
atitudes, desempenhos, de forma a, no final do processo, identificar o quanto foi 
assimilado (isso no caso dos estudantes) e que mudanças são necessárias para que o 
processo seja mais eficiente (no caso das instituições de ensino).
Para avaliar, podem ser usadas algumas modalidades, conforme o momento e a 
necessidade. São elas:
1. Avaliação diagnóstica: é a modalidade investigativa, que faz uma previsão, 
que traça o perfil do aluno. É com ela que o docente consegue identificar em 
que ponto está o estudante diante das aprendizagens que lhe foram oferecidas.
2. Avaliação contínua ou formativa: é a modalidade realizada diariamente, 
para medir o comportamento e o desenvolvimento do estudante ao longo do 
processo e não apenas em momentos específicos. 
A Avaliação nos Cursos a Distância • 7/12
3. Avaliação final ou somativa: é a que avalia os resultados, que identifica onde 
estão os erros e o que precisa ser alterado para melhorar a qualidade do ensino. 
É a avaliação realizada para verificar o progresso (ou não) do aprendiz no final de 
determinada etapa, aferindo resultados para aperfeiçoar o processo de ensino. 
(Guarezi & Matos, 2012; Rocha, 2014)
Os critérios para a escolha da avaliação
Podemos dizer que os critérios são os pilares de sustentação de uma avaliação realmente 
significativa e ativa. Os critérios empregados para escolher e desenvolver a 
melhor avaliação para determinado momento definem a qualidade e o zelo 
com a educação, levando em conta os objetivos da avaliação (o que vou avaliar), 
quais os instrumentos que serão usados na avaliação, e o que precisa ser modificado 
ou melhorado para termos resultados mais eficazes. (Rocha, 2014)
Os instrumentos usados na avaliação
É importante pensar sobre quais instrumentos serão utilizados para medir o grau de 
conhecimento passado e adquirido no curso. 
Habitualmente, comparamos o esperado e o obtido no desempenho dos alunos, 
medido pela aplicação de provas e instrumentos punitivos, existindo uma certa 
desconfiança e receio no uso de instrumentos que meçam a capacidade de aprender 
de forma cooperativa e coletiva, usando instrumentos como o Conselho de Classe 
(nas escolas), o pré-teste (teste diagnóstico), a autoavaliação, a avaliação cooperativa, 
a observação direta, o relatório, as provas com alternativas e as provas dissertativas, 
dentre outros. (Rocha, 2014)
Mais algumas informações sobre a avaliação na EaD
Pensando efetivamente nos cursos a distância, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
oferecem várias ferramentas que possibilitam diagnosticar e acompanhar o 
desempenho dos estudantes, e fazer o cruzamento dos resultados, obtendo uma 
avaliação final do desempenho global dos aprendizes.
A Avaliação nos Cursos a Distância • 8/12
Não podemos esquecer que não é apenas o estudante que está sendo avaliado. Nessa 
análise global do desempenho, estão sendo verificados todos os fatores e agentes 
envolvidos no processo, ou seja, os conteúdos oferecidos, as atividades propostas, as 
estratégias de aprendizagem escolhidas, a mediação do tutor, e as formas usadas na 
mediação, assim como todos os recursos oferecidos, prazos, e demais instrumentos.
E todos esses fatores precisam ser realmente analisados para que as possíveis falhas 
ou fracassos de um curso não recaiam apenas no estudante que deixou a desejar.
A avaliação deve ser pensada para ser uma facilitadora do processo de ensino-
aprendizagem, possibilitando a construção significativa do conhecimento, 
propulsora de melhorias. (Guarezi & Matos, 2012)
Para finalizar, vejamos algumas competências que precisam ser avaliadas na EaD:
●	 do ensino-aprendizagem: estimular a aprendizagem colaborativa e cooperativa, 
incentivar a autonomia e fortalecer a aprendizagem a partir da ‘busca’.
●	 da didática das nuvens: incorporar novas competências que possibilitem 
aprender com as redes sociais, nas comunidades virtuais de aprendizagem, 
através do m-learning, dos MOOCs, dos Recursos Educacionais Abertos (REAs), 
dentre outros.
●	 dos indicadores de desempenho: melhorar competências que permitam 
planejar e acompanhar os diversos indicadores de qualidade, que levem a uma 
aprendizagem significativa, os indicadores de cooperação, os indicadores de 
conformidade e de resultado.
●	 do contexto: desenvolver capacidades que permitam avaliar sem esquecer as 
diversidades de realidades socioculturais, socioeconômicas, sociopolíticas, éticas 
e ideológicas.
●	 dos estilos de aprendizagem: ter um olhar diferenciado ao avaliar aspectos 
cognitivos, físicos, e emocionais, levando em conta os diferentes estilos de 
aprendizagem conforme estejamos diante de estudantes mais jovens ou mais 
adultos, ou advindos de diferentes lugares ou culturas, ou com diferentes 
realidades e necessidades.
●	 das destrezas tecnológico-midiáticas: levar em conta a necessidade de 
dominar as tecnologias de informação e comunicação previstas pelo curso. 
(Rocha, 2014)
A Avaliação nos Cursos a Distância • 9/12
 Em Resumo
Aprendemos, nesta aula, que na visão positivista e tecnicista a avaliação tem um 
foco quantitativo, visando atribuir notas e classificar o desempenho dos estudantes, 
enfatizando o produto e não o processo em si. Já na visão cognitivista, a avaliação tem 
foco qualitativo, que visa a melhoria da qualidade da educação, com ênfase no processo, 
buscando a construção do conhecimento. Isso significa que a forma como avaliamos 
reflete a educação na qual acreditamos, portanto deve fazer parte de todo o processo 
de aprendizagem e deve estimular o crescimento do estudante. Vimos que não é apenas 
o estudante que está sendo avaliado. Na análise global do desempenho, são verificados 
todos os fatores e agentes envolvidos no processo, ou seja, os conteúdos oferecidos, as 
atividades propostas, as estratégias de aprendizagem escolhidas, a mediação do tutor, 
e as formas usadas na mediação, assim como todos os recursos oferecidos, prazos, e 
demais instrumentos. Estudamos as funções e as diferentes modalidades de avaliação, 
assim como os critérios usados para a sua escolha e os instrumentos que podem ser 
aplicados. Percebemos que não é tarefa fácil escolher a melhor forma de avaliar, e que 
é necessário refletir bastante a respeito.
A Avaliação nos Cursos a Distância • 10/12
Na ponta da língua
A Avaliação nos Cursos a Distância • 11/12
Referências Bibliográficas
Conrad, Dianne & Openo, Jason. (2019). Estratégias de avaliação para a aprendizagem 
online. Associação Brasileira de Educação a Distância. Disponível em https://www.
abed.org.br/arquivos/Estrategias_de_avaliacao_para_aprendizagem_online_Athabasca.
pdf Acessado em 03 de dezembro de 2022.
Guarezi, Rita de Cássia Menegaz & Matos, Márcia Maria de. (2012). Educação a 
distância sem segredos. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Rocha, Enilton Ferreira. (2014). Avaliação na EaD: estamos preparados para avaliar? 
Associação Brasileira de Educação a Distância. Disponível em https://www.abed.org.
br/arquivos/Avaliacao_na_EaD_Enilton_Rocha.pdf Acessado em 03 de dezembro de 
2022.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
A Escolha do Ambiente Virtual de 
Aprendizagem
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A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 2/13
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer o conceito de Ambiente Virtual de Aprendizagem.
• Explicar o processo de escolha de um AVA para o curso a distância.
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
A Escolha do AmbienteVirtual de Aprendizagem • 3/13
Introdução 
Diante de um novo contexto educacional, no qual o foco tem sido o ensino a distância 
em detrimento do ensino tradicional, presencial, surge uma grande preocupação, que 
se refere a como os cursos serão ministrados aos estudantes com maestria e eficácia.
No ensino a distância, sabemos que o aprendiz deixa de ser ensinado e passa a ser 
aquele que escolhe o que quer aprender, como quer aprender, onde e quando quer 
aprender, sendo o responsável pelo seu processo de ensino-aprendizagem, utilizando 
para tanto um Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Podemos dizer que as plataformas de ensino possibilitam que os Ambientes Virtuais 
de Aprendizagem simulem uma sala de aula com a mesma qualidade ou até com uma 
melhor qualidade que a ofertada pelos cursos tradicionais.
Claro que, para tanto, o curso precisa estar muito bem estruturado e o AVA precisa 
oferecer aos estudantes tudo o que eles precisam para se sentirem seguros e motivados. 
(Vieira & Luciano, 2005; EadBox, 2020)
Conheçamos sobre em que consiste o AVA e como deve ser feita a sua escolha na 
hora de estruturar um curso a distância. Venha comigo!
O conceito de Ambiente Virtual de Aprendizagem
Para Vieira e Luciano (2005), os AVAs são cenários com diversas interfaces que 
permitem a interação entre os aprendizes e os diversos agentes (material, colegas, 
professores, tutores, departamento financeiro, secretaria, dentre outros setores).
Eles possuem várias ferramentas que possibilitam a ação autônoma e monitorada 
dos aprendizes, por meio do uso de recursos que fazem com que ocorra tanto o 
aprendizado coletivo como o individual.
Não é um local no qual apenas ‘textos’ devem ser inseridos. É fundamental que sejam 
programados recursos para interações, reflexões, e estímulos que permitam a (re)
construção de saberes.
Nele, os estudantes conseguem fazer anotações, resolver problemas, sanar dificuldades, 
fazer perguntas, entrar em contato com colegas e setores da instituição, percorrendo 
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 4/13
seu caminho de conhecimento, trocando ideias e fazendo descobertas. (Vieira & 
Luciano, 2005)
Está formado por um conjunto de ferramentas que estão disponíveis na internet, por 
meio das quais são ofertados os conteúdos das diversas disciplinas que fazem parte 
do curso e demais recursos.
No AVA, o aprendiz pode fazer as diferentes atividades, debater, baixar e acessar 
os conteúdos das aulas, acompanhar o seu desempenho, ler o feedback de suas 
avaliações, acompanhar as informações passadas pela instituição, acessar bibliotecas 
virtuais de aprendizagem, dentre outras, quando quiser e de onde quiser, visto 
que geralmente os AVAs podem ser acessados tanto pelo computador quanto por 
aplicativos próprios para celulares e tablets.
Vale ressaltar que um dos grandes desafios é que o AVA ‘desfaça’ a procrastinação 
dos estudantes, que tendem a postergar seus estudos por não realizar um bom 
planejamento entre tempos e tarefas.
O aluno precisa entender que voltou a estudar e que precisa agir como estudante, 
pois, mesmo que o diploma do curso a distância tenha a mesma validade do diploma 
do curso presencial, no curso a distância o mais importante é o conteúdo e o 
aprendizado, e quem faz o ‘conhecimento’ do estudante é ele mesmo como sujeito 
ativo.
Ele precisa ter consciência que o processo depende dele, que precisa realmente se 
engajar e tomar para si todas as responsabilidades, planejando e desenvolvendo 
eficazmente o seu aprendizado. (EadBox, 2020)
Porém, escolher o melhor Ambiente Virtual de Aprendizagem não é tarefa fácil, 
porque é necessário, prioritariamente analisar qual o perfil do público alvo que irá 
utilizá-lo, que habilidades esses estudantes já têm e quais precisarão desenvolver.
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 5/13
A escolha de um AVA para o curso EaD
Certo, tudo claro até aqui, mas ainda estamos nos perguntando como podemos 
escolher adequadamente um AVA para o curso que está sendo estruturado.
Um debate e uma avaliação criteriosa são fundamentais para essa escolha, para que 
o AVA esteja alinhado às metas da instituição de ensino, à infraestrutura que ela 
oferece e aos diferentes agentes educacionais envolvidos como professores, tutores, 
administradores, estudantes tradicionais e não tradicionais.
Havendo esse alinhamento a chance de sucesso com certeza aumentará, assim como 
também o processo de ensino e aprendizagem será potencializado.
Vamos estudar alguns questionamento que precisam ser feitos na hora de escolher o 
AVA mais adequado. (Instructure, 2021)
Saiba Mais
Para aprender mais sobre a importância dos Ambientes Virtuais 
de Aprendizagem leia os seguintes textos que trazem diferentes 
experiências das instituições de ensino com os AVAs escolhidos.
1. Varella, P. G.; Vermelho, S. C.; Hesketh, C. G.; Silva, A. C. C. da. 
(2002). Aprendizagem Colaborativa em Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem: a experiência inédita da PUCPR. Disponível em 
https://www.redalyc.org/pdf/1891/189118140002.pdf Acessado 
em 17 de dezembro de 2022.
2. Riccio, N. C. R. (2010). Ambientes virtuais de aprendizagem na 
UFBA: a autonomia como possibilidade. Disponível em https://
repositorio.ufba.br/handle/ri/14230 Acessado em 17 de dezembro 
de 2022.
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 6/13
 A plataforma facilita o engajamento e as experiências de 
aprendizagem, atendendo às necessidades de educadores e 
alunos?
A escolha da melhor plataforma deve levar em conta as necessidades de toda a 
comunidade educacional, buscando sua opinião sempre que possível. Devemos 
considerar que o medo das mudanças pode ser uma barreira ao uso da plataforma.
Também devemos procurar saber o que estudantes e docentes esperam do curso 
para considerar maneiras de ajustar essas necessidades ao sistema que foi escolhido, 
identificando o que os motiva a se engajar.
Algumas perguntas que podem ser feitas para estudantes e professores no intuito de 
escolher de forma mais eficiente a melhor plataforma giram em torno de:
●	 Que sistemas ou aplicativos estudantes e docentes usam para ver cursos?
●	 Quando e onde preferem ensinar e estudar?
●	 De quais ferramentas e metodologias gostam?
●	 Como as ferramentas podem propiciar interação e engajamento?
 A plataforma possibilita lidar com mudanças nas matrículas, 
colaboradores, tecnologias e demais informações necessárias 
ao gerenciamento do curso ao longo do tempo?
Os gestores de tecnologia e de avaliação, junto com os líderes de departamento, 
precisam verificar, conforme o plano estratégico da instituição, se a plataforma 
comporta modificações significativas no número de matrículas, de colaboradores, de 
financiamentos, enfim, se tem estrutura para um crescimento não previsto.
Também precisam considerar se a plataforma está atenta a fatores externos que podem 
influenciá-la. Devemos levar em conta se novos aplicativos e ferramentas tecnológicas 
educativas poderiam ser integradas à plataforma, propiciando uma maior inclusão, 
bem como se a plataforma seria capaz de se adaptar a circunstâncias imprevistas como 
o ocorrido com a pandemia da Covid-19.
Não se pode esquecer de verificar se a plataforma é capaz de oferecer a estudantes 
e professores recursos de autoatendimento.
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 7/13
Algumas perguntas que podem ser feitas para estudantes e professores no intuito de 
escolher de forma mais eficiente a melhor plataforma, nesse contexto, giram em torno 
de:
●	 A plataforma oferece recursos simples de autoatendimento para alunos e 
professores?
●	 É capaz de estimular o acesso igualitário e democrático?
●	 É capaz de se adaptar para se ajustar a mudanças urgentes no ensino-
aprendizagem?
 A plataforma atende aos requisitos de segurança e confiabi-
lidade?
Professores e estudantes devem poder confiar na segurança da plataforma, sem medo 
de interrupções na entrega das informações ou no acesso à página, semtempos muito 
prolongados de resposta, sem perda de dados e tarefas.
Neste caso, algumas perguntas que podem ser feitas para estudantes e professores 
giram em torno de:
• Quais são os processos para a manutenção e sobre o tempo de inatividade que 
a empresa fornecedora oferece em caso de atualizações? 
• O fornecedor realiza auditorias para garantir a segurança dos dados da 
instituição?
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 8/13
 A plataforma aumenta a capacidade de uso de dados da ins-
tituição para melhorar o aprendizado?
É fundamental que a plataforma forneça dados consistentes que permitam obter 
feedbacks aprofundados.
Por exemplo, é importante que permita identificar os estudantes que apresentam 
dificuldades para direcioná-los a monitorias ou serviços de apoio, deixando os dados 
sobre o desempenho dos alunos acessíveis.
Algumas perguntas que podem ser feitas a alunos e professores nesse sentido são:
• Os relatórios são fáceis de acessar e usar e fornecem as informações necessárias?
• Os dados são fáceis de exportar para ferramentas de análise?
 É possível testar o desempenho e os recursos da plataforma?
É importante que administradores, alunos e professores possam percorrer as atividades 
pela plataforma e simular cenários.
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 9/13
Também é interessante que a equipe possa buscar outras formas de usar a plataforma 
para impulsionar a flexibilidade e a colaboração entre os estudantes, docentes e 
gestão.
Algumas perguntas que podem ser feitas neste contexto são:
• Os usuários da plataforma gostam de suas aplicações?
• A plataforma é fácil de usar?
• Que aspectos mais agradam e desagradam?
• O fornecedor oferece suporte para a criação e inserção de cursos e conteúdos? 
(Instructure, 2021)
Agora, é possível compreender que o processo de escolha de uma boa plataforma de 
ensino-aprendizagem não é tarefa fácil. É necessário um período de análise completa, 
para que todas as necessidades do curso possam ser contempladas, não apenas no 
momento presente, mas que sejam capazes de ‘suportar’ o curso diante de mudanças 
e crescimentos futuros.
Espero que tenham gostado deste conteúdo.
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 10/13
Em Resumo
Foi possível aprendermos, nesta aula, que diante de um novo contexto educacional, 
no qual o foco tem sido o ensino a distância em detrimento do ensino tradicional, 
surge uma grande preocupação, que se refere a como os cursos serão ministrados aos 
estudantes com maestria e eficácia. É necessário escolher um AVA que seja capaz de 
possibilitar a interação e a ação autônoma e monitorada dos aprendizes, por meio 
do uso de recursos que fazem com que ocorra tanto o aprendizado coletivo como o 
individual. Precisa ser uma plataforma na qual os estudantes consigam fazer anotações, 
resolver problemas, sanar dificuldades, fazer perguntas, entrar em contato com colegas 
e setores da instituição, trocando ideias e fazendo descobertas. Nele, o aprendiz precisa 
poder fazer as diferentes atividades, debater, baixar e acessar os conteúdos das aulas, 
acompanhar o seu desempenho, ler o feedback de suas avaliações, acompanhar as 
informações passadas pela instituição, acessar bibliotecas virtuais de aprendizagem, 
quando quiser e de onde quiser, visto que geralmente os AVAs podem ser acessados 
tanto pelo computador quanto por aplicativos próprios para celulares e tablets. Isso 
significa que a escolha precisa de um debate e uma avaliação criteriosa, para que o AVA 
esteja alinhado às metas da instituição de ensino, à infraestrutura que ela oferece e aos 
diferentes agentes educacionais envolvidos como professores, tutores, administradores 
e estudantes.
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 11/13
Na ponta da língua
A Escolha do Ambiente Virtual de Aprendizagem • 12/13
Referências Bibliográficas
EadBox. (2020). O que é Ambiente Virtual de Aprendizagem: aprenda a explorá-
lo. Disponível em https://eadbox.com/o-que-e-ambiente-virtual-de-aprendizagem/ 
Acessado em 04 de dezembro de 2020.
Instructure. (2021). Guia para escolher uma plataforma de gestão de aprendizagem. 
Disponível em https://www.instructure.com/pt-br/canvas/recursos/portuguese-buyers-
guide/guia-para-escolher-uma-plataforma-de-gestao-de-aprendizagem Acessado em 
04 de dezembro de 2022.
Vieira, Martha Barcellos & Luciano, Naura Andrade. (2005). Construção e Reconstrução 
de um Ambiente de Aprendizagem para Educação à Distância. Associação Brasileira 
de Educação a Distância. Disponível em https://www.abed.org.br/site/pt/midiateca/
textos_ead/643/construcao_e_reconstrucao_de_um_ambiente_de_aprendizagem_
para_educacao_a_distancia_ Acessado em 04 de dezembro de 2022.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
A Inteligência Artificial na Gestão dos 
Cursos a Distância.
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A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a Distância. • 2/11
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender em que consiste a Inteligência Artificial e como foi a sua 
inserção na educação.
• Explicar a ação da IA nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem.
• Estudar como ocorre o acompanhamento dos estudantes no AVA por meio 
da IA.
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a 
Distância.
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a Distância. • 3/11
Introdução 
Uma das mais recentes ferramentas de interação no ensino a distância, que pode ser 
usado tanto na gestão dos cursos, quanto em sala de aula, é a Inteligência Artificial (IA 
ou AI - artificial Intelligence, em inglês).
Por incrível que possa parecer, já é possível programar robôs para que interajam 
com os estudantes pela plataforma escolhida para o curso ou pelo próprio site da 
instituição.
A forma mais comum é usar o recurso por meio de chatbots de IA, que usa o machine 
learning, também conhecido como ‘aprendizado das máquinas’, que se estiverem 
programados ensinarão aos estudantes (e demais usuários) como acessar as informações 
necessárias, caso as dúvidas sejam direcionadas para itens como ‘Financeiro’, “Revisão 
de Material’, ‘Notas’, ‘Certificados’, ‘Coordenação’, cadastrados antecipadamente, e 
assim sucessivamente.
Caso o assunto não esteja nessa lista de opções, o chatbot pode responder que a 
dúvida será direcionada para a equipe de suporte, e assim o aluno terá um retorno 
breve. (Ead Plataforma, 2020)
Esse foi apenas um pequeno exemplo do quanto a IA pode auxiliar nos cursos a 
distância. Vamos juntos, então, conhecer um pouco mais sobre esse recurso moderno 
e inovador.
Uma breve contextualização da Inteligência Artificial
Constantemente a sociedade passa por transformações nas suas diferentes esferas, e 
boa parte delas surge em função dos avanços tecnológicos. Aparecem novas demandas 
que precisam de novas competências e técnicas para que seja possível continuarmos 
evoluindo.
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a Distância. • 4/11
A IA é um recurso que surgiu em consequência do avanço das tecnologias e vem 
sendo uma grande aliada no progresso da humanidade visto que pode ser usada na 
resolução dos mais diversos problemas em diferentes níveis de dificuldade, como na 
correção automática de uma palavra pelo corretor ortográfico dos telefones celulares, 
até em tomadas de decisões, assumindo, muitas vezes, o lugar de um especialista, como 
ocorre na medicina, no mercado financeiro ou no ambiente profissional. (Nunes, Silva, 
Sousa & Sousa, 2020)
A evolução da IA na educação
O ato de ensinar sempretraz consigo alguma tecnologia como instrumento de 
suporte, desde a escrita na pedra, o giz branco, a caneta piloto, a caneta, o caderno, o 
livro, a lousa de vidro, a lousa eletrônica, os tablets, os computadores e smartphones, 
a internet, os AVAs e mais recentemente a Inteligência Artificial.
O processo de ensino-aprendizagem vem sofrendo uma série de mudanças que 
transformaram a forma de agir de todos os agentes envolvidos. 
Essas mudanças dizem respeito ao acesso que a população passou a ter aos 
computadores, notebooks, smartphones, tablets e demais dispositivos, juntamente com 
o acesso à internet, e também à inserção de tecnologias como as videoconferências, 
as videoaulas, os podcasts e a própria inteligência artificial nas plataformas de ensino. 
(Santos, Winkler, Saba, Araújo & Jorge, 2021)
Podemos dizer que, ainda que a passos lentos, a Inteligência Artificial vem sendo 
inserida na educação. Aplicada ao ensino, é uma área de pesquisa multi e interdisciplinar 
porque insere o uso de tecnologias da IA no processo de ensino-aprendizagem.
Dentre os principais sistemas de educação que usam a IA, podemos citar os Sistemas 
Tutores Inteligentes Afetivos (STI), os Learning Management Systems (LMS), a Robótica 
Educacional Inteligente e os Massive Open Online Course (MOOC).
Atualmente, o uso de tecnologias na educação está atrelado a três realidades 
tecnológicas diferentes, que juntas, mudaram o contexto educacional. Elas incluem as 
redes sem fio (Wi-Fi), as tecnologias móveis (celulares e tablets) e o armazenamento 
em nuvem.
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a Distância. • 5/11
Saiba Mais
Para conhecer um pouco mais sobre a IA e sua aplicação na educação 
acesse os seguintes textos e reflita sobre essa inovação.
1. Parreira, A.; Lehmann, L.; & Oliveira, M. (2021). O desafio das 
tecnologias de inteligência artificial na Educação: percepção e 
avaliação dos professores. Disponível em https://www.scielo.br/j/
ensaio/a/nM9Rk8swvtDvwWNrKCZtjGn/?format=html Acessado 
em 17 de dezembro de 2022.
2. Machado, J. L. de A. (2021). Inteligência Artificial e educação. 
Disponível em http://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.
php/tremdeletras/article/view/1440 Acessado em 17 de dezembro 
de 2022.
Essas tecnologias influenciam a Inteligência Artificial e são as responsáveis pelo 
surgimento de outras tecnologias como o Learning Analytics, o Big Data e o Machine 
Learning. (Valdati, 2020)
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a Distância. • 6/11
A ação da Inteligência Artificial nos Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem
A Inteligência Artificial possibilita inserir nos cursos a distância ferramentas que 
podem facilitar o processo de ensino, propiciando aos estudantes uma aprendizagem 
personalizada e centrada em suas necessidades, visto que é inviável dispor de um 
docente para cada aluno. 
Os AVAs, quando bem escolhidos e desenvolvidos, juntamente com o acompanhamento 
dos tutores, supervisionando e gerenciando o progresso dos estudantes, possibilitam 
um estudo de qualidade.
Vale ressaltar, no entanto, que uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos tutores 
nos AVAs é fazer o acompanhamento dos estudantes, justamente por ser um ambiente 
virtual, e não é fácil realizar uma supervisão mais individualizada. 
Sob esse aspecto, a IA pode possibilitar uma boa interatividade nos AVAs entre o 
ambiente e os diferentes usuários, oferecendo um ensino no ritmo do estudante, 
facilitando a comunicação síncrona e assíncrona, disponibilizando feedbacks e 
avaliações, propondo melhorias nos pontos fracos. 
No que se refere à estrutura dos AVAs, a IA possibilita que esses ambientes insiram 
metodologias ativas como a sala de aula invertida, a gamificação, a realidade aumentada, 
a realidade virtual, robôs educativos, a aprendizagem baseada em problemas, dentre 
várias outras, aumentando a motivação dos estudantes, criando atividades mais lúdicas 
e interessantes.
Vale ressaltar que já existem plataformas de aprendizagem adaptativa, que, por 
meio da IA, usam tecnologias de tutores inteligentes e conseguem propor atividades 
personalizadas aos estudantes.
Essas plataformas adaptativas contêm conteúdos e atividades com elementos da IA 
que são capazes de identificar as necessidades dos usuários, indicando caminhos, 
como refazer atividades, como rever alguns tópicos com falhas de absorção de 
conhecimento. Alguns exemplos são a Geekie Games e a Khan Academy. (Nunes, 
Silva, Sousa & Sousa, 2020)
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a Distância. • 7/11
Ainda com relação à estrutura dos AVas, a IA permite armazenar dados, tanto de 
alunos quanto de professores, que serão convertidos em informações à medida que 
esses dados estejam interconectados, auxiliando no diagnóstico do acompanhamento 
da aprendizagem dos estudantes, permitindo intervenções específicas.
O acompanhamento do estudante no AVA com o auxílio da IA
Já sabemos que nos cursos on-line temos os estudantes de um lado da tela e os 
mediadores do outro. O tutor acompanha seus alunos, e com o passar do tempo 
começa a identificar como esses alunos se expressam, e percebe que é possível 
identificar seus sentimentos pela forma como escrevem ou se manifestam (por meio 
da escolha das palavras usadas, dos elementos não verbais, do tempo que passa entre 
uma resposta e outra etc.).
Ele começa, então, a prever as reações dos estudantes, identificando um aluno que 
reduz a sua interação ou cessa, podendo ser um indicativo da falta de motivação. O 
tutor percebe que em poucas semanas esse aluno pode desistir do curso.
Esse acompanhamento é possível caso o tutor consiga observar cada aluno de forma 
individual, porém sabemos que no ensino a distância nem sempre essa interação 
próxima será possível, visto o grande número de alunos aos cuidados de cada tutor.
A IA oferece recursos que podem mudar esse cenário, por meio do Colective Human 
Intelligence, por exemplo, que é um AVA de aprendizagem aberta, por ora apenas 
disponível em inglês, que identifica os sentimentos dos estudantes por meio de sua 
expressão escrita, e permite que sejam desenvolvidas atividades, como a gamificação, 
que podem favorecer o engajamento e aguçar a motivação dos estudantes.
O Century Tech é outro projeto que utiliza a IA em um AVA e possibilita personalizar 
a aprendizagem dos estudantes, informando sobre o seu desempenho para os 
docentes, tudo em tempo real, permitindo, por meio da neurociência, identificar 
pontos de dificuldades dos alunos.
Com essas informações, o AVA sugere diferentes trilhas de aprendizagens para os 
alunos, e os pais e tutores conseguem acompanhar o desempenho. (Rego, n.p.)
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a Distância. • 8/11
Apresentamos, nesta aula, apenas uma pequena parte dos benefícios do uso da 
Inteligência Artificial na educação, tanto para a parte gerencial do curso, quanto para 
sua aplicação em sala de aula.
Esta é uma área que está realmente engatinhando, e podemos esperar, ao longo do 
tempo, muita evolução e inovação. Fique de olho!
Em Resumo
Ao longo desta aula, foi possível compreendermos que uma das mais recentes ferramentas 
de interação no ensino a distância, que pode ser usado tanto na gestão dos cursos, quanto 
em sala de aula, é a Inteligência Artificial, e por incrível que possa parecer, já é possível 
programar robôs para que interajam com os estudantes pela plataforma escolhida 
para o curso ou pelo próprio site da instituição. Também aprendemos que os AVAs já 
contêm conteúdos e atividades com elementos da IA que são capazes de identificar as 
necessidades dos usuários, indicando caminhos, como refazer atividades e como rever 
alguns tópicos com falhas de absorção de conhecimento. Portanto, aprendemos que a 
IA na educação ainda está engatinhando, mas já é possível contarmos com algumas 
aplicações interessantes que podem facilitar bastante o acompanhamento do estudante 
a distância.
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursosa Distância. • 9/11
Na ponta da língua
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a Distância. • 10/11
Referências Bibliográficas
EadPlataforma. (2020). 7 ferramentas de interação na EAD. Disponível em https://blog.
eadplataforma.com/gestao/ferramentas-interacao-ead/ Acessado em 07 de dezembro 
de 2022
Nunes, Adailton Antônio Galiza; Silva, Desirée Moura Rodrigues da; Sousa, Jucilene 
Oliveira de; & Sousa, Marcos da Silva. (2020). Aplicação da IA na educação: proposta de 
utilização de um AVA com IA. Rev. InovaEduc, Campinas, SP, n.7, p.1-18. Disponível em 
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/inovaeduc/article/view/15213/10149 
Acessado em 07 de dezembro de 2022
Rego, Izabel. (n.d.) Como a Inteligência Artificial vai revolucionar os Ambientes 
Virtuais de Aprendizagem. Disponível em https://izabelrego.com/2019/07/08/como-
a-inteligencia-artificial-vai-revolucionar-os-ambientes-virtuais-de-aprendizagem/ 
Acessado em 07 de dezembro de 2022
Santos, Sanval Ebert de Freitas; Winkler, Ingrid; Saba Hugo; Araújo, Marcio Luís Valença 
& Jorge, Eduardo Manuel de Freitas. (2021). Inteligência artificial em ambientes 
virtuais de ensino e aprendizagem: Uma proposta de modelo. Research, Society and 
Development, v. 10, n. 4.
Valdati, Aline de Brittos. (2020) Inteligência Artificial - AI. [livro eletrônico]. Curitiba: 
Contentus.
A Inteligência Artificial na Gestão dos Cursos a Distância. • 11/11
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
O Moodle como Plataforma de Ensino a 
Distância
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O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 2/15
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender a origem do Moodle e sua evolução. 
• Explicar as principais características e ferramentas do Moodle. 
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 3/15
Introdução 
Já sabemos que a educação a distância é uma modalidade de ensino por meio da qual 
estudantes e professores não se encontram no mesmo lugar, em um mesmo momento, 
por isso é fundamental que se escolha uma plataforma de ensino condizente com os 
objetivos da instituição e que reflita as necessidades dos alunos. Portanto, a mediação 
tecnológica precisa estar presente.
Vale ressaltar que é uma forma de ensino que pode ser implementada tanto para a 
educação básica quanto para a educação superior.
Nesta modalidade, caracterizamos o aprender a aprender, por meio do ensino 
colaborativo, que transforma o estudante em um sujeito ativo e autônomo, capaz 
de adquirir uma formação crítica, humana, ética, que respeita a diversidade e que se 
firma como um agente transformador da sociedade na qual vive.
O contexto educacional vem sofrendo inúmeras transformações e mudanças, e assim, 
o ensino a distância vem ganhando espaço, porém alunos e professores precisam 
assumir novos papéis.
No caso do docente, ele deixa de ser o detentor do saber para ser o mediador e 
facilitador do conhecimento, e o aprendiz passa a ser o responsável por construir o 
seu saber, pela interação com o meio no qual se insere.
Assim, com o avanço da tecnologia e o crescimento do ensino a distância fez-se 
necessário o surgimento de ambientes de aprendizagem inteligentes e dinâmicos que 
permitissem oferecer um ensino mais democrático, para todos. (Lima, 2021)
Vamos conhecer, então, sobre o Moodle, que é uma das plataformas de aprendizagem 
mais utilizadas atualmente, no planeta, seus benefícios e características. Espero que 
goste!
A origem do Moodle
Em 1970, Martin Dougiamas, o criador do Moodle, estudava no deserto da Austrália, 
por meio do rádio e de material que lhe era enviado por correspondência (uma das 
formas inovadoras originais do ensino a distância). Era o início de seu interesse pelo 
ensino a distância.
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 4/15
Em 1999, enquanto estudava na Curtin University, começou a idealizar o Moodle como 
pesquisa para a obtenção de seu título de Phd. Em 2002, ocorreu o lançamento da 
versão 1.0 do Moodle, já como um software livre e gratuito. 
Em pouquíssimo tempo, o mundo já usava e se encantava pela plataforma. Em 2008, 
seu criador recebeu o prêmio ‘Open Source’ na categoria Enabler na educação, por 
causa do Moodle.
E em 2005, tornou-se o AVA mais popular do mundo, alcançando cerca de 223 países 
e um enorme número de usuários (Lima, 2021). Em 2022, o Moodle completou 20 
anos.
Figura 1 - Os 8 países que mais usam o Moodle
Fonte: adaptado de Lima, 2021, n.p
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 5/15
O Moodle
O Moodle, cuja sigla em inglês representa Modular Object-Oriented Dynamic Learning 
Environment, ou seja, Ambiente de Aprendizado Modular Orientado ao Objeto, é 
uma plataforma digital, um software livre, desenvolvido para a produção de cursos e 
de sites na internet e que pode ser configurado conforme as características dos cursos 
e suas necessidades.
É uma plataforma amigável, intuitiva e com acesso facilitado, que apresenta uma série 
de recursos que auxiliam no ensino, sendo possível:
• inserir e disponibilizar materiais didáticos;
• realizar diversos tipos de atividades e avaliações;
• propor debates e conversas;
• interagir;
• obter informações, etc. (Criativa EaD, 2020)
Saiba Mais
Para conhecer mais sobre a plataforma Moodle, leia os seguintes textos.
1. Loubak, A. L.. (2019). O que é Moodle? Conheça a plataforma 
de ensino à distância. Disponível em https://www.techtudo.com.
br/noticias/2019/10/o-que-e-moodle-conheca-a-plataforma-de-
ensino-a-distancia.ghtml Acessado em 17 de dezembro de 2022.
2. Martins, A. E.; & Reis, F. L. dos R..A importância das plataformas 
no ensino a distância. In: Costa, F. A.; Páscoa R.; Cruz, E.; Spilker, 
M. J.; & Vasques, P. (2008) Comunidades de Aprendizagem 
Aprendizagem Moodle. Disponível em https://www.researchgate.
net/publication/313878253_Comunidades_de_Aprendizagem_
Moodle Acessado em 17 de dezembro de 2022. 
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 6/15
Funciona como uma sala de aula on-line na qual os docentes podem compartilhar os 
materiais com os conteúdos das disciplinas, propor atividades e estimular debates 
por meio dos fóruns.
Os estudantes, por sua vez, podem interagir, baixar os materiais para estudo, obtendo 
diversas trocas de conhecimento e arquivos multimídia.
As características do Moodle
Um dos grandes objetivos da plataforma Moodle é propiciar uma pedagogia 
socioconstrutivista, 100% on-line, por meio da colaboração, da reflexão crítica, de 
discussões e interações que permitam a troca contínua de conhecimentos. 
O Moodle tem uma interface simples, eficiente, leve e fácil de instalar, e também é 
seguro porque seus formulários são checados, os cookies são decodificados e os 
dados são validados.
Dentre suas características, podemos citar:
• uso gratuito: seu uso é livre e grátis;
• flexibilidade: várias funcionalidades podem ser inseridas conforme as 
necessidades das instituições; 
• adaptabilidade: é possível sua adaptação para qualquer negócio;
• apresenta atualizações: acompanhadas por um comunidade desenvolvedora;
• possui funcionalidade modular: apresenta módulos plug-ins que podem ser 
inseridos no software conforme as necessidades;
• não é estático: recursos novos podem ser adaptados.
• é simples de usar.
Além dessas características, o Moodle possui ainda recursos de gamificação que deixam 
os cursos mais dinâmicos e lúdicos. Os emblemas existentes dentro da plataforma, 
como as medalhas, vão sendo entregues ao estudante conforme ele vai concluindo as 
atividades solicitadas.O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 7/15
Uma outra caraterística muito importante, se não for a mais importante, é a 
aprendizagem colaborativa, visto que os estudantes conseguem expor seus pontos 
de vista por meio de suas participações síncronas e assíncronas em chats e fóruns, 
interagindo com os colegas e mediadores, participando ativamente de seu processo 
de aprendizagem. (Lima, 2021)
As principais ferramentas e recursos do Moodle
A plataforma possui uma série de recursos e utilidades que amplificam a sua importância 
como um AVA completo e atrativo.
Nela, os estudantes aprendem a aprender, de forma interativa e colaborativa, 
tornando-se um sujeito autônomo, produtor do seu próprio saber.
Por meio das suas ferramentas, eles têm acesso aos materiais, elaboram textos, 
participam de debates e reflexões, fazem atividades e testes, desenvolvem pesquisas, 
reveem os resultados das atividades, verificam seu desempenho, entre outras funções.
Dentre os módulos, encontramos o módulo tarefa, o módulo chat, o módulo pesquisa 
de opinião, o módulo fórum, o módulo questionário, o módulo recursos, o módulo 
pesquisa e avaliação e o módulo laboratório de avaliação.
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Os questionários, por exemplo, podem ser utilizados para autoavaliação, lista de 
exercícios, testes rápidos, provas virtuais, etc. (Prado & Freitas, 2015)
Figura 2 - Principais recursos do Moodle
Fonte: Cead, 2020, p. 6-7
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 9/15
Figura 3 - As Atividades do Moodle
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 10/15
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 11/15
Fonte: Cead, 2020, p. 8-13
Vale ressaltar que os recursos e ferramentas apresentados variam conforme a versão e 
a instituição que a usa, visto ser uma plataforma dinâmica. Espero que tenha gostado.
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 12/15
Em Resumo
Vimos, ao longo da aula, que o Moodle funciona como uma sala de aula on-line na 
qual os docentes podem compartilhar os materiais com os conteúdos das disciplinas, 
propor atividades e estimular debates por meio dos fóruns. Os estudantes, por sua 
vez, podem interagir, baixar os materiais para estudo, obtendo diversas trocas de 
conhecimento e arquivos multimídia. A plataforma possui uma série de recursos e 
utilidades que amplificam a sua importância como um AVA completo e atrativo. Nela, 
os estudantes aprendem a aprender, de forma interativa e colaborativa, tornando-se 
um sujeito autônomo, produtor do seu próprio saber. Por meio das suas ferramentas, os 
estudantes têm acesso aos materiais, elaboram textos, participam de debates e reflexões, 
fazem atividades e testes, desenvolvem pesquisas, reveem os resultados das atividades, 
verificam seu desempenho, entre outras funções.
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Na ponta da língua
O Moodle como Plataforma de Ensino a Distância • 14/15
Referências Bibliográficas
Centro de Educação a Distância. (2020). Principais Ferramentas da Plataforma Moodle. 
Disponível em http://www.cead.ufjf.br/wp-content/uploads/2020/09/07-principais-
ferramentas-tuto-prof-1920g1.pdf Acessado em 27 de dezembro de 2022.
Criativa EaD. (2020). O Que É O Moodle E Quais Suas Principais 
Características?. Disponível em https://www.criativaead.com.br/blog/o-
que- e-moodle/#:~ : tex t=Moodle%20%C3%A9%20uma%20plataforma%20
online,%2DOriented%20Dynamic%20Learning%20Environment%E2%80%9D Acessado 
em 10 de dezembro de 2022.
Lima, José Maria Maciel. (2021) Plataforma Moodle: A educação por mediação 
tecnológica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, 
Ed. 01, Vol. 07, pp. 17-37. Disponível em https://www.nucleodoconhecimento.com.br/
educacao/plataforma-moodle Acessado em 10 de dezembro de 2022.
Prado, Brenno Marcus Pereira do; & Freitas, Filipe Santana de. (2015) O Moodle e o 
ensino à distância: Resistência ao uso da ferramenta. Disponível em https://docplayer.
com.br/4471967-O-moodle-e-o-ensino-a-distancia-resistencia-ao-uso-da-ferramenta.
html Acessado em 20 de dezembro de 2022.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012
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Objetivos de Aprendizagem
• Explicar quais os fatores que podem influenciar o ensino a distância.
• Compreender o que nos espera no futuro do ensino a distância.
O Futuro do Ensino a Distância
Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2022 do livro Educação a 
distância sem segredos, publicado em 2012 por Rita De Cássia Menegaz Guarezi e 
Márcia Maria De Matos, pela editora InterSaberes.
O Futuro do Ensino a Distância • 3/12
Introdução 
Já sabemos que a educação a distância evolui à medida que a tecnologia evolui, e a 
cada dia que passa vem se mostrando, cada vez mais, uma tendência para os próximos 
anos, além de estar favorecendo muitas oportunidades de negócio, portanto, 
provavelmente, continuará se desenvolvendo e evoluindo, e precisamos nos adaptar 
a ela.
A evolução das redes, a interatividade cada vez mais crescente, e as novas mídias que 
surgem a cada dia estão criando um novo tipo de cenário de ensino-aprendizagem, e 
precisamos estar preparados e atentos para evitarmos a evasão dos estudantes. 
É necessário que todos os envolvidos com o ensino a distância tenham consciência 
desse novo contexto e que consigam inovar e enxergar alguns cenários potenciais 
para o futuro, para que possam se preparar e se antecipar.
Precisamos nos lembrar que qualquer previsão futura pode se mostrar desatualizada 
em pouco tempo, visto que a evolução nas tecnologias dos computadores móveis, 
no streaming de áudios e vídeos, nos leitores de feeds RSS e podcasting (iPod + 
broadcasting) permitiram, em breve período de tempo, inserir recursos educativos 
antes inimagináveis.
O open learning, conhecido como estudo aberto e flexível, e o estudo independente 
estão se aperfeiçoando a cada dia. Várias instituições de ensino já aceitam e incorporam 
experiências de vida dos aprendizes, viagens ao exterior, estudos independentes, 
summer courses, que são estudos intensivos realizados muitas vezes em períodos 
de férias, estudos realizados em casa com orientação, dentre outras formas de 
aprendizagem.
Também ouvimos falar cada vez mais nos ubiquitous learning, pervasive learning 
e distributed learning, que são o u-learning, ou aprendizagem onipresente, a 
aprendizagem generalizada e a aprendizagem distribuída que se caracterizam pela 
aprendizagem disseminada por toda parte e acessível de qualquer lugar e para todos, 
sem os limites da sala de aula. (Maia & Mattar, 2007)
Estudemos agora sobre as perspectivas futuras para o ensino a distância no mundo. 
Vamos juntos!
O Futuro do Ensino a Distância • 4/12
Fatores que podem influenciar o ensino EaD
Simpson (2013) aponta 4 fatores que podem influenciar o futuro do ensino a distância.
1. Custo: ao ser menos oneroso do que o ensino tradicional, o futuro nesse 
aspecto é promissor. Ao não precisar manter uma estrutura física com tudo que 
a modalidade presencial precisa, termina tendo um dispêndio bem menor para 
as instituições. Para os estudantes também, visto que não terão gastos com a 
locomoção, os materiais podem ser obtidos de forma digital, e as mensalidades 
tendem a ser mais baixas do que as dos cursos presenciais.
2. Sustentabilidade: apesar de ser estranho ver esse termo associado à educação, 
o autor explica que a educação é uma atividade que também precisa de energia. 
Levando em conta que os aprendizes estudam, na maior parte dos casos, em 
casa e não demandam consumo extra de energia, é interessante ressaltar que 
tantoa produção de CO2 quanto o consumo de energia seja menor do que o 
consumido no ensino presencial.
3. Acesso: estudantes que vivem ou trabalham em qualquer lugar do mundo, nas 
regiões mais remotas, ou com problemas de acessibilidade, ou com baixo poder 
aquisitivo, conseguem estudar a distância, tornando esse estilo de aprendizagem 
mais democrático.
4. Retenção e desistência: estudos indicam que o índice de desistência dos 
estudantes do ensino a distância é bastante maior do que o índice nos cursos 
tradicionais, talvez pela maior necessidade de estudo autônomo e responsável 
por parte dos estudantes, que precisam ser sujeitos ativos de seus processos de 
ensino-aprendizagem, e muitos não se adequam a esse novo estilo. (Simpson, 
2013)
Bussler, Hsu, Storopoli e Maccari (2019) também enfatizam alguns fatores que podem 
ser críticos para o sucesso de um curso EaD e que podem influenciar no futuro.
O Futuro do Ensino a Distância • 5/12
Quadro 1 - Fatores críticos de sucesso de EaD
Fonte: Bussler, Hsu, Storopoli & Maccari, 2019, p. 9
O Futuro do Ensino a Distância • 6/12
Saiba Mais
Para conhecer mais sobre aprendizagem ubíqua leia os seguintes textos.
1. Aresta, M.; Fernandes, A.; & Ribeiro, A. I. (2022). Cenários de 
aprendizagem ubíqua: novos desafios. Disponível em https://
estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/99822 Acessado em 17 de 
dezembro de 2022.
2. Mesquita, C. A. Mesquita, Caiado, R. V. R. Caiado. (2021). Língua 
portuguesa e tecnologias digitais móveis: a iniquidade da 
aprendizagem da leitura na era pandêmica. Disponível em http://
www.unicap.br/ocs/index.php/sellu/selluii/paper/view/1819 
Acessado em 17 de dezembro de 2022.
O Futuro do Ensino a Distância • 7/12
O futuro do ensino a distância
É importante relembrarmos, ao pensar no futuro da educação a distância, que 
passamos nos últimos anos, em virtude da pandemia da Covid-19, por um momento 
ímpar em todos os âmbitos das sociedades, inclusive na educação.
Enquanto a educação a distância vinha, aos poucos, ganhando força no mundo, o 
ensino remoto ganhou os holofotes e precisou ser implementado, em regime de 
urgência, em todas as escolas do mundo.
Foi uma adequação ao ensino presencial, que precisou ser paralizado, e que precisava 
encontrar uma forma de não frear o processo de ensino-aprendizagem de todos os 
estudantes do mundo.
Instituições de ensino, profissionais da área e estudantes precisaram se desdobrar 
para conseguir assumir novos papéis e continuar os estudos. Instituições, aprendizes 
e professores precisaram adquirir ou conseguir equipamentos como computadores, 
tablets e celulares para ensinar e aprender, assim como uma internet boa para alcançar 
uma conexão eficiente para que o processo pudesse ocorrer.
Não foi nada fácil, houve uma adaptação por parte de todos, e finalmente, com a 
redução do índice de contaminação da pandemia, aos poucos o mundo pôde voltar 
para a sala de aula presencial, e novamente passa-se a pensar na importância do 
ensino a distância.
Vale relembrar que ensino remoto e ensino a distância são modalidades diferentes, 
pois, enquanto o ensino remoto foi uma adequação emergencial para que não se 
parasse o ensino tradicional, o ensino a distância é uma modalidade que cresce pela 
escolha dos estudantes, que, por uma série de motivos, preferem não se deslocar 
fisicamente para uma instituição de ensino.
De qualquer forma, tivemos que nos readequar, e pessoas (estudantes, professores 
e gestores) que nunca tinham tido acesso ao ensino digital, ou quase nada, passaram 
a ter, ao menos, um conhecimento básico sobre o uso de tecnologias inovadoras em 
educação e surgiu uma nova forma de ‘fazer educação’.
Esse fato também influencia, nos dias atuais, a evolução do ensino a distância daqui 
em diante. Temos certeza, neste momento, que o ensino nunca mais será o mesmo.
O Futuro do Ensino a Distância • 8/12
Também podemos pensar que o ensino a distância traz como perspectiva de futuro 
a formação de cidadãos e profissionais cada vez mais disciplinados, autônomos, que 
sabem gerenciar seus tempos, organizar suas rotinas, resolver problemas, que são 
responsáveis pelo planejamento de suas atividades e que estão focados em atingir 
resultados, conforme suas necessidades.
Com certeza o ensino EaD formará seres humanos mais preparados para a vida em 
comunidade visto que praticam continuamente a interatividade e a colaboração, 
convivendo com as diversidades e com mais domínio sobre as diferentes tecnologias.
Em se tratando de tecnologias vale ressaltar que uma tendência de futuro é que o 
ensino EaD insira, cada vez mais, experiências acadêmicas que envolvam o metaverso, 
a inteligência artificial, os chatbots, a gamificação, os microlearning, os mobile learning, 
as transmissões ao vivo e vários outros recursos.
Claro que este assunto não se esgota por aqui, mas espero que tenha aproveitado 
para conhecer um pouco mais sobre o ensino a distância e sua prospecção futura. 
Bons estudos!
Em Resumo
Aprendemos, nesta aula, que a educação a distância evolui à medida que a tecnologia 
evolui, e vem se mostrando, cada vez mais, uma tendência para os próximos anos, além 
de estar favorecendo muitas oportunidades de negócio, portanto, provavelmente, 
continuará se desenvolvendo e evoluindo, e precisaremos nos adaptar a ela. Dentre 
alguns dos fatores que podem influenciar a EaD no futuro, estão o custo, a sustentabilidade, 
a facilidade de acesso, a retenção e a desistência. Estudamos também que qualquer 
previsão futura pode se mostrar desatualizada em pouco tempo, visto que a evolução 
nas tecnologias dos computadores móveis, no streaming de áudios e vídeos, nos leitores 
de feeds RSS e podcasting (iPod + broadcasting) permitiram, em breve período de tempo, 
inserir recursos educativos antes inimagináveis. Finalmente, vimos que em se tratando de 
tecnologias vale ressaltar que uma tendência de futuro é que o ensino EaD insira, cada 
vez mais, experiências acadêmicas que envolvam o metaverso, a inteligência artificial, 
os chatbots, a gamificação, os microlearning, os mobile learning, as transmissões ao vivo 
e vários outros recursos. Espero que tenha gostado de adquirir todos os conhecimentos 
passados nesta disciplina. Até a próxima.
O Futuro do Ensino a Distância • 9/12
Aplicação prática
Caso tenha curiosidade, pesquise sobre o futuro da EaD no Brasil
Pimentel, N. M. (2016). O Desenvolvimento e o Futuro da Educação a 
Distância no Brasil. Disponível em https://revista.ibict.br/inclusao/article/
view/4178 Acessado em 17 de dezembro de 2022
O Futuro do Ensino a Distância • 10/12
Na ponta da língua
O Futuro do Ensino a Distância • 11/12
Referências Bibliográficas
Bussler, Nairana Radtke Caneppele; Hsu, Pang Lien; Storopoli, José Eduardo; & Maccari, 
Emerson Antonio. (2019) Cenários para o futuro da educação a distância. Revista 
Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 19, n. 1, p. 04-26, jan./mar. Disponível em 
http://revistagt.fpl.edu.br/get/article/view/1602/928 Acessado em 20 de dezembro de 
2022.
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O Futuro do Ensino a Distância • 12/12
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Educação a distância sem segredos
Rita de Cássia Menegaz Guarezi e Márcia Maria de 
Matos
InterSaberes, 2012

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