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Gestão do tempo na autoaprendizagem

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NIVELAMENTO DE
GESTÃO DO TEMPO 
NA AUTOAPRENDIZAGEM
ETAPA 1
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Nivelamento de Gestão do Tempo na Autoaprendizagem
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Rodrigo Borsatto Sommer da Silva
Autora
Prof.ª Ana Clarisse Alencar Barbosa
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
José Roberto Rodrigues
3
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
APRESENTAÇÃO
Esta primeira etapa mostrará de forma resumida que a educação a distância não 
é algo novo ou recente, esta modalidade é bastante antiga. 
A primeira tecnologia que auxiliou as pessoas a se comunicarem foi a escrita. 
A sistematização desta educação permitiu a protagonização de muitos estilos de 
aprendizagem e a possibilidade da democratização de acesso à universidade por muitas 
pessoas, reduzindo as distâncias. 
4 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Desde os primórdios da escrita observa-se um crescente desenvolvimento da 
comunicação. No transcorrer da história, muitos povos utilizavam uma estrutura de 
comunicação escrita que buscava informações para o registro de problemas e fatos do 
cotidiano. No decorrer do tempo, passaram a transmitir informações científicas que se 
destinaram à instrução e ao conhecimento destes fatos.
A invenção da escrita possibilitou que as pessoas escrevessem o que antes só 
podiam dizer e, assim, permitiu o surgimento da primeira forma de EAD: o 
ensino por correspondência. As epístolas do Novo Testamento (destinadas a 
comunidades inteiras), que possuem nítido caráter didático, são claros exem-
plos de EAD. Seu alcance, entretanto, foi relativamente limitado até que foram 
transformadas em livros (CHAVES, 1999, p. 24)
A descoberta desta primeira tecnologia, chamada escrita, foi essencial para que 
essa interação entre professor e aluno ocorresse, por meio de materiais de estudo. Ainda 
segundo Chaves (1999), o ensino a distância é uma modalidade antiga, que ocorre quando 
professor e aluno se encontram em tempo e espaço separadamente.
Desta forma, a educação à distância recebeu uma ênfase maior por parecer 
algo inovador, mas esta prática já foi adotada desde o início das civilizações. Com o 
desenvolvimento dos meios de comunicação, especialmente no último século, passando 
pelo rádio, aparelho de TV, telefone e em seguida pela internet, experimentou um 
considerável avanço. Para que possamos ter uma noção da dimensão do avanço da 
educação a distância no mundo contemporâneo, alguns acontecimentos históricos serão 
ressaltados (PICONEZ, 2003):
Começamos na Alemanha, no século XV, com Johannes Guttenberg, que 
desenvolveu a imprensa, uma máquina de impressão tipográfica. Esta só foi reconhecida 
quando do surgimento dos primeiros livros impressos, que facilitaram a propagação 
do conhecimento.
5
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
FONTE: Disponível em: <http://www.graphics-stamps.org/07bGutenberg.
html>. Acesso em: 14 abr. 2017. 
FIGURA 1 – JOHANNES GUTTENBERG E A MÁQUINA DE IMPRESSÃO 
TIPOGRÁFICA 
No século 17, com as tendências de um modelo educacional oriundo do 
racionalismo e do período renascentista, buscava-se um método diferenciado de 
educação, com o intuito de tornar esta mais agradável e, ao mesmo tempo, mais eficaz.
No século 18, a Revolução Francesa, em 1789, defendeu os princípios de 
igualdade, liberdade e fraternidade. Este século foi marcado pelo Iluminismo, sendo 
este um período rico em reflexões pedagógicas.
No século seguinte surgia a Revolução Industrial, provocando mudanças na 
produção, no trabalho e na estrutura. Com estas mudanças, houve uma forte necessidade 
de pessoal qualificado para mão de obra.
Surgem assim tentativas de universalização do ensino a distância, que se utilizou 
dos meios de comunicação disponíveis na época, como correspondência e depois o rádio. 
A primeira notícia de um curso a distância foi publicada em 1728 pela Gazeta de Boston.
Em 1833, o periódico sueco Lunds Wechblad, ao alterar seu endereço para as 
remessas postais de quem estuda por correspondência, indica cursos a distância na 
Suécia. A primeira escola de ensino por correspondência na Europa foi a Sir Isaac 
Pitman Correspondence Colleges, que surgiu em 1840, com um sistema de taquigrafia de 
fichas e intercâmbio postal. Alguns anos mais tarde, em 1843, é fundada a Phonografic 
Correspondence Society, que tem como função corrigir as fichas dos exercícios de 
taquigrafia.
Em 1856, em Berlim, a Sociedade de Línguas Modernas patrocina professores 
a ensinarem francês por correspondência. Pode-se com isso afirmar que foi a primeira 
6 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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instituição de ensino por correspondência. Logo depois, em 1858, a Universidade de 
Londres começa a conceder certificados para alunos que participam de cursos por 
correspondência promovidos pela instituição.
Em meados de 1892, a Universidade de Chicago desenvolve um curso por 
correspondência. No início do século XX, em Valência, na Espanha, Júlio Cervera Baviera 
abre a Escola Livre de Engenheiros. 
Na Austrália, no ano de 1910, professores rurais do curso primário começam a 
receber material de educação. Neste período, com a finalidade de auxiliar nos problemas 
das distâncias, a Universidade de Queenslan, no mesmo país, inicia o ensino por 
correspondência.
Na Europa a educação a distância buscou cumprir os ideais de universalização 
das oportunidades educacionais, mas também para manter as pessoas nos campos e 
assim evitar o inchaço do meio urbano.
Em 1914 são fundadas as Universidades de Norst Correspondensekole, na Noruega, 
e a Fernschule Jena, na Alemanha, ambas escolas de ensino por correspondência. Em 1922, 
a New Zeland Correspondence School inicia suas atividades atendendo crianças isoladas 
ou com dificuldades de frequentar aulas convencionais. Logo em 1928, atende também 
alunos do ensino secundário.
Em 1930, existem 39 universidades norte-americanas que oferecem cursos a 
distância. Em 1938 é realizada na cidade de Victoria, no Canadá, a primeira Conferência 
Internacional para discussões sobre essa temática. Nasce em 1939, na França, o Centro 
Nacional de Ensino a Distância (CNED), que inicialmente atende correspondências de 
crianças refugiadas da guerra, ocorrida de 1939 a 1945. De acordo com Keegan (1991, 
p. 11 apud BARROS, 2001, p. 29), a sistematização da educação a distância deu-se com 
a necessidade de treinamento dos recrutas durante a Segunda Guerra Mundial,
quando o método foi aplicado tanto para a recuperação social dos vencidos 
egressos desta guerra, quanto para o desenvolvimento de novas capacidades 
profissionais para uma população oriunda do êxodo rural. Porém, a educação a 
distância não ficou restrita ao momento pós-guerra. Foi amplamente utilizada 
por diversos países, independentemente do seu poder econômico ou detenção 
de tecnologia, tendo sempre como escopo a minimização de seus problemas 
sociais. 
Ou ainda conforme Nunes (2009, p. 3), a necessidade de uma rápida capacitação 
de recrutas norte-americanos “durante a Segunda Guerra Mundial fez com que 
surgissem novos métodos – entre eles se destacam as experiências de Fred Keller (1983) 
para o ensino da recepção do Código Morse [...]”.
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
Em 1946, na África, a Universidade Sudáfrica (UNISA)é a única universidade 
a desenvolver cursos a distância no país. Em 1947, com o auxílio da Rádio Sorbonne, 
são transmitidas aulas de quase todas as matérias literárias da Faculdade de Letras e 
Ciências Humanas de Paris.
Em 1948 é criada na Noruega a primeira lei sobre as escolas de ensino por 
correspondência, iniciando o controle do Estado sobre as escolas privadas. Na 
década de 60 é fundado o Beijing Television College, na China. Neste mesmo período, a 
Universidade de Wisconsin, criada para estudos a distância, marca ponto importante 
no desenvolvimento da educação norte-americana. 
Na Grã-Bretanha, a Open University mostra ao mundo uma proposta de um ensino 
acadêmico de qualidade através de meios impressos, televisão e cursos intensivos em 
período de recesso. Estes alunos competiam pelos postos de trabalho com graduados de 
universidades presenciais, com isso, a Open University transformou-se em um modelo 
de ensino a distância.
Na Espanha, inicia-se uma experiência de bacharelado radiofônico, neste mesmo 
período surge o Centro Nacional de Ensino Médio por Televisão, que substitui o 
bacharelado radiofônico, neste mesmo país. 
Na França é criado um ensino universitário por rádio em cinco faculdades de 
Letras (Paris, Bordeaux, Lille, Nacy e Strasbourg), e na Faculdade de Direito de Paris, 
para alunos do ensino básico.
Em meados de 1967 cria-se a British Open University, uma instituição pioneira 
do que hoje se entende como educação superior a distância. “Em 1967, na Inglaterra, 
o governo britânico apoiou o projeto Open University (Universidade Aberta), que 
objetivava oferecer educação de qualidade aos adultos, apoiada pelas tecnologias de 
comunicação [...]” (CORTELAZZO, 2013, p. 41).
Em meados da década de 70 o ensino a distância começou a ter lugar na América 
Latina. Este período traz mudanças substanciais nos programas de ensino a distância, 
que foram modificados em sua proposta inicial de cursos por correspondência. Assim, 
é criada a Universidade Autônoma do México, bem como o Sistema de Educação a 
Distância da Universidade de Brasília, o Sistema de Educação a Distância de Honduras, 
o Pedagógico Nacional do mesmo país e os Programas de Educação a Distância da 
Universidade de Buenos Aires.
8 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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1.1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
A modalidade de educação a distância teve respaldo legal para sua concretude 
a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9.394, de 20 de dezembro de 
1996 –, que estabelece, em seu artigo 80, a possibilidade de uso orgânico da modalidade 
de educação a distância em todos os níveis e modalidades de ensino. E depois pelos 
Decretos 2.494 e 2.561, de 1998, mas ambos revogados pelo Decreto 5.622, em vigência 
desde sua publicação em 20 de dezembro de 2005, e pelo Decreto 5.773, de junho de 
2006, e ainda pelas Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007 (BRASIL, 2007).
Na verdade, as pesquisas mostram que no Brasil o ensino a distância teve início 
em cursos profissionalizantes por correspondência, “eram cursos de datilografia 
ministrados não por estabelecimentos de ensino, mas por professoras particulares” 
(ALVES, 2009, p. 9). 
Ainda segundo Alves (2009), o marco de referência oficial foi a implantação das 
Escolas Internacionais, no ano de 1904. Os cursos oferecidos por estas unidades de 
ensino eram voltados para pessoas que estavam em busca de empregos nos setores do 
comércio e de serviços. 
Em 1923 foi fundada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, o principal objetivo 
da emissora era ampliar o acesso à educação. “Os programas educativos, a partir dessa 
época, se multiplicavam e repercutiam em outras regiões [...] dessa maneira, o segundo 
meio de transmissão a distância do saber” (ALVES, 2009, p. 9). 
Reforçando este movimento da Rádio Sociedade, como pontua Mattar (2011, p. 
58), a Rádio Escola foi fundada por Henrique Morize e Edgar Roquete Pinto, oferecendo 
cursos de português, francês, silvicultura, literatura francesa, esperanto, radiotelegrafia 
e telefonia. 
Em 1939 foi fundado o Instituto Monitor, curso a distância para a construção de 
um rádio caseiro. Por correspondência eram enviadas apostilas de eletrônica e um kit 
pedagógico.
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
FIGURA 2 – CONSTRUÇÃO DE RÁDIOS
FONTE: Disponível em: <http://www.a12.com/radio-aparecida/noticias/
detalhes/encontro-dx-as-ondas-curtas-na-segunda-guerra-
mundial-e-guerra-fria>. Acesso em: 12 abr. 2017.
Outro curso de correspondência foi fundado em 1941 pelo ex-sócio do Instituto 
Monitor, dedicando-se à formação profissional de nível elementar e médio. “Nas 
décadas de 1940 e 1950, mais instituições passaram a fazer uso do ensino a distância 
via correspondência, impulsionadas pelo sucesso do Instituto Universal Brasileiro” 
(MATTAR, 2011, p. 59).
No início da década de 1960, Dias e Leite (2010) destacam que, com a popularização 
do rádio de pilha, o Movimento de Educação de Base, ligado à Igreja Católica e ao 
Governo Federal, desenvolveu um programa de alfabetização de adultos. 
Em 1961 é criado o Programa Nacional de Teleducação, conhecido como Prontel, 
no Ministério da Educação e Cultura, sendo responsável por coordenar e apoior a 
educação a distância no país (SARTORI; RODRIGUES; ROESLER, 2002, p. 27).
Mattar (2011, p. 61) afirma que na “área da educação pública, o IBAM – Instituto 
Brasileiro de Administração Municipal – iniciou suas atividades de EAD em 1967, 
utilizando a metodologia do ensino por correspondência”. 
E não menos importante, na década de 1970, a Fundação Roberto Marinho lançou 
o programa de educação supletiva a distância para primeiro e segundo graus. Hoje 
conhecido como Telecurso 2000, “utiliza livros, vídeos e transmissão por TV, além de 
disponibilizar salas pelo país para que os alunos assistam às transmissões” (MATTAR, 
2011, p. 62).
E em 1995, o programa Jornal da Educação – Edição do Professor, produzido 
pela Fundação Roquete Pinto, lança o programa “Um Salto para o Futuro”, sendo uma 
parceria do Governo Federal e das secretarias estaduais de Educação no aperfeiçoamento 
de professores do Ensino Fundamental e alunos dos cursos de Magistério, utilizando 
várias mídias (MATTAR, 2011).
10 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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Ainda de acordo com Mattar (2011, p. 64-65):
Há inúmeras outras iniciativas interessantes na história da nossa EaD, que se 
desenvolveram basicamente nos ensinos Fundamental e Médio, e na capacitação 
de professores. Mas com as novas tecnologias da informação e da comunicação, 
e a abertura da legislação, a partir da década de 1980, o grande avanço da EaD 
ocorreu no Ensino Superior. 
Em 1972, o Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores, 
liderados pelo conselheiro Newton Sucupira. Cabe lembrar que a Open Univer-
sity havia sido recentemente criada. Um relatório final, resultado da viagem, 
marcou, para alguns autores, uma posição reacionária em relação às mudanças 
no sistema educacional brasileiro, gerando um grande obstáculo à implantação 
da Universidade Aberta e a Distância no Brasil. 
Desta forma, percebe-se que o Ensino Superior voltado para a educação a distância 
teve início na década de 70, pela Universidade de Brasília, com cursos voltados para a 
área da ciência política. Mas o grande avanço da educação a distância foi nos anos 90, 
especialmente em decorrência dos projetos de informatização e a difusão das línguas 
estrangeiras. 
A Universidade de Brasília foi pioneira no uso da EaD no Ensino Superior, 
com o Programa de Ensino a Distância (PED), que ofertou um curso de ex-
tensão universitária em 1979. Outros cursos foram produzidos e ministrados 
inclusive por jornal, até 1985, além de terem sido traduzidos cursos das Open 
University. Em 1989 foi criado o Centro de EducaçãoAberta, Continuada, a 
Distância (Cead-UnB), que hoje utiliza diversas mídias, como correio, telefone, 
fax, CD-ROM, e-mail e internet (MATTAR, 2011, p. 65).
Várias iniciativas então se sucederam a partir da década de 90, destacando-se 
cursos a distância baseados nas novas tecnologias, que passam a ser credenciados para 
oferecer graduação nesta modalidade (RODRIGUES, 1998). 
• Escola do Futuro – USP, laboratório interdiciplinar de pesquisa da Universidade de 
São Paulo iniciou seus trabalhos tendo como meta investigar as tecnologias emergentes 
de comunicação e suas aplicações educacionais.
• Universidade Federal de Santa Catarina, laboratório de Ensino a Distância no 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção.
• Universidade Federal do Pará, em 1999.
• Universidade Federal do Paraná, em 1999.
• Universidade do Estado de Santa Catarina, em 2000.
• Universidade Federal do Mato Grosso, em 2001.
 
Assim, ao considerarmos o que já foi visto até o momento, é possível dividir 
a história da EaD, conforme Mattar (2011, p. 4-5-6), em três grandes gerações. A 
primeira geração são os cursos por correspondência, materiais primordialmente 
impressos e encaminhados pelo correio; a segunda geração compreende novas mídias 
e universidades abertas, caracterizando-se pelo uso de novas mídias, como televisão, 
11
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
rádio, fitas de áudio e vídeo e telefone. E pelo momento importante da criação das 
universidades de educação a distância, influenciadas pelo modelo da Open University. 
E a terceira geração, conhecida como EaD on-line, esta introduziu a utilização do 
videotexto, do microcomputador, da tecnologia de multimídia, do hipertexto e de redes 
de computadores, caracterizando a EaD on-line. Por volta de 1995, com o crescimento 
explosivo da internet, pode-se observar um ponto de ruptura na história da EaD. 
Aspectos 1ª Geração 2ª Geração 3ª Geração
Marco Popularização da imprensa
Difusão de rádio 
e TV
Difusão dos computadores e 
telecomunicações
Objetivos 
pedagógicos
Atingir alunos 
desfavorecidos
Atingir alunos 
desfavorecidos
Proporcionar uma educação 
permanente e ocupacional
Métodos 
pedagógicos
Guias de estudo, 
autoavaliação, 
instrução 
programada
Programas 
teletransmitidos, 
pacotes didáticos, 
mediação passiva
Modularização das temáticas, 
desenhos didáticos a partir das 
necessidades formativas
Meios de 
comunicação Correio
Rádio, TV 
e materiais 
audiovisuais
Ciberespaço, satélites, 
videoconferência
Tutoria
Atendimento 
periódico, 
dependendo de 
deslocamentos
Atendimento 
esporádico, 
dependendo 
de contatos 
telefônicos
Atendimento dependendo de 
contatos eletrônicos
Interatividade Aluno/material didático
Aluno/material 
didático
Aluno/material didático/alunos/
professores/sistema educativo 
QUADRO 1 – GERAÇÕES DE EAD
FONTE: Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0096.html>. 
Acesso em: 22 abr. 2017.
Portanto, a EaD evoluiu ao longo de gerações. Segundo Moore e Kearsley (2013, 
p. 33), estas são divididas em cinco gerações, ampliando o que já foi exposto por Mattar 
(2011), como mostrado na figura.
FIGURA 3 – CINCO GERAÇÕES DE EAD
FONTE: Moore e Kearsley (apud COMARELLA, 2009, p. 23)
12 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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Moore e Kearsley (2013) fazem um breve histórico destas gerações. A primeira 
geração inicia-se com os cursos de instrução que eram entregues pelo correio. Conhecidos 
como “estudos de casa” ou usualmente estudos por correspondência. “Tendo início no 
começo da década de 1880, as pessoas que desejassem estudar em casa ou no trabalho 
poderiam, pela primeira vez, obter instrução de um professor a distância” (MOORE; 
KEARSLEY, 2013, p. 34). Os autores destacam que este movimento ocorreu por conta 
de uma nova tecnologia, chamada de serviços postais.
 
A segunda geração foi a era da transmissão, o rádio e a televisão marcam 
esta geração. No início do século XX, o rádio foi visto como uma nova tecnologia. 
No entanto, “o rádio como tecnologia de divulgação da educação não fez jus às 
expectativas” (MOORE; KEARSLEY, 2013, p. 34). E a televisão educativa, que estava em 
desenvolvimento já em 1934. Esta teve mais sucesso que a rádio educativa, por conta 
dos serviços fixos de televisão educativa e pela primeira televisão a cabo, que começou 
a operar em 1952. “Os programas educativos veiculados por canais de televisão ou por 
TV a cabo foram designados como “telecursos” (MOORE; KEARSLEY, 2013, p. 34).
 
A terceira geração foi marcada por um período de mudanças importantes na 
educação a distância. As duas experiências foram o Projeto AIM da University of 
Wisconsin e a Universidade Aberta da Grã-Bretanha.
 
A finalidade do Projeto Mídia de Instrução Articulada (Articulated Instructional 
Media Project – AIM) – 1964 a 1968 e dirigido por Charles Wedemeyer, da University 
of Wisconsin em Madison – era testar a ideia de agrupar (isto é, “articular”) várias 
tecnologias de comunicação, com o propósito de oferecer um ensino de alta qualidade 
e custo reduzido a alunos não universitários. As tecnologias incluíam guias de estudo 
impressas e orientação por correspondência, transmissão por rádio e televisão, 
audioteipes gravados, conferências por telefone, kits para experiência em casa e recursos 
de uma biblioteca local (MOORE, KEARSLEY, 2013, p. 45).
 
Com relação à experiência das Universidades Abertas (UAs), esta teve influência 
norte-americana, “a nação que deu origem a quase todos os principais métodos de que 
depende o sucesso das UAs” (MOORE, KEARSLEY, 2013, p. 49). Ainda segundo os 
autores, estas universidades integravam áudio/vídeo e correspondência com orientação 
presencial.
 
A quarta geração foi marcada pela teleconferência por áudio, vídeo e computador, 
sendo a primeira interação “em tempo real de alunos com alunos e instrutores à distância. 
O método era apreciado especialmente para treinamento corporativo” (MOORE, 
KEARSLEY, 2013, p. 62).
 
13
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
E a quinta e última geração, conhecida como as aulas virtuais baseadas no 
computador e na internet. De acordo com Moore e Kearsley (apud COMARELLA, 2009, 
p. 23), esta “geração teve início na década de 1990 com a expansão da internet, [...], 
integrando diversas mídias, tais como texto, áudio e vídeo em uma única plataforma 
tecnológica, o ambiente virtual de ensino-aprendizagem”.
Então, esses foram alguns dos principais acontecimentos envolvendo o ensino a 
distância. Vale ressaltar que esses acontecimentos históricos da educação a distância no 
mundo nos dão um referencial para realizarmos a trajetória do ensino a distância que 
ocorreu em nosso Brasil, pois a educação a distância ainda está em fase de adaptação ou 
pelo menos ainda não está totalmente definida em termos de uma proposta unificada. 
Mas ela tem se estabelecido, enquanto mudança no processo de ensino/aprendizagem, 
e que possa contribuir com os problemas da educação no Brasil, sem cair no risco da 
massificação do ensino ou a descrença nele. 
AUTOATIVIDADE 1
Qual geração tem como resultado a convergência entre texto, áudio e vídeo em uma 
única plataforma de comunicação? Assinale a alternativa correta.
a) 1ª geração
b) 4ª geração
c) 3ª geração 
d) 5ª geração
Agora assista ao vídeo da Reportagem Especial - Educação a Distância do Jornal 
Nacional: <https://www.youtube.com/watch?v=M1-_E3PgFRk>. 
14 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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2 EAD E SEUS CONCEITOS
Segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), EaD é 
uma modalidade de educação em que as atividades de ensino-aprendizagem são 
desenvolvidas, em sua maioria, sem que alunos e professores estejam presentes no 
mesmolugar à mesma hora (ABED, 2017). 
Holmberg (apud RODRIGUES, 1998, p. 45) afirma que o “termo educação a 
distância esconde-se sob várias formas de estudo, nos vários níveis que não estão sob 
a contínua e imediata supervisão de tutores presentes com os seus alunos [...]”.
 Outra definição utilizada apregoa que a EaD “é uma modalidade de educação, 
planejada por docentes ou instituições, em que professores e alunos estão separados 
espacialmente e diversas tecnologias de comunicação são utilizadas” (MATTAR, 2011, 
p. 3).
Formiga (2009, p. 39) aponta que trabalhar com EaD requer profissionais e atores 
possíveis e dispostos à inovação, “porque atuam em um setor de transitoriedade, no 
qual a única certeza é a permanente mudança [...]”.
 
Assim, de acordo com Barbosa e Gomes (2011, p. 78), a educação a distância, por 
suas principais características, permite um novo paradigma de um sistema fechado de 
ensino voltado para a transmissão de saberes para um sistema aberto de transformação, 
onde a educação tem que ser descoberta o tempo todo. 
 
Moore e Kearsley (2007, p. 237 apud CORTELAZZO, 2013, p. 44) definem 
educação a distância como um aprendizado planejado “[...] que ocorre normalmente 
em um lugar diferente do local de ensino, exigindo técnicas especiais de criação de 
um curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições 
organizacionais e administrativas especiais”.
Litwin (2001, p. 14) diz que a educação a distância nos permite mecanismos 
ágeis de inscrição; “distribuição eficiente dos materiais de estudo; informação precisa, 
eliminando muitas barreiras burocráticas do ensino convencional; atenção e orientação 
aos alunos, tanto no período inicial do estudo como no seu transcurso”. 
 
Percebam a importância do acompanhamento por parte da instituição dos seus 
alunos, mas, principalmente, o comprometimento desses alunos para estudar e aproveitar 
as ferramentas disponibilizadas por essa aprendizagem flexível. Cortelazzo (2013) 
ressalta que temos o nosso estilo de aprendizagem, nossas competências específicas 
para nos adaptarmos a essa aprendizagem. E explica também que essa formação para 
a educação on-line (flexível) passa pela interação, seguida da cooperação e colaboração. 
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“A interação é a ação desenvolvida entre duas ou mais pessoas que estudam, 
trabalham, convivem, relacionando-se no mesmo contexto; enquanto a colaboração se 
constrói na equipe de trabalho, de estudo, de pesquisa, por vontade e consenso dos 
seus participantes” (CORTELAZZO, 2013, p. 138). 
AUTOATIVIDADE 2
Com base na aprendizagem que se dá na interação do indivíduo, podemos afirmar que:
a) A interação é uma ação desenvolvida somente por uma pessoa que estuda em uma 
aprendizagem flexível.
b) A interação é uma ação desenvolvida entre duas ou mais pessoas que estudam, 
trabalham e convivem.
c) A interação é uma aprendizagem que se difere, pois não temos como estruturá-la na 
aprendizagem flexível.
d) A interação é uma aprendizagem exclusiva da educação formal, tradicional.
Dando continuidade aos nossos estudos, vamos nos aprofundar em mais algumas 
definições para essa modalidade educacional, agora apresentadas por Guarezi e Matos 
(2009, p. 18,19 e 20). Vejamos:
Autor Definição
Dohmem (1967)
EaD é uma forma sistematicamente organizada de autoestudo, 
na qual o aluno se instrui a partir do material de estudo que lhe 
é apresentado.
Peters (1973)
Educação/ensino a distância é um método racional de partilhar 
conhecimento, habilidades e atitudes, tanto por meio da 
aplicação da divisão do trabalho e de princípios organizacionais, 
quanto pelo uso extensivo de meios de comunicação, 
especialmente para o propósito de reproduzir materiais técnicos 
de alta qualidade. Estes tornam possível instruir um grande 
número de estudantes ao mesmo tempo, enquanto esses 
materiais durarem. É uma forma industrializada de ensinar e 
aprender. 
Holmberg (1977)
A expressão educação a distância esconde-se sob várias formas 
de estudo, nos vários níveis que não estão sob a contínua e 
imediata supervisão de tutores presentes com seus alunos 
nas salas de leitura ou no mesmo local. A EaD se beneficia do 
planejamento, da direção e da instrução da organização do 
ensino.
QUADRO 2 – DEFINIÇÕES DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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Keegan (1991)
Separação física entre professor e aluno, que a distingue do 
ensino presencial; influência da organização educacional 
(planejamento, sistematização, plano, organização dirigida 
etc.), que a diferencia da educação individual; utilização 
de meios técnicos de comunicação para unir o professor ao 
aluno e transmitir os conteúdos educativos; previsão de uma 
comunicação de mão dupla, na qual o estudante se beneficia 
de um diálogo e da possibilidade de iniciativas de dupla via; 
possibilidade de encontros ocasionais com propósitos didáticos 
e de socialização.
Romiszowski (1993) EaD é qualquer metodologia de ensino que elimina as barreiras da comunicação criadas pela distância ou pelo tempo.
Ministério da Educação, 
Decreto n. 5.622/2005
Em dezembro de 2005, a EaD foi regulamentada pelo Decreto n. 
5.622, que caracterizou “a EaD como modalidade educacional na 
qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino 
e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias 
de informação e comunicação, com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos 
diversos”. 
FONTE: Adaptado de Guarezi e Matos (2009)
Podemos dizer que a educação a distância deve ser algo que vá além de um 
instrumento tecnológico, tem como pretensão ser um portal de democratização do 
ensino e do conhecimento. Litwin (2001) se refere à educação a distância como uma 
modalidade de ensino e de aprendizagem, uma modalidade de ensino com características 
específicas. O mesmo afirma que:
O traço distintivo da modalidade consiste na mediatização das relações entre 
os docentes e os alunos. Isso significa, de modo essencial, substituir a propos-
ta de assistência regular à aula por uma nova proposta, na qual os docentes 
ensinam e os alunos aprendem mediante situações não convencionais, ou seja, 
em espaços e tempos que não compartilham (2001, p. 13).
 Desta forma, estes docentes precisam focar em uma aprendizagem 
potencializada, “o aluno/aprendiz passa a dispor de acesso generalizado ao 
conhecimento, facilitado pelos meios de comunicação e tecnologias inteligentes, que se 
apresentam sob a forma de uma equalização de oportunidades [...]” (FORMIGA, 2009, 
p. 44).
 Oportunidades equalizadas pela avalanche de informações e diversas 
gerações de suporte tecnológico usado. A EaD passou a ter uma variação de terminologias, 
diferentes denominações, são elas: “ensino por correspondência, ensino em casa, ensino 
independente, educação aberta, teleducação, aprendizagem aberta, aprendizagem 
híbrida, educação/aprendizagem em linha” (CORTELAZZO, 2013, p. 103).
 
 Litwin (2001) nos chama a atenção para os avanços tecnológicos que 
não garantem a qualidade na oferta desta educação a distância, principalmente nas 
verdadeiras necessidades do entorno:
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Contudo, o mais importante é não perder de vista que a tecnologia mais moder-
na não garante a qualidade da proposta. [...] O desafio permanente da educação 
a distância consiste em não perder de vista o sentido político original da ofer-
ta, em verificar se os suportes tecnológicos utilizados são os mais adequados 
para o desenvolvimento dos conteúdos, em identificar a proposta de ensino 
e a concepção de aprendizagem subjacente e em analisar de que maneira os 
desafios da “distância” são tratados entre alunos e docentes e entre os próprios 
alunos. [...] Overdadeiro desafio continua sendo seu sentido democratizante, 
a qualidade da proposta pedagógica e de seus materiais (LITWIN, 2001, p. 21).
 Partindo desta premissa, antes de qualquer coisa precisamos pensar na 
modalidade a distância como uma prática social que promoverá a democratização da 
educação.
AUTOATIVIDADE 3
A educação a distância apresenta vários conceitos. Com relação a estes, assinale a 
alternativa correta.
a) Modalidade de educação em que as atividades de ensino-aprendizagem são 
desenvolvidas, em sua maioria, sem que alunos e professores estejam presentes no 
mesmo lugar à mesma hora.
b) Modalidade de educação planejada somente por docentes e alunos que estão 
conectados presencialmente por diversas tecnologias.
c) Modalidade de educação a distância que possui um planejado padrão e ocorre 
normalmente no mesmo local de ensino.
d) Modalidade de educação/ensino a distância que infelizmente não consegue oferecer 
um método de partilhar conhecimento, habilidades e atitudes.
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LEITURA COMPLEMENTAR
O que é educação a distância 
 
José Moran 
 
Pesquisador, professor, conferencista e orientador de projetos inovadores na 
educação. Este texto foi publicado pela primeira vez com o título Novos caminhos do 
ensino a distância, no Informe CEAD - Centro de Educação a Distância. SENAI, Rio de 
Janeiro, ano 1, n. 5, outubro-dezembro de 1994, páginas 1-3. Foram atualizados tanto o 
texto como a bibliografia em 2002.
 
Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por 
tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. 
 
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, 
fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente 
as telemáticas, como a internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a 
televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes. 
 
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como 
alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação", que é mais abrangente, 
embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada. 
 
Hoje temos a educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte virtual 
ou à distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, 
em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, 
chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semipresencial acontece em parte 
na sala de aula e outra parte à distância, através de tecnologias. A educação a distância 
pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores 
e alunos separados fisicamente no espaço e/ou no tempo, mas podendo estar juntos 
através de tecnologias de comunicação. 
 
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se 
dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, 
juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas 
informações e relações. 
 
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. 
No Ensino Fundamental, Médio, Superior e na pós-graduação. É mais adequado para 
a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada 
de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação 
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e também no de graduação. 
 
Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem 
programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade 
Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos 
a distância também o faz no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no 
Brasil. 
 
As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, 
o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução 
entre todos os que estão envolvidos nesse processo. 
 
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que 
conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a internet, telecomunicações, 
videoconferência, redes de alta velocidade), o conceito de presencialidade também se 
altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um 
professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, 
assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, 
com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, 
muitas vezes a distância. 
 
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula 
um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, 
serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com 
as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder 
mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates 
e pesquisas com textos, páginas da internet, até mesmo fora do horário específico da 
aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em 
muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão 
motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel 
do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, 
um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento. 
 
As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e 
socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos 
médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, 
uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores, menos salas de aula e mais 
salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório 
serão, também, lugares importantes de aprendizagem. 
 
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros 
predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades 
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concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, 
que seria difícil contratar. 
 
Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações 
estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula 
multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria 
(formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao 
mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos 
a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a 
distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos 
para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam 
novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de 
comunicação off e on-line (em tempo real). 
 
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. 
É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais 
e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar 
rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em 
diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com 
virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos 
a distância será feitade forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e 
ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e 
comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação 
virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, 
ideias. 
 
A internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo 
real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, 
acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será 
mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da internet que 
nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, 
o telespectador começa a poder acessar simultaneamente as informações que achar 
interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na internet ou outros 
bancos de dados. 
 
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento 
da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-
nos e ouvir-nos à distância. Muitos cursos poderão ser realizados à distância com som 
e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de 
interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas. 
 
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Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas 
presenciais com interação a distância. 
 
Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de 
uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com 
poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e 
propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de 
tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas 
ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; 
diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir 
de níveis diferenciados de visão pedagógica. 
 
O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos 
mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande 
desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns 
estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos 
(gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a 
maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso 
à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, 
à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para 
a sua utilização inovadora. 
 
Referências 
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio 
de Janeiro, s/n, 1997. 
 
LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de 
Janeiro: Brasport, 1997. 
 
NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e 
estratégias para a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. 
São Paulo: Loyola, 1999. 
Páginas na Internet 
 
Página do Prof. Moran: <www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm>. 
Texto do Ivônio Barros: Noções de Ensino a Distância: <www.intelecto.net/ead/ivonio>. 
Eduardo Chaves. Ensino a Distância: Conceitos básicos em: <http://www.edutec.net/
Tecnologia%20e%20Educacao/edconc.htm#Ensino%20a%20Distância>. 
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES
1 – D
2 – B
3 – A
REFERÊNCIAS
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Disponível em: <http://www.abed.org.br/site/pt/faq/>. Acesso em 20 abr. 2017.
ALVES, J. R. M. A história da EAD no Brasil. In: LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, 
Manuel Marcos Maciel. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson 
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BARBOSA, A. C.; GOMES, V. R. Vamos conversar sobre educação e ensino a distância? 
Revista Maiêutica: Licenciatura em Pedagogia, Indaial, v. 2, n. 3, jul/dez. 2011.
BARROS, C. G. de C. A educação a distância favorecendo o fonoaudiólogo. 2001. 81 
f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa 
Catarina, Florianópolis, 2001. Disponível em: <https://www.google.com.br/url?sa=t&rc
t=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&ved=0ahUKEwi8icXQzrnTAhVGIJAKHQMqA8sQ
FghRMAQ&url=https%3A%2F%2Frepositorio.ufsc.br%2Fbitstream%2Fhandle%2F123
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da-escola/193-secretarias-112877938/seed-educacao-a-distancia-96734370/12777-
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COMARELLA, R. L. Educação superior a distância: evasão discente. Florianópolis, SC: 
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CORTELAZZO, I. B. de C. Prática pedagógica, aprendizagem e avaliação em educação 
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CHAVES, E. O. Ensino a distância: conceitos básicos. [on-line]. 1999, p. 2-12. Disponível 
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2017.
23
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DIAS, R. A.; LEITE, L. S. Educação a distância: da legislação ao pedagógico. Petrópolis, 
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FORMIGA, M. M. M. A terminologia da EAD. In: LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, 
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NUNES, I. B. A história da EAD no mundo. In: LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, 
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PICONEZ, S. C. B. Introdução à educação a distância: os novos desafios da virtualidade. 
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RODRIGUES, R. S. Modelo de avaliação para cursos do ensino a distância: estrutura, 
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SARTORI, A. S.; RODRIGUES, S. G.; ROESLER, J. Metodologia da Educação a Distância. 
Educação a distância: resposta pedagógica aos desafios da educação contemporânea. 
2. ed. Florianópolis: UDESC: FAED: CEAD, 2002. (Caderno pedagógico - 1).
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Rodovia BR 470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito
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GESTÃO DO TEMPO 
NA AUTOAPRENDIZAGEM
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Nivelamento de Gestão do Tempo na Autoaprendizagem
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Organização
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Prof.ª Heloisa Rosa
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Harry Wiese
Esta unidade tem por objetivos:
•	 Discutir a importância da gestão no tempo para alcançar objetivos pessoais e 
profissionais.
•	 Apresentar processos que auxiliem na boa gestão do tempo.
•	 Apresentar formas de organização e planejamento para uma boa gestão do tempo.
•	 Demonstrar maneiras de priorização de atividades no campo profissional e 
educacional.
•	 Expor formatos de execução de tarefas, considerando uma boa gestão de atividades.
•	 Apresentar características de ambientes que proporcionam maior produtividade 
profissional e acadêmica.
ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, conforme seguem. No decorrer 
da unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – ORGANIZAÇÃO
TÓPICO 2 – PRIORIZAÇÃO
TÓPICO 3 – GESTÃO DE ATIVIDADES
TÓPICO 4 – AMBIENTES DE PRODUTIVIDADE
2 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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TÓPICO 1 – ORGANIZAÇÃO 
1 INTRODUÇÃO
 O tempo pode ser nosso amigo ou inimigo, basta saber como usá-lo ao nosso 
favor. Pare para pensar: o tempo não é estático! Às vezes, 30 minutos podem durar 
uma eternidade. Lembre-se daqueles momentos em que você estava angustiado ou 
esperando por alguma coisa. Nesse momento, o tempo demorou muito para passar, 
não é? E naqueles momentos em que você aproveitou ao máximo a sua vida, seja em 
uma comemoração ou algum momento especial com a sua família. Aí, o tempo passou 
voando, não passou? 
Perceba como o tempo passa na maneira como o encaramos. O tempo é 
insubstituível e não estocável, sendo que temos que usá-lo de forma obrigatória. Cabe 
a nós, escolhermos a melhor forma de utilizá-lo (BERG, 2010). Podemos dizer que o 
tempo é como a nossa vida, “[...] quem perde tempo, perde a vida. Quem domina o 
tempo, domina a vida” (BERG, 2010, p. 25). Apesar de ser tão importante para as nossas 
atividades, é necessário encarar o tempo de maneira leve e sadia. Este não deve ser o 
nosso inimigo que nos force a trabalhar por longas jornadas, mas deve ser aquele que 
é prático e útil, que nos ajuda a alcançar os nossos objetivos se for bem utilizado. A 
qualidade do uso do nosso tempo determinará se seremos produtivos ou improdutivos, 
vencedores ou perdedores (BERG, 2010). 
Em meio a um turbilhão de meios de comunicação e interrupções, cumprir 
as tarefas em um prazo definido não é tão simples como parece, não é? São e-mails, 
telefonemas, mensagens e outros tantos recursos tecnológicos que interferem a nossa 
rotina, que parece que nossas horas ficaram mais curtas. Neste caso, devemos lembrar 
sempre: “quem não utiliza o tempo em atividades diretamente relacionadas aos 
objetivos prioritários, estará fadado ao fracasso” (BERG, 2010, p. 27). Assim, para usar 
com qualidade este recurso tão preciso que é o nosso tempo, é necessário colocar em 
prática a administração do tempo, representada por “uma forma racional e sistemática 
do uso do tempo, cujo o objetivo é aumentar a eficiência e eficácia das pessoas” (BERG, 
2010, p. 28). Só assim é possível que as pessoas usem o tempo com algo útil, rendendo 
frutos. Pois “nada mais fácil do que estar sempre ocupado. Nada mais difícil do que 
ser eficaz” (BERG, 2010, p. 28). 
Usar o tempo de forma eficaz é fundamental para o sucesso das nossas entregas, 
seja na vida pessoal, profissional ou acadêmica, mas, por onde começar? Saiba que 
o primeiro passo está mais próximo do que você imagina. Comece por você, pela 
autodescoberta. Onde você utiliza seu tempo? De que forma você utiliza seu tempo? O 
que você acha que faz certo? E o que faz errado? Estas são questões-chave que ajudarão 
você neste processo de tornar o tempo seu melhor amigo.
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2 ORGANIZAR É PLANEJAR
Entregar as atividades com qualidade e dentro do prazo não é uma tarefa fácil. 
Para que isso seja possível, devemos seguir um processo que exige disciplina, dedicação 
e, principalmente, organização. Saber organizar bem as atividades e prioridades é a 
primeira etapa para uma boa gestão do tempo, que só é possível quando se olha para 
a frente, listando as atividades e colocando no papel todos os prazos existentes. Tudo 
isso contribui para que o planejamento seja bem feito e as atividades sejam entregues 
dentro do tempo previsto, fazendo assim, você ser mais produtivo em sua vida pessoal, 
acadêmica e profissional.
A maioria dos problemas da gestão do tempo é causada pela falta de organização 
na vida, que resulta em informações perdidas, atrasos e coisas dando errado. Para que 
isso se resolva podemos estabelecer em nossas rotinas diárias sistemas de organização 
conforme necessidades específicas (COVEY, 2002).
a) Organização das coisas: criação de ordem para elementos, como chaves, computadores, 
sistemas de arquivamento, espaços de trabalho e estudo.
b) Organização de tarefas: estabelecer prioridades nas tarefas do dia a dia, por meio de 
ferramentas que podem ser simples listas no papel, planilhas em softwares ou agendas 
diárias.
c) Organização pessoal: definição do que você pode fazer e o que os outros podem fazer, 
delegando as responsabilidades ou as executando.
O agrupamento destas responsabilidades e identificação de prioridades contribui 
para que as atividades sejam planejadas e executadas de forma produtiva, garantindo 
a execução com qualidade e dentro do prazo esperado. Covey (2002) afirma que uma 
das virtudes da organização é a economia de tempo e promoção da eficiência. Por 
exemplo, quando existem problemas em uma organização, ou seja, o caos, é necessário 
reorganizar, reestruturar, para assim poder executar as atividades necessárias. 
Bom, sabemos que saber organizar é fundamental para o sucesso em nossas 
entregas. Mas, como organizar? São tantas prioridades, tantos prazos e tantas urgências, 
não é? 
Para a organização, é fundamental planejar. Berg (2010) nos conta que se alguém 
falha por não planejar o tempo, estará planejando falhar no seu trabalho. “Planejar 
é definir o ponto de chegada no futuro. Não se trata de prever o futuro, mas que 
decisões e medidas devem ser adotadas hoje para que determinados objetivos e metas 
sejam alcançados no futuro” (BERG, 2010, p. 41). Desta forma, o resultado de um bom 
planejamento não é apenas um pedaço de papel com listas de objetivos e metas, mas sim 
4 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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a ação realizada (BERG, 2010). Se o objetivo foi alcançado, significa que o planejamento 
foi um sucesso.
E para fazer um bom planejamento, algumas ferramentas podem ajudar, como 
planilhas por exemplo. Stephen R. Covey (2002) sugere um sistema de organização 
baseado em uma planilha com espaços preestabelecidos, podendo ser adaptado para 
um planejador diário, caderno ou até pedaço de papel, apresentado a seguir. O mais 
importante não é a forma em que você usará esta ferramenta, mas se o conteúdo que 
você incluirá estará alinhado com o que você busca realizar. Lembre-se, você só entregará 
o que precisa se souber para onde está indo.
3 PLANEJAMENTO SEMANAL
Covey (2002) estruturou a ferramenta a seguir, com definição de um planejamento 
semanal, de acordo com papéis, metas, lembretes e dias da semana. O fato de planejar 
suas responsabilidades para a semana e não para o seu dia oferece um contexto amplo 
do que é necessário realizar, não apresentando uma visão limitada de apenas um dia, 
por exemplo (COVEY, 2002). Neste sentido, é possível estabelecer as etapas necessárias 
para as variadas atividades até que cheguem à etapa final: a entrega. 
PAPÉISMETAS SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-
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QUARTA-
FEIRA
QUINTA-
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SEXTA-
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QUADRO 1 - PLANILHA DE ATIVIDADES SEMANAIS
FONTE: Adaptado de Covey (2002)
Para estabelecer este planejamento de forma coerente, você precisa levar em 
consideração seis etapas: conecte sua visão e sua missão, identifique seus papéis, 
selecione as metas, crie uma estrutura de tomadas de decisões para a semana, exercite 
a integridade no momento da escolha, avalie. 
1º Conecte sua visão e sua missão: antes de tudo, você terá que definir qual é a prioridade 
da sua vida, ou seja, qual é a sua missão pessoal? De nada adianta você agendar 
inúmeras atividades se estas não fazem parte da sua missão ou propósito. A partir do 
momento em que você tem uma visão clara dos seus principais objetivos, você terá 
mais clareza para planejar as maneiras de alcançar estes objetivos (COVEY, 2002). 
5
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
Por exemplo, se minha missão é alcançar uma boa média na disciplina que estou 
cursando na faculdade, deverei realizar atividades para que esta missão seja atingida. 
2º Identifique seus papéis: esta etapa diz respeito às responsabilidades que temos em 
nossa vida. Lembre-se de que o atingimento da missão “alcançar uma boa média 
na disciplina” provavelmente dependerá de outros aspectos da sua vida, como 
relacionamentos, trabalho e casa. Ao listar os papéis da sua vida, você poderá conduzir 
as atividades de maneira que haja um equilíbrio entre os papéis, e para que a missão 
seja alcançada. Desta forma, é possível definir as prioridades de cada papel e assim 
não prejudicar a área da vida pessoal, profissional e acadêmica (COVEY, 2002). 
Por exemplo, para que eu alcance uma boa média, exercerei os papéis de “Aluno”, 
“Profissional” e “Social”. Considerando que a missão está relacionada ao ambiente 
acadêmico, o papel “Aluno” exercerá maior prioridade no planejamento semanal.
3º Selecione as metas: a partir dos papéis, é possível definir as metas que estejam de 
acordo com a missão. Neste ponto, você deve fazer a seguinte pergunta: Qual é a 
coisa mais importante que poderia fazer em cada função esta semana a fim de ter o 
maior impacto positivo? (COVEY, 2002). Ou seja, o que poderia provocar mudanças 
significativas em cada papel, sempre levando em consideração a missão? Por exemplo, 
para que seja possível alcançar a minha missão, considerando meus papéis, eu terei 
as seguintes metas:
•	 Aluno: Ler a Unidade 1 do Livro Didático, fazer as autoatividades do Livro Didático, 
realizar as atividades complementares.
•	 Profissional: agendar reuniões para horário do expediente para não fazer hora extra, 
preparar calendário mensal.
•	 Social: encontrar os amigos durante os fins de semana.
Ao listar todas as metas, é possível ter uma visão clara das responsabilidades e 
prioridades para alcançar a missão. 
4º Crie uma estrutura de tomada de decisões para a semana: neste momento, é possível 
criar um plano de ação para as metas, ou seja, estabelecer datas durante a semana 
para atividades que ajudem a alcançar as metas, de acordo com seus papéis e sua 
missão (COVEY, 2002). Como no exemplo a seguir.
6 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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Ao definir os dias da semana, é importante também definir os horários em que 
as atividades possivelmente ocorrerão, de maneira que seja possível alcançar as metas 
dentro da disponibilidade do seu dia.
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5ª Exercite a integridade no momento da escolha: nesta etapa, você já está com tudo 
pronto! Mas, como executar tantas tarefas em meio a um vendaval de acontecimentos 
durante a semana, não é mesmo? Exercitar a integridade significa colocar em prática 
as ações com tranquilidade e segurança (COVEY, 2002), de acordo com o que foi 
planejado. Desta forma, após todo o planejamento, você deve se manter firme para 
que as atividades sejam cumpridas, e assim, alcançar sua missão.
6ª Avalie: após planejar e executar todas as tarefas, cabe a você fazer uma avaliação 
final da sua semana. Esta é a oportunidade de você identificar as falhas do seu 
planejamento e planejar a semana seguinte de uma maneira melhor ainda (COVEY, 
2002). Afinal, as falhas são necessárias para que possamos melhorar, não é mesmo? 
Reveja seu cronograma, se teve dificuldades em executar alguma tarefa no prazo que 
você estipulou, ou inclua uma nova meta se o que você inseriu foi insuficiente. Exclua 
alguma meta se por acaso você incluiu metas demais na sua semana. Lembre-se, este 
é o momento de olhar para trás e pensar naquilo que pode ser melhorado à frente.
A definição contínua deste planejamento semanal contribuirá não somente para 
a criação de uma agenda que poderá ser aplicada, mas também no processo mental 
de organização. Conforme Covey (2002) aponta, o maior valor do processo não está 
na agenda, mas no que faz em sua cabeça. “Quando você começa a pensar mais em 
termos de importância, começa a ver o tempo de um modo diferente. Você se torna 
energizado para colocar as prioridades no devido lugar de uma forma significativa” 
(COVEY, 2002, p. 113). 
Após este hábito de planejamento mensal estabelecido, você não concentrará seu 
tempo para “se organizar”, pois este será um processo natural da sua rotina. Você acabará 
planejando de modo que possa manter essa experiência e rotina semanal (ALLEN, 2006).
4 AUTOATIVIDADES
1) Descreva quais são as atividades que devem ser realizadas em cada etapa do processo 
de planejamento semanal.
2) Desenvolva o seu planejamento semanal de acordo com a sua missão pessoal, 
considerando todas as etapas do planejamento apresentadas neste tópico.
3) Argumente: as suas metas semanais estão de acordo com a sua missão? Por quê?
8 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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TÓPICO 2 – PRIORIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A falta de priorização é um dos problemas mais comuns dos profissionais 
atualmente. Como priorizar um trabalho quando tudo é urgente? Prazos curtos e excesso 
de atividades são questões que, aliadas à ausência da priorização, impactam na “não 
entrega” ou atraso de determinada atividade.
Um dos maiores problemas para se organizar eficientemente resulta do fato de 
muitos itens de baixa prioridade tenderem a fazer pressão (o cachorro tem que 
ser levado a passear agora, o relatório de despesas deve ser preparado hoje à 
noite, essa revista deve ser lida e desenvolvida amanhã), Da mesma forma, as 
coisas importantes da vida com frequência não têm prazo [...]. A saída é enten-
der a diferença entre aquilo que tem valor e aquilo que está gerando pressão, 
de forma que as coisas certas sejam feitas na sequência certa (SCHLENGER; 
ROESCH, 1992, p. 20).
Entender a realimportância das coisas faz parte do ato do planejamento. Já 
vimos até aqui que o primeiro passo para a produtividade é planejar a semana, com 
todas as responsabilidades, de acordo com aquilo que representa a sua missão. Sabemos 
que o planejamento está suscetível a mudanças, como inclusão de uma nova tarefa, 
ou redução de algum prazo. Como assim? Bom, você já deve ter vivenciado alguma 
situação em que havia planejado realizar determinada tarefa em um período do seu dia, 
por exemplo, estudar aquela disciplina durante a noite. Aí surge aquele compromisso 
urgente do trabalho ou da vida pessoal. Neste caso, você precisou decidir qual das duas 
responsabilidades era mais importante. Estudar a disciplina ou aquele compromisso 
urgente? Bem, não existe resposta pronta. Tudo depende da prioridade que você define 
para o determinado momento da sua vida. 
Lembra quando falamos da missão da sua vida no tópico anterior? Uma missão 
definida contribui muito para você conseguir tomar as decisões de acordo com as 
prioridades da sua vida. Se sua missão for conseguir uma boa média naquela disciplina, 
a sua prioridade deverá ser a atividade que ajudará você a alcançar este resultado. Isto 
não significa que você deixará outras atividades ou setores da sua vida de lado, mas 
dará uma atenção menor a estes.
Durante o processo de planejar a sua semana e suas entregas você já estará 
priorizando algumas questões, mesmo sem perceber. Por exemplo, quando você deixa 
de incluir alguma responsabilidade na sua agenda semanal, você está, automaticamente, 
definindo que você prefere realizar outra ação em vez daquela excluída (ou não 
incluída), ou seja, você, sem perceber, define critérios daquilo que é mais importante 
fazer, estabelecendo prioridades no seu planejamento (SCHLENGER; ROESCH, 1992). 
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
Vamos a um exemplo prático! Imagine que você está em semana de prova final 
e você está planejando as atividades que realizará durante aquela semana. Verificando 
suas responsabilidades com a sua família, com o seu trabalho e com a faculdade, você 
percebeu que “não tem tempo” para ir ao cinema naquela semana. Em resumo, você 
está priorizando outras questões, em vez de ir ao cinema. A resposta aqui não é “não 
ter tempo”, mas sim, não priorizar esta atividade, que não é tão importante para você 
neste momento, e não o ajudará a alcançar a sua missão nesta importante semana. 
 
Entender a priorização considerando uma realidade de duas situações em que 
uma é fundamental para a missão e outra não, é simples, não é? Mas, quando existe um 
turbilhão de coisas aparecendo? Como nos organizamos e definimos estas prioridades? 
Dois formatos de organização podem ajudar nesse processo: Matriz de Gerenciamento 
do Tempo (COVEY, 2005) e as listas Mestra e Diária (SCHLENGER; ROESCH, 1992). 
 
2 MATRIZ DE GERENCIAMENTO DO TEMPO
A matriz criada por Stephen Covey apresenta quatro classificações das atividades 
que impactam no processo de priorização: Urgente e Importante (UI), Não Urgente e 
Importante (NUI), Urgente e Não Importante (UNI) e Não Urgente e Não Importante 
(NUNI). Conhecida também como a Matriz UI NUI UNI NUNI (COVEY, 2005). Para 
Covey (2005), aquilo que é importante está relacionado aos resultados. Se algo é 
importante, é por que contribui com missão, valores e metas prioritárias. Já aquilo que 
é urgente, está relacionado com o que nós reagimos.
Urgente Não Urgente
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QUADRANTE I
ATIVIDADES
Crises 
Problemas urgentes
Projetos com data marcada
QUADRANTE II
ATIVIDADES
Prevenção 
Desenvolvimento de relacionamentos
Identificação de novas oportunidades
Planejamento, recreação
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te QUADRANTE III
ATIVIDADES
Interrupções, telefone
Relatórios e correspondência
Questões urgentes próximas
Atividades populares
QUADRANTE IV
ATIVIDADES
Detalhes, pequenas tarefas
Correspondência
Perda de tempo
Atividades agradáveis
Telefonemas inúteis
QUADRO 3 – MATRIZ DE GERENCIAMENTO DO TEMPO
FONTE: Covey (2005)
O Quadrante I lida com resultados significativos, exigindo atenção imediata, 
sendo classificados, muitas vezes, como “crises” ou “problemas”. Todos temos atividades 
deste quadrante em nossas vidas, que estão diretamente relacionados com estresse, 
esgotamento, administração de crises e necessidade de “apagar incêndios” (COVEY, 
10 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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2005). Neste caso, as atividades acabam nos tornando “gerenciadores de crises, escravos 
dos problemas, capazes de produzir só na última hora” (COVEY, 2005, p. 183).
 
O Quadrante II está no centro do gerenciamento eficaz, pois lida com coisas 
importantes e não urgentes, mas que geralmente deixamos de lado por não serem 
urgentes. As atividades assim classificadas estão relacionadas ao planejamento e 
identificação de oportunidades e são de extrema importância para a eficácia. Os 
resultados alcançados ao executar as atividades deste quadrante são muitos, como 
possibilidade de visão ampla, equilíbrio, disciplina, controle e poucas crises (COVEY, 
2005). 
Os Quadrantes III e IV classificam as atividades “perigosas”. São aquelas 
atividades que não são importantes, e acabam tomando um tempo considerável dos 
indivíduos, que deixam de fazer as atividades efetivamente importantes. Dentre alguns 
resultados da realização de atividades deste quadrante, está o foco no curto prazo, 
administração de crises, falta de controle (COVEY, 2005). 
 
Para uma vida equilibrada, Stephen Covey (2005) argumenta que as pessoas 
devem ficar afastadas dos Quadrantes III e IV, pois não são importantes (mesmo sendo 
urgentes), e devem ficar ao máximo afastadas ao Quadrante I, dedicando mais tempo 
ao Quadrante II, que pode render bons frutos. 
E quais frutos você espera? As atividades que você vem desenvolvendo são 
importantes ou urgentes? Tente analisar e identificar a real importância daquelas 
atividades que vêm comprometendo seu tempo, quando você poderia fazer aquilo que 
realmente está no Quadrante II da sua vida.
3 A LISTA-MESTRA E LISTA DIÁRIA
Tanto a lista diária (responsabilidades do dia), quanto a lista-mestra (tudo que 
você precisa fazer) são fundamentais para o planejamento (SCHLENGER; ROESCH, 
1992). Tais listas são estruturadas considerando quatro divisões necessárias para a 
organização, como: Importante e urgente, Importante e Não urgente, Não importante 
e urgente e, Não importante e não urgente. No momento de categorizar alguma 
atividade em uma das ordens apresentadas, é importante levar em consideração alguns 
questionamentos levantados por Schlenger e Roesch (1992), como:
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FIGURA 1 - DETERMINAÇÕES DE PRIORIZAÇÃO
FONTE: Adaptado de Schlenger e Roesch (1992)
Respondendo a estes questionamentos, você chegará a uma divisão de prioridades 
considerando se a tarefa é urgente ou não e se é importante ou não. Então, o primeiro 
passo é fazer este questionamento. Após feito o questionamento, é possível dividir as 
tarefas de acordo com as respostas obtidas, conforme o exemplo a seguir:
Mês: outubro
IMPORTANTE E 
URGENTE
IMPORTANTE E 
NÃO URGENTE
NÃO IMPORTANTE E 
URGENTE
NÃO IMPORTANTE E 
NÃO URGENTE
ESCOLA: ESCOLA: ESCOLA: ESCOLA:
- Exercícios de 
contabilidade.
- Ler capítulo 5 de 
contabilidade.
- Reescrever trabalho 
de Direito Corporativo.
- Fazer leitura rápida 
para direito.
- Ler o próximo 
capítulo de 
Contabilidade.
- Ler os próximos 
capítulos de Direito.
Definir programação para 
o próximo semestre.
Verificar possibilidades 
de trabalhar como 
contratada.
Fazer assinaturas de 
revistas de negócios.
TRABALHO: TRABALHO: TRABALHO: TRABALHO:
- Fazer entrevista para 
artigo sobre joalheria.
- Começar a escrever 
artigo sobre vestuário.
- Enviar relatórios de 
despesas.
- Chamar Bart para 
recusarnomeação.
- Ligar para Stempert.
- Ligar para AT&T 
para verificar situação 
do trabalho.
- Marcar reunião para 
elaboração do livro.
- Devolver livro da 
escola de religião.
- Criticar boletim.
- Ligar para UJC, 
referente a reuniões 
planejadas.
- Fazer acompanhamento 
da história de lacticínios.
- Marcar entrevista na 
loja de roupas.
Começar a trabalhar na 
lista de oportunidades de 
trabalho free-lance
QUADRO 4 - LISTA-MESTRA DE SHLENGER E ROESCH (1992)
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PESSOAL: PESSOAL: PESSOAL: PESSOAL:
- Depositar cheques.
- Levar roupas para 
lavar.
- Acertar canhotos de 
cheques.
- Comprar comida.
- Ir ao clube fazer 
exercícios.
- Comprar presente 
de aniversário do 
irmão.
- Consertar aspirador.
- Arrumar quarto de 
costura.
Mandar consertar 
aquecedor.
Planejar festa do dia das 
bruxas.
FONTE: Schlenger e Roesch (1992)
Com esta lista-mestra, você terá uma visão de todo o quadro, possibilitando uma 
visão geral de todas as suas prioridades e “não prioridades” do mês. Após a classificação 
de todas as suas atividades conforme mostrado no quadro, é possível dar andamento na 
segunda etapa: a criação da Lista Diária, em que você poderá definir quais das atividades 
apresentadas na lista-mestra são prioridades no seu dia (SCHLENGER; ROESCH, 1992).
Na Lista Diária, você pode, por exemplo, listar dez atividades que sejam urgentes 
e importantes para serem realizadas, conforme a definição de prioridades. A seguir é 
possível visualizar em exemplo de lista, sendo um quadro com quatro colunas: coluna 
de prioridades e colunas de ação. As colunas de ação são definidas conforme o tipo de 
ação que precisa ser executada para que a tarefa seja concluída, podendo ser alterada 
conforme o tipo de ação que surgir na sua agenda diária.
PRIORIDADE LIGAR ESCREVER FAZER
1. Entrevistas para o artigo sobre joalheria
2. Ler Capítulo 5 de Contabilidade
3. Comprar comida
4. Marcar entrevista com Stempert
5. Fazer exercícios de Contabilidade
6. Fazer exercício no Clube
7. Enviar relatórios de despesas
8. Levar roupas para lavar
9. Começar e escrever artigo sobre vestuário
10. Apanhar texto de direito para ler
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
QUADRO 5 - LISTA DIÁRIA DE SCHLENGER E ROESCH (1992)
FONTE: Schlenger e Roesch (1992)
A partir da definição destas dez tarefas, conforme prioridades na numeração, 
você poderá executá-las de acordo com o que é mais importante, uma a uma. Lembre-
se, as prioridades não são fixas em nossas vidas, elas mudam. Por isso, você pode 
substituí-las conforme as prioridades surgirem. Ainda, é possível separar tais atividades 
em períodos de tempo, realizando, por exemplo, as atividades 1, 2 e 3 no período da 
manhã, e assim por diante.
Assim, é possível perceber que dar prioridade a alguma coisa requer organização 
e visão do todo. Por isso, liste as atividades e classifique-as de maneira que seja possível 
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identificar a real importância e urgência daquela atividade. Desta forma, será possível 
executar as tarefas com qualidade.
4 AUTOATIVIDADES
1) Descreva o que é priorização e sua importância para a gestão do tempo.
2) Descreva os quatro quadrantes da Matriz de Gerenciamento do Tempo e identifique 
o quadrante de maior valor para a realização de tarefas eficazes. 
3) Além da visão ampla e específica, qual é a outra diferença entre a Lista-Mestra e a 
Lista Diária?
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TÓPICO 3 – GESTÃO DE ATIVIDADES
1 INTRODUÇÃO
Você já viu que para fazer uma boa gestão do seu tempo, é necessário haver 
organização e priorização, para assim, poder executar as atividades. Mas, e quando 
não conseguimos realizar as nossas tarefas conforme o planejamento foi feito? Quando 
surgem outras questões importantes que impactam na não realização destas tarefas? 
Ou quando perdemos mais tempo do que o esperado na realização de uma atividade? 
Pois é, executar as atividades não é tão simples quanto parece, pois diversas variáveis 
acabam interferindo neste processo. Assim, para que possamos ter sucesso em nossas 
entregas, também é necessário haver uma boa gestão de atividades. O que isso significa, 
afinal? É simples, é conseguir ter uma visão do todo, realizar o que foi planejado e ter 
clareza nas decisões na hora de escolher entre uma atividade e outra. 
2 ESTRATÉGIAS PARA UMA BOA GESTÃO DE ATIVIDADES
Para uma boa gestão de atividades, por exemplo, você deve se certificar que está 
dando o tempo suficiente para fazer um trabalho decente, seguindo algumas estratégias, 
propostas por Schlenger e Roesch (1992):
1) Divida em etapas um compromisso, imaginando os passos necessários para o seu 
final e estimando o tempo necessário de cada passo:
A partir do momento em que você tem o seu objetivo final da atividade, você 
pode listar quais etapas são necessárias para que você alcance este objetivo. E, além 
disso, quanto tempo você levará em cada etapa para que sejam realizadas? Desta forma, 
você conseguirá chegar ao prazo final para a entrega da tarefa.
Tarefa Tempo estimado Data de início e término
Pesquisar o material 3 dias 1 a 3 de março
Fazer o primeiro rascunho 3 dias 4 a 6 de março
Aprimorar o texto 1 dia 7 de março
QUADRO 6 - TEMPO ESTIMADO DAS ETAPAS
FONTE: Schlenger e Roesch (1992)
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2) Monitore seu tempo enquanto executa a atividade:
Ao monitorar seu tempo você conseguirá estimar se é necessário rever algum 
prazo ou acrescentar algum item a sua lista de atividades diárias. A monitoração ajudará 
você a perceber se está progredindo ou está perdendo muito tempo com determinada 
etapa da sua tarefa. Por exemplo, você calculou que conseguiria ‘Pesquisar o material’ 
em três dias, mas você já está no 3º dia de trabalho e está longe de terminar a atividade. 
Desta maneira, você percebe que precisa de mais tempo para conseguir executar a ação, 
sendo necessário rever as etapas e seus prazos calculados.
3) Reconheça o cumprimento de “minimetas” enquanto prossegue:
A cada término de determinada etapa, como “Pesquisar o material” ou “Fazer o 
primeiro rascunho”, traz reconhecimento a si próprio, afinal, você terminou uma etapa 
da sua meta. Esse reconhecimento trará a você maior motivação para continuar uma 
nova etapa.
4) Revise periodicamente sua lista de tarefas, para assegurar que você não esteja 
deixando de lado itens críticos.
Ao revisar suas tarefas com frequência, você se sentirá seguro para adiar tarefas 
menos significantes, priorizando aquilo que tem mais importância na sua rotina. 
Considerando todas estas responsabilidades, você conseguirá fazer uma boa 
gestão do seu tempo, respeitando o tempo necessário para cada atividade ou tarefa. 
E ainda, não se esqueça de reservar um tempo para recompensar o seu esforço ao 
terminar alguma atividade, pois isso lhe trará mais energia para iniciar novas etapas 
(SCHLENGER; ROESCH, 1992). 
3 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DAS ATIVIDADES
Ao definir as atividades a serem realizadas, você deve considerar alguns elementos-
chave que influenciam no desenvolvimento nas etapas de uma tarefa: contexto, tempo 
disponível, energia disponível, prioridade. Ao fazer isso, você conseguirá tirar o maior 
proveito da dinâmica de cada elemento (ALLEN, 2005).
1) Contexto
Você tem condições de realizar a ação planejada, no local onde está e com as 
ferramentas que possui? Se você não pode realizar a ação porque não está no local ou 
não tem as ferramentas necessárias, não se preocupe com o assunto (ALLEN, 2005). Por 
exemplo, em vez de definir uma agenda no seu ambiente de trabalho, para atividades 
que você realizará no período da noite em casa, faça uma agenda em sua casa, definindo 
o que você conseguirá

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