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Resumo dos artigos 180,181,209,210,211,212 do código Penal.

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Receptação art 180 CP
Receptação dolosa 
1º Simples, que pode ser própria (caput 1º parte) ou impropria (caput 2º parte).
2º Qualificada está no parágrafo 1º
3º Receptação dolosa agravado, parágrafo 6º
4º Privilegiado, parágrafo 5º segunda parte 
Bem jurídico tutelado: é o patrimônio 
Tipo misto alternativo ou crime de ação múltipla ou crime de conteúdo vareado: se o agente pratica apenas um dos verbos ou todos os verbos descrito no tipo, respondera por apenas 1 único delito. Ex: receptação de tráfico de drogas 
As condutas incriminadas pelo tipo são:
Adquire: é obter a propriedade, a título oneroso (compra e venda e permuta) ou gratuito ( doação ).
Receber: obter a posse, ainda que de forma transitória. Ex: receber um carro para guarda na sua casa, sabendo que se trata de produto de crime. 
Transportar: leva o objeto de um lugar a outro. Ex: motorista que leva carga roubada de um lugar a outro. 
Conduzir: dirigir veículo de origem ilícita.
Ocultar: esconder, alocar o bem em local que não seja acessível as pessoas em geral. 
Crime acessório (delito parasitário): a sua existência pressupõe a pratica de crime anterior. 
Embora a receptação seja crime patrimonial, não é necessário que o crime antecedente seja crime patrimonial. Ex; peculato 
É possível receptação da receptação ¿
Sim, é possível várias receptações em relação ao mesmo a objeto material, cometidos por pessoas distintas.Com tudo é necessário que eles saibam da procedência ilícita do bem. 
Se a infração penal antecedente tratar-se de contravenção penal (e não de crime) não haverá receptação. 
Para o processamento da receptação não é necessário o transito e julgado do crime antecedente.
Mesmo que a vítima não tenha oferecido queixa crime no delito de ação penal privada, e mesmo que ofendido não tenha representado em crime de ação penal pública condicionada, haverá receptação.
Caberá ao MP provar a existência do crime antecedente será manejado por ação penal publica incondicionada. 
14.03.2017
Receptação e aquisição de CD falsificado.
Constitui crime especifico de violação de direito autoral (art 184, §2º) a conduta de quem com o intuito de lucro, adquire CD e produzido com violação de direito autoral. 
Objeto material: e objeto produto de crime, ou seja, aquele obtido em decorrência de ação delituosa antecedente.
O instrumento do crime não é obtido com a ação delituosa, pois ele já se encontra em poder do autor do crime antecedente que dele faz uso para a pratica delituosa. Arma no crime de roubo, chave falsa no crime de furto.
Aquele que oculta instrumento a fim de dar guarida ao autor do crime antecedente comete crime de favorecimento real. (art. 349 do CP)
Preço: o preço do crime não pode ser objeto material de crime de receptação. Ex: entrega de carro para que o objeto pratique um homicídio.
Receptação de coisa imóvel: prevalece o entendimento que bens imóveis não pode ser objeto material de receptação, tendo em vista que a receptação significa dar abrigo, esconder, o que só possível com coisas moveis além disso, receptação pressupõe deslocamento de bem. (STF)
Sujeito ativo: trata-se de crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Advogados: podem cometer receptação caso receba produto de crime como pagamento por serviço defensivo prestado, desde que conheça de sua procedência ilícita, não havendo nenhuma espécie de imunidade para eles. 
Sujeito passivo: a vítima do crime de receptação é a mesmo do crime antecedente.
Embora o tipo penal não exige de que coisa seja alheia, é obvio que o dono do objeto não pode comete o delito de receptação quando adquire bem que lhe a via que tenha sido furtado ou roubado. 
Consumação: consuma no instante que o agente adquire, recebe, oculta, conduz ou transporta o bem. 
O verbo ocultar, conduzir e transporta são crimes permanentes. Adquire e recebe crimes instantâneos. 
Tentativa: a receptação própria é crime material e, portanto, combatível com a tentativa. 
Elementos subjetivo: exige que o agente saiba da procedência criminosa do bem, razão pela qual somente é compatível com o dolo direto, na medida em que o agente quer efetivamente realizar a conduta. Havendo dúvidas a respeito da procedência ilícita do bem, e mesmo assim realiza a conduta típica, sendo posteriormente apurado sua origem espúria, responde por receptação culposa. Art 180 §3 CP
15.03.2017
Norma explicativa art 180, §4º do CP
A receptação é punível: 
1º ainda que desconhecido o autor do crime antecedente.
Não e necessário que se conheça o autor do crime antecedente contudo o MP precisa demostrar a existência de crime antecedente, que, geralmente se da com a oitiva da vitima ou com a juntada do boletim de ocorrência.
2º. Mesmo que o agente seja isento de pena. As causas de isenção de pena em relação aos autos do crime antecedente que não atingem a possibilidade a punição da receptação são : 1 os excludentes de culpabilidade; 2 as escusa absolutórias.
Extinção da punibilidade do crime antecedente. Art 107 
Em regra, causa extintivas da punibilidade do crime antecedente, não interferem na punição da receptação.
Exceções: as causas extintivas da punibilidade da ansistia e do abolitia criminis, impedem a punição do crime de receptação, pois tais causas afetam diretamente o crime antecedente, o qual é pressuposto da receptação.
Receptação impropria (art 180 2º parte)
Influir para que terceiro de boa-fé adquira, receba ou oculta. O autor do crime antecedente não responde pelo crime de receptação improprio, ainda que tenha oferecido o produto do crime a terceira de boa-fé. O crime de receptação impropria é cometido pelo intermediário, ou seja, aquele que não cometeu o crime antecedente, mas possui conhecimento da origem ilícita do bem e tenta convencer terceiro de boa-fé, adquiri-lo, recebe-lo ou oculta-lo.
A conduta típica influir significa entra em contato com alguém lhe oferecendo o bem, sendo a doutrina uníssona em afirmar que a receptação impropria é crime formal, o que se consuma no momento q o agente oferece o bem, independente de o terceiro ter efetivamente se convencido e o adquirido recebido. O que importa é o agente ter feito a proposta para consumação do crime. Por isso razão, não se admita a tentativa.
Receptação culposa art 180.§ 3º CP
Verbos: adquiri e receber 
Tipo objetivo: em regra, os crimes culposos trabalham com o chamado tipo aberto. No caso da receptação culposa, contudo, o tipo não é aberto, pois o legislador traçou os parâmetros que indicam a existência do crime culposo. São eles: 1º a natureza do objeto. Ex: arma de fogo.
2º Desproporção entre o valor de mercado e o preço pago.
3º Condição ofertante 
Se existira receptação culposa se fica demostrado que o bem tinha procedência ilícita
 Escusa absolutórias, art. 181 do CP.
1 imunidade absolutas
Art 181: as imunidades absolutas, também chamadas de escusas absolutórias, acarretam a incensam de pena para o autor do fato delituoso. Eles são aplicados somente aos crimes patrimoniais não se aplicando em relação aos crimes conexos de outra natureza.
A isenção de pena so existe quando a conduta é perpetrada exclusivamente em prejuízo de uma das pessoas enumeradas no texto legal. Causando prejuízo a terceiro. Haverá crime em relação a esse.
As escusas absolutórias se aplicam
1 cônjuge na constância da sociedade conjugal.
O regime de bens do casamento e irrelevante para fins de escusa absolutórias
A escusas absolutórias se encerra com o divorcio 
As escusas absolutórias se aplicam por analogia, a união estável e a união homoafetiva 
A separação de fato não exclui a imunidade pois juridicamente, sociedade conjugal subsiste.
2 ascendente ou descendente 
Aplica se a qualquer um que seja o grau de parentesco em linha reta.
Imunidades relativas 
As imunidades relativas ou processuais trazem como consequência a necessidade de representação da vítima, nos crimes patrimoniais, que em regra, são apurados mediante ação penal pública incondicionada. 
Ao cônjuge separado judicialmente. 
Do irmão: aplica-se parafilhos do mesmo pai e da mesma mãe (irmãos germanos) ou para filhos unilaterais 
Tio ou sobrinho com quem coabita: é necessário que a coabitação seja na mesma residência e mantida de forma perine. O crime patrimonial pode ser praticado no local da residência ou em qualquer outro local.
Exceções: não se aplica as imunidades acima mencionada: 
Se o crime e de roubo ou extorsão ou quando haja emprego de grave ameaça ou violência contra pessoa.
 Ao estranho que que participa do crime: se furto praticado pelo filho e pelo um amigo, tem-se o seguinte: o filho é inseto de pena em razão de escusa absolutórias.
O amigo responde por furto qualificado pelo concurso de pessoas, vez que a imunidade não beneficia o estranho,
A palavra participar foi usada no sentido genérico e não técnico, abrangendo portando, coautoria e a participação. 
Se o crime é praticado contra pessoa igual ou superior a 60 anos. 
Dos crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos 
Titulo 5 capitulo 2 
Dos crimes com respeito aos mortos 
1 independente ou perturbação de cerimonia funerária.
Bem jurídico tutelado: é o respeito as pessoas mortas e a dor dos seus familiares.
Enterro; é o transporte do corpo ate o local onde sera sepultado ou cremado.
Cerimonia funerária: são todos os atos de homenagem e despedida do falecido, incluindo-se o velório.
Impedir: significa evitar que inicie ou interromper atos em andamento.
Perturbar: tumultuar, fazer alvoroço 
Sujeito ativo: trata-se de crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo: a coletividade, representado pelos familiares e pelo estado.
Consumação e tentativa: consuma-se no momento em que o agente efetivamente impede ou perturbar o enterro ou cerimonia funerária. É possível a tentativa. 
Elementos subjetivo: é o dolo direto ou eventual.
Causa de aumento: segundo o parágrafo único a pena sera aumento em um terço se houve emprego de violência. Considerando que o dispositivo não faz nenhuma distinção abrange tanto a violência a pessoa quanto contra a coisa.
Além disso, aplica-se o aumento sem prejuízo da pena correspondente a violência. Sendo assim a penas serão somadas se a violência empregada provocar lesão ou danos.
Ação penal: é publica incondicionada de competência dos julgados especiais criminais.
Violação de sepultura, art. 210 CP.
1.Bem jurídico tutelado: respeito as pessoas mortas e a dor dos seus familiares 
2.Tipo objetivo: 
Sepultura: local onde o cadáver está enterrado, abrangendo toda construção que guarnece o caixão. 
Urna funerário: é o recipiente em que se guarda o cadáver, seus ossos ou cinzas. 
Condutas típicas 
Violar: significa abrir, devassar. O crime acontece se a violação ocorre de forma ilegítima, pois, existindo autorização judicial para exumação, o fato constituirá crime. 
Profanar: significa ultrajar, desprezar, pratica atos de vandalismo. Trata-se de tipo misto alternativo, razão pela qual quem viola e profana no mesmo contesto fático comete crime único. 
Violação de sepultura e furto: se o agente subtrair objetos externos. Ex placas, vasos. Temos o crime de furto.
Se o agente subtrai objeto enterrados com o cadáver:
1º corrente: haver crime de furto, por consideração da família.
2º corrente: considera-se crime de violação de sepultura, pois as coisas são consideradas abandonadas. (Prevalece)
Violação e subtração de cadáver ou parte dele: a subtração de cadáver ta previsto no art. 211 CP, sendo que, se a finalidade do agente era subtrai o cadáver ou parte dele o crime de violação de sepulturas ficara absorvido por se trata de crime meio.
Sujeito ativo: trata-se de crime comum.
Sujeito passivo: coletividade e a família.
Consumação e tentativa: consuma-se no momento da afetiva violação ou profanação da sepultura ou uma funerária (crime material). Admite-se a tentativa 
Elemento subjetivo: é o dolo direto ou eventual.
Ação penal: é publica incondicionada. Não é crime de menor potencial ofensivo. Admita-se a suspenção condicional do processo pois tem mínima de 1 ano.
28.03.17
Destruição, subtração ou ocultação de cadáver. Art. 211 CP.
1.Bem jurídico tutelado: o sentimento de respeitos pelos mortos.
2.Tipo objetivo: 
Destruir: a destruição total do cadáver ocorre quando este deixa de existir como tal. Ex: esquartejamento ou ateamento de fogo no cadáver. 
A destruição parcial, exige que o agente destroce parte do cadáver, estando ou não ligado ao corpo. Ex: acidente de transito que a vítima tem seus membros separados.
Responde pelo crime quem decepa os dedos da vitima para que o corpo não seja identificado. 
Se a parte separada de ser humano vivo trata-se de destruição atípica.
Aquele que comete homicídio sendo a destruição do corpo um ato onerante ao referido crime, responde apenas por homicídio. Com tudo, se o agente primeiro mata depois destrói o corpo responde pelos dois delitos em concurso material.
Subtrai: significa retirar o cadáver da esfera de vigilância dos familiares ou dois responsáveis por sua guarda. 
Não é necessário a existência animus rem ibis habendi, se o agente leva o corpo e o abandono em outro local já estava configurando o crime.
Ocultação: significa colocar o cadáver em local onde não possa ser encontrado. A ocultação somente é possível antes do sepultamento. Após haverá crime de subtração de cadáver.
Se a ocultação do corpo for um meio para a pratica do homicídio, haverá apenas o crime de homicídio. OBS: crime de ação múltiplo ou conteúdo variado.
Objeto material: cadáver e o corpo humano morto, enquanto mantiver sua aparência. Por essa razão, exclusivo as cinzas, múmias, esqueletos e os corpos já decomposto. 
O natimorto, após o trabalho de parto, merece o mesmo respeito que os demais, sendo objeto material do crime em tela. Quanto ao feto, a intensa discussão jurisprudencial quanto a possibilidade de ser objeto material do crime, tendo feito entendimento de que, a partir do 6º mês de gestação, por oferece a possibilidade de sobrevivência em razão da maturidade vital, é objeto material do crime. 
Sujeito ativo: crime comum
Sujeito passivo: a coletividade além dos familiares do morto.
Consumação e tentativa: no momento que o agente realiza conduta típico. Admite-se tentativa.
Ação pública incondicionada.
Vilipêndio de cadáver, art. 212 CP.
Bem jurídico tutelado: sentimento de respeito aos mortos.
Tipo objetivo: desrespeitas, ultrajar, admitindo qualquer meio de execução (palavras, gestos, escrita etc). É necessário que o ato seja praticado na prevenção do cadáver ou suas cinzas. Ex; xingar o cadáver, cuspir, chutar, urinar no cadáver. 
os atos de necrofilia, considerados com a pratica de relação sexual com cadáver configurado crime de vilipêndio.
Objeto material: o cadáver e sus cinzas (cinzas do cadáver são produtos de cremação do cadáver).
Embora o tipo penal não menciona de forma expressa as partes de um cadáver, também pode ser objeto material de um crime, já que as próprias o são. 
Sujeito ativo: crime comum, inclusive os familiares do morto.
Sujeito passivo: a coletividade além dos familiares do morto.
Consumação é tentativa: quando no momento do ato de desrespeitos. Admite-se tentativa, exceto na forma verbal.
 Ação pública incondicionada
29.03.2017 
Estupro 
Bem jurídico tutelado: liberdade sexual da vitima.
Sujeito ativo: antes da lei 12.015 de 2009 sujeito ativo do crime era apenas o homem. A mulher poderia responde pelo delito como coautor ou participe.
Depois da lei 12.015 qualquer pessoa pode ser sujeito passivo (crime comum)
O estupro praticado pelo marido contra a esposa é crime, aplicando-se a causa de aumento do art. 226, II do CP. 
A prostituta também pode ser vitima de estupro.
Sujeito passivo: antes da lei 12.015 apenas a mulher.
O transexual podia se vítima.
Se tivesse feito a cirurgia de transgenitalização.
Decisão judicial para autoriza o registro para mulher.
Mulher que praticava conjunção carnal com homem, respondera por constrangimento ilegal.
Priapismo: é uma condição medica no qualo pênis ereto não retorna a condição flácido, independente de estimulo físico ou emocional.
Depois da lei 12.015/09 qualquer pessoa 
Tipo objetivo:
Constranger: significa obriga alguém a fazer ou tolera que se faça contra sua vontade.
É necessário ficar caracterizado de senso da vitima. É importante que a vítima demostre que não ta aderindo a pratica sexual.
O erro do agente em relação ao dissenso da vitima. Caracteriza erro de tipo, afastando do crime. 
O fato de a vítima de estupro solicitar a colocação do preservativo, não significa anuência ao ato sexual tal situação se dar para evitar um mau maio, ex de gravides ou ate mesmo de um DST.
Consentimento do ofendido: em regra o consentimento do ofendido funciona como causa supralegal de exclusão da ilicitude. Conteúdo nos crimes em que o dizendo ta incluso no próprio tipo penal, funciona como causa excludente de tipicidade 
Mediante violência ou grave ameaça: 
Violência: é o emprego de força física sobre a vítima de modo de viabilizar o ato sexual.
Obs: micro lesões na região da vagina não e considerado violência, pois são inerentes ao ato sexual.
Grave ameaça: pode ser um mal direto ou indireto justo ou injusto.
Mal direto: praticado a própria pessoa, 
Indireto: praticado contra uma pessoa estimada.
Ameaça justa: conta para o cônjuge que esta sendo traído 
Injusto: que vai mata a pessoa
Obs: no crime de ameaça o mal deve ser injusto. Essa grave ameaça é sempre de acordo com a vítima.
Ter conjunção carnal ou a pratica ou permitir que com ele se pratica outro ato libidinoso. 
Conjunção carnal: é a introdução do pênis, complete ou incompleta, na cavidade vaginal, haja ejaculado, haja ruptura do hímen.
Ato libidinoso: é ato praticado para satisfazer o apetite sexual do agente. 
OBS: impotência coeundi e a importância generandi
Importância coeundi: e a incapacidade de se obter ereção peniana.
Consequência: antes da lei 12.015/09 era absorvido por crime impossível.
Depois da lei 12.015/09 respondera normalmente pelo antigo 213, pois pode praticar outros atos libidinosos.
Impotência generandi: é a incapacidade de procriar. Responde normalmente pelo crime de estupro.
OBS: ejaculação precoce é possível a responsabilização por estupro, em razão de outros atos libidinoso

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