Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FÍSICO – QUÍMICA Prof. João Rogério Miraldo Eletrólitos • É uma substância que é capaz de conduzir a corrente elétrica; • É formada por espécies carregadas, íons, positivos, os cátions e negativos, os ânions. • Um eletrólito pode ser um sólido iônico na faz líquida, na qual seus íons experimentam certo grau de liberdade; • Pode ser que esses íons adquiram liberdade num solvente apropriado, geralmente a água. • Um eletrólito também pode se formar a partir de uma composto molecular, que se ioniza em água. É caso do ácido acético, presente no vinagre. • A condutibilidade elétrica deriva, portanto, da existência de transportadores de carga com um certo grau de liberdade. Eletrólitos – dissociação • Dissociação iônica corresponde ao processo de separação dos íons, representados por uma equação. • Exemplos: cloreto de sódio (NaCℓ), hidróxido de cálcio (CaOH2) e cloreto de alumínio (AℓCℓ3) NaCℓ(s) + H2O(ℓ) Na +(aq) + Cℓ–(aq), ou, NaCℓ(aq) Na+(aq) + Cℓ–(aq). Ca(OH)2(s) + H2O(ℓ) Ca² +(aq) + 2OH–(aq), ou, Ca(OH)2(aq) Ca² +(aq) + 2OH–(aq). AℓCℓ3(s) + H2O(ℓ) Aℓ³ +(aq) + 3OH–(aq), ou, AℓCℓ3(s)(aq) Aℓ³ +(aq) + 3OH–(aq). • A quantidade de íons gerada depende da fórmula do composto. Assim, como regra geral, observamos: 𝐌𝐲 𝐱+𝐀𝐱 𝐲− (aq) y𝐌𝐱+(aq) + x𝐀𝐲−(aq) Eletrólitos – ionização • Ionização corresponde ao processo de formação de íons, representados por uma equação. • Exemplos: ácidos clorídrico HCℓ, ácido acético H3CCOOH, ácido sulfúrico H2SO4 e metilamina H3C – NH2. HCℓ(g) + H2O(ℓ) ⇌ H3O +(aq) + Cℓ–(aq), ou, HCℓ(aq) ⇌ H+(aq) + Cℓ–(aq). H3CCOOH(ℓ) + H2O(ℓ) ⇌ H3O +(aq) + H3CCOO –(aq), ou, H3CCOOH(aq) ⇌ H +(aq) + H3CCOO –(aq). H2SO4(ℓ) + H2O(ℓ) ⇌ 2H3O +(aq) + 𝐒𝐎𝟒 𝟐−(aq), ou, H2SO4(aq) ⇌ 2H +(aq) + 𝐒𝐎𝟒 𝟐−(aq). H3C – NH2(g)+ H2O(ℓ) ⇌ H3C – N𝐇𝟑 +(aq) + OH –(aq), ou, H3C – NH2(aq) ⇌ H3C – N𝐇𝟑 +(aq) + OH –(aq), Força dos Eletrólitos • Eletrólito forte: quase totalmente presente na forma de íons. • Ácido clorídrico (HCℓ), hidróxido de sódio (NaOH). • Eletrólito fraco: quase totalmente presente na forma de não-ionizada (molecular) ou não dissociada (iônico). • Ácido acético (H3CCOOH), hidróxido de cálcio Ca(OH)2. • Um eletrólito é tão melhor condutor de eletricidade quanto mais forte. • As partículas carregadas movimentam-se organizadamente e são capazes de levar a corrente de um ponto a outro. Não – Eletrólitos • Não-Eletrólitos: são espécies quimicas que permanecem como moléculas em solução. Não são compostos de íons e nem os geram em solução. • Exemplos: glicose, C6H12O6, sacarose, C12H22O11, etanol, C2H5OH e acetona, C3H6O. C6H12O6(s) + H2O(ℓ) ⇌ C6H12O6(aq) C12H22O11(s) + H2O(ℓ) ⇌ C12H22O11(aq) C2H5OH(ℓ) + H2O(ℓ) ⇌ C2H5OH(aq) C3H6O(ℓ) + H2O(ℓ) ⇌ C3H6O(aq) • Por não possuírem partículas carregadas eletricamente, são considerados não-eletrólitos. Transformações químicas e energia elétrica. Eletroquímica • Processos espontâneos: parte da energia química elétrica; • PILHAS. • Processos não-espontâneos: energia elétrica energia química. • ELETRÓLISE. • Baseia-se na oxidação e redução: PROCESSOS SIMULTÂNEOS. • Transferência de elétrons. • Oxidação: aumento da carga da espécie: perda de e–. Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e– • Redução: diminuição da carga da espécie: ganho de e–. Cu2+(aq) + 2e– → Cu(s) • O total de e– cedidos é igual ao de e– recebidos. • Agente redutor: cede e–, promove redução na outra espécie – Zn(s); • Agente oxidante: recebe e–, promove oxidação na outra espécie – Cu2+(aq) . Potencial – padrão (EO) • Medida da tendência, em volts, à oxidação ou à redução, frente a um padrão. • Eletrodo-padrão: eletrodo de hidrogênio. 2H+(aq) (1 M) + 2 e– H2(g) (1atm); E O = 0,00 V (25°C) • O valor atribuído, zero, é arbitrário. • Determina-se o potencial do outro eletrodo por meio de um voltímetro: a medida indica o valor do potencial do outro eletrodo. • Potencial de redução de uma espécie tem o mesmo valor de seu potencial de oxidação, mas sinais algébricos contrários. Eletrodo – padrão (Findlay) Potencial – padrão (EO) Espécie oxidante e redutora. Espontaneidade. Espécie oxidante: possui maior potencial de redução, tornando-a oxidante; Espécie redutora: possui menor potencial de redução, tornando-a redutora, oxidável; Exemplo: zinco metálico mergulhado em solução de cobre reveste-se de uma camada vermelha (cobre metálico). • As semirreações de oxidação ou redução: Zn2+(aq) + 2e– → Zn(s); EØ = ‒ 0,76 V Cu2+(aq) + 2e– → Cu(s); EØ = + 0,34 V dão origem à equação global, invertendo-se a de menor potencial. Oxidação: Zn(s) →Zn2+(aq) + 2e–; EØ = + 0,76 V Redução: Cu2+(aq) + 2e– → Cu(s); EØ = + 0,34 V Global: Zn(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu(s); ΔEØ = + 1,10 V ΔE > 0 = reação espontânea (pilhas). ΔE < 0 = reação não-espontânea (eletrólise).
Compartilhar