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Slides de Psicologia Forense - Aula 10 de 2016.2

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PSICOLOGIA FORENSE I 
AULA 10 de 2016.2 
 
REVISÃO DE CONTEÚDO 
PSICOLOGIA FORENSE I 
 
 
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA 
FORENSE 
PSICOLOGIA FORENSE I 
 A Psicologia Forense, embora recente no Brasil, vem construindo 
seu espaço com muito vigor. Principalmente na última década, vários 
pesquisadores brasileiros dedicaram-se ao estudo do comportamento 
humano em interface com o Direito. Artigos, livros, relatos de pesquisa em 
congressos de Psicologia, abordaram a violência contra mulher, a 
caracterização e tratamento de adolescentes e adultos infratores, a avaliação 
e intervenção com vitimas de abuso sexual, entre outros temas, tanto para 
identificar as características das pessoas envolvidas, vítimas e agressores, 
como para buscar instrumentos precisos de avaliação e tratamento desses 
indivíduos. 
CONCEITO 
 Psicologia Forense refere-se à área de conhecimento 
psicológico que tem algum tipo de envolvimento com o Direito, seja 
cívil ou criminal. Países de língua espanhola utilizam regularmente o 
termo Psicologia Jurídica, embora sejam encontradas referencias 
com a denominação de Psicologia Forense em vários estudos 
publicados por pesquisadores latino-americanos. Já as principais 
revistas científicas da área, em língua inglesa, utilizam o termo 
Psicologia Forense (Forensic Psychology) para se referir às questões 
aqui discutidas. 
 
CONCEITO 
 O termo psicologia forense diz respeito a produção de 
conhecimento psicológico e sua aplicação ao sistema de justiça, 
civil ou criminal. Isto inclui, segundo Weiner e Otto (2013) 
avaliação de testemunhas de júri, de custódia de crianças, 
elaboração e avaliação de protocolos para seleção de agentes 
da lei, tratamento de agressores, construção de teorias na área 
do comportamento criminal, programas de prevenção e 
intervenção para jovens infratores, entre outros. 
 
CONCEITO 
 Psicologia Forense ou Jurídica é o estudo da integração da Psicologia 
com o Direito. É a junção de duas antigas profissões; a Psicologia, que estuda 
o comportamento humano e, o Direito, que estuda como as pessoas 
estabelecem regras que regem seu comportamento em Sociedade. Psicólogos, 
geralmente, utilizam o método científico da indução para compreender o 
comportamento humano; enquanto que advogados usam a razão ou o método 
dedutivo da inquisição para entender as questões legais. O Objeto de estudo 
da Psicologia Forense são os comportamentos complexos que ocorrem na 
interface com o campo jurídico. A Psicologia Forense, portanto, é uma ciência 
autônoma, complementar ao Direito, e não a ele subordinada (Walker & 
Shapiro. 2003). 
CONCEITO 
 Quintero e López (2010) definem psicologia jurídica como 
a área da Psicologia encarregada de descrever, explicar, predizer e 
intervir sobre o comportamento humano que tem lugar no 
contexto jurídico, com a finalidade de contribuir com a construção e 
prática de sistemas jurídicos objetivos e justos. Na perspectiva dos 
autores o comportamento humano é um conjunto que inclui não 
somente as condutas observáveis como também os processos 
cognitivos e emocionais, as crenças e atitudes das pessoas. 
CONCEITO 
 Bartol e Bartol (2015) definem 
Psicologia Forense como (1) pesquisa que 
examina aspectos do comportamento humano 
diretamente relacionados aos aspectos legais e 
(2) a pratica profissional da psicologia dentro, 
ou por meio de consultoria, do sistema legal 
que abranja a área cívil e criminal do Direito. 
Histórico da Psicologia Forense 
 Em 1940 e 1950 se reconheceu a Psicologia 
como uma ciência importante no campo jurídico 
probatório (nas áreas penal e civil) e os psicólogos 
começaram a testemunhar regularmente no sistema da 
justiça (Sorria, 1998). Atualmente nos Estados Unidos, 
são os psicólogos forenses os únicos especialistas 
qualificados a opinar sobre questões psicológicas nos 
processos legais (Quintero e Lopez, 2010). 
Histórico da Psicologia Forense 
 Em 1984, o Código Criminal Federal brasileiro, 
passou a usar o termo testemunho de especialista 
psiquiatra ou psicólogo. Até então, apenas o 
psiquiatra poderia dar o testemunho. Em 1980, Maria 
Adelaide Caires, passa a fazer parte da equipe do 
IMESC (Instituto de Medicina Social e Criminologia de 
São Paulo), para realizar perícia; este trabalho, até 
então, era realizado por psiquiatras, que usavam 
testes psicológicos (Caires, 2003). 
Histórico da Psicologia Forense 
 O Código de Ética do Psicólogo (2005) 
estabeleceu em seus Princípios fundamentais, no inc. 
II. “ Que o psicólogo trabalhará visando promover a 
saúde e a qualidade de vida das pessoas e das 
coletividades e contribuirá para a eliminação de 
quaisquer formas de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão” 
Histórico da Psicologia Forense 
 No inciso IV do Código de Ética do 
Psicólogo “Que o psicólogo atuará com 
responsabilidade, por meio do contínuo 
aprimoramento profissional, contribuindo para o 
desenvolvimento da Psicologia como campo 
científico de conhecimento e de prática”. 
Histórico da Psicologia Forense 
 Em 2001, o Conselho Federal de Psicologia criou a Especialização 
em Psicologia Jurídica (Resolução 02/2001), que definiu áreas de atuação 
do especialista, com as funções de perito ou assistente técnico, definindo a 
forma apropriada de elaboração de laudos/pareceres/relatórios 
psicológicos (Resolução 007/2003). Definiu também funções do 
especialista, tais como avaliar, orientar e intervir utilizando-se de técnicas e 
psicológicos adequados. Especificou que o psicólogo jurídico pode fazer 
pesquisa e propor modificação da legislação, além de fazer mediação de 
conflito ou atuar na justiça restaurativa. 
 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 As áreas de atuação do Psicólogo 
Forense podem ser definidas tanto pelo 
local de trabalho, do cliente atendido, como 
determinada pela função exercida pelo 
psicólogo forense. 
Áreas de Atuação da Psicologia Forense 
1. Psicologia do Crime; 
2. Avaliação Forense; 
3. Clinica Forense; 
4. Psicologia do Sistema Correcional; 
5. Psicologia aplicada aos Programas de Prevenção; 
6. Psicologia da Polícia; 
7. Assessoria; 
8. Pesquisa. 
 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
1. Psicologia do Crime é a ciência que estuda os processos 
comportamentais do adulto e jovem infrator. Diz respeito a 
como o comportamento criminoso é adquirido, evocado, 
mantido e modificado. O criminólogo utiliza o método 
científico para responder questões relativas aos crimes e 
pessoas envolvidas com o crime. A psicologia criminal 
examina e avalia a prevenção, intervenção e estratégias de 
tratamento direcionadas a reduzir o comportamento 
criminoso e antissocial. 
 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 2. Avaliação Forense é o cerne da Psicologia Forense. É imprescindível ao 
profissional forense identificar quadros psicopatológicos em suas 
especificidades, a fim de determinar a responsabilidade do indivíduo sobre 
seus atos. Um laudo cientificamente embasado corresponde a uma peça 
confiável do processo e permite que a psicologia forense obtenha 
respeitabilidade, tanto acadêmica como profissional. A avaliação e intervenção 
por meio de estudos científicos subsidiarão decisões apropriadas dos 
operadores do Direito (juízes, promotores e advogados), uma desuas funções 
primordiais é a de desenvolver testes psicológicos para avaliação de risco e 
propor e avaliar protocolos apropriados para os vários indivíduos que estão 
envolvidos com o Direito 
 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 3. A Clínica Forense definida pela APA (American 
Psychological Association) em 2001, é ainda de atuação 
restrita pelos psicólogos forenses brasileiros. Bartol e 
Bartol (2014) discutem programas internacionais para 
avaliação e tratamento de agressores físicos e sexuais, 
realizados em diversos países. Vários estudos de 
intervenção foram publicados no Brasil na última 
década. 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 Na Clínica Forense se insere a Vitimologia que se 
encarrega do estudo das pessoas que tenham sido 
sujeitos passivos do crime. Interessa aos estudiosos da 
vitimologia tanto a prevenção da vitimização, como a 
redução das sequelas ocasionadas pelo delito. 
Estratégias para prevenir a vitimização causada pelo 
sistema judicial devem ocupar esforços e pesquisas de 
estudiosos dessa área (Gadoni-Costa, Zucatti, 
Dell’Aglio, 2011; (Quintero & López, 2010). 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 De uma maneira geral, os clínicos forenses 
realizam intervenção com: 
a) vítimas de abuso (físico, psicológico ou sexual); 
b) agressores (físico, psicológico ou sexual); 
c) famílias que sofreram algum tipo de violência; 
d) equipes de segurança, policiais civis e militares. 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 4. A Psicologia do Sistema Correcional tem 
mostrado que quando aplicada adequadamente 
diminui a incidência e reincidência criminal. A 
classificação apropriada da população 
carcerária, adulta e juvenil, permite a aplicação 
de programas corretos tanto dentro quanto fora 
da Instituição Correcional. 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 5. A Psicologia Aplicada aos Programas de Prevenção na 
área forense visa basicamente prevenir o 
desenvolvimento do comportamento antissocial 
identificando-o precocemente e intervindo nas causas 
geradoras do problema. Estas ações deverão ser 
realizadas em escolas, creches, maternidades, postos de 
saúde, abrigos, enfim, em todas as instituições que 
atendem a população onde o comportamento de risco 
poderá ser identificado 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 6. A Psicologia da Polícia é uma área de atuação do psicólogo forense ainda 
incipiente no Brasil. Thomas (2011) propõe varias áreas de atuação para a 
psicologia da polícia: 
 a) perfilar (fazer perfis); b) prestar serviços de psicologia para policiais e suas 
famílias; c) realizar treinamento; d) realizar consultoria para negociação com 
reféns; e) interrogar/entrevistar; f) fazer avaliação de ameaça; g) construir 
protocolos para seleção de pessoal e realizar a seleção; h) intervir em 
situações emergenciais e investigar as consequências psicológicas para o 
policial; e i) avaliar a adequação do candidato à função. 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 Nesta mesma linha Bartol e Bartol (2014) sugerem que os objetivos 
da área são: 
 a) Desenvolver procedimentos apropriados para seleção de agentes 
da lei: 
 b) Capacitar agentes da lei para lidar com adolescentes infratores, 
indivíduos portadores de deficiência mental ou outras pessoas 
portadoras de necessidades especiais: 
 c) Fazer aconselhamento para policiais após incidentes traumáticos; 
d) Auxiliar agentes da lei para a elaboração de perfis de 
sequestradores, psicopatas. serial killers etc. 
 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 7. A Assessoria ou consultoria deve ser feita com base no conhecimento 
da Psicologia Forense, visando fornecer informações importantes para 
o contexto jurídico, em busca da promoção de estratégias que 
contribuam para o desenvolvimento de sociedades mais hábeis na 
solução pacífica de conflitos. Esta assessoria poderá ser realizada para 
os órgãos governamentais federal, estadual e municipal, legisladores, 
ONGs, escolas, conselhos tutelares e de direito, entre outros. A 
capacitação para operadores do direito e técnicos que atuam na área 
forense poderá também ser realizada por profissionais pesquisadores 
e docentes da Psicologia Forense. 
 
Áreas de Atuação da Psicologia 
Forense 
 8. Pesquisa ou investigação se refere à busca da 
evidência e generalização do conhecimento referente às 
relações entre a Psicologia e o Direito. Crespi (1994) diz 
que a investigação psicológica poderá ser de tremendo 
valor para os sistemas de justiça e para a sociedade por 
oferecer maior precisão científica e entendimento a 
respeito das formas efetivas de se intervir no sistema 
judicial em casos que envolvem as dinâmicas 
psicológicas. 
 
. 
 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
PSICOLOGIA E DIREITO 
A concepção biológica estabelece parâmetros de referências 
e modelos para compreensão do comportamento humano. 
Galton, defensor da conceituação frenológica, destacava o 
princípio da compreensão da capacidade humana, isto é, o 
caráter e as funções intelectuais estavam relacionados ao 
tamanho do crânio. Crânios grandes, pequenos ou 
danificados, explicariam determinados comportamentos 
considerados socialmente inadequados. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
Outra teoria de influência biológica foi a 
antropologia criminal de Lombroso, que 
argumentava que a criminalidade era um fenômeno 
hereditário. A teoria de Lombroso enfatizava que 
era possível identificar um indivíduo criminoso 
pelas suas características físicas. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
A tentativa da compreensão da causa determinante desses 
comportamentos (loucura, perversidade, maldade ou 
crueldade) produziu também a chamada concepção médico-
moral, tendo como principal defensor Esquirol. Essas 
concepções correlacionaram a loucura individual a uma 
degeneração racial. Com esta degenerescência, o fator 
causalidade de determinados comportamentos era atribuído 
aos distúrbios morais ou loucos morais. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
A essência do resgate histórico deste contexto se 
fundamenta pela evolutiva preocupação de 
filósofos, médicos, psicólogos e juristas em 
diferenciar as características funcionais e 
comportamentais do doente mental e da sua 
possível correlação com os comportamentos 
criminosos ou violentos. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
As primeiras notificações da prática da avaliação médico-legal são 
atribuídas aos hebreus, os quais já utilizavam os serviços médicos para 
os casos de anulação de casamento, esterilidade, impotência e 
homicídio. Todavia, foi segundo Castel, com o caso do francês Pierre 
Rivière (que degolou sua mãe, irmã e irmão), que ocasionou o 
primeiro embate médico jurídico. Neste caso, a verdade jurídica foi 
obtida pelo exame criminológico, isto é, pela identificação das 
motivações e intenções do indivíduo autor do triplo homicídio. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
Em 1532, no Código Criminal carolino, a medicina legal é inaugurada 
oficialmente, que obrigava, em certos casos a consulta e audiência de 
médicos como peritos, fato este que associa a Alemanha ao berço da 
medicina legal. Nas leis romanas antigas era possível identificar a 
proteção aos alienados mentais, que os colocava sob a vigilância da 
autoridade pública e punindo quem os abandonava ou os 
negligenciava. Entretanto não fazia referência ao doente mental 
criminoso. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
Paul Zacchia, considerado o pai da medicina legal e o 
fundador da Psicopatologia forense, foi o primeiro médico 
que exerceu legalmentea função de opinar sobre as 
condições mentais de indivíduos envolvidos com a justiça. Em 
1650 publicou Questiones médico-legales. Mesmo com a obra 
de Zacchia a visão dos legisladores centrava-se apenas na 
defesa da sociedade contra o doente mental criminoso, que 
cumpria pena como criminoso comum. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
No Estado de São Paulo, Franco da Rocha, em 
1897, assumiu o Serviço de Assistência aos 
Psicopatas do Estado. Já em 1898 foi inaugurado o 
maior e mais importante hospital psiquiátrico 
brasileiro e da América Latina, o Juquery, situado 
na cidade de Franco da Rocha. 
PSICOLOGIA E DIREITO 
Em (1903) foi aprovado o primeiro projeto de 
lei que abordava a questão dos então alienados 
mentais e alienados mentais criminosos, 
determinando que os alienados que 
cometessem algum crime deveriam ficar 
separados dos demais enfermos. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
Quanto a espaço de fato voltado para o doente 
mental envolvido com questões jurídicas, só em 
1921, no Rio de Janeiro foi inaugurado o 
primeiro manicômio judiciário, cujo objetivo 
era proteger o doente mental delinquente e não 
apenas a sociedade. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
Em São Paulo, o Manicômio Judiciário foi 
criado em 1927, recebendo os primeiros 
pacientes em 1934. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
O primeiro diagnóstico médico-legal de inimputabilidade no 
Brasil - Febrônio Índio do Brasil. 
- Nacionalidade: brasileira 
- Data de nascimento: 14 de janeiro de 1895 
- Data de morte: 27 de agosto de 1984 (89 anos) 
- Crime: serial Killer 
- Pena: medida de segurança em manicômio judiciário 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
Com base nesse enquadre histórico, pode-se 
perceber que a interface psiquiatria e direito surgiu 
da necessidade de compreender o indivíduo quanto 
a sua autonomia, sua capacidade de se 
autogovernar e autodeterminar, capacidades estas 
que implicam em considerações quanto à 
responsabilidade pelos seus atos. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
O recorte da relação psiquiatria e direito nesta 
fundamentação teórica não se reveste de uma 
mera citação histórica, e sim, de um marco de 
referência, visto que a psiquiatria (dentro da 
própria medicina) surgiu muito antes da 
psicologia. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
A CIÊNCIA PSICOLOGIA 
A psicologia se configura como a ciência que estuda a relação do 
funcionamento mental (funções e estruturas psicológicas) e sua expressão 
no comportamento. A complexidade da ação humana correlacionada ao 
mundo psíquico se reveste de um dos principais fatores que despertam o 
interesse por esta ciência. A possibilidade de observar, descrever, analisar e 
predizer como uma pessoa percebe, sente, analisa e decide a ação se reveste 
de equação complexa de multifatorialidade, representando assim a matéria 
da psicologia enquanto ciência. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
A CIÊNCIA PSICOLOGIA 
A provável resposta a todos estes 
questionamentos está diretamente atrelada ao 
processo de pesquisa em psicologia, 
considerando os aspectos biológicos, 
psicológicos e sociais. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
Freud dimensionou três elementos da personalidade 
dando origem a um tipo de topografia mental: 
1- Id: seria a reserva dos impulsos instintivos, ou seja, os 
processos inconscientes, que passam despercebidos e 
que muitas vezes são ignorados. Tem como objeto buscar 
o prazer, satisfazer os impulsos sexuais, a libido. É a parte 
irracional, animal, biológica, hereditária do homem. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
2- Ego: também chamado de “eu”, é produto das deformações sofridas 
pelo id nas relações do homem com o meio social, isto é, há a 
modificação do id pelas influências do mundo externo. Representa a 
reflexão, a razão e a inteligência. 
3- Superego: parte que se desenvolve fora do id. Domina o ego e 
representa as inibições dos instintos característicos do homem, 
causadas pelo conjunto de normas morais introduzidas pela sociedade 
ou pelo grupo social ao qual estamos vinculados. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
PSICOLOGIA E DIREITO 
Na atualidade o papel forense do psicólogo na 
realidade Brasileira, ganha gradativamente um 
escopo com maior definição, quanto a sua 
importância, sua abrangência e 
reconhecimento. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
INTERFACE PSICOLOGIA E DIREITO 
No que tange a interface psicologia e direito, segundo 
Assis e Serafim, esta surge com a psicologia criminal, que 
limitava a atuação dos psicólogos à realização de laudos 
periciais, realizando diagnósticos psicológicos a pedido 
dos juízes. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
INTERFACE PSICOLOGIA E DIREITO 
 Ressalta-se que o estudo da psicologia no contexto do 
direito não se restringe exclusivamente ao comportamento 
decorrente de uma doença mental e com as causas da 
criminalidade, mas sim com o estudo das relações 
psicossociais enquanto fatores existentes e influentes na e da 
realidade social inerente a qualquer processo e espaço 
jurídico. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
INTERFACE PSICOLOGIA E DIREITO 
A intersecção entre diversas ciências e o direito ocorre em 
uma relação bidirecional, na qual a ciência afeta o direito e o 
direito afeta a ciência, uma vez que, nessa confluência de 
saberes, as áreas de estudo do psiquismo humano se 
configuram como arcabouços fundamentais no subsídio ao 
operador do direito tanto na elaboração das leis quanto em 
sua execução. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
INTERFACE PSICOLOGIA E DIREITO 
Esse processo derivou da multiplicação do conhecimento e, 
para a compreensão do comportamento humano, cria-se a 
necessidade do perito nas áreas da medicina legal, da 
psiquiatria forense e, por fim, da psicologia. 
Há de se ressaltar que as disciplinas direito, medicina 
(psiquiatria) e psicologia analisam o comportamento, sob o 
prisma de seu referencial. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
INTERFACE ENTRE PSICOLOGIA E DIREITO 
 De uma maneira geral, compreende-se a interface 
saúde mental e justiça pela relação entre leis e 
comportamento. 
 Deve-se ressaltar que o operador do direito analisa o 
fato (a ação, a conduta, o comportamento) pautado no 
domínio da razão e do autocontrole. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
INTERFACE ENTRE PSICOLOGIA E DIREITO 
 Tanto a psiquiatria quanto a psicologia estão voltadas para a 
compreensão do comportamento humano. Cada uma dessas ciências tem 
conhecimentos e procedimentos específicos e conhecimentos e 
procedimentos em comum. 
 Sendo assim, configuram-se como ciências que se integram com o 
objetivo de avaliar e compreender os mecanismos que participam da 
manifestação do comportamento e, no contexto judicial, responder ao 
direito. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
INTERFACE PSICOLOGIA E DIREITO 
Pelo exposto, depreende-se que o papel da psicologia em 
sua interface com o direito percorre a análise e 
interpretação da complexidade emocional, da estrutura 
de personalidade as relações familiares e a repercussão 
desses aspectos na interação indivíduo com o ambiente. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
 
Práticas da psicologia no direito 
PSICOLOGIA E DIREITO 
PRÁTICAS DA PSICOLOGIA NO DIREITO 
 O resultado final deste aprofundado estudo sobre a natureza 
psíquica humana é auxiliar o operador do direito com informações 
sobre a realidade da ação, seja ela delituosa ou não, do réu, da vítima, 
da testemunha, do interditado e do ato jurídico, referindo-se 
exclusivamente a responder as questões decorrentes das dúvidas 
provenientes do processo judicial. Não cabe ao psicólogo o 
julgamento ou a formaçãode um juízo de valores. 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
PRÁTICAS DA PSICOLOGIA NO DIREITO 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
PRÁTICAS DA PSICOLOGIA NO DIREITO 
 
PSICOLOGIA E DIREITO 
PRÁTICAS DA PSICOLOGIA NO DIREITO 
- Segurança pública e militar: Atua na seleção e formação geral ou 
específica de pessoal das polícias civil, militar e das Forças Armadas. 
- Vitimologia: Busca-se a atenção à vítima. Existem no Brasil 
programas de atendimento a vítimas de violência doméstica. Busca-se 
o estudo, a intervenção no processo de vitimização, a criação de 
medidas preventivas e a atenção integral centrada nos âmbitos 
psicossocial-jurídicos.

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