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ARTIGO: ATRATIVO TURÍSTICO: INVESTIMENTOS E IMPACTOS EM SANTA CRUZ - RN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS - DCSH 
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES 
CURSO DE TURISMO 
DISCIPLINA: PLANEJAMENTO TURÍSTICO I 
 
 
 
 
 
 
ARTIGO: 
O CONTATO DOS RESIDENTES DA CIDADE DE SANTA CRUZ – 
RN, COM OS RESULTADOS DOS INVESTIMENTOS DO PODER 
PÚBLICO NA CRIAÇÃO DE ATRATIVOS TURÍSTICOS E OS 
POSSÍVEIS IMPACTOS CAUSADOS POR CONSEGUINTE. 
 
 
 
AUTORES: 
Bruna Emanuelly Pinheiro e Silva1 
Júlio César de Sales2 
Robson Marllan Fialho de Lima Fonseca3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Bacharelanda em Turismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 
CERES – Currais Novos/RN. E-mail: brunaeps170996@gmail.com 
2
 Bacharelando em turismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 
CERES – Currais Novos/RN. E-mail: juliobrasileiro2014@gmail.com 
3
 Bacharelando em turismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 
CERES – Currais Novos/RN. E-mail: robsonmarllan@gmail.com 
RESUMO 
Este trabalho tem o objetivo de identificar o contato dos residentes da 
cidade de Santa Cruz – RN quanto ao investimento do poder público na 
implementação de atrativos turísticos no município. Identificar a partir de um 
questionário aplicado com moradores da localidade a opinião a respeito da 
criação de novos atrativos turísticos e os possíveis impactos causados, por 
conseguinte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALAVRAS - CHAVE 
 
Santa Cruz; implementação; impactos; turismo 
 
 
INTRODUÇÃO 
Neste trabalho foram abordados planejamento e gestão de espaços 
territórios não turísticos e os impactos causados pela implantação de atrativos 
nesses locais. Estudar planejamento é no mínimo complexo, administrar é a 
função essencial da administração, que é o processo de gerir, zelar por algo 
que possui. E falar em planejamento turístico, é abordar um assunto que 
necessita de muita atenção, planejamento esse que vai mexer não apenas com 
um município, também com pessoas. 
Implantar atrativos turísticos em uma cidade pode trazer uma serie de 
impactos. Impactos esses positivos e negativos. Uma comunidade de pequeno 
e médio porte que não se adapta e suporta esse fenômeno, pode sofrer apenas 
com a parte negativa e isso devido a um mal planejamento. A município de 
Santa Crus – RN foi o espaço/território usado para a elaboração desse 
trabalho. Santa Cruz – RN, uma pacata cidade de médio porte do interior do 
Rio Grande do Norte – RN, passou a ser conhecida nacional e 
internacionalmente como a cidade santuário. A cidade que possui esse título 
devido ao complexo religioso de Santa Rita de Cassia, apontada pelo 
extra.globo (2010) como a maior estatua católica do mundo e a maior estatua 
do continente americano. 
Uma cidade com Santa Cruz que até o ano de 2010, ano da 
inauguração da estátua, tinha em sua economia apenas a agricultura e 
comercio, e se introduz na cidade o fenômeno do turismo que chega como 
inovação aos moradores. Todos alienados com a mais nova “sensação” da 
cidade, acabam esquecendo-se de onde é mais importante ser investido o 
dinheiro público, como por exemplo, na saúde e educação. 
Teoricamente, a atividade turística é importante para qualquer 
economia, seja ela nacional, regional, ou local, pois o deslocamento constante 
de pessoas aumenta o consumo, motiva a diversidade de produção de bens e 
serviços e possibilita o lucro e a geração de emprego e renda. O turismo para a 
cidade de Santa Cruz – RN, nunca foi mesmo com a implantação do santuário, 
desenvolvimento significativo para a economia. Não significa que não traga 
impactos. Com a presença dos turistas, mesmo que seja excursionistas ou 
romeiros, com o passar dos anos, está acontecendo uma série de 
transformações, que trazem novas características, gerando impactos 
socioeconômicos produzidos pela atividade. São transformações que não se 
limitam ao espaço físico ou ambiental, mas que se fazem sentir, inclusive, no 
meio cultural. O aspecto mais visível da transformação foi o maior investimento 
na urbanização criada para e pelo o turismo. 
O residente de Santa Cruz, pode ainda usufruir de impactos sociais 
positivos como Melhoria da qualidade de vida da comunidade local como a 
melhoria e criação de infraestrutura, saúde educação, moradia, experiências 
com os visitantes, culturas e modos de vida diferentes, utilização da população 
local como mão-de-obra direta ou indireta. Mas será que pensado para o 
residente ou apenas porque o turista vai começar a frequentar a cidade? Para 
uma comunidade usufruir desses direitos precisa passar uma alienação da 
comunidade local, ou mesmo terem que adotar características de vida dos 
turistas em detrimento dos seus alicerces culturais próprios e com isso o 
crescimento da marginalidade e prostituição, a economia local sensível à 
consequências do turismo. 
Pode-se notar que o mau planejamento pode levar um município a uma 
falência local e até causar a migração dos autóctones. Não pode simplesmente 
implantar um atrativo turístico em uma cidade, sem antes ter pensado no 
residente. Foi pensando nesse assunto que esse trabalho foi desenvolvido. 
Como está Santa Cruz hoje como a cidade santuário? E os residentes? 
O tema discutido nesse trabalho é interessante ser trabalhado pôr dá à 
oportunidade de conhecer mais a fundo o impacto causado pela implantação 
de um atrativo turístico em uma comunidade, pelo fato de o turismo ser 
considerado uma indústria “limpa”, capaz de crescer e se expandir de forma 
sustentada. Dentro de esse tentar buscar a dimensão dos impactos sociais 
positivos e negativos causados por um atrativo turístico e ainda ajudará na 
adoção de ações afirmativas que resultem na promoção do bem estar social 
dos moradores da cidade de Santa Cruz. Esse trabalho se torna relevante para 
a sociedade, pois possibilita analisar a viabilidade da implantação desses 
atrativos. De forma mais aberta, irá contribuir para que sejam tomadas outras 
iniciativas que tragam resultados na criação de indicadores sociais para auxiliar 
na implementação de princípios éticos, na gestão para a construção de uma 
sociedade mais justa. 
METODOLOGIA APLICADA 
Para tentar avaliar os impactos sociais positivos e negativos causados 
pela implantação de atrativos turísticos na cidade de Santa Cruz, o método 
utilizado neste estudo foi a aplicação de um questionário quantitativo e 
qualitativo no mês de maio de 2016 com os moradores da cidade que 
residissem ali no mínimo há sete anos, para conhecer a opinião deles sobre os 
atrativos turísticos que foram implantados na cidade e os que já existiam mas 
não eram considerado turísticos. 
A “Aplicação de Questionários” é somente uma das diversas maneiras 
de se fazer pesquisa em ciências sociais e humanas, e a necessidade de se 
utilizar esta estratégia de pesquisa devem nascer do desejo de entender um 
fenômeno social complexo. A escolha da metodologia deste trabalho também 
está amparada pelos argumentos propostos por Parasuraman (1991), que 
segundo ele “Um questionário é tão somente um conjunto de questões, feito 
para gerar os dados necessários para se atingir os objetivos do projeto.” 
Embora o mesmo autor afirme que nem todos os projetos de pesquisa utilizam 
essa forma de instrumento de coleta de dados, o questionário é muito 
importante na pesquisa científica, especialmente nas ciências sociais e 
humanas. 
No estudo de campo foram ouvidas 40 pessoas, todas moradoras da 
cidade. Este método foi adotado com o objetivo de fazer destetrabalho uma 
iniciativa que impulsione outras, na direção da criação de indicadores sociais 
que possam mensurar os impactos causados pela implantação de atrativos 
turísticos em cidades de pequeno, médio e grande porte. Este trabalho não tem 
a pretensão de criar indicadores para avaliar os impactos sociais do turismo, 
mas, de mostrar indícios do quanto uma comunidade pode ser afetada com 
esse fenômeno. 
As perguntas foram feitas dentro de um mesmo quadro de referência 
para haver condição de comparabilidade de resposta. Segundo Thiollent, 
“[...]a pesquisa feita por questionário privilegia a passividade do 
indivíduo entrevistado e não capta suas expectativas. Ao 
contrário, tende a rebaixa-lo ao nível do senso comum ou da 
banalização própria à representação cotidiana ou familiar.” 
(THIOLLENT, 1987) 
Como um dos objetivos deste estudo foi a busca das opiniões e 
expectativas dos residentes, na tentativa de avaliar a sua relação com atrativos 
turísticos, o uso de questionários foi essencial. 
Nas entrevistas realizadas procurou-se: ouvir a opinião dos residentes 
a respeito dos atrativos turísticos das cidades de santa cruz e a avaliação deles 
para com estes produtos agora existentes na cidade. Para expor essas 
opiniões, será introduzido neste trabalho, gráficos e tabelas para melhor 
identificar o pensamento desses residentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS 
Planejamento é uma atividade a qual exige que seja estabelecido 
fatores para qualquer que seja o objetivo final. Para melhor compreensão, 
planejamento é: 
“Um processo que consiste em determinar os objetivos de 
trabalho, ordenar os recursos materiais e humanos disponíveis, 
determinar os métodos e as técnicas aplicáveis, estabelecer as 
formas de organização e expor com precisão todas as 
especificações necessárias para que a conduta da pessoa ou 
do grupo de pessoas que atuarão na execução dos trabalhos 
seja racionalmente direcionada para alcançar os resultados 
pretendidos.” (ESTOL E ALBUGUERQUE, s.d., p.8) 
O planejamento está ligado de tal forma ao turismo, que ao planeja-lo 
atribui-se fatores com o intuito de organizar e atender as facilidades e serviços 
do turismo em uma comunidade. Segundo Harry e Spink (1990), 
“Desenvolvimento de estratégias que permitam a uma organização comercial 
visualizar oportunidades de lucro em determinados segmentos de mercado. ” 
Estabelecer o planejamento em um município a partir de uma 
organização privada irá determinar técnicas para que traga lucro e 
desenvolvimento a uma comunidade e sua região, enquanto o planejamento 
em organização pública não visão lucro, mas necessita da ajuda do setor 
privado para atingir determinados objetivos. 
Autores como Dias e Ruschmann falam que o planejamento também é 
uma forma de proteger e conservar áreas naturais e de como devemos 
consumir nossa matéria-prima (tendo em vista a escassez futura) e buscar 
novas metas ou respostas para um objetivo especifico. Segundo Neto (1999): 
“Planejar é mobilizar e alocar recursos disponíveis, de forma a 
se ter uma visão global de alternativas, indicando-se o que se 
pode consumir e o que se deve produzir, evitando-se 
desperdício de recursos naturais, de capital e de trabalho.” 
(NETO, 1999) 
Nada do consumo desordenado que possa vir causar em uma 
localidade a expulsão do turista. O visitante não costuma voltar quando um 
local não mais lhe atrai. 
Segundo Dror (1973), “Planejar é o ato de preparar um conjunto de 
decisões a serem colocadas em prática no futuro, direcionadas para o 
cumprimento de metas pelos meios preferidos.” Planejar para que tudo ocorra 
bem e não tenha que estar fazendo manutenções que apenas tragam reforço. 
Manutenção é necessário, mas planejamento e gestão acontecem para que 
essas sejam raras. 
O Estado precisa do planejamento para zelar pela infraestrutura básica 
de uma sociedade e buscar desenvolver ainda mais sua região para que o 
turismo aconteça. Deve ainda cuidar para que a proteção e conservação do 
patrimônio ambiental, cultural e social sejam mantidas. Segundo Ruschumann 
(2012) “Planejar e desenvolver os espaços e as atividades que atendam aos 
anseios das populações locais e dos turistas constitui a meta dos poderes 
públicos [...]” 
Ruschumann (2012) mostra que há dois conflitos para o poder público 
estabelecer metas, o primeiro seria a promoção de oportunidades e acesso as 
experiências recreacionais, o segundo são as formas de proteção e evitar a 
descaracterização dos locais privilegiados a natureza e o patrimônio cultural de 
uma comunidade. 
O planejamento é um elemento muito importante para qualquer área de 
estudos na área do turismo ele pode atribuir ao setor público, diretrizes 
fundamentais para construção de atrativos. Os atrativos turísticos têm como 
objetivo principal, atrair turistas para um determinado lugar, tendo valores 
cultural, histórico, religioso ou apenas beleza e diversão. Os atrativos são um 
dos elementos cruciais para a motivação dos turistas a viajar. De acordo com 
Dias e Aguiar (2002): 
“Embora o país tenha avançado nas estatísticas da 
Organização Mundial de Turismo – OMT, passando do 43° 
para o 29° lugar entre os destinos mais procurados, o Brasil 
ocupa uma posição modesta apesar dos atrativos naturais e 
culturais que apresenta [...]” (DIAS E AGUIAR, 2002) 
 
O fenômeno viajar não é novo na história, de onde se sabe, desde 
quando o homem começou a conviver em sociedade se iniciou as primeiras 
viagens e pelos mais diversos motivos como econômicos, políticos, sociais, 
culturais, entre outros. Outro meio de atrair turistas hoje, são os atrativos 
turísticos, aquilo que atrai, que desperta interesse, que traz ao ser humano o 
desejo de se deslocar no espaço. 
Os atrativos podem ser classificados de acordo com a origem 
metodologia de, podem ser classificados como naturais e artificiais, os naturais 
são as praias, cavernas, vulcões, reservas florestais, ilhas, peixes exóticos, 
dunas, paisagens, etc. e os artificiais são festas típicas, exposições culturais, 
feiras de artesanato, feiras de exposição industrial, exposição agropecuária, 
leilões, centro cientifico e técnicos, música, dança e comida típica, folclore, etc. 
De acordo Fernandes, outra forma de classificar esses atrativos é 
através da hierarquização deles. Para ele existe quatro níveis hierárquicos, da 
hierarquia 4 à hierarquia 1, que consiste em: 
“Hierarquia 4. Atrativos excepcionais, capazes de, por si só, 
motivar correntes turísticas de outras regiões, ou até mesmo do 
exterior. Exemplos: Monumento do Cristo Redentor [...]. 
Hierarquia 3. Atrativos capazes, por si só, de motivar uma 
corrente importante de visitantes da própria região, ou até 
mesmo de outras regiões, se esses atrativos estiverem 
acoplados com outros. Exemplos: a Praia do Forte, em Cabo 
Frio [...]. 
Hierarquia 2. Atrativos com alguma importância, capazes de 
trair turistas da região se acoplados com outros, ou capazes de 
motivar correntes turísticas locais. Exemplos: o evento 
Cabofolia, em Cabo Frio [...] 
Hierarquia 1. Atrativos que motivam apenas visitantes locais e 
contribuem para complementar outros no desenvolvimento do 
complexo turístico.” (Fernandes, 1948. p.140) 
 Mas a implementação de um atrativo não pode surgir apenas com 
interesses de fins econômicos e principalmente sem planejamento, para que 
haja realmente um interesse no turista em visitar. Mas para o turista se 
desloque para uma determinada cidade, apenas o atrativo não vai fazer com 
que seja realmente um lugar atraente. Segundo Tabares (1998) apud Dias e 
Aguiar (2002) “o produtoturístico pode ser considerado como um conjunto 
formado por três partes principais: os atrativos, a infraestrutura e a viabilidade 
de acesso”. 
“[...] a reunião dos atributos físicos e psicológicos que o 
consumidor verifica em um bem ou serviço para satisfazer suas 
necessidades ou desejos, e que esses atributos são compostos 
por uma parte tangível, que é o produto em si, e outra parte 
intangível que é a percepção que o consumidor tem sobre o 
produto [...]” (DIAS E AGUIAR, 2002. P. 69 APUD TOVAR 
1998) 
Quando se fala em atrativos turísticos, um dos assuntos pautados são 
as ofertas turísticas, que são tudo o que é posto para o desfrute do turista ao 
visitante e até mesmo ao residente. Tudo que for oferecido ao turista deve 
haver planejamento, desde a receptividade até a venda de uma garrafa com 
água por exemplo. 
“A oferta turística pode ser descrita como tudo o que for 
oferecido ao turista. Dessa forma, podemos classificar os 
elementos da oferta como os naturais, artificiais e humanos, 
sendo este último relacionado com hospitalidade e serviços, 
que são fatores fundamentais no desenvolvimento turístico de 
uma região, pois o turista só retorna a um destino ou 
recomenda se for bem tratado, não só em temos de cortesia, 
como também na questão dos preços e da apresentação do 
local.” (DIAS E AGUIAR, 2002. P. 69) 
Meio a tanto planejamento na implementação de um atrativo turístico 
em um município seja ele de pequeno, médio ou grande porte, sempre acarreta 
impactos seja eles positivos ou negativos. Nos últimos anos o desenvolvimento 
do turismo exerce uma grande pressão sobre o meio ambiente, pois o consumo 
desenfreado traz a possibilidade de múltiplas formas de fazer negócios, e para 
alimentar a atividade turística se consome o melhor dos recursos naturais como 
a fauna e a flora a cultura e o silêncio. 
Muitos dos recursos são renováveis, porem com o consumo exagerado 
e sem o planejamento adequado, o único caminho provavelmente é a 
degradação. 
“No Brasil, esse quadro não é diferente, e ainda o problema 
permanece de maneira significativa devido à ausência de 
planejamento, ou à insuficiência deste, na implantação de 
projetos turísticos. Na realidade, os problemas causados direta 
ou indiretamente pelo turismo, de modo geral, passara por 
algum crivo da administração pública que, diante da 
possibilidade de geração de recursos a curto prazo, ignora 
prejuízos que ocorrerão a médio e longo prazo. De modo geral, 
os Relatórios de Impacto Ambiental dos grandes 
empreendimentos turísticos, ou são ignorados, ou feitos sem 
critérios técnicos adequados, tornando-se instrumentos que 
justificam a depredação de algum recurso natural.” (DIAS E 
AGUIAR, 2002. P. 93 E 94) 
Teoricamente, a atividade turística é importante para qualquer 
economia, seja ela nacional, regional, ou local, pois o deslocamento constante 
de pessoas aumenta o consumo, motiva a diversidade de produção de bens e 
serviços, ainda possibilitando o lucro e a geração de emprego e renda. Toda 
essa importância vem seguida de muitos impactos, positivos ou negativos. 
Segundo Ruschumann (2012) “Os impactos turísticos referem-se a 
gama de modificações ou à sequência de eventos provocados pelo processo 
de desenvolvimento turístico de uma localidade receptora [...]” essa é uma de 
várias características que a autora da sobre os impactos turísticos no meio 
ambiente. 
Outro conflito acarretado com a implantação do produto turístico são os 
impactos socioculturais que são causados com oscilação no tamanho da 
população que aumenta e diminui, causado com as idas e vindas de turistas. 
“De modo geral, os turistas apresentam alguns traços de 
comportamento padronizados, no contato com as comunidades 
receptoras, particularmente quando estão em grande número. 
Os contatos ocorrem de modo geral durante uma curta mais 
intensa temporada turística, são breves e espontâneos, e são 
assimétricos – alem de desigual, apresentam um significado 
diferente para os visitantes e a comunidade receptora.” (DIAS 
E AGUIAR, 2002, P. 146) 
Segundo Barretto (2004) Com os problemas gerados pelo excesso de 
habitantes temporários, causados ao meio ambiente natural e humano 
passaram a receber maior atenção da Geografia. 
Entende-se que o turismo tem um importante papel no campo 
econômico, cultural e na troca social. Por este motivo é de fundamental 
importância conhecer as percepções e atitudes dos residentes em localidades 
turísticas acerca dos impactos gerados pelo turismo em seus lugares de 
residência. 
 
 
 
 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Como principal objetivo do trabalho é mostrar a opinião dos residentes 
da cidade de Santa Cruz a respeito da implementação de atrativos turísticos na 
localidade, será mostrado nos gráficos e tabelas abaixo, resultados alcançados 
com a pesquisa realizada. 
Gráfico 1: De 0 a 5, você acha que Santa Cruz é uma cidade turística? 
 
 
Como mostra o gráfico 1, mais da metade dos entrevistados falam que 
a Santa Cruz é uma cidade turística. Na pratica, será mesmo ou responderam 
sem saber o que é na verdade uma cidade turística. O perfil do turista de deste 
local são na grande maioria romeiros e não vão à cidade para passar um final 
de semana por exemplo. São turistas que não interferem diretamente na 
economia da cidade. 
 
 
 
 
Class. 1 
3% 
Class. 2 
3% Class. 3 
20% 
Class. 4 
40% 
Class. 5 
34% 
Cidade Turistica 
Class. 1
Class. 2
Class. 3
Class. 4
Class. 5
0
5
10
15
20
25
30
Santuario de Santa
Rita de Cássia
Museu Auta Pinheiro
Bezerra
Matriz de Santa Rita
de Cássia
 Casarões Antigos Praça Coronal
Ezequiel
Atrativos Turisticos 
N° de vezes que foi mencionado como sendo atrativo turistico
Gráfico 1.1: Desses locais quais para você é atrativo turístico? 
 
 
Do gráfico 1.1, podemos ver um resultado parecido com o do gráfico 1. 
Todos esses pontos mencionados no questionário durante a pesquisa tem 
potencial para serem atrativos turísticos, mas além do Santuário e a Matriz de 
Santa Rita de Cássia, os outros não são, pois não recebe um fluxo de visitas 
frequente que os torne atrativos. Em resultados que serão mostrados a seguir, 
é possível analisar que nem o próprio residente usufrui desses pontos 
mencionados. 
 
Tabela 1: Dos atrativos da cidade quantifique de 0 a 5 os que você mais gosta? 
 
 
 
Santuário de 
Santa Rita de 
Cássia 
Museu Auta 
Pinheiro 
Bezerra 
Matriz de 
Santa Rita de 
Cássia 
Casarões 
Antigos 
Praça Coronel 
Ezequiel 
Classificação 
0 
2 4 3 15 5 
Classificação 
1 
1 0 1 1 2 
Classificação 
2 
0 1 3 3 3 
Classificação 
3 
0 10 4 8 16 
Classificação 
4 
4 10 8 3 3 
Classificação 
5 
23 5 11 0 1 
Na primeira tabela, é notável o quanto o santacruzense tem preferencia 
pelo Santuário. Possivelmente este ainda está em estado preservado, não 
apresenta nenhum defeito diferente dos demais que são mal avaliados, 
causando uma series de duvidas ao visitante. Como cita Ruschmann (2012) 
“um lugar para ser bom para o turista, tem que agradar o residente.” 
 
Tabela 1.1: De 0 a 5, a vida dos Santacruzenses mudou após a construção do santuário? 
 
Na tabela 1.1 se nota o quanto o residente de Santa Cruz foi impactado 
socialmente e economicamente. Isso é comum acontecer em comunidades que 
se tornam turísticas com a falta do planejamento adequado. O morador local 
começa pagar mais caro por produtos e serviços que estão ali ao seu dispor, 
que devido ao fenômeno do turismo que se apropriou deste local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transito Preços das 
Mercadorias 
Demora nosAtendimentos 
Fluxo de 
Pessoas 
Classificação 0 2 2 3 0 
Classificação 1 1 1 2 1 
Classificação 2 4 6 3 1 
Classificação 3 2 7 4 0 
Classificação 4 7 3 10 6 
Classificação 5 14 11 8 22 
0 1 2 3 4 5
Nenhum Motivo Especifico
Investimentos em outros setores
Danificar a segurança
Não há necessidade
Aumento do n° de pessoas
Aumento da criminalidade
Piorar a saúde
Motivos de Não Apoiar 
Vezes Mencionadas
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Melhora na Economia
Investimento Turistico
Aumento do n° de Comercios
Aumento da Criminalidade
Aumento de Visitantes
Aumento do indice populacional
Geração de emprego
Danos na Saude
Limpeza das ruas
Segurança
Investimentos na cidade
Mudanças Ocorridas Após o Santuário 
Vezes mencionadas
Gráfico 1.2: Quais as mudanças causadas na cidade de Santa Cruz após a construção do 
santuário? 
 
Ao analisa o gráfico 1.2, percebe-se as mudanças ocorridas na cidade 
depois da construção do Santuário. Impactos positivos ou negativos, o 
município foi afetado com a chegada do turismo e o residente sentiu. É mais 
uma prova da implantação de um turismo não planejado, que afetou a 
população, porem o poder publico parece não se importar, já que é visível o 
quão pouco é investido para tentar manter uma cidade atraente para o turista e 
para o morador. 
 
 
 
Gráfico 1.3: Você apoia a construção do teleférico? Por qual motivo. (Sim ou Não) 
0 1 2 3 4 5 6
Geração de Empregos
Aumentar o n° de Visitantes
Desenvolver a cidade
Melhorar a economia
Facilitar o acesso ao santuario
Acessibilidade
Mais um atrativo para acidade
Sem motivo especifico
Motivos de Apoiar 
Vezes Mencionadas
Gráfico 1.4: 17 pessoas apoiaram a construção 
 
Nos gráficos 1.3 e 1.4, surge uma pergunta sobre a mais nova proposta 
de atrativo turístico na cidade, um teleférico. Mais da Metade dos entrevistados 
apoiam a construção, a outra parte não. Será mesmo necessário um 
investimento tão grande no turismo em uma cidade como Santa Cruz? Já tem a 
prova de que não será esses investimentos desnecessários que vão fazer a 
cidade melhorar. Assim Como alguns residentes falaram o impacto que 
causara economicamente não será significativo para a economia da cidade. 
Enquanto uns residentes se preocupam com o aumento da criminalidade e a 
falta de segurança de e saúde de qualidade, outros estão querendo saber do 
acesso ao santuário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1.3: De 0 a 5, e o quanto irá mudar após a construção do teleférico? 
 
Com a chegada do teleférico, o residente já espera impactos negativos 
que virá, por conseguinte, como é possível ver na tabela 1.3, mesmo assim 
apoiam a construção do teleférico. 
 
Gráfico 1.5: De 0 a 5, quanto o turismo colaborou para o desenvolvimento da cidade de 
Santa Cruz 
 
 
O próprio residente fica confuso na hora de responder as questões, 
pois ao mesmo tempo em que falam que o turismo não contribui com a 
economia da cidade, no gráfico 1.5 a maioria alega que o turismo contribuiu 
para o desenvolvimento. 
 
4% 
0% 
10% 
23% 
23% 
40% 
Contribuição Para o Desenvolvimento 
Class. 0 Class. 1 Class. 2 Class. 3 Class. 4 Class. 5
 Transito Preço Demora no 
Atendimento 
Fluxo de 
Pessoas 
Classificação 0 3 2 2 1 
Classificação 1 2 0 1 1 
Classificação 2 1 6 3 1 
Classificação 3 6 8 5 0 
Classificação 4 2 3 10 3 
Classificação 5 15 11 9 24 
Gráfico 1.6: De 0 a 5, qual o seu nível de satisfação com os atrativos? 
 
 
Gráfico 1.7: Os atrativos da cidade precisariam de alguma mudança? Quais? 
 
 
Nos gráficos acima, 1.6 e 1.7, o residente da sua opinião a respeito da 
satisfação para com os atrativos. Em nível de contentamento, aparentemente 
agrada a grande maioria e é essa maioria que falam que os atrativos estão 
precisando de mudanças/reparos. Então passa a imagem de que não é 
satisfatório já que nem o próprio morador está sabendo opinar a respeito. 
 
3% 3% 
7% 
23% 
47% 
17% 
Satisfação dos Residentes com os Atrativos 
Class. 0 Class. 1 Class. 2 Class. 3 Class. 4 Class. 5
0 2 4 6 8 10 12 14
Todos
Santuário de Santa Rita de Cássia
Teatro Candinha Bezerra
Casa da Cultura
Praças
Clube
Shopping
Rodoviaria
Casarões Antigos
Sinalização Turistica e de Transito
Museu Auta Pinheiro Bezerra
Atrativos que Necessitam de Mudanças 
Vezes Citadas
CONCLUSÃO 
A implantação dos atrativos turísticos em Santa Cruz, podem até terem 
sido planejados, porem não mantiveram os cuidados após o término das obras. 
Os impactos que estão acontecendo hoje poderiam ter sido previsto na hora do 
planejamento. Não havia nos planos objetivar a comunidade a receber o 
complexo turístico de nível nacional, talvez por isso, o residente é quem mais 
sofre com a chegada do fenômeno do turismo. 
É possível que as providências devidas não foram tomadas devido a 
uma deficiência do próprio poder publico em receber e ouvir os moradores e 
também falta de incentivo dos próprios moradores em procurar a prefeitura da 
cidade para assim poder salientar alguma duvida ou mesmo para expor suas 
opiniões. 
Os benefícios sempre chegam, de forma rápida quando o setor público 
o privado e a comunidade desenvolvem ações em parcerias. Vale ressaltar que 
se recomendam sempre outras iniciativas que resultem na criação de 
indicadores sociais que possam, dentro da realidade do nosso país, medir os 
impactos promovidos. Projetos voltados para a educação, cultura e 
entretenimento dos adolescentes, que estão ociosos e sem perspectivas diante 
das transformações que ocorrem, mesmo não sendo um numero tão 
significativo, mas afastariam estes jovens da prostituição e das drogas. Com 
uma melhor educação, diminuiria o desemprego e haveria uma melhora 
significativa na qualidade de vida da população e da mão-de-obra local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O desenvolvimento do turismo no Brasil vem crescendo a cada ano e 
impactando cada vez mais na economia do país. Esse fenômeno chamado 
turismo vem tomando conta do interior brasileiro. As cidades de pequeno e 
médio porte vêm se destacando com suas peculiaridades, sejam naturais, 
culturais ou artificiais. Os artificiais são os mais se evidencia quando se fala em 
atrativos turísticos. 
A cidade de Santa Cruz, é mais um desses municípios que ganhou 
reconhecimento nacional devido a implementação de atrativo turístico a nível 
nacional e internacional. Vale salientar que é também uma cidade que sente o 
impacto pós-implantação desses equipamentos. Os impactos tantos sociais, 
econômicos e socioculturais, afligem aquela comunidade de uma forma em que 
alguns percebem e outros preferem não enxergar e viver alienado. 
Com a promessa de mais equipamentos a serem implantados na 
cidade como o teleférico, a tendência é que o morador da cidade chegue ao 
ponto de não querer mais receber esse turista ou ate mesmo causar a 
migração deste. Por isso planejamento de mais nunca é o suficiente. Planejar 
mais para produzir melhor. Planejar uma comunidade junto a ela, para que 
todos possam viver em sociedade pacífica. 
Este trabalho mostra um pouco do quanto se faz necessário planejar 
para gerir. Principalmente quando o publico final são os próprios seres 
humanos. Não adianta querer encher uma cidade de turistas hoje para causar 
a sazonalidade desse local amanhã. Isso acontecendo, os autóctones ainda 
estará lá. . Segundo Ruschmann (2012), uma cidade só é boa para o turista 
quando é agradável para o residente. 
Realizar esse trabalho foi um pouco complicado, pois mexe com a 
história que uma cidadeesta formando, construindo. O recorte temporal de 
Santa Cruz como cidade turística é curto, então trabalhos como esse pode ser 
de grande relevância, tanto positivo quanto negativamente. 
É possível trabalhar com esse mesmo tema ainda, pois ele abrange 
uma área bem maior de conhecimentos e descobertas. É possível até fazer um 
aperfeiçoamento do presente trabalho, que ainda pode trazer mais resultados e 
até novos. Esse foi “um abrir de porta” para quem quiser e tiver disposição para 
pesquisar na área. 
Para finalizar, quero ainda ressaltar um ponto já citado aqui, quanto à 
criação de indicadores para mensurar os impactos sociais de atrativos 
turísticos, observa-se que um fator importante é buscar forma de mensurar a 
melhoria na qualidade de vida da população nas questões de educação, saúde 
e trabalho. Um bom começo seria a utilização de alguns indicadores do Índice 
de Desenvolvimento Humanos e aplica-los de acordo com a realidade da 
região estudada.

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