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CINTHIA P DE ANDRADE 2016.2 AULA DE DIURÉTICOS ODONTO 4P – 2016.2 São de uso oral e alguns podem ter tb uso parenteral (agudo). Temos 5 categorias de diureticos e cada uma delas age num local especifico do néfron porque cada uma das categorias tb tem potencias diferentes e é isso que vai nortear a utilização clinica delas. POR QUE OS DIURÉTICOS SÃO UTILIZADOS NA CLÍNICA? No tratamento da hipertensão e edemas (retenção de flúido no intersticio), ambos são crônicos. OS DIURETICOS AUMENTAM A EXCREÇÃO DE Na E AGUA! Vimos na fisiologia que nós filtramos 180 litros de agua/dia e excretamos na forma de urina cerca de 1,5 a 2 litros e isso significa quem nós reabsorvemos mais de 99% do Na e agua que filtramos. O QUE OS DIURETICOS FAZEM É INIBIR A REABSORÇÃO DO Na E AGUA AO LONGO DO TUBULO. 1. No tub proximal (reabsorve 67% do Na filtrado) agem os inibidores da anidrase carbônica. 2. Ramo descend. da alça de Henle (reabsorve somente agua) nenhum diurético atua aqui. 3. Ramo ascend. da alça de Henle (reabs 25% do Na filtrado e n reabs agua, apenas eletrolitos) aqui agem os diuréticos de alça. 4. No tubulo distal (reabsorve 5% de Na filtrado) agem os tiazidicos. 5. Na porção cortical do ducto coletor (ocorre o maior percentual de reabsorção de eletrólitos e é onde atua a aldosterona) agem os poupadores de potássio que previnem a perca de potássio porque tem ação contrária a aldosterona. MANITOL: USO ENDOVENOSO! Somente um paciente numa UTI vai ta usando manitol. Os diuréticos de maneira geral apresentam um grupamento sulfonamida que faz reação alérgica como efeito colateral, mas tb é responsável pela ação diurética desses fármacos 1. INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA: Eles atuam no tubulo proximal e ainda assim são pouco potentes porque aumentam somente em 5% a excreção de Na. ESSA CLASSE NÃO É ESCOLHIDA PARA TRATAR HIPERTENSÃO JUSTAMENTE PELA FALTA DE POTENCIA. Cada um dos segmentos do néfron tem um tipo de transportador, no tub proximal essa transportador é o trocador NaK e ele reabsorve o Na em troca de um íon de hidrogénio que é secretado. Os inib da anidrase carbônica inibem esse trocador NaK porque para que esse trocador funcione se faz necessária a atv da anidrase carbónica. A anidrase transforma agua em CO2 > em acido carbónico que se dissocia em íons H e íons bicarbonato. O íon hidrogénio é o íon secretado e gera gradiente para o sódio ser absorvido. Se a anidrase carbônica for diminuída, íons hidrogénios serão diminuídos, então a reabsorção de Na tb fica diminuída! OBS: Inibidores da anidrase carbônica vão diminuir a reabsorção de íons bicarbonato podendo causar a acidose metabólica como ef colateral. RESUMO DA TABELINHA: os inib da anidrase carbônica reabsorve pouco Na, aumenta a excreção de K (podendo fazer hipocalemia), faz acidose metabólica porque diminui a secreção de íons H, os diuréticos em geral aumentam a excreção de Calcio, aumenta a excreção de cloro.. HIPERURICEMIA: acido úrico aumentado no sangue. EX: ACETAZOLAMIDA: potencia 1 / completa absorção oral / T ½ vida 6 – 9h / eliminação renal. DICLORFENAMIDA: potencia 30 METAZOLAMIDA: potencia 1 – 10 / completa abs oral / T ½ vida 14h / eliminação: 25% renal 75% metab // USO CLINICO: edema, glaucoma, epilepsia… 2. DIURETICOS DE ALÇA: São os mais potentes de todos os diuréticos porque aumentam em 20% a excreção de Na e agua no ramo ascend de Henle. O principal transportador de Na nesse segmento é o NaK 2Cl, que é um cotransporte porque ele reabsorve no mesmo sentido. Sempre na membrana basolateral vai estar a bomba NaKATPase que gera gradiente para que esse cotransporte funcione. Em resumo os diuréticos de alça inibem o cotransporte NaK2Cl (mec de ação). Eles são muito potentes porque esse segmento reabsorve muito e nos segmentos posteriores a reabsorção é pouca! RESUMO DA TABELINHA: aumenta excreção de Na e de K, aumentam a excreção de íons H podendo causar alcalose metabólica! hipocalemia: K baixo que faz alcalose metabólica. hipovolemia faz com que o tub proximal reabsorva mais Na e consequentemente mais bicarbonato. Excreção de cálcio, magnésio, cloro e bicarbonato aumentadas. EX: Foi administrado um diurético de alça ai o volume plasmático diminui assim como o debito cardíaco e a PA tb e ocorre o aumento da resistência vascular periférica. Ou seja, quando um fármaco produz perda de volume ou queba de PA, os baroreceptores rapidamente entram em ação ativando o simpático e aumentando a resistência como mecanismo compensatório. Já o sistema renina-angiotensina entra em ação em apenas 12h, então se o volume estivesse diminuído o sistema renina-angio-aldosterona iria ativar e reabsorver Na, então o volume que havia diminuído volta aos padrões normais assim como o debito cardíaco. A longo prazo, o papel do diurético foca em diminuir resistência porque ele faz deficit de Na. Por fim, por mais que haja os mecanismos compensatórios sempre vai haver o deficit de Na. menos Na = menos resistência vascular periférica e menos PA. menos Na = menor reatividade das cls musculares lisas OBS: medula diluída = urina diluída / medula concentrada = urina concentrada porque a tonicidade da medula determina o ADH (hormônio anti diurético). Os diuréticos de alça inibem a reabsorção de Na, a medula fica diluída e a agua é excretada. AT: Os diureticos de alça impedem que a urina se apresente concentrada! *sofrem metab hepático. 30 a 40% ------ *via oral ----------- EX: FUROSEMINA e BUMETAMIDA são tb estão disponíveis na forma de ampola, então podem ser adm emergencialmente por via EV. O ideal de um diurético seria não sofrer metabolismo hepático, mas esses sofrem em torno de 30 a 40%... 3. TIAZIDICOS: uso apenas oral Eles atuam no tubulo distal e são pouco potentes no que diz respeito a perda de Na porque aumentam apenas 5% da excreção, mas eles tem uma grande importância no tratamento da hipertensão leve. O principal transportador nesse segmento é o cotransporte Na/Cl, ou seja, são eles que são inibidos pelos tiazídicos. São de uso oral. *fazem perda de K podendo, assim como os diuréticos de alça, fazer hipocalemia. *fazem perda de íons H e alcalose metabólica OBS: Eles são uma excessão no que diz respeito ao Ca porque eles diminuem a excreção do mesmo, fazendo com que os tiazidicos sejam uteis para prevenir a recorrência do calculo renal. *diminuem a excreção de ácido úrico A HIDROCLOROTIAZIDA ainda é utilizada porque embora tenha meia vida curta, tem duração de ação de 24h. CLORTALIDONA: tem 44h de meia vida e tem assumido um papel importante, mas a hidrocorotiazida ainda é a mais utilidada. *fazem 4. POUPADORES DE POTASSIO: São mt mt pouco potentes porque agora sobra apenas 3% de Na. Mas são fundametais para prevenir a perda de K. É muito comum que esses poupadores de K sejam associados com os diuréticos potentes (tiazidicos e de alça) porque diuréticos, de uma maneira geral, fazem perda de potássio (exceto os poupadores) e de vários outros eletrólitos, eis a razão dos efeitos colaterais. Os diuréticos fazem hipocalemia como efeito colateral. ESPIRONOLACTONA TEM UM NÚCLEO ESTEROIDE SENDO ANTAGONISTA COMPETIVIDO DA ALDOSTERONA. *A aldosterona reabsorve sódio e fazer perda de K, então inibir aldosterona é prevenir essa perda de K. A espironolactona é lipossolúvel, sofre metabolismo Isso explica ser um poupador de K! AMILORIDA E TRIANTERENO estruturalmente não tem nada em comum com a espironolactona, são poupadores de K mas n são antag de aldosterona. Eles são bloqueadores de canais de Na. Se o Na não entra não tem gradiente para a bomba trabalhar e o K não é secretado de nenhuma das formas. *todos de uso oral *espironolactona tem meia vida (1,2h) curta e duração de ação de 24h / metab hepatico *amilorida tem 24h de meia vida largamente utilizada por isso / metab renal *triantereno meia vida de 4,2h e metab hepático - Quase não afetam/reabsorvem os eletrólitos já que ocorre la no ducto coletor. USOS CLINICOS de todosos diuréticos com excessão dos inibidores da anidrase carbônica: HIPERTENSÃO LEVE pode ser tratada com monoterapia (apenas um fármaco) e os diuréticos são uma escolha para esse tratamento. Quando a hipertensão ta moderada, associasse um diurético + outro anti-hipertensivo para somar efeitos. EDEMA que ocorre na insuficiência cardíaca congestiva, na cirrose hepática (ascite), que acontece na síndrome nefrótica e tb na que acontece na insuficiência renal cronica. - Qual a razão de nessas complicações acima ocorrer edema? Na insuficiência cardíaca congestiva o debito cardíaco fica diminuído… Na cirrose ocorre hipoalbuminemia (síntese de proteínas diminuídas) + RPV diminuída Na síndrome nefrótica tb ocorre hipoalbuminemia. Quando o DC ta diminuído assim como RPV diminuída ou ocorre hipoalbuminemia, vai haver um baixo volume arterial efetivo e ai os barorreceptores percebem e ativam o simpático (sist renina-angio-aldost) fazendo a retenção de agua e Na causando expansão do volume intravascular e leva ao edema. Ocorre um vazamento de fluido da luz para o interstício. Se a pressão oncótica diminui a pressão de filtração aumenta. (continuio sem entender) EFEITOS COLATERAIS: - hipotensão ortostática ou postural (senta, levanta..); - hiponatremia: perda de Na - hipocalemia perda de K - hipomagnesemia perda de magnesio - hiperuricemia alta taxa de acido urico no sangue causa a gota EFEITOS SECUNDARIOS A HIPOCALEMIA: - arritmia cardíaca: K diminuido repolarização comprometida - intolerância à glicose ou hiperglicemia: inibição dos canais de K sensiveis ao ATP e ai vai .. - hipercolesterolemia REAÇÕES INDIOSINCRÁSICAS: NEFROTOXICIDADE E OTOTOXICIDADE Não deve ocorrer associassão com os aminoglicosideos porque eles juntos podem fazer surdez irreversivel. ESPIRONOLACTONA: hipercalemia, ginecomastia, irregularidade menstrual, redução de libido..
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