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Gramatica da Língua Francesa MEC

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fU.ME . 'Indaçal naell.al .. ..... r .• ". 
, 
GRAMATICA 
, 
DA LINGUA 
FRANCESA 
ROBERTO ALVIM CORREA 
SARY HAUSER STEINBERG 
FEN AME - fundaçao nacional de material escolar 
MINIST - RIO DA E D U CAÇAO E U L TURA 
Esta l' ediçâo da Gramatica da Lingua Francesa foi pu­
blicada pela FENAlUE - Fundaçâo Nacional de Material 
Escolar (ex-Campanha Nacional de Material de Ensino) 
sendo Presidente da Republica 0 Excelentîssimo Senhor 
Marechal Arthur da Costa e Sîlva, e Ministro de Es­
tado da Educaçâo e Cultu;'a 0 Deputado Tarso Dutra. 
ROBERTO ALVIM CORRÊA 
Prof essor Catedrlitîco de Lingua e Lîteratura Francesa da Fa­
culdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
Professor Catedrâtico de Literatura Francesa da Faculdade de 
Filosofia da Pontificia Universidade Cat6lica do Rio de Janeiro. 
Professor Catedrâtico de Literatura Francesa da Faculdadc Ca­
t6lica de Filosofia, Ciências e Letras de Petrôpolis. 
SARY HAUSER STEINBERG 
Profess6ra de Francês do Colégio de Aplicaçao da Universida­
d e Federal do Rio de Janeiro. Profcssôra de Francès da Faeul­
dade de Lctras da Univcrsidade Federal do Rio de Janeiro. 
Professôra de Audiovisual da Cadeira de Prâtica de Ensino de 
Frances da Univcrsidade Federal do Rio de Janeiro. Profcssôra 
de Francês do Colégio Pedro II - Externato. Orientadora Pe­
dagogica do Ensîno do Francês do Colégîo Nova Friburgo da 
Fundaçào GetuJîo Vargas_ 
o DicionArio Escolar Frances-Portugues e Português-Francês, redigido pelo 
Professor Roberto Alvim Corréa para a Campanha Nacional de Matcrial de En­
sino, em 1965 alcançou trés ediç6es, num total de trezentos e quarenta mil exem­
plares. Apresenta-nos, agora, 0 ilustre Catedrâtico de Lingua e Literatura Fran' 
cesa da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de par­
ceria com a Pro[essôra Sary Hauser Steinberg, esta magnifica Gramatica da 
Lingua Francesa, em ediçâo de cem mil exemplares, com 0 objetivo de difundir 
no Brasil 0 ensino do Francês, através da fonologia, lexicologia e sintaxiologia 
modernizadas, de carater idiomatico, nos moldes peculiares da modelar lingua 
que Hio bem dominam. 
Podemos desde jâ antecipar 0 grande exito que êste fecundo trabalho ob­
terA, porque a influéncia da França sôbre a nossa cultura foi muito pronun­
ciada, principalmente no Século XIX e no inicio do Século atuaI. A nossa elite, 
entâo, falava correntemenle 0 idioma de Pascal e conhecia 0 sentido gaulês e 
o sentido precioso como clementos da integraçao e harmonia do espirito fran­
cës. Corn essa segura orientaçao, formàvamos a nossa mentalîdade, adquirindo 
conhecimentos artîsticos e Iîterarios, cientificos e técnicos, juridicos c filos6fi­
cos; e admitiamos a validade do tradicional adagio: lodo homem culto tem duas 
pâtrias : a sua, e depois, a França. 
As coisas, entretanto, mudaram. 0 nosso pais influenciou-se por outras cul­
turas de projeçào internacional, que se infiltraram no povo por intcrmédio do 
cinema, imprensa, publicaçôes de tôda natureza, rAdio e televisâo. 
Nada hA de negativo nesse falo. 0 Brasil é francamenle receptivo. e como 
tal internacionalista e cosmopolita, ainda que, atualmente, a sua maior preo' 
cupaçâo seja afirmar a sua pr6pria e autentica cultura, baseada nas condiçôes 
do nosso homem e da nossa terra, para a realizaçào de um nôvo humanismo. 
exigido pelos imperativos dos nossos tempos. 
Todo brasileiro culto. pela fOrça das circunstancias, estuda diversos idio· 
mas estrangeiros, para estar à altura da época e poder acompanhar-lhe 0 de­
senvolvimento le.:::noI6gico. Na ausencia de uma lingua universal Cientifica, 
torna-se poliglota, e esforça-se por compreender 0 alemao, 0 inglés, 0 frances, 
o itaHano, 0 espanhol e mais 0 grego e 0 lalim classicos. 
Nao apresenta grande valor cultural esse poliglotismo. Por isso H. G. Wells 
quando concebeu 0 mundo como estado federal universal, propOs, para a sua 
C08m6po/is, 0 frances coma lingua (mica. W. Somerset Maugham acha lamen­
tâvel perda de tempo a aquisiçao de conhecimentos superficiais de diversos idio­
mas estrangeiros. No seu entender, mclhor seria dominar uma Iingua univer­
sai como 0 franœs, que possui magnifica Iileratura e é falada por todos os 
povos cultos. Eis b que diz no seu THE SUMMING UP: "When the intelligentsia 
took IIp Russia 1, remembering that Cato had begun ta learn Greek when he 
was eighty, set about learn/ng Russian, but 1 had by then lost my youtMul 
enthusiasm. 1 nover got farther than being able ta read the plays of Chekhov 
and have long since forgotten the litt le J knew. J think now that these scJtemes 
of mine were a trifle nonsensical. Words are no important, but their meanings, 
and it 1S of no spiritual advantage that J can see to know half-a-dozen lan­
gll�ges. J have met polyg/ots; 1 have not noticed that they were wiser than 
the rest of us". 
Em relaçao ao poliglotismo, José Ortega y Gasset é ainda mais severo, 
quando pondera no seu EL ESPECTADOR-VIII: "La ellesti6n es eomplicada. 
Habria que investjgar antes un tema mas amplio: qué es eso de hablor otro 
idioma. i Se puede en sem hablar otro îdioma' Al hacerlo, i no nos eolocamos 
en la aetîtud intima de imitor a algun pr6jim01 Y vivir imitando, i no es 
una payusadu '1 
La gente se haee demasiado fricil 10 que llama hablar lenguas. El transita 
a otro idioma no se puede ejecutar sin previo abandono de nuestra persona­
lidad, y, por tanto, de nuestra vida auténtica. Para hablar lino. [enyua ex/ralla, 
la primera que haee falta es tlolverse durante un rato mas 0 menas 1mbéci/; 
Zogrado esto puede uno verbalizar en todos los idiomas deI mundo sin exeessivll 
dificultad". 
Nâo h a duvida sôbrc a veracidade de tais observaçôes. No seu Iivro SUR 
L'ART DE LA VIE acentuou Herman de Keyserling: "le "polyglottisme" n'a 
aucune valeur; comme po/yglolte, aUCUn génie n'a jamais égalé un Levantin 
exceptionnellement versatile ni tel célèbre maître d'h6tel. Le problème n'est 
pas de communiquer avec d'mitres pal' des moyens divers, ni d'être capable 
de traduire tlne expression par une autre - tâche irréalisable pour quiconque 
comprend Ime langue d fond - mais d'atteindre lm nivealt supérietlr de rétre 
qui permet de penser originellement ét naturellement de différentes mantères. 
Le polyglotte ordinaire, le tradllelellr courant et celui qui sait jouer des r6les 
divers selon les langues qlt'il. parle, est inférieur d l'homme monophone pro­
fond, si étroit qu'il soit. C'est 1JOUrqlwi, juSqlù' un niveau intellectuel assez 
élevé, la monophonie est préférable". 
Analisemos, entretanto, 0 lado positivo da questao. No estudo de uma 
lîngua estrangeira, desenvolvemos a mem6ria. 0 ouvido e a vontade. A me­
m6ria, pela rctenç1i.o das palavras e expressôes; 0 ouvido, ao aprcendermo.i 
a significaçào dos vocabulos e das trascs; a vontade, porque, sem eslôrço e 
persistência, nJo é possivel assimilaI" 0 nôvo idioma. Através dêsse estudo, 
feito com amplitude, também podemos adquirir a alma de um povo e 0 es­
pil"ito de uma cuHura. Dai 0 valor do conhecimcnto de um idioma para 0 
desenvolvimento da perSQnalidadc e da sociabilidade. f::sse conhecimento tarn­
bém é do mais alto alcanee social. Facilita 0 cntendimento entre os povos e 
estreita as relaçôes nas mais diversas esferas, coma da politiea. economia, 
ciéncia, filosofia c euHura. 0 estudo de uma lingua universal, muito especial­
mente, alarga os horizontes mentais pela penetraçao em nôvo sentido da vida, 
aumenta os meios e recur.iOS de expl"essiio e amplia a es fera da socialidade 
pelos mûlliplos contactos que possibilita. 
Podemos aplicar essas consideraÇÔes ao estudo do franœs no BrasU, porque 
muito nos interessa acompanhar a presente evoluçiio da cuHura francesa, uma 
das herdeiras das humanidades greco-laUnas e coluna vertebral da cultura euro­
péia, no seu esfonx> de seguir novos fumos, compativeis com 0 espiritoda época. 
Como doutrina Jacques Maritain: "NOlis sommes en présence d'un nouvel huma­
nisme qui n'est pas affaire d'érlldition, d'esthétique, de culture intellectuelle, 
mais qui s'adresse à l'humain tout entier, et qui exige par sllite une transfor­
mation profonde des structtlres sociales de notre civilisation. Le monde moderne 
a cherché par de mauvais chemins des choses qui étaient bonnes; on a compro­
mis ainsi pendant tnris ou quatre siècles la recherche de valeurs hUmaines 
qu'il faut sauver maintenant par lin retollr à tlne vérité plU6 profonde, par m'!C 
refonte de l'humanisme clas6lque. Le nouvel humanisme doit dépasser l'indivi­
dualisme, avoir sOllei des m.asses, de lew' droit au travail et d la vie de l'esprit. 
Il doit comporter la recherche des valeurs 60cîtlles et de la justice sociale, ce 
qui a manqué aux classiques des XV/", XVlle et XV/H" siècles". 
Orienta-se também. por esses altos prop6sitos, 0 nosso Pais, admirador da 
sabcdoria da cultura francesa, que, na sua opulenta literatura, sem pre digni­
Beau 0 homem. prestigiou a libcrdade e exaltou a justiça. fiel aos valôrcs es­
pirituais e marais da civilizaçiio ocidental. 
Nestas condiçôes, certamente, recebera corn alegria e entusiasmo a Cra­
matiea da Lingua Francesa dos Professôres Roberto Alvim Corréa c Sary 
Hauser Steinberg. 0 estudante brasileiro, avido de poder 1er. no original, as 
obras de Rabelais, Montaigne e Voltaire, Rousseau, Chateaubriand e Proust, 
e os livros de uma constelaç1i.o de gênios da França Eterna, que. agora, pro­
cura descortinal" novos horizonles para 0 futuro. dentro dos postulados esta­
bclecidos por uma cultura comum à Europa c América. 
Espera a Fundaç1i.o Nacional de Material Escolar que logo se promova, 
corn a colaboraçao de espeCÎalistas dos dois paises amigos, a publicaçiio de 
uma Antologia da Cultura Franœsa Atual. para divulgar no Brasil a valiosa 
eontribuiçii.o da França no sen lido de reconstruir um mundo melhor. mais justo 
e humano. 
Rio de Janeiro, julho de 1968. 
HlUnberto Grande 
Diretor Executivo da 
Fundaçào NaCÎonal de Material Escolar 
nota preliminar 
Ao apl'csentar esta Gramtitica da LAngua F'rancesa 
desejamos contribuir, pol' mais modcstamente que seja, 
para a difustio do ensino do Francés no Brasil, vivo na 
sua realidade orgânica e presente. (J) 
Pois esta foi nassa finalidade: elaoorar uma gramâ­
tiea de consulta, divulgar conhecimentos a um tempo 
aprofundados e prâticos, salientando aquilo que vem 
constituindo a estrutura da Zingua, particularmente a 
sintaxe. ('1) 
1) Mas sem que 0 raID nos tenha Impedldo de r<1correr 11 exemplos da 
I!ngua clAsslea, quando nos parcclam alnda partlcularmentc vAlidas. 
Ncm 11 erudltos. de haje e de ontem, entre os quaIs, Bally Brunot. 
Darmesteter, Dauzat. Duboi •. Grammont. Crevlsse, Hatzfeld, Larousse, 
I.e Bidols, Littr". Sauvageot. Scnslne. Wartburg. 
2) Esta é complexa. As vê7.es até demasladamente. Assim devem ter 
pensado os responsAvels pelO Arr/Hé relalil à la 8implifiçalion de 
l'enuigne,,,enl de la 8yllta;r6 frall<;ai86, ba "ado pela Mfnlstérlo da 
Instru�1io Plibllca, em 1901. Sempre que nos fol posslvel basear.nos 
na I1ngua atualmente falada e em grandes escri tores, Invocamos 0 
ArroU!! de 1901 (asslm 0 deslgnaremos) em vez de e"por InùUlmente 
aos alunos brasllelros regras gramatlcals jA na pr6prla Franca trans­
gredidas mesmo por aquêles que sabem [aIar e escrever corretamente 
o Franch. 
7 
8 
Esperamos assim ter fornecido com éste cornpêndio 
um instrumento de trabalho suscetivel de satislazer a 
curiosidade dos alunos do Curso Médio. E, para aquêles 
que se interessam particularmente pelo Francês, acres­
centamos, quœndo necessario, observaçôes reproduzidas 
em tipo menores, que incluem enunciados analiticos, e 
notas, com reparos ainda mais pormenorizados. Em corn­
pensaçâo, se bem que abeiradas com atençiio, foram mais 
brevemente recordadas regras e nomenclaturas grama­
ticais que, em Portugués e Francés, coincidem. e) Sa­
bendo, também, que s6 muito relativamente entende 0 
Francês quem nao percebe 0 sentido de idiotismos que, 
embora compostos de palawas simples, nao têm n€Xo 
na sua traduçiio litera! houvemos poT bem grupar, tra­
duzidos e exemplificados, alguns dos galicismos mais 
freqiientemente empregados, tanto na Zingua fa1ada como 
na escrita. 
3) PrQcuramos. aliAs. embora se tratasse de uma GT(lmdtiC(I de Fr(lllct3, 
segulr. sempre que posslvel. a Nomenclatura Gramalical BrasHeLra. 
Agradecemos a professôra Maria Anlonlela F"ugazzola. Que nos aJudou 
de modo partlcularmenle etldente a r(>ver esta Cramâtica. 
o preâmhulo 
o Fmllcés, como tôdas as Zinguas românicas ou neo­
latinas, nasceu do Latim popu"lar. 
o Latim popular, {alado até 0 século IX na Galia 
Transalpina, e em outras TegiOes conquistadas pe10s ro­
manos, aos poucas se transformon lIa lingua românica. 
A partir do século IX, împ6e-se J'ancien français (0 
Francês ant-igo), que se mantém oté 0 século XIV. Do 
século XIV ao século XVI fala-se le français moyen (0 
Francés média) e, em fins do século XVI, começa le [ran­
çais model'll€ (0 Fmncês moderno). 
o F'rancês provém de um dialeto do norte do pais, da 
lIe-de-FI'ance, cujo centro jd era Paris (antiga Lutécia). 
Em um dos dialetos que, ao norte do rio Loire, com­
preendia la langue d'oïl. Outros, em geral ao sul do mes­
mo rio, relacionavam-se corn la langue d'oc. 
9 
10 
08St�RVAÇAO. 
o vocabulario francês sofrcu, através dos séculos, a influência 
de varias Iînguas. Alêm de palavras que provêm do Latim, e, 
através do Latim, do Grego, verifica-sc a contribuiçi'io, muita 
variada cm nûmcro, segundo as linguas e scgundo as épocas. 
de palavras gaulcsas «(llouette, cotovial, gcrmânicas (guerre, 
guerra ), arabes (algèbre, àlgcbra) , turcas (tulipe, tulipa), Ita­
!ianas (arlequin, arlequiml, cspanholas (mantille, mantilha) , 
hebraicas (séraphin, serafim), inglésas (wagon, vagao), cs· 
candinavas (vague, ondal, eslavas (steppe, cstcpe), africanas 
(chimpanzé, chimpanzé) etc. 
No antigo Francés começam a se formar, pOl' via erudita, pa­
lavras calcadas cm geral sôhre 0 Latim, palavras que jâ sc 
tinham transformado na IIngua popular. S;1o les doublets (duas 
palavras derivadas do mcsmo vocâbulo). multiplicados. no sé­
culo XVI, pelos humanistas: 
via popular 
FrtHe (frâgil) 
Ouvrer (operar) 
Chez (cm casa de) 
via erudit{l 
Fragile 
Opérer 
Case etc. 
capitulo 
fonemas 
fonemas 
Da-se 0 nome de fonemas aos sons da linguagem. 
Na Ungua escrita, os fonemas (vogais, consoantes e semi­
vogais) sao representados por letras. 
Cumpre observar que fonema nac é Ietra. 
Em Francês, 0 alfabeto tem 26 letras: 
A (a), B (b), C (c), D (d) , E (e), F (f), G (g), 
H (h), l (i), J (i), K ( k ) , L (1), M (m), N (n), 
o (0), P (p), Q (q), R (r), S (8) , T (t), U (u), 
V (V), W (w), X (X), Y (y), Z (z). 
As letras K (k) , W (w), Y (y), hem como os grupos 
PH e TH pronunciam-se, respectivamente, como q, v, i, 
t e t, 
Un kilo (urn quilo). 
Un wagon (urn vagâo). 
Un mystique (urn mistico) . 
Une pharmacie (uma farmacia) . 
Un théâtre (urn teatro). 
13 
VOGAIS 
not:lçôes 
fonéticas 
(a J a breve : lac (Iago). 
1.1 a longo, âme (alma ) . 
[ , l é lechado, année (ano ) . 
[ ( ] è aberlo : prière (oraçao), sel (sai). 
1 i 1 i : lit (Ieito) , naïf (ingênuo). 
r � 1 0 aberto: robe (vestido) . 
[ 0 1 0 fechado: drôle (engraçado ) . 
ru] Oit: outil (instrumenta) . 
1 yi '" uni (unido ) . 
[-1 eu lechado, peu (pouco ) . 
r ce] eltaberto: peur (mêdo) . 
r <Il e mudo: remède (remédia). 
r l '1 è nasalizado aberto: timbre (sêlo). 
[ 0. l a nasalizado: champ (campo) . 
r :) l 0 nasalizado : honte (vel'gonha) . 
r cE l el� nasalizado : parfum (perfumel. 
CONSOANTES 
14 
nofaçi)es 
fonéticlIs 
r pl ]Je: I)Ott (piolho) , papa (papai), 
[ b 1 be: snob (esnobe) , bâton (baslâo). 
r d 1 de: devoir (dever), rude (rude) . 
r Il te teni>' (segurar) , rente (renda) , mat (Iôsco ) . 
[ k] k., kiosque (quiosque), cinq (cinco ) , caramel 
(carame]o) . 
[ g l gue: garçon (rapaz) . bague (anel) . 
1 r 1 fe: chef (chefe) , métaphysique (metafisica) . 
r v·l ve: vie (vida) , wagon (vagao) . 
r s l se: sur (sôbre) , ch·e (cêra) , coussiner (almo-
fadar). 
[ z l ze: QZW· (azul) , cousin (primo) . 
r J l je: joue (face), sage (ajuizado). 
f / '] che: cheval (cavala) , bouche (bôca). 
[ Il le: laver (lavar) , intelligence (inteligência), bal 
(baile). 
r ml me: misère (misëria) , homme (homem) . 
f nI ne: nier (negar), dictionnaire (dicionario) . 
[ r J l'e: rat (rata) , or (ouro) . 
[ J1] gne (pronuncia-se camo a nh na palavra lenha) : 
signer (assinar) . 
Repare-se que, em Francês, a letra h nao se pronuncia, 
nem mesmo 0 chamado h aspirado, que apenas nao per­
mite ligaçôes e elis6es: 
Le haricot (0 feijao) . 
Quanto à letm x, pl"Onuncia-se cm geral ks e gz: 
Axe (aksc) (eixo ) , examen (egzamen) (exame). 
SE�nvOGAIS 
As semivogais sao as seguintes: 
(ou yod := ri 1 consonne): yeux (olhos) , lieu 
(Iugar) , bouteille (garrafa). 
[ li (ou ué := 1 y 1 consonne) : nuit (noite ) , lui (êle ) . 
r w l (ou oué :::: lu] consonne): ouest (oeste) , oui 
(sim) . 
DlTONGOS 
Aiguns dos principais ditongos da Iingua francesa: ia, 
iai, ié, ieJt, io, oi, ol/a, ua etc. - ditongos nasais : ian, 
ion, oin etc. : 
LIGAÇAO 
Diable (diabo), niais (ingênuo) , 1Jitié (piedade) , 
lieu (lugar) . violoncelle (violoncelo) , moi (eu), 
douane (alfândega) , équatwr (equador) etc. 
viande (came), lion (leaa), loin (longe) etc. 
As consoantes finais, mudas diahtc de uma palavra que 
começa pOl" consoante, pronunciam-se, em certos casas, 
diante de uma palavra que começa pol' vogal ou h mudo: 
Los amies (as amigas) des hommes (homens). 
� , � 
1) Na ligaçào, as consoantes finais d, f, g c s trans­
formam-se, respectiv<lmente, em t, v, k e z: 
Un gl·and homme (un grand(d)-t-homme) (um 
grande homem) . 
Neuf ans plUS tard (neu(O-v-ans plus tard) (nove 
anos depois) . 
Sans avenir (san (5) -z-avenir) (sem futuro) . 
2) A ligaçao nunea deve sel' feita antes de um h aspi­
rado, antes de oui, huit, onze, ap6s a eonjunçao et ou 
ap6s uma pausa. 
15 
ELiSiiO 
16 
A elisâo (élision) é a supressao da vogal final de uma 
palavra, quando a seguinte começa por vogal ou h mudo, 
e ê indicada por um ap6strofo: 
L'art (a arte). 
"i: obrigatoria: 
1) Corn os artigos le e la (Vide pag. 50) : 
L'horreur (0 horror). 
L'enfant (a criança). 
2) Corn os pronomes je, me, te, se, la, le, ce: 
J'aime (Costo). 
Il m'a envoyé une lettre (€Ie me enviou urna carta). 
EUe t'annOnce une nouvelle (Ela te anuncia urna 
noticia) . 
Elle l'irrite (Ela 0 irrita). 
Pierre s'éloigne (Pedro se afasta). 
C'est parfait (Estâ certo). 
3) Corn as preposiçôes de, jusque: 
Le voyage d'un ami (a viagem de um amigo). 
Jusqu'à ce moment-là (até aquêle momento). 
4) Corn a conjunçao que: 
Il veld qu'elle vienne (Quer que ela venha). 
5) Corn a conjunçào si, dianle de il, ils: 
Je ne sais pas s'il me comprend (Nao sei se êle me 
entende). 
Vous ne me dites pas s'ils viennent (Nao me diz se 
êles vêm). 
Mas nao ha elisâo diante de eUe, elles: 
.. si elle me comprend ( ... se ela me entende) . 
. . si elles viennent ( ... se elas vêm). 
6) Corn 0 advêrbio de negaçâo ne: 
Il n'est pas beau (:Ë:le nao ê bcmito). 
OBSERVAÇôES. 
1) A vogal final das conjuncôes lorsque (quando), quoique (em­
bora) e puisque (ja que) s6 se elide diante de il, ils, elle, elles, 
071, en, un, une: 
Ils l'écoutent lorsqu'elle parle (�Ies a ouvem quando ela 
rala). 
Elles ne sortiront pas quoiqu'il lasse beau (Elas nlio sai­
ruo, se hem que a tempo esteja barn), 
Je resterai pulsqu'07I le veut (Ficarei ja que 0 querem). 
2) A elislia nao se raz diante de oui e O7Ize: 
Le oui sacramentel (0 sim sacramental). 
Le onze du mois (0 dia onze do mês). 
SINAIS AUXILIARES DA ESCRITA 
Além dos acentos grave (grave), agudo (aigu) e circun­
f1exo (circonflexe) (poète, poeta; vérité, verdade; tête, 
cabeça), os sinais auxiliares da escrita sao: 
- a trema (le tréma) que se coloca sôbre as vogais 
e, i, u: 
Haïr (odiar). 
- A cedilha (la cédiUe), que se coloca debaixo do c, 
diante de a, o, u : 
Leçon (liçâo). 
- a apOstrofo (l'apostrophe) que se coloca em cima e 
à direita de uma consoante para indicar a elisâo de a, e, î: 
L'or (0 ouro). 
- a hilen (le trait d'union) 1 usado para ligar duas ou 
mais palavras: 
Boute-en-train (pessoa animadora). 
E os siruLis de pontuaçi.o: 
- A virgula (la virgule). 
- a ponto e virgula (le point-virgule). 
- Os dois pontos (les deux points). 
- a ponto (le point). 
- a ponto de interrogaçào (le point d'interrogation). 
- a pont-o de exclamaçao (le point d'exclamation). 
- As reticências (les points de suspension). 
17 
- As aspas (les guillemets). 
- 0 travessào (le tiret). 
- Os parênteses (les parenthèses). 
PALAVRAS 
Em Francês, as palavras distribuem-se nas seguintes 
classes: 
Substantivo (le nom ou substantif), artigo (l'article), ad­
jetÎ\.'o (l'adjectif), pronome (le pronom), verbo (le verbe), 
advérbio (l'adverbe), preposiçio (la préposition), conjun­
çào (la conjonction) e a interjeiçio (l'interjection). 
Os substantivas, os artigos, os adjetivos, os pronomes 
e os verbos sâo palavras variaveis. 
As preposiçôes, os advérbios, as conjunçôes e as interjei­
çôes silo palavras invariaveis. 
FORMAÇAO DE PALAVRAS 
o Francês, como a Português, forma palavras sobretudo 
por deriv�ào (impr6pria e pr6pria) e par composiçio. 
OBSERVAÇAO. 
:E:stes processos sào os mals freqüentes. HA outras. Certas pa­
lavras. par exemplo, tèm origem onomatopéica: 
tic-tac <tique-taque). 
zézayer (cecear). 
DERIVAÇAO 
18 
A det'ivaçâo impr6pria é 0 processo pela quai se muda a 
classe de uma palavra, estendendo-Ihe a significaçâo. 
Assim, um adjetivo, um infinitivo, um participio presente 
ou passado, ou ainda outra classe de palavra, pode trans­
formar-se cm substantiva: 
Un rêveur (um sonhador), le laid (0 feio) , que eram 
os adjetivos rêveur e laid. 
A derivaçào pr6pria é 0 processo pela quai se fonna uma 
nOva palavra, mediante acréscimo de afixos (que se di­
videm cm sufixos e prefixas) : 
Accident (acidente), accidentel (acidental); fermer 
(fechar), refermer (fechar dc nôvo) (Larousse). 
Principais sufixos que servem para formar substantivos: 
Sufixos 
-ade 
-age 
-aie, -eraie 
-ail 
-ain, -aine 
-aire 
-aison 
-an 
-ard 
-at 
-atoire 
-ature, -ure 
-(e)ment 
-er, -ier 
-erie, -ie 
-elet(te) 
-eur 
-eur, -ettse 
-il 
-ilion 
-jne 
-is 
·ise 
Significaçôes 
noçao coletiva 
noçao coletiva, 
produto 
plantaçao 
instrumento 
habitante de, 
coleçao 
agente 
açao ou resul­
tado dela 
habitante de 
referência 
instituiçao 
lugar 
resultado de 
urna açao 
diminutivos 
açao 
profissao, 
arvore 
qualidade, 
açao, 
Jugal' 
qualidade 
diminutivos 
dirninutivos 
qualidade 
agente, 
inst.'umento 
Jugal' 
diminutivo 
produto 
lugar, 
resultado de 
urna açâo 
qualidade 
ExempIos 
colonnade (colunata). 
feuillage (foIhagem), 
cirage (graxa). 
roseraie (roseiral). 
épouvantail (espantalho). 
châtelain (casteIao), 
dizaine (dezena). 
commissaire (comissârio). 
pendaison (enforcamento). 
fenaison (ceifa de feno). 
Persan (persa). 
montagnard (montanhês). 
internat (intel'nato). 
observatoire (observat6rio). 
peinture (pintura). 
louvetec.u (Iobinho), ruelle 
(vieIa) . 
recueillement (recolhimen-
ta) . 
lxitissier (pasteIeiro), 
poirier (pereira). 
fourberie (fingimento), 
causerie (palestra),épicerie (mercearia). 
sagesse (prudência). 
livret (livrete), fillette (me­
nina). 
agnelet (cordeirinho), tarte-
lette (torta pequena). 
grandeur (grandeza). 
voleur (ladrâo), 
mitrailleuse (metralhadora). 
chenil (canil). 
négrillon (negrinho). 
caféine (cafeina). 
logis (habitaçâo), 
fouillis (barafunda). 
franchise (franqueza). 
19 
20 
-isme 
-iste 
-itude 
..oiT, -aire 
-ose 
-ot, -atte 
-té 
doutrina, 
profissâo 
profissâo 
qualidade 
instrumento, 
Jugal' 
doença, 
produto 
diminutivos 
qualidade 
idéalisme (idealismo), 
journalisme (jornalismo). 
dentiste (dentista). 
exactitude (exatidâo). 
entonnoir (funil), 
baignoire (banheira). 
tuberculose (tuberculose), 
cellulose (celuloseL 
îlot (ilhéu) , menotte (mao­
zinha; pl. algemas). 
beauté (beleza). 
Alguns sufixos que servem para fonnar adjetivos: 
SufiXQS 
-able, -ible, 
-uble 
-aire 
-ais, -ois 
-al, -el 
-esque 
-et, -clet 
-ien 
-in 
-iste 
-0/ 
-u 
Significaç5es 
possibilidade 
referência 
origem 
qualidade 
referência 
diminutivos 
que lem 0 ca­
rater de 
origem 
diminutivo 
que lem 0 ca­
râter de, 
partidârio de 
um sislema 
diminutivo 
cheio de 
Exemplos 
regrettable (lastimâvel), 
éligible (elegivel), soluble 
(solûvel) . 
légendaire (Iegendârio). 
japonais (japonês). 
vital (vital), ntOrtel (mor­
tal) . 
dantesque (dantesco). 
propret (limpinho), aigrelet 
(acidulo) . 
vengeur (vingador), harmo­
nieux (hannonioso). 
parisien (parisiense). 
enfantin (pueril). blondin 
(Ioirinho) . 
égdiste (egoista), 
socialiste (socialista). 
pâlot (um pouco pâlido). 
barbu (barbudo). 
Alguns sufixos que servem para. fonnar verbos: 
Sufixos 
-{lll1er 
-eter 
Significaçôes 
pejorative 
diminutive 
Exemples 
piailler (chilrear). 
voleter (esvoaçar). 
·ifier 
-iser 
-onner 
causativo 
causativo 
diminutivo 
mortifier (mortificar). 
franciser (afrancesar). 
chantonner (cantarolar). 
Quanto ao sufixo adverbial -ment, vide pâgs. 232, 233 e 
234. 
Alguns prefIxos latinos: 
Prefixos Significaçôes 
Ab-, abs- afastamento 
Anté-, anti- anterioridade 
Bis-, bi· 
Circon·, 
eifCl/m-
Ex-
In-
Mi­
Post­
Pro-
Sub-, 
sous­
Super·, 
sur-
Tris-
dois 
movimento 
em tôrno 
movimento 
para fora 
movimenlo 
para dentro, 
negaçao 
metade 
posterioridade 
movimento 
para a frente. 
substituiçao 
posiçao infe­
rior 
posiçao em 
cima, ex­
cesso 
très 
Alguns prefixas gregos: 
Prefixos Significaçâes 
A· privaçao 
Anti·J anté- oposiçao 
Arch (i)· superioridade 
Exemplos 
abdiquer (abdicar). 
abstinence (abstinència). 
antécédent (antecedente) 1 
antidater (antedatar). 
bisaïeul (bisavô), 
bipède (bipede). 
circonférence (circunferên-
cial, 
circumnavigation (circuna­
vegaçao). 
expulser (expulsar). 
ingérer (ingerir), 
injuste (injusto). 
midi (rneio-dia). 
postdater (p6s-datar). 
projeter (projetar), 
pronom (pronome). 
subordonné ( subordinado ), 
sous-directeur (subdiretor). 
superposer (sobrepor), sur-
voler (sobrevoar). sur­
charge (sobrecarga). 
trisaïeul (trisavô). 
Exemplos 
amoral (amoral). 
antipatriotique (antipatri6-
tico), antéchrist (anticris­
to) . 
archiduc (arquiduque). 
21 
l:pi­
Eu­
Hémi­
Hyper-
Hypo-
posiçâo 
superior 
bem 
metade 
excesso 
posiçao 
inferior, 
escassez 
posteriori­
dade, 
mudança 
Péri- movimento 
circular 
Syn-, �ymp- simultaneidade 
épiderme (epiderme). 
euphorie (euforia). 
hémicycle (hemicic1o). 
hy-perbole (hipérbole), 
hypertension (hipertensâo). 
hypodermique (hipodérmi-
co) , 
hypotension (hipotensâo). 
métacarpe (metacarpo), 
métamorplwse (metamorlo­
se)_ 
périmètre (perimetro). 
syndicat (sindicato), sym­
phonie (sinfonia). 
P ARASSINTESE 
Consiste a parassintese ou formaçao parassintética (for­
mation parasynthétique) na criaçâo de palavras usando­
-se simultâneamente a prefixaçâo e a sufixaçâo: 
Affronter (afrontar). 
Interdigital (interdigital). 
Appaltvrir (empobrecer). 
Souterrain (subterrâneo). 
com'OSlçAO 
22 
A composiçâo consiste na criaçâo de uma nova palavra 
pela associaçâo de dois ou mais vocâbulos: 
A 1"c-en-ciel (arca-iris). 
Pomme de terre (batata). 
Chou-fleur (couve-f1or). 
Soltrd-muet (surdo-mudo). 
Abat-jour (abajur). 
RévciUe-rnatin (despel'tador). 
Laisser-aller (desleixo no modo de se comportar e de 
se vestir). 
Passe-partout (chave para tôdas as fechaduras). 
Sous-titre (subtitulo). 
ACENTUAÇAO E El\'TOAÇAO 
Em Francês, a û.lüma sUaba (a menas que seja um e mu­
do) de uma palavra, de um elemento de frase, ou de uma 
frase, é a mais acentuada: 
Sortons (Saiamos). 
Dites-moi la vérité, je VOUS prie (Pec:;;o que me diga 
a verdade). 
lZ est arrivé (Chegou). 
Alêm do acento de intensidade (accent d'intensité), mais 
comumente chamado acento tônico (accent tonique), que 
consiste na pronuncia mais forte de uma silaba, ha 0 
acento de insistência (accent d'insistance), de origem 
emocional, que Caz corn que se acentuem certas sHabas 
mais do que outras, e Que sc mude 0 tom da voz. 
Assim, a frase: 
Vous m'entendez? (Você me entende?) 
poele tornar-se ameaçadora: 
Vous m'en-ten-dez.. (Enfim, ja me entende!. .) 
23 
capitulo 
suhstantivo 
suhstantivo 
Substantiva é a palavra corn Que nomeamos os sêres em 
geral- pessoas, animais, coisas e idéias: 
Homme (homem), Jean (Joao ) , cheval (cavala ) , 
chaise (cadeira) , courage (coragem), patience (pa­
ciência) . 
SUBSTANTIVOS CONCRETOS E ABSTRATOS 
Concretos sao os substantivas que designam sères ou 
coisas que têm exislência l'cal ou que assim supomos: 
Arbre (al"VOre) . mer (mal') , étoile (estrêla) , ange 
(anjo). 
Abstralos sao os substantivas que designam açoes, estados 
e qualidades considerados desvinculados dos sères de que 
se originam, ou nos quais se manifestam: 
Tristesse (tristeza) . joie (alegria), intelligence (inte­
ligência) . 
27 
SUBSTANTIVOS COMUNS E PROPRIOS 
ComWlS sâo os substantivas que designam sêres ou coisas 
de um s6 grupo, de urna s6 espécie: 
Femme (mulher) , lion (leâo) , village (a1deia). 
Proprios sao os substantivas Que designam uro ser ou 
urna coisa entre os sères ou coisas do mesmo grupo, da 
mesma espécie: 
Jean (JoaD ) , Londres (Londres ) , la Seine (0 Sena). 
SURSTANTIVOS COLETIVOS 
Coletivos sac os substantivas que, estando no singular, 
exprimem urna coleçâo de sêres ou coisas da mesma es­
pécie: 
Multitude (multidâo) 1 troupe (tropa), flotte (frota) , 
clientèle (clientela). 
SURSTANTIVOS SIMPLES E CO�IPOSTOS 
Simples sâo os substantivos constituidos de urna s6 pa­
Iavra: 
Regard (olhar) 1 horizon (horizonte). 
Compostos sâo os substantivas constituido$ de mais de 
urna pala vra: 
Arc-en-ciel (arco.-Îris), chef-d'œuvre (obra-prima). 
G€NERO DO SUBSTANTIVO 
28 
Hâ. em Francês, dois gêneros : 0 masculino e 0 feminino. 
Pràticamente, coma forma distintiva (pois conCunde-se 
quanto à concordância corn 0 masculino) , 0 neutro desa­
pareceu em Francës. 
Entretanto alguns gramaticos consideram neutros certos 
pronornes como le (Vide pag. 109 ) , en, que e cela, em Cra­
ses coma: 
EUe n'en sait 1·ien (Ela nao sabe nada disso). 
Cela. vous étonne (Isso 0 surpreende). 
Que voit-ilr (Que é que vë?) 
Chegam até a considerar neutros, pelo seu valor semânti­
co, os infinitivos, os adjetivos e os advérbios substanti­
vados: 
Le boire (0 beber) , le laid (0 (eio) , le bien (0 bem), 
1(' miel/x (0 melhor) etc. 
FORMAÇAO DO FE�nNINO 
Em geral, 0 feminino dos substantivos se fonna pelo 
acrêscimo de um -e mudo ao masculino : 
Le fiancé (0 noivo), la fiancée; le candidat (0 candi­
dato) , la candidate.CASOS PARTICULARES 
1) Os substantivos terminados em -en e -on dobram 0 
n diante do e do feminino: 
Le chien (0 dio) , la chienne; l'espion (0 espHio ) , 
l'espionne. 
OBSERVAÇAO. 
Os substantivos terminados em -in, -ain ou -an, corn exceçâo 
de paysan (camponês), nao dobram 0 fi. no lemlnlno: 
Le cousin (0 primo), la cou.sine; le souverain (0 soberano), 
la souveraine; le faisan (0 faisi'io), la faisane. 
2) Aiguns substantivos terminados cm -el e -eau formam 
o feminino em -elle: 
Gabriel, Gabrielle; le jumeau (0 gêmeo) , la jumelle. 
3) Os substantivos terminados em -et dobram 0 t diante 
do e do feminino: 
Le minet (0 gatinho), la minette. 
Exceçi1o. 
Le préfet (0 prefeito) , la préfère. 
OBSERVAÇAO. 
Alguns substantivos termînados cm -at e -at nao dobram 0 t 
dîante do e do feminino; outros 0 dobram: 
Le candidat (0 candidato), la candidate; le dévot (0 de­
voto), la dévote. Mas: le chat (0 gato), la chatte; le sot 
(o bôbo), la sotte. 
29 
30 
4) Os substantivas terminados em ·er fazem 0 feminino 
em ère (0 e fechado do masculino transforma-se em e 
aberto e pronuncia-se 0 r) : 
Le bou!anger (0 padeiro) , la boulangère; le fermier 
(0 fazendeiro) , la fermière. 
5) Os substantivos terminados em -, mudam esta letra 
cm v diante do e do feminino: 
Un captif (urn cativo) , une captive; un veuf (urn 
viûvo) , une veuve. 
6) Quase todos os substantivas terminados em -x mudam 
esta letra em um 8 sonora, pronunciado z, diante do e 
do !eminino: 
Un époux (urn espôso) , une épouse; un envieux (urn 
invejoso), une envieuse. 
7) Aiguns substantivas terminados em -c mudam esta 
letra em -que no feminino: 
Un Franc (que pertence à raça tranca), une Fran­
quej un Turc (urn turco ). une Turque. 
8) Os substantivas terminados em -eUT formam 0 terni­
nina em -euse: 
Un buveur (um bebedor), une buveusej un danseur 
(um dançarino ) , une danseuse; un menteur (um men· 
tiroso) , une menteuse. 
9 ) Muitos substantivos terminados no masculino em ·teur 
formam 0 feminino em -trice: 
Un aviateur (um aviador), une aviatricej un bien­
faiteur (um benfeitor) , une bienfaitrice; un traduc­
teur (um tradutor) , une traductrice. 
OBSERVAÇAO. 
1) A forma feminina de chantcltr (cantor) é chanteuse (canta­
trice dcsigna uma cantora .lé. cêlebrel . 
2 ) 0 fcminino de ambassadeur é ambassadrice; 0 de empereur 
é impératrice; débiteuse (vendedora ou narradora) e débitrice 
(devedora) sâo as formas femininas de débiteur (devedor, nar­
rador). 
3) 0 fcminino de enchanteur (mâgico) é enchanteresse; 0 de 
péc/tellr (pecador) ë plcheresse, e 0 de vengeur (vingador) é 
vengeresse. 
4) ln/érietlr, nüneur, prieur e supérietlr (que sâo comparativos 
cmpregados como substantivos) formam 0 feminino cm -ellre: 
ln/érieure, mineure, prieure e supériellre. 
10) Alguns substantivos tenninados eru -c (ruudo) for­
ruam 0 feminino em -esse: 
Un âne (uru asno) , une ânesse. 
Un diable (uru diabo), une diablesse. 
Un mulâtre (uru mulato) , 1me mulâtresse. 
Un nègre (uru negro) , une négresse. 
Un prince (um principe), une princesse. 
Un tigre (uru tigre) , une tigresse etc. 
OBSERVAÇAO. 
Formam também 0 femlnino em -esse: 
Un duc (um duquel, une duchesse. 
Un abbé (um abade), une abbesse. 
11) Aiguns substantivos forruaru 0 feruinino de ruaneira 
especial: 
a) Substantivos que têm forma especial para 0 ferni­
nino, no entanto, coru 0 ruesruo radical do ruasculino: 
Un cœnm'd (um pato) , une cane. 
Un compagnon (uru companheiro), une compagne. 
Un dieu (uru deus), une déesse. 
Un dindon (uru pcru) , une dinde. 
Un favori (uru favorito) , une favorite. 
Un Grec (um grego), une Grecque. 
Un neveu (uru sobrinho), une nièce. 
Un roi (Ufi rei), une reine. 
Un roux (uru ruivo ) , une rousse. 
Un Viellx (ou un vieillard) (uru velho) , ume vieiUe 
etc. 
b) Substantivos que fOl'ruam 0 feminino par rueio de pa­
lavras que se diferenciam inteiraruente do ruasculino: 
Un bouc (uru bode ) , une chèvre. 
Un coq (uru galo) , une poule. 
Un frère (uru irruâo), une ,.,œur. 
Un garçon (uru rapaz), une fille. 
Un gendre (uru genro), une bru ou belle-fille. 
Un mille (um macho), une femelle. 
Un oncle (uru Uo), une tante. 
Un parmin (uru padrinho). une marraine. 
Un père (uru pai) , une mère. 
Un porc (uru parco) , une truie. 
Un singe (uru macaco), une guenon etc. 
31 
12) Ha alguns substantivas que têm uma sô forma para 
os dots gêneros e que distinguem 0 masculino do femini­
no pela gênera do artigo ou de outro determinativo acom­
panhante: 
Un ou une artiste (um ou uma artista) . 
Un ou une camarade (um companheiro ou uma cam­
panheira). 
Un ou une élève (um aluna ou uma aluna). 
Un ou une enfant (uma criança). 
Un ou une esclave (um escrava ou uma escrava) etc. 
13) Alguns nomes de animais possuem uma sô fonna 
para designar a feminino e a masculino: 
Une girafe (uma girafa) . 
Un éléphant (um elefante). 
o gênera dêstes substantivos é determinado pela emprêgo 
das palavras mâle ou femelle: 
Un héron femelle (uma garça fêmea). 
Une souris mâle (um eamundongo macho). 
14) Alguns substantivas que designam, sObretudo, prafis­
sôes, naD têm forma feminina: 
Un professeur (um professar). 
Un juge (um juiz) . 
Un peintre (um pintar) etc. 
Neste caso, quando se quer indicar a feminino, castuma­
-se antepor a palavra femme a êsses substantivas: 
Une frllllll(' ('CJ"irain (uma cscdlora ) . 
Outros, porém, têm forma feminina: 
Un avocat (um advogado) , une avocate. 
Un champion (um campeao), une championne. 
15) Ha substantivas que, conforme 0 sentido corn que 
sao empregados, sao masculinas ou femininas : 
Un aide (um ajudante) , une aide (um auxilio). 
Un critique (um critico) . une critique (uma cntiea). 
Un garde (um guarda), une garde (uma guarda ou 
vigilância) . 
Un livre (um livra), une livre (uma libra, meio 
quila). 
Un guide (um guia) , une guide (uma J'édea) . 
Un mode (um método, uma modalidade musical, 
modo), une -mode (uma moda, uma maneira de agir) . 
Un page (um pajem) , une page (uma pâgina). 
Un solde (um saldo) , une solde (um sôldo). 
Un tOUr (um movirnento circular, um passeio), une 
tour (urna tôrre). 
Un voile (um vêu), une voile (a vela de uma embar� 
caçâo). 
16) Alguns substantivos sôbre cujo gênero pode haver 
duvida. 
Sâo rnasculinos, entre outros, os seguin tes substantivos: 
Un acrostiche (um acrostico) . 
Un apologue (urn apôlogo) . 
Un astérisque (um asterisco) . 
Un épilogue - (um epilogo) . 
Un légume (um legume). 
Un obélisque (um obelisco) . 
Un pétale (uma pétala). 
Un opprobre (urn oprobrio). 
Un tubercule (urn tubérculo). 
Sao femininos, entre outros, os seguin tes substantivos: 
Une armoire (um armario). 
Une anagramme (urn anagrama) . 
Une automobile (urn autom6vel). 
Une moustiquaire (um mosquiteiro). 
L'ébène (0 ébano). 
Une orbite (uma 6rbita) . 
17) Alguns substantivos que sao usados nos dois gêneras: 
Aigle (aguia). 
Hoje em dia, aigle é do gênera masculîno: 
J'ai vu un aigle (Vi urna âguia) . 
Cc garçon n'est pas un aigle (:!!:ste rapaz nao é urn 
aguia). 
É do gênero feminino quando designa a fêrnea de urna 
âguia: 
Une aigle dans son aire (uma âguia no seu ninho) . 
Ou quando designa uma aguia de figura coma emblema 
num estandarte, numa bandeira etc.: 
Les aigles romaines. napoléoniennes (as âguias ro� 
manas, napoJeÔnicas). 
33 
34 
Amour e orgue (amol' e orgao, [instrumento de musica] ) . 
Hoje em dia, amour e orgue sao, no singular, substanti­
vos masculinos : 
Un amour fa.tal (urn amor fatal). 
L'orgl�e de cette église est ancien (0 orgao desta 
igreja ê antigo) . 
OBSERVAÇAO. 
No entanto, em poesia, a))UlUr é, muitas vèzes, !eminlno: 
Une amour ,,'latente (Acad. ) (um amor violentol. 
No plural, amour e orgue s50. em geral,substantivos femin[nos: 
Les grande. .. ory/ws (Acad.J (os grandes 6rgaosl. 
De folles amvurs (Acad.) (amôres Joucos). 
Délice (delicia). 
l!: masculino no singular (numero cm que délice é rara­
mente empregado) , e Ceminino no plural: 
Ce b-pcctacle est un délice (1!:sse espetâculo é urna 
deHcia) . 
Il a fui toutes les délices de la vie (Fugiu a tôdas as 
delicias da vida�. 
Foudre (raio, guerreiro, orador, pipa, excomunhao, dar­
dos luminosos) . 
La foudre a détruit le clocher de l'église (0 raio des­
tl'uiu ° campanârio da igreja) . 
Les Coudres de l'église furent lancées contre lui 
(Acad.) (Foi lançada contra êle a cxcomunhao da 
Igreja) . 
OBSERVAÇAO. 
É masculino quando usado nas outras acepçôes: 
Un foudre d'éloquence (um grande orador). 
Nota. 
Foul/rc. masculino. corn outrQS sl'nthlos, � multo menas em!lregado: 
lin IVlldTe (1I1l>a <Il' 50 hedolltrosl. 
Jupiler lallçllit �on fQlJ.llre pour effrayer leM morlels (Jûpltcr 
lancava sells dar<los lumlnosos para ame<;lrontar os mortals). 
Gent, gens (gente). 
Gent, no singular, pràticamente quase nao sc emprcga 
mais. � reminino e significa ramilia, naçao, raça. Camo 
dizia La Fontaine: 
La. gent troUe-menu (os camundongos) . 
La gent ailée (os passa ras) . 
Gens, substantivo plural que significa pessoas, é, em ge­
l'al, do gênera masculino: 
Tous les gens vertueux sont heureux (Tôdas as pessoas 
virtuosas sao felizes) . 
No entanto, quando h a um adjetivo colocado imediata­
mente antes de gens, este adjetivo .e todos aquêles que 
padern vir antes dêle vao para 0 feminino: 
Ce sont de bonnes gens (� boa gente ) . 
OBSERVAÇOES. 
1) Quando gens vern precedido de adjetivos terminados no 
masculino por um e mudo, como brot;e, honnéte, a concordan­
cia se raz corn gens no masculino: 
Tous les vrnl .. honnêtes gens (Tôdas as pcssoas verdadei­
ramenle honeslas). 
Hoje sc pode escrever indifercntemente: 
Instruits o!� Instruites 1)(Jr l'expérience, les vieilles gen,ç 
sont soupçonnelU 0" solll)ÇOnneliscs (Instruidas pela expe­
rléncia as pessoas idosas sao desconfiadas) , 
2 1 As locuç6es gens de robe (advogados, magistrados ) ; gens 
d'�glise (eclesiasticos) ; gens d'épée, gens de gl/erre (milltares ) ; 
gens de lettres (escrilores) etc., vém precedidas ou seguidas de 
adjetivos ou participios masculinos: 
De nombrell� gens de lettres (numerosos escritorcs) , 
Des gens de loi oomlmtlfs (homens de lei combativosL 
Hymne (hino ) . 
Hymne, canto de igreja, ê feminino: 
Une hymne sacrée (um hino sacra ) . 
Hoje se toleram indiferentemente os dois gêneros cm 
tôdas as acepçôes do vocabulo: 
Un hymne twtimwl ou une hymne nationale (um hino 
nacional) . 
Un hymne sacré (um hino sacro) . 
35 
Merci (agradecimento, mercê, miseric6rdia). 
É masculino no sentido de remerciement: 
Voilà le merci que j'en ai (Foi esta a paga que tive). 
É feminino no sentido de miséricorde, grâce, pardon: 
Sans merci (sem pena). 
E na expressao: 
Stre à la merci de (estar à mercê de). 
Œuvre (obra). 
No plural, œuvre é sempre feminino: 
Faire de bonnes œuvres (fazer boas obras). 
No singular, œuvre ë quase sempre feminino: 
La Joconde est considérée la pl'us belle œuvre de 
Léonard de Vinci (A Gioconda é considerada a mais 
bela obra de Leonardo da Vinci). 
OBSERVAÇOF.s. 
i!: quase sem pre consîderado masculino: 
1) Quando desîgna 0 conjunto de obras de um artîsta: 
Tout l'œlwrc de Chopin (lôda a obra de Chopin). 
2) Nas expressôes gros œuvre (conjunto das parcdes prîncî­
pais de um cdîficio) e grand œuvre (pedra lilosofall: 
Le gros œuvre cst enfin achevé (Estâ enfim terminado 
o arcabouçoJ , 
Il passe sa vie à fa rffherche du grand œuvre (:Ë:le passa 
sua vida à procura da pcdra fîlosofal). 
Orge (cevada), 
É, atualmente, do género feminino: 
De belles Q1'ges (belas cevadas). 
Pâque, Pâques (pascoa). 
Pâque, festa judaica, é um substantivo comum feminino 
e emprega-se corn artigo: 
La '}Xique des Juifs (a P;iscoa dos judeus), 
Pâques (cam s final) , festa- crista, é geralmente conside­
rado substantivo masculino e singular; escreve-se com 
letra maiuscula e emprega-se sem artigo: 
Pâques est tard cette année (Acad.) (A Pâscoa cai 
tarde êste ano) . 
Mas admite-se também 0 emprêgo de Pâques no plural 
feminino: 
A Pâques prochain ou à Pâques prochaines (por oca­
siâo da proxima resta da Pâscoa) . 
OBSERVAÇAO. 
Pâques é obrigatôriamente feminino plural nas cxprcsst'ies : 
P<iques fleuries (domingo de Ramos) . 
Pâques close$ (Quasimodo). 
Joyeuse Pâques /feliz Pâscoa). 
Période (periodo) . 
1!: reminino: 
Une période troublée (um época conturbada) . 
Une période oratoire (um periodo oratorio). 
l!: masculino quando indica 0 ponta aonde alguêm ou 
atgurna coisa chegou: 
Le dernier période d'une maladie (0 ultimo periodo 
de urna doença). 
GJ':NERO DOS NO�IES PROPRIOS 
Nâo hâ regras que determinem 0 gênero dos nomes prO. 
prios geogrâficos. Mas, em geral, os nomes dos paises 
sao masculinos, exceto quando terminam em -e: 
La France, la Belgique, la Suisse (a França, a Bél­
gica, a Suiça) etc. 
Contudo, diz-se: 
Le Mexique, le Chili (0 México, 0 ChUe) . 
Entre os nomes de rios e cidades mais célebres, sao 
Masculinos: 
Le Danube, le Rhône, l'Amazone, le Gange (0 Da­
nubio, a Rédano, 0 Amazonas, 0 Ganges) etc. 
37 
Femininos: 
La Seine, la Tamise, la Volga (0 Sena, 0 Tâmisa, 
o Volga) etc. 
Masculinos: 
Paris, Madrid, Rio de Janeiro, Le Havre, Le Caire 
(Paris, Madri, Rio de Janeiro, 0 Havre, 0 Cairo) etc, 
Femininos: 
Venise, Rome, La Haye (Veneza, Roma, Haia) etc. 
OBSERVAÇAO, 
Ha nomes que dcsignam forçosamcntc homcns como : 
Arthur, Gaston, Robert (Artur, Gastao, Roberto) . 
E outras, mulheres: 
Clotilde, Berthe, Odile (Clotilde, Berta, Odila). 
Outras nomes têm a forma masculina e a forma feminina: 
Marcel, Marcelle (Marcelo, Marcclal. 
Lou.is, Louise (Luis, Luisa ) . 
LIUCien, Lucienne (Luciano, Luciana). 
E ha nomes que padern ser emprcgados tanto para homcns 
quanta para mulheres: 
Marie (Marial. 
Claude (Claudio, Claudia ). 
Em gcral, quando aplieados a homcns, Marie e Claude sao pre· 
cedidos de nome masculino (particularmente de Jean): 
Jean·Marie (Joao Marial. 
Jean-{)laude {Joao Claudio >. 
N(]MERO DO SUBSTAl\'TIVO 
38 
Sâo dois os nûmeros do substantiva: a singular, que de· 
signa um ser ou uma coisa, e 0 1Jlural, que designa varias 
sêres ou vadas coisas : 
Un enfant, une COge (um menino, uma gaiola). 
Des enfants, des cages (meninos, gaiolas) . 
FOR�IAÇAO DO PLURAL 
Em geral, Canna-se 0 plural dos substantivas acrescen· 
tanda-se -8 ao singular: 
Un homme, des hommes/ un lit, des lits (um homem. 
homens; um leito, leitos). 
Os substantivas tel'minados em -s, -x ou -z no singular 
naD mudam no plural: 
Un bois, des bois (um bosque, bosques) ; Ùl noix, 
lcs noix (a noz, as nazes) ; le nez, les nez (0 nariz, os 
narizes). 
Os substantivas tcrminados em -al mudam 0 -al em -aux 
no plural : 
Un bocal, des bocaux (uru bocal, bacais) ; un mal, 
dcsmaux (um mal, males). 
Mas: 
Bal (buile ) , cG/'naval (carnaval), cérémonial (cerÎmo­
niai ) , chacal (chacal) , choral (cora]) , festival (festival) . 
récital (rccital) , régal (banquete, festim) e outros subs­
tantivas terminados cm -al formam 0 plural corn 0 acrës­
cima de .<; ao singular: 
• Bals, cal'1larals, chacaL .. etc. 
OBSERVAÇAO. 
Idéal faz no plural idéals ou ideaux ( idcal. Ideaisl . 
o plural dos substantivas terminados em -eau, -au ou 
-cu é formado corn 0 acréscimo de x ao singulal' : 
Un bntca!� (um barco) , des bateaux, un noyau (um 
caroço) , des noyaux; Wl cheveu (um cabelo), des 
cheveux" 
ExccÇ1Ïes. 
Lancùw (landau) , sa/Tau. (blusa ) , bleu (azul) e pneu 
(pneumatico) formam 0 pluralcorn 0 acrescimo de s ao 
singular : 
De ... landaus, des sarraus (mas escreve-se tamœm 
SW"/WIX), de"'> bleus, des pneus. 
39 
40 
Os sete substantivos terminados em -aU: bail (arrenda­
mento) , corail (coral) , émail (esmalte), soupirail (res­
piradouro ) , travail (trabalho), vantail (batente) e vitrail 
(vitraI) mudam 0 -ail em -aux no plural: 
Un bail, des baux; un corail, des coraux etc. 
o plut'al dos demais substantivos terminados em -ail ê 
formado corn 0 acréscimo de s ao singular: 
Un éventail (um lequel. des éventails; un chandail 
(pulôver), des clulndails. 
Os sete seguintes substantivos terminados em -ou: bijou 
(j6ia ) , caillou (seixo) , chou (couve), genou (joelho) , 
hibou (môcho) , joujou (brinquedo) e pou (piolho) for­
mam a plural corn 0 acréscimo de x: 
Un bijou, des bijoux; un cailkm, des cailloux etc. 
o plural dos demais substantivos terminados em -ou ê 
formado corn 0 simples acréscimo de um s à forma sin­
gular: 
Un clou (prego) , des clous; un trou (buraco) , des 
trous. 
Três substantivos têm pronuncia diferente segundo este-
jam no singular ou no plural: _ 
Un os (osso) , corn 0 aberto ,no singular; pronuncia-se 
o s. 
Des os (ossos), corn 0 fechado no plural; nao se 
pronuncia 0 s. 
Un œuf (ôvo) , corn eu aberto no singular; pronun­
cia-se 0 f. 
Des œufs (ovos) , corn eu fechado no plural; nao se 
pronuncia 0 f. 
Un bœuf (bai), corn eu aberto no singular; pronun­
cia-se 0 f. 
Des bœufs (bois) , corn eu fechado no plural; nao 
se pronuncia 0 f. 
Substantivos que têm duas formas no plural: 
Aïeul (avô,.. 
Faz no plural aïeuls quando designa os av6s: 
Mes aïeuls paternels sont bien vieux (Meus avôs pa­
ternos estâo muito velhos) . 
Faz no plural aïeux quando significa antepassados: 
Que savons·nous de nos aïeux? (Que sabemos a res· 
peito de nossos antepassados?) 
Ail (alho). 
Faz no plural ails ou aulx (raro) : 
Des a.i1s de différentes espèces (alhos de espécies di· 
ferentes) . 
Ciel (céu ) . 
No sentido proprio, ou quando designa 0 paraiso, faz 
no plural cieux: 
Sous les cieux des tropiques (sob 0 céu dos trépieos) . 
Aux plus hauts des cieux (no mais alto dos céus). 
Em todos os outros sentidos, faz ciels no plural: 
Des ciels de lit (dosséis). 
Les ciels des tableaux de Claude Lorrain sont célè· 
bres (Os céus .dos quadros de Claude Lorrain sao 
célebres) . 
Œil (ôlho) . 
Faz no plural yeux: 
Des yeux verts (olhos verdes). 
o plural de œil em certos substantivas compostos é 
œils. 
Des œiIs-de·bœuf (c1arab6iasJ . 
Des œilHie .. perdrix (calos) 
Des œils4e-serpent (pedras preciosas) etc. 
Travail (trabalho) . 
Faz eomumente no plural travaux: 
Terminer des travaux (terminar trabalhos) . 
OBSERVAÇAO. 
Faz travails quando designa urna rnâquina na quai se prende 
urn cavalo para ser ferrado, ou um boi para ser marcado: 
Ils possèdent des travails .. 
41 
PLURAL DOS SUIISTANTIVOS COMPOSTOS 
42 
Quando 0 substantiva composta se escreve nurna palavra 
56, forma 0 plural como se fôsse um substantiva simples: 
Des betteraves (beterrabas), des passeports (passa­
portes), des malheJtTs (desgraças). 
Todavia os dois elemenlos do substantive composta ta­
mam a forma do plural em: bonhomme, gentilhomme, 
1YUJdame, mademoiseUe, monseigneur e monsieur: 
Bonshommes, gentilshommes, mesdames, mesdemoi· 
selles, messeigneurs (nosseigneurs) e messieurs. 
Quanta aos substantivas compostas ligados pol' huen, ob­
servam-se, entre outros, os seguin tes cases: 
1} Quando se trala de dois substantivas justapostos, sen· 
do que 0 segundo desempenha 0 papel de um adjetivo 
ambos os elemenlos tomam a forma do plural: 
Des loups-cerviers Oinces). 
Des chaux-navets (couves-nahos) . 
2) Nos compostas farmados por dois substantivas ligados 
por preposiçâo, somente 0 primeiro elemento vai para 0 
plural: 
Des chefs-d'œuvre (obras-primas) . 
Des arcs-en-ciel (arco-iris) . 
Exceçœs. 
Des coq-à-l'âne (discursos sem nexo). 
Des pied-à-ten-e (pousadas). 
Des pot-au-feu (cozidos) . 
3) Nos compostos formados de substantivo e adjetivo, 
ambos os elementos tomam a forma do plural: 
Des plates-bandes (canteiros) . 
Des basses-COltrS (quintas onde se criam aves domés­
ticas) . 
Exceç0e8. 
Nos seguintes substantivos compostos: 
Grand-mère, grand-rr�seJ sauf-conduit (salvo-conduto) , 
nouveau-ne (recém-nascido) , chevau-léger (soldado da ca­
valaria Iigeira) , terre-plein (terrapleno), somente 0 se­
gundo elemento recebe a flexâo do plural: 
Des grand·mères, des grand·messes, des sauf-con­
duits, des nouveau-nés, des chevau-légers, des terre­
-pleins. 
4) Quando os compostos sao fonnados de verbo e subs· 
tantivo, 0 verbo fica no singular; 0 substantivo, de acôr­
do corn 0 sentido, pode receber ou nâo reœber a flexao 
do plural: 
Des tire-oouchons (saca-rôlhas). 
Des cou,we-lits (colchas) . 
Mas: 
Des abat-jour (abajures) . 
Des brise-vent (quebra-ventos). 
Des gratte·ciel (arranha-céus) . 
OBSERVAÇOES. 
1 ) Hâ substantivos compostos que, mesmo no singular, trazem 
o segundo elemento no plural: 
Un compte-gouttes (conta-gôtas), 
Un porte-avions (porta-aviOes) . 
2 ) Nos compostos, cujo primeiro elemento ë a palavra .liarde, 
observa-se 0 seguin te: quando dcsigna uma pessoa, garde ë 
considerado como substantivo e vai para 0 plural: 
Des gardes-çhasses (guardas-florcstais). 
Des gardes-malades (enfermeiras L 
Quando designa uma coisa, garde ë verbo c nao varia: 
Des garde-manger (guardu-('omidas) . 
Des garde-meubles (guarda-m6vels ). 
3) Nos compostos formados de uma palavra invariâvel e de 
um substantivo, s6 0 substantivo recebe a flexao do plural: 
Nota. 
Des arrière-gardes {retaguardasJ. 
Des contre-ordres (contra-ordens). 
Des contre-attaques (contra-ataques), 
Embora aprt�_m;d;, substantlvo, cm geral mascullno, seja consldcrndo 
Invnrlavet, varlos bons autores 0 escrevem n o plural. 
43 
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS 
DE ORIGEM ESTRANGEIRA 
44 
Em geral, formam 0 plural como os substantives fran­
ceses, isto é, corn 8 final, os substantives que foram real­
mente afrancesados por causa do seu uso constante: 
Des agendas (agendas). 
Des albums (albuns) . 
Des alibis (alibis). 
Des alinéas (alineas) . 
Des boléros (baIeras) . 
Des duos (duetos). 
Des échos (ecos). 
Des examens (exames) 
OBSERVAÇOES. 
Des lords (lordes) . 
Des mémentos (mementos). 
Des opéras (operas) . 
Des panoramas (panoramas). 
Des pianos (pianos). 
Des quatuors (quartetos). 
Des spécimens (espécimens). 
Des trios (trios) . 
1) Alguns substantivos estrangeiros, sobretudo os nomes de ora­
t;;6es, nao variam. Por exemplo: 
Des Avé, des Gloria. des Pater, des Salué. des Te Deum, 
Des Miserere (os Ave, os Gloria, os Pater, os Salve, os 
Te Deuns, os Miserere) . 
21 Aiguns substantivos estrangeiros, poucos, em geral latinos. 
italianos. inglêses e alemaes, que ainda n1i.o se incorporaram de 
todo ao idioma francês, conservam 0 plural de sua lingua de 
origem ao lado da forma francesa: 
Un maximum, des maxima ou des maximum". 
Un minimum, des minima ou des minimums. 
Un dilettante, des dilettanti ou des dilettantes. 
Un solo, des soli ou des solos. 
Un soprano, des .soprani ou des sopran03·. 
Une lady, des ladies ou des lOO]Is. 
Un baby, des babies ou des babys. 
Un dandy. des dandies ou des dandys. 
Un lied, de.s lieder ou des lieds. 
3) Nos substantivos compostos, as paJavras estrangeiras nao 
variam: 
Des po.st-scriptum (p6s-escrilos). 
Des vade-mecum (vade-mécuns). 
Des vice-roi.s (vice-reis). 
Des ex-ministres (ex-ministros) etc. 
Entretanto escreve-se: 
Des fac-similés (fac-slmiles). 
Des orangs-outangs (orangotangos). 
CASOS PARTICULARES 
Alguns substantivas 56 se empregam no plural: 
Décombres (escombros) , m. 
Entrailles (entranhas). f. 
Frais (despesas) . m. 
Funérailles (funerais) , f. 
Ténèbres (trevas), f. 
OBSERVAÇAO. 
Entretanto, por vêzes, na linguagem literâria, alguns substan­
tivos. sobretudo décombres e ténèbres, enconlram-se no singular. 
Alguns substantivas mudam completamente de sentido no 
plural; par exemplo: 
Ciseau (cinzel) 1 ciseaux (lesoura) . 
Lunette (Junela) , lunettes (6culos). 
Vacance (vacância), vacances (férias) . 
PLURAL DOS NO�IES PROPRIOS 
1) Quando empregados coma substantivas corn uns, os 
nomes proprios recebem a flexao do plural: 
Les Corneilles et les Racines sont rares (isto é, 
poetas semelhantes a Corneille e Racine) (Larousse 
du XXe Siècle) . 
2) Quando designam familias ilustres ou rcais, os nomes 
proprios recebem igualrnente a f1exao do plural: 
Les Condés. les Bourbons, les Tudors. 
3) Os nomes de autores, quando designam suas obras 
artîsticas, podern receber ou naD a f1exao do plural: 
Des Corots ( = quadros· pintados por Corot) . 
Des Rembrandt ( = quadros pintados por Rem­
brandt) . 
45 
cal'itulo 
D a r t i g o 
artigo 
o artigo é a palavra que se coloca antes do substantivo 
e Ihe indica Q gênera e 0 numero, individualizando-o de 
maneira precisa, definida, ou de maneira vaga, indefinida. 
Hâ dois tipas de artigo: definido e indefinido,. 
o artigo partitioo é considerado, {Xlr varias gramâticos, 
uma variedade do artigo indefinido. 
Artigo definido: 
Le rêve et la réalité (0 sonho e a realidade) . . 
Artigo indefinido: 
Un lac et une forêt (urn lago e urna floresta). 
Artigo partitivo: 
Boire de l'eau ou du lait (beber âgua ou leite). 
49 
ARTIGO DEFINIDO 
50 
Formas: 
Slngul&r 
Mascullno Feminlno 
le(o) l'ta ou a) w(a) 
Plural 
Mascullno Feminlno 
Zes(as ou as) 
Le pays (0 pais) , le héros (0 her6i). 
La fleur (a Clar) , la hauteur (a altura) . 
Les pays, les héros, les enfants, les humbles (os hu­
mildes), les fleurs, les hauteurs, les âmes (as aimas) , 
les hirondelles (as andorinhas ) . 
Os artigos definidos le e la estao sujeitos à elisâo. 
Os artigos definidos le e les estiio sujeitos à contraçao. 
1) A elisâo consiste em substituir pOl' um ap6strofo as 
vogais e ou a dos artigos le ou la colocados antes de uma 
palavra que começa por vogal ou h mudo. 
Neste caso, pois, 0 artigo definido é l' (article défini élidé), 
tanto para 0 masculino como para 0 feminino singular: 
L'enfant, l'humble, l'âme, l'histoire. 
OBSERVAçoFS. 
1 ) 0 artigo nâo se elide diante de uhlan (ulanol, yacht (iate), 
un (um � numerall. hUÎt (oito), onze (onze), e oui (sim): 
Le un perd (0 um perde) ; le huit juin (0 oito de junho ) ; 
le oui sacramentel ( 0 sim sacramentall . 
2) Diz-se indifcrentemcntc: la ouate ou l'ouate (aigodâo 
hidrÔfilo). 
2) Os artigos definidos le e les contraern-se corn as pre­
posiçôes à e de. 
No singular, diante das palavras rnasculinas que corneçarn 
por consoante ou h aspirado, à le contrai-se ern aU,e de le 
contrai-se ern du: 
Au pays, au héros, du pays, du héros. 
A les contrai-se ern a� e de les contrai-se ern des diante 
de qualquer palavra no plural: 
Aux orphelins (aos 6rfâos). 
Jouer a.ux cartes (jogar cartas) . 
Aux hommes (aos homens). 
Aux hérauts (aos arautos). 
La beauté des océans (a beleza dos oceanos) . 
La manie des grandeurs (a mania das grandezas) . 
Le bonheur des hommes (a felicidade dos homens) . 
L'air pur des hauteurs ( 0 a r puro das alturas) . 
OBSERVAÇAO. 
A respeito da forma arcaica è8 (maître ès art8 etc.), ver a 
p'reposiçao en (pâg. Z70). 
E�fPRIlGO 
Sao varios OS casos em que se usa 0 artigo definida: 
1) Corn substantivas empregados em sentido geral: 
La. charité est la première des vertus (A caridade 
é a primeira das virtudes). 
2) Junto aa têrma que indica a unidade quando se ex­
plicita 0 valor das coisas: 
Une étoffe à cinq francs le mètre (fazenda vendida 
a cinco francos 0 metro) . 
3) De vez em quanda, corn a valor de um adjetivo de­
monstrativo: 
Agir de la sorte (agir dessa maneira) ( = agir de 
cette sorte) . 
4) De vez em quando, corn a valor de um adjetivo pos­
sessivo, sobretudo antes dos substantivos que indicam 
partes do corpo: 
n ferma les yeux (i!:le fechou os olhos). 
Il s'est cassé la jambe (ele quebrou a perna). 
5) Para substantivar palavras e até locuçôes: 
Le moi (0 eu); le beau (a belo) ; le oui (0 sim) ; le 
pour et le contre (0 pro e a contra) ; le qu'en dira­
-t-onT (0 "que dirâa?") 
6) Diante de nomes proprios de pessoas: 
a) Quando êstes designam uma familia coma: 
Les Bourbons, les Stuarts. 
51 
b) Quando vêm acompanhados de um adjetivo: 
Le célèbre Descartes (0 célebre Descartes) . 
c) Quando designam obras de grandes artistas: 
Les Tintorets du Louvre (os Tintoretos do Louvre). 
d) Para exprimir desdém, desprêzo: 
La Voisin (mulher que envenenou varias pessoas no 
século XVII) . 
e) Quando designam nomes italianos: 
Le Corrège, le Titien, le Tasse. 
f) Quando se quer designar mulheres célebres, sobretudo 
cantoras ou artistas: 
La Champmeslé, la. Clairon, la Malibran etc. 
Os nomes de continentes, paises, ilhas, mares, rios, mon· 
tanhas empregam·se corn 0 artigo: 
i./Amérique, le B1'ésil, la Corse, la Méditerranée, la 
Seine, les Pyrénées etc. 
OBSERVA�E8. 
1 ) Hé nomes de i1has Que rejeltam 0 artigo: 
Madagascar, Jersey etc. 
2) Os nomes de cidades, corn poucas exceçôes, dispensam 0 
artigo: 
Londres, Pari.! (mas: Le Haure, La Haye, La Rochellel. 
REPETIÇAO DO ARTIGO 
52 
1) Quando varios substantivas se seguem, 0 artigo deve 
ser repetido diante de cada um dêles: 
La solitude, le rêve, le souvenir, les amis . . . (a 50--
lidao, 0 sonho, a recordaçao, os amigos . . . ) 
2) Quando ha dois substantivos ligados por et, sendo que 
o segundo designa a mesma pessoa ou coisa que 0 pri· 
meiro, nao se repete 0 artigo antes do segundo substan· 
tivo: 
Le -maître et seigneur de cette propriété (0 mestre 
e senhor desta propriedade) . 
3) Quando ha dois substantivos ligados pela conjunçao 
ou, e 0 segundo é sinônimo ou explicaçâo do primeiro, 
nao se repete 0 artigo antes do segundo substantiva: 
L'acide sulfurique ou vitriol (0 acida sulfUrico ou 
vitriola) . 
4) Quando dais adjetivos Iigados pela conjunçao et qua­
lificam 0 mesmo substantiva, nao se repete 0 artigo antes 
do segundo adjetivo: 
La beUe et célèbre Joconde (a bela e célebre Giocon· 
da). 
Entretanto, escreve-se: 
n y a les grand.s et les petits événements (Ha os 
grandes e ha os pequenos acontecimentos) , porque 
se trata de acontecimentos opostos. 
ARTIGO INDEFINIDO 
Formas: 
SlDguIa.r 
MaseullDo Feminino 
un (um) une (urna) 
Plural 
Masculino Feminino 
des 
Un cadeau (urn presente) , un enfant (uma criança) , un 
homme (um homem) . un héros (urn herôi). 
Une fleur (urna flor) , une âme (uma alma) , une histoire 
(urna hist6ria) , une haie (uma sebe) . 
OBSERVAÇAO. 
Des (uns, umas, em Português) geralmente nao se traduz. 
Des cadeaux (presentes) , des roses (rosas ) . des enfants 
(crianças), des églises (igrejas) , des hommes (homens) , 
des hirondelles (andorinhas) , des héros (her6is) , des 
Hollandaises (holandesas) . 
OBSERVAÇAO. 
As formas plurais uns e unes nao se empregam mais como ar' 
tigo. Mantiveram·se em quelques-uns, quelques-unes, les uns, 
les unes. 
53 
EMPR:f::GO 
o artigo indefinido é usado, às vêzes: 
1) Corn 0 valor dos adjetivos indefinidos certain, quelque: 
Il sortit beaucoup pendant un temps (J!;le saiu muito 
durante algum tempo) . 
2) Para exprimir desdém ou admiraçao: 
Un sUjet de cette espèce! (Um sujeito dêsses!) 
Oser médire d'un homme comme lui! (Ousar lalar 
mal de um homem como êle!l 
ARTIGO PARTITIVO 
o artigo partitivo nao se traduz em Português. 
Formas:Singular 
Plural 
Feminino Masculino 
boire 
du café (calé) 
(beber) 
�e l'alcool (alcool) 
manger 
des légumes 
(legumes) 
de la bière (cerveja) 
de l'eau (agua) 
(corner) 
des confitures 
(geléias) 
Ils boivent du thé (bebem cha.), de la. citronnade 
(Iimonada) , de l'eau (agua) . Manger des confitures 
(corner geléias ou doces) . 
EMPRt:GO 
54 
1) 0 artigo partitivo serve para indicar quantidades inde­
tenninadas: 
Boire du vin (beber vin ho) . 
Boire de la bière (beber cerveja). 
Verser de l'huile sur le f&u (derramar azeite sôbre 
o logo). 
Voir des fleurs dans un parc (ver f1ôres num par­
que ) . 
2) 0 artigo partitivo precede substantivos abstratos: 
Démontrer de la bienveillance (demonstrar benevo­
lência), du courage (coragem) etc. 
A preposiçao de é empregada em lugar do artigo parti­
tivo ou do artigo indefinido: 
1) Apos um advérbio de quantidade (trop, peu, beau. 
coup, moins, plm etc.) : 
/la assez de vin (:i!:le tem bastante vinho) . 
OBSERVAÇAO. 
Ap6s bien ( :::: beaucoup) diz-se: 
Bien du travail (muito trabalho) , bien des gens (multas 
pessoas) . 
2) Em frases negativas: 
Je n'ai pas de livres (Nao tenho livros) . 
Elle n'a pas d'argent (Ela naD tem dinheiro) . 
Elle ne mange pas de viande (Ela nao come carne) . 
3) Diante de substantivas no plural precedidos de um 
adjetivo, coma, por exemplo: 
De beaux livres (belos livros). 
OBSERVAÇôŒ. 
1 ) Pode-se dlzer: 
Je mange de (ou de la.) bonne crème, de (ou du) bon 
beurre, de (ou des) bons gdteaux (Como bom creme, boa 
mantelga, bons docesL 
2) Quando 0 substantivo e 0 adjetivo formam como que uma 
palavra composta, nao se emprega de, mas du, de la, de l' ou des: 
Des jeunes gens (jovens), des petits pois (ervilhas) etc. 
3) Quando 0 adjetivo serve para formar um substantivo com­
posto, também nao se emprega de, mas du, de la. de l' ou des: 
Des grands-pères (av6sL 
OMiSSii.O DO ARTIGO 
Observa-se a omissao do artigo: 
1) Antes de apôsto: 
Euripide, poète tragique grec (Euripedes, poeta tra­
gico grego) . 
55 
56 
OBSERVAÇAO. 
o apôsto que segue um substantivo vern precedido de artigo 
nos casos em que se quer individualizar êste substantivo: 
Mademoiselle Jeanne, la. jeune déléguée (a senhorita Joana, 
a jovem delegadaJ. 
2) Em adâgios e em certas comparaçôes: 
Nécessité fait loi (A neœssidade faz a lei) . 
Mains froides, cœur chaud (Maos frias, coraçao 
quente). 
Dur comme fer (Ouro como ferro). 
3) Em certas frases negativas ou interrogativas como: 
Jam.ais il ne souffle mot (Nunca abre a bœa) . 
Où trouver meilleure occasion' (Onde encontrar me­
Ihor oportunidade?) 
4) Em certas enumeraçôes para dar mais vivacidade à 
expressao: 
"Femmes, moines, vieillards, tout était descendu" 
(Mulheres, manges, velhos, todos desceram) (La 
Fontaine). 
5} Ern muitas )ocuçôes: 
Avoir raison (ter razâo). avoir besoin (ter necessi­
dade) , faire attention (prestar atenc;;âo) , faire grâce 
(perdoar) , faire justice (fazer justiça), faire fortune 
(enriquecer), prendre connaissance (tomar conhe­
cimento), prendre possession (tomar posse), de parl 
et d'autre (de urna parte e de outra) etc. 
6) Depois de certas preposiçôes, sobretudo sans e en: 
Sans encombre (sem ernpecilho), sans abri (sem 
abrigo), sans argent (sem dinheiro) ; agir en ami 
(proceder coma amigo) , aller en prison Or para a 
cadeia), vivre en paix (viver em paz). 
No entanto, diz-se: 
En l'espace de, en l'espèce (neste caso), en l'honneur 
de, en l'occurrence, en la personne de, en la présence 
de etc. 
7) Em geral, antes dos nomes dos dias da semana e dos 
meses do ana: 
NOUs sortirons jeudi (Sairemos Quinta-feira) . 
En janvier (em janeira) . 
OBSERVAçlœs. 
1) Dlz-se: 
L'année prochaine (no ano que vern). 
Le dernier samedi de juin (no ûltimo sabado de .1unhOJ. 
21 Coloca-se 0 artigo antes dos nomes dos dias da semana, quan· 
do se trata de um rato que se repete. 
"M.S . . . . . déjeunait alvec n0U8 le jeudi" ("M.S . . . . almoçava 
conosco as quintas-telras") (Sartrel . 
3) Aiguns nomes de Cestas religiosas levam artigo ; outros nào: 
l'Ascension, l'Assomption, la Toussaint, la Saint-Jean ( a As­
censao, a Assunçao, a Festa de Todos os Santos, a lesta 
de Sào JoAo). 
Dlz-se, porém, indiferentemente: 
La Noël ou Noël (0 Natal) . 
La Pentec6te ou Pentec6te (Pentecostes). 
E, cm geral, Pâques (a pascoa) . 
57 
D a d j e t i v o 
D adjetivo 
o adjetivo é urna palavra que atribui uma qualidade ao 
substantivo a que se junta ou indica 0 modo de ser dêsse 
substantiva: 
Un spectacle agréa.ble (um espetâculo agradâvel). 
Une personne peureuse (urna pessoa medrosa). 
Dividem·se em Francês os adjetivos em qualificativos e 
em nao qualificativos (possessivos, demonstrativos, re­
lativos, interrogativos, exclamativos, indefinidos e nu­
rnerais) . 
G1!:NERO 
FOR�(AÇAO DO FEmNlNO 
Em geral, 0 feminino dos adjetivos se fonna pelo acrés­
cima de um e mudo ao ffiasculino: 
61 
Noir, noire (prêto) . 
Amical. amicale (amical) . 
CASOS PARTICULARES. 
62 
1) Os adjetivos terminados em -en e -on dobram 0 n 
diante do e do feminino : 
Païen, païenne; breton, bretonne (pagâo, paga; bre· 
tao, breUi). 
2) Os adjetivos terminados em -in (-ain, -Gin), -un e -an 
nao dobram 0 n no feminino: 
Calin, caUne (meigo ) . vain, vaine (imitil). serein, 
sereine (sereno), brun, brune (castanho), persan, 
persane (persa ) . 
ExceçOes. 
Bénin (benigno) e malin (malicioso). paysan (cam­
ponês) e rouan (ruano, ruao) , que fazem 0 feminino: 
Bénigne, maligne, paysanne e rouanne. 
3) Os adjetivos terminados em -el ou oeil dobram 0 l 
diante do e do feminino: 
Fraternel, fraternelle (fraternal) ; vermeil (verme­
lho), vermeille. 
4) Os adjetivos tenninados em -eau formam 0 feminino 
em -elle: 
Beau (belo) , belle; nouveau (nôvo), nouvelle. 
5) Os adjetivos terminados em -ou formam 0 feminino 
em -oUe: 
Fou (louco ) , folle; mou (mole), moUe. 
OBSERVAÇAO. 
Os adjctîvas beau, nouveau, lou c mou possucm no masculino 
sîngular outra forma (bel, nouvel, 101 e mo!), que se empre­
ga antes de um substantivo masculino que começa por vogal 
ou ft. mudo: 
Nota. 
Un bel appartement (um belo apartamentol. 
Un nouvel habit (uma roupa nova). 
Encontra·sc. por vlzes. a torma "leu x em lugar de "ieil, sobretudo 
Quando se deseJa sallentar a Idl!la de ldade avançada ou de anUgiildade : 
"V .. ,·Ie",. homme malheureux" (um velho Inreliz) (G. Sand). "V .. "j",ux apparejl� (um velho apart'lho) (A. GIde). 
6) Os adjetivos terminados em -er fazem 0 feminino em 
-ère : 
Premier (primeiro) , première; amer (amargo), 
amère. 
7) Os adjetivos terminados em -f mudam esta letra em 
v diante do e do feminino: 
Natif (nativo), native; vif (vivo ) , vive. 
OBSERVAÇAO. 
Brel (breve) raz no leminino brève. 
8) Os adjetivos terminados em -et dobram 0 t diante 
do e do feminino: 
Net (Iimpo) , nette. 
Mas os adjetivos complet (completo) , incomplet (incom­
pleto) , concret (concreto) , désuet (desusado) , discret 
(discreto) , indiscret (indiscreto), inquiet (inquieto) , re­
plet (repleto) e secret (secreto) fazem 0 feminino em 
-ète: 
Complète, incomplète, concrète etc. 
OBSERVAÇAO. 
Os adjctivos tcrminados cm -at e -ot nao dobram 0 t diante 
do e do lcminino: 
Plat (chato), plate. 
Idiot (ldiota), idiote. 
Exc�. 
Bellot (bonitinho) , boulot (gordinho), maigriot (magri­
nho). pâlot (pàlidozinho) , sot (bobinho) e vieillot (ve­
lhinho) que fazem, respectivamente, no feminino: 
BeUotte, boulotte, maigriotte, ptilotte, sotte, vieillotte. 
9) Os adjetivos ba8 (baixo), gras (gordo), las (cansado) , 
épais (espësso) . gros (grosso) e métis (mestiço ) , que fa­
zem, respectivamente,no feminino: basse, grasse, lasse, 
épaisse, grosse e -métisse. 
63 
64 
Entretanto os demais adjetivos terminados em -s {prece­
dido de vogal) coma confus (confuso) , mauvais (ruim) , 
sourtlois (sonso) , seguem a regra geral e fazem, pois, 
o feminino da seguinte maneira: 
Confuse, mauvaise e sournoise. 
o adjetivo frais (fresco) faz no feminino fraîche. 
10) Quase todos os adjetivos terminados em -:r; mudam 
esta letra em s sonoro (pronunciado z) diante do e do 
feminino: 
Honteux (vergonhoso) , honteuse; jaloux (ciumento) . 
jalouse. 
OBSEBVAÇAO. 
Doux (doce), faux (lalso) e roux (ru!vo) lazem 0 femlnino do 
seguinte modo: douce, fausse e rOtl8Se. 
11) Acrescenta-se um u ao g dos adjetivos long e oblong 
diante do e do feminino: 
Long (Iongo) , longue; oblong (oblongo) , oblongue. 
12) Coloca-se um trema sôbre 0 e do feminino dos adje­
tivos terminados em gu no masculino: 
Ambigu (ambiguo) , ambiguë. 
13) Adjetivos como, entre outros, ammoniac (amoniaco), 
caduc (caduco) , franc trelativo ao pavo francês), public 
(pûblico) , mudam 0 c em qu diante do e do feminino: 
Ammoniaque, caduque, franque, publique. 
OBSEBVAçofS. 
1) Blanc (branco) , franc (franco, 0 Que tem franquezal e aec 
(sêcol fazem 0 feminino do seguinte modo: 
Blanche, franche e aèche. 
2) Lo4que (Ielgo) tem a mesma torma para os dols gêneros: 
Habit laïque (veste lelga), une personne laique (uma pes' 
soa leiga). 
Escreve-se, As vêzes, laie no masculino (Acad.). 
3) Grec (grego) conserva 0 c no feminino: 
Grecque. 
14) Os adjetivos terminados em -eur formam 0 feminino 
em -euse: 
Trompeur (enganador) , trompeuse; voleJ�r (ladrao), 
voleuse; menteur (mentiroso) , menteuse. 
ExceçOes. 
Onze comparativos terminados em -eur fazem 0 feminino 
em -eure: 
Antérieur (anterior) , postérieur (posterior) , cité­
rieur (citerior) , ultérieur (ulterior), extér'ieur (ex­
terior), intérieur (interior), majeur (maior), mineur 
(menor), supérieur (superior) , inférieur (inferior), 
meilleur (melhor) . 
15) Vârios adjetivos tcrminados em -teur formam 0 femi­
nino em -trice: 
(,'onsolateur (consolador) , consolatrice; destructeur 
(destruidor) , destructrice. 
Enchanteur (sedutor), pécheur (pecador) e vengeur (vin­
gador) fazem, respectivamente, no feminino: 
Enchanteresse, pécheresse e vengeresse. 
OBSEUVAÇÔES FINAlS SôBUE A FLEXAO DE GËNERO 
l' 
Favori (tavorito) faz no feminino favorite. 
Coi (quieto) faz no teminino coite. 
Hébreu (hebreu) nao tem ferninino; em Jugar de hébreu, 
ernpregarn-se : 
a ) Hébraïque, quando se tala de coisas: 
La langue hébraïque (a lingua hebraica ) . 
bl Juive (judaico) , em geral quando se tala de pessoas: 
La race juive (a raça judaica) . 
Mas diz-se também: 
La religion juive (a religiao judaica). 
2' 
1) Os adjetivos terminados em -e mudo no masculino 
têm urna forma (mica para os dois gëneros: 
Un livre utile. une chose utile (um livro util, urna 
coisa util). 
65 
66 
Un homme honnête, une femme honnête (urn ho­
mem honesto, uma mulher honesta). 
2) Quando empregados como adjetivos, drôle (engra. 
çado), ivrogne (bêbado) , muliit1'c (mulato), nègre (ne­
gro), 'JXluvre (pobre) , sauvage (se!vagem) e suisse (suiço) 
têm uma forma ûnica para os dois gêneras: 
Une histoire drôle (uma historia engraçada) . 
Une tribu nègre (uma tribo negra) . 
Une servante mulâtre (uma criada mulata). 
Une femme ivrogne (uma mulher beberrona). 
Quando empregados como substantivas, drôle, ivrogne, 
mulâtre, nègre, pauvre, sauvage e suisse fonnam 0 ferni­
nina em -esse (Vide pâg. 31) . 
OBS�IWAÇÀO. 
Existe, contudo, 0 adjetivo feminino négresse, embora muito 
pouco usado: 
Des esclaves négresses (Larousse du XXe Siècle) . 
3) Fort (forte) e grand (grande) tinham, antigamente, 
uma (mica fOl'ma para os dois gëneros. 
No galicismo bastante emptegado : se faire fort de (ga. 
bat-se), fort nâo costuma vadar: 
Il se fait fort de lui dire quelques vérités (Gaba-se 
de Ihe dizer algumas verdades). 
o adjetivo grand coma primeiro elemento de composta 
feminino permanece invatiavel: 
3-
Grand-mère (avo), grand-tante (tia·av6) , grand­
·messe (missa cantada) , grand·chose (grande coisa), 
grand·chambre (antigamente, sala principal do Par­
lamento) , grand-faim (muita fome), à grandrpeine 
(corn muita dificuldade) , grand·peur (muito receio) , 
grand·route (estrada principal) , grand·rue (rua prin­
cipal) . 
1) Alguns adjetivos camo bée, canin, 1)hilosophale e ou­
tras s6 se empregam no feminino e excJusivamente nas 
seguin tes expressOes: 
Bouche bée (boquiaberto> . race ou faim canine (raça 
ou fome canina) , pierre philosophale (pedra moso­
Cal) . 
2) Os adjet ivos .'wur e grêgeoi.<i s6 se empl'egam no 
masculino e quasc sem pre nas seguintes expl'essOes: 
Fe" grégeois (foga greguês) , haH31!g saur (arenque 
defumado) . 
3) Aquilin emprega·se EObretudo no masculino: 
Nez aquilin (nariz aquilino). 
N�IERO 
FORMAÇAO DO PLURAL 
Em geral, forma·se 0 plural dos adjetivos acrescentan· 
do-se s ao singular: 
Un fruit vert, des fruits verts. 
U1/C maison blanche, des maisons blanches. 
Os adjetivos terminados em -s ou -x no singular nao 
mudam no pluml: 
Un bonbon exquis, des bonbons exquis (bombons deJi· 
dosas) . 
Un élève lKlresseux, des elèves paresl>eux (alunas pre­
guiçosos) . 
OHSERVAÇAO. 
Embora terminem com 0 som eu, bIen e feu nào rccebem x no 
singular. Vâo ]Jura 0 plural mediantc simples acri>scimo de 
um s: 
Des yellx bl€1/s (01h05 azuis). 
Les fells rois de SlIêde et de Danemark tos Calccidos reis 
da Suécia e da Dinamarcal (Acad. J . 
Entretunto 0 adjctivo Ilébl"eu ( Sem 0 x n o singulal"l forma 0 
plural com x: 
Des textes hébreux (textos hcbl"aicosl. 
Os adjetivos terminados em -eau recebem x no plural: 
Des frères jumeaux (irmâos gêmeos) . 
De beaux yeux (bonitos olhos). 
Les temps nouveaux (tempos novas ) . 
Os adjetivos te .. minados em -al mudam, e m geral, 0 -al 
em ·aux no plural : 
Un entretien amical (uma conversa amigavel) , des 
entretiens amicaux. 
Un adversaire dêloyal (um advel'saria desleal) , des 
adversaires déloyaux. 
67 
CASOS PARTICULARES 
1) Alguns adjetivos cm -al formam 0 plural acrescentan­
do-se simplesmente um .<; à forma singular; entre outras : 
naval, fatal, natal, final, bancal: 
Des jours fatals. 
Des accords finals. 
2) Outros, principalmente os que sao menas usados no 
masculino plural, recebem indiferentemente s ou x: 
Austral, boréal, jovial, pascal etc. 
GRAUS DO ADJETIVO 
POSITIVO 
Enuncia simplcsmente a qualidade sem fazer qualquer 
comparaçâo: 
Henri est courageux (Henrique ê corajoso) . 
COi\lPARATIVO 
68 
Enuncia a qualidade corn idéia de comparaçâo. 
Poele sel' de igualdade, de superioridade ou de inferiori. 
dade. 
Forma-se 0 comparativo de igualdade antepondo-se 0 
advérbio aussi ao adjetivo: 
Albert est aussi courageux que Charles (Alberto ë 
tao corajoso quanta Carlos) . 
Forma-se 0 comparativo de superioridade antepondo-se 0 
advérbio plus ao adjetivo : 
Antoine est plus courageux que Marcel (Antônio é 
mais corajoso do que Marcelo). 
Forma-se 0 comparativo de inferioridade antepondo-se 
o advérbio moins ao adjetivo: 
Henri est moins courageux que Louis (Henrique é 
menos corajoso do que Luis). 
Como se verifica, 0 segundo têrrno da comparaçao é 
introduzido pela conjunçao que. 
OBSERVAçoES. 
Il Meilleur é 0 comparativo de bon: 
Es-tn meilleur qlle moi' (ts melhor do que eu?) 
Nao se diz plus bon. 
2) Moindre é 0 comparati .... o de petit. Usa-se sobretudo na lin­
guagem literâria. Na Hngua ralada, diz-se correntemente plus 
r!(3!it, que tem, em geral. sentido concreto: 
Son erreur est moindre que la mienne l$eu êrro é menor 
do que 0 meul . 
Mon salon est

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