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CONTABILIDADE Mas afinal, o que é Contabilidade? Definida como a ciência responsável pelo estudo dos fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, a Contabilidade é a responsável, portanto, pelo registro, classificação e demonstração dos fatos ocorridos no patrimônio das entidades, através da escrituração contábil. A Contabilidade também fornece informações para a análise e interpretação dos fatos obtidos mediante a escrituração contábil, e possibilita que sejam evidenciadas, ou seja, que sejam conhecidas as variações através dos períodos em que houve alteração no patrimônio. No que diz respeito ao patrimônio das entidades, pode-se dizer que a Contabilidade atua em três campos: econômico, financeiro e patrimonial. Você consegue imaginar quem são os possíveis usuários da contabilidade? Qual o interesse destes na informação contábil? Os usuários da contabilidade são divididos em dois tipos: Os agentes internos podem ser apresentados aos usuários que têm algum tipo de relação direta com a entidade e que, por consequência, têm facilidade de acesso às informações contábeis. Os interessados e seus respectivos interesses são: • Gerentes – utilizam a informação para tomar decisões; • Funcionários – utilizam as informações da empresa para saber se receberão ou não seus salários, férias e benefícios, quando definidos na política da empresa. Os agentes externos são aqueles que não possuem uma relação direta com a entidade, mas que, mesmo assim, mantém algum tipo de relacionamento com esta. • Bancos • Concorrentes • Governo • Fornecedores • Clientes • Investidores A resolução de nº 750/93, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade, definiu alguns princípios contábeis com o intuito de padronizar a Contabilidade. Alguns autores dividem os princípios contábeis em três categorias: Postulados: Conhecido como “Pilares da Contabilidade”, os Postulados são considerados a base da teoria contábil e se divide em Postulados Entidade e Postulados da Continuidade, onde o primeiro estabelece o patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade e o segundo prevê que o processo contábil deve ser considerado sem prazo estimado de duração. Princípios: É a padronização das técnicas contábeis adotadas pela maioria dos profissionais, com o intuito de normatizar os lançamentos e relatórios, para um melhor controle do patrimônio da entidade. No Brasil, os princípios contábeis são os estabelecidos pela Resolução CFC 750/93. Tais princípios servem como padrões a serem seguidos na contabilização dos fatos contábeis. Convenções contábeis: Conceitos que servem como um guia para o profissional da área contábil, normatizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos contábeis, tais como: objetividade, conservadorismo, materialidade e evidenciação. Como foram definidos os conceitos de contas? Em Contabilidade, existem as chamadas teorias patrimoniais, a função delas é explicar como os elementos são representados por contas. Entre elas destacam-se: Teoria personalista: Nesta teoria as contas são comparadas a pessoas e essas pessoas mantêm relação com a entidade em que atuam. Assim, o débito de uma dessas pessoas representará uma dívida e o crédito desta mesma pessoa representará um direito. Com isso, cada débito do proprietário será um crédito dos agentes consignatários e dos agentes correspondentes e vice-versa. Existem três grupos nesta teoria: Contas dos proprietários – é o titular do patrimônio que se relaciona diretamente com os agentes consignatários. O patrimônio líquido, bem como as receitas e despesas, é uma conta que representa o proprietário. Contas dos agentes consignatários – são as contas guardadas pelo proprietário, ou seja, os bens da empresa, como, por exemplo, caixa, bancos (contas devedoras). Contas dos agentes correspondentes – agentes correspondentes são aquelas pessoas que não pertencem à empresa e as contas deles são aquelas com que o empresário mantém débitos ou créditos. No caso dos direitos, correspondem aos créditos no Ativo, como duplicatas ou clientes. No passivo, representam obrigações, como duplicatas a pagar e fornecedores. Teoria materialista: Na Teoria Materialista, como o próprio nome já diz, as contas representam relação material com as instituições. Assim, os bens (contas patrimoniais), os direitos e as obrigações são chamadas de Contas integrais. Já o patrimônio líquido e suas variações do resultado são conhecidos como Contas diferenciais. Teoria patrimonialista: Esta é a teoria mais adequada à legislação societária brasileira e tem como objetivo principal a administração das entidades, separando os elementos em Contas Patrimoniais (Ativo e Passivo) e Contas de Resultado (Receitas e despesas). Por que as contas são importantes? Para que elas servem? Segundo Ribeiro, é por meio das contas que a contabilidade desempenha o seu papel, que nada mais é do que registrar e controlar os acontecimentos que modificam o patrimônio das entidades. A conta serve para que a contabilidade reconheça a alteração em cada elemento patrimonial e isto, por consequência, trará alterações na estrutura contábil de uma empresa como um todo. Assim, todos os acontecimentos que ocorrem na empresa são registrados por meio de contas e depois anotados em livros próprios para que sejam disponibilizados aos usuários interessados. Razão... A representação gráfica das contas é o respectivo registro em folhas ou fichas individuais. O conjunto destes registros forma o livro contábil chamado Razão, onde cada ficha é utilizada para uma conta específica e os elementos mínimos necessários para cada registro são os valores a débito e a crédito, a data, o histórico e o saldo da conta. Pode-se dizer que as despesas são bens e serviços consumidos para a geração de receitas. Essas contas são responsáveis pela diminuição do patrimônio, uma vez que são gastos efetuados todos os meses e que saem da empresa. Elas se diferenciam das contas patrimoniais facilmente porque estas são contas que permanecem no patrimônio (como os veículos, móveis, contas a pagar), ou seja, essas contas são geradas todos os meses e zeradas no final do período para a apuração do resultado. Chama-se de receita todas aquelas contas que representam o resultado do sacrifício da empresa, ou seja, o que ela ganha com a venda de mercadorias ou a prestação de serviço. As receitas ocorrem em um número menor do que as despesas e podem ser representadas pela receita com vendas ou prestação de serviços, juros ganhos com aplicação financeira ou com duplicatas recebidas em atraso, bem como descontos obtidos. Para que sejam feitos lançamentos contábeis, ou seja, movimentações nas contas utilizando a técnica do débito e do crédito, é preciso utilizar o seguinte raciocínio: No Ativo Na entrada ou aumento de uma conta do grupo do Ativo (bens e direitos), deverá ser debitada a respectiva conta. A saída de bens e direitos será feita mediante um crédito na respectiva conta. No Passivo Quando da entrada ou aumento de uma obrigação ou conta do patrimônio líquido, deverá ser feito um crédito na respectiva conta. No caso de baixa, pagamento ou reclassificação de algum valor referente a este grupo deverá ser feito um débito na respectiva conta. Os lançamentos podem ser feitos de diversas formas: • Os de 1ª fórmula, em que é afetada uma conta de débito e uma conta de crédito; • Os de 2ª fórmula, em que são afetados um débito para dois ou mais créditos ao mesmo tempo; • Os de 3ª fórmula, em que são afetados dois ou mais débitos e um valor a crédito; e • Os lançamentos de 4ª fórmula, em que são afetados dois ou mais débitos e dois ou mais créditos. Você já conheceu o que é uma conta e para que ela serve, mas já parou para imaginar como elas ficam organizadas na contabilidade? Elas ficam organizadas por umelemento conhecido como Plano de Contas. Para que o plano de contas seja elaborado é necessário, inicialmente, que sejam observados alguns pontos. • A legislação da empresa em que o plano de contas será implantado, pois, por exemplo, o plano de contas de uma indústria possui diferenças do de uma prestadora de serviços; • As normas da legislação societária, Lei nº 6.404/76, nº 11.638/07 e nº 11.941/09; • Os Princípios Contábeis (PC) estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Elenco de contas Depois de seguidos os requisitos como observação da legislação societária e especificidade da entidade deverão ser escolhidas as contas que serão utilizadas. Manual de contas No manual de contas estão descritas as explicações para o bom uso de cada elemento do grupo. Neste manual, deverão ser discriminadas a função e o funcionamento de cada conta. As contas de resultados estão divididas em dois grupos (receitas e despesas) e o resultado do exercício será apresentado a partir do confronto desses grupos. O resultado é apurado pela diferença entre a soma das despesas e das receitas e após isso é feita a transferência dos resultados para uma conta (apresentada no plano de contas modelo) chamada de Resultado do Exercício, em que finalmente é obtido o lucro ou prejuízo da empresa no período. O plano de contas permite a existência de um manual de consulta que será usado toda vez que for realizada a escrituração contábil e para que não haja dúvidas nesse processo. No plano de contas, para que não haja confusão das contas com os grupos, deverá ser utilizado apenas um código numérico para cada conta. Esse código é composto por um ou mais algarismos que farão a identificação de cada conta ao longo do plano de contas, que serve para diferenciar as contas de resultado das contas patrimoniais e, no caso de registro feito via sistema, substituir o nome da conta pelo seu título. Além disso, esse processo facilita a organização e o bom entendimento das contas na hora de seu registro. Assim, em resumo, o plano de contas serve para padronizar os procedimentos que deverão ser adotados na escrituração contábil, para delimitar os títulos, funcionamento e função das contas, bem como a classificação de acordo com a sua natureza. Serve também como um guia que orientará a pessoa responsável pela contabilização dos dados de uma empresa e permitirá que sejam entendidas e vistas as relações entre as contas. Lembre-se de que o plano de contas apresentado é apenas um modelo simplificado do que é realmente utilizado nas empresas. Não esqueça também que cada plano de contas, como já comentado anteriormente, apresenta particularidades próprias ao tipo de atividade que a empresa executa. Então, o plano de contas de uma empresa industrial apresentará mais contas do que um de uma empresa prestadora de serviços, devido à complexidade do tipo de atividades da entidade. É preciso observar por último que os diversos setores da economia, como financeiro, secundário e outros necessitarão de adaptações no plano de contas. Atos administrativos Os atos administrativos são aqueles que ocorrem nas entidades e não provocam nenhum tipo de alteração no patrimônio. Podemos citar como exemplo a contratação de um funcionário e a movimentação de um móvel dentro da empresa, entre outras ações que não provocam nenhuma alteração contábil. Esses são, portanto, atos meramente administrativos que não provocam nenhum impacto contábil. Porém, existem alguns atos administrativos que no futuro gerarão alterações no patrimônio. Entre eles está a contratação de seguros que gerará despesas ou custos para a empresa ― se for a prazo gerará um Passivo e se for à vista um desembolso do caixa ou bancos. Outro exemplo é quando a empresa avaliza, ou seja, quando ela se compromete a pagar dívidas de terceiros. Fazendo isso, ela pode arcar no futuro com uma dívida que não é dela e isso impactará no patrimônio da mesma. Atos contábeis Os atos contábeis são aqueles que alteram o Patrimônio da entidade, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido. Eles estão classificados em três tipos distintos: • fatos permutativos; • fatos modificativos ou quantitativos; e • fatos mistos. Fatos permutativos: São aqueles que provocam mutações entre contas do Ativo, ou do Ativo e do Passivo, sem provocar mudanças no Patrimônio Líquido. No caso de permutação de valores do Ativo, podemos citar como exemplo a compra de um imóvel à vista, em que o dinheiro sai do caixa e vai para o imóvel, ou seja, só há a permuta ou troca de valores entre Ativos Fatos modificativos ou quantitativos: são aqueles que envolvem despesas e receitas, que são elementos que aumentam ou diminuem o patrimônio das entidades pela apuração do lucro ou prejuízo. Esses fatos também estão divididos em: aumentativo e diminutivo Fatos mistos: envolve simultaneamente um fato permutativo e um modificativo, ocorrendo aumento no Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido, simultaneamente ou não. Podem ser de dois tipos: • Aumentativos mistos - quando envolvem duas ou mais contas de patrimônio e uma de resultado (receita), como o recebimento com juros; e • Diminutivos mistos - que envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de despesa, como pagamentos com juros, por exemplo. Escrituração contábil A escrituração contábil é a técnica responsável pelo registro de todos os fatos contábeis de uma entidade, segundo os princípios e normas contábeis, com o objetivo de evidenciar a situação econômica, financeira e patrimonial das entidades que estão submetidas a ela, além dos resultados obtidos em um determinado período de tempo, o qual é denominado exercício social. (MARION, 2009) Tem como objetivo principal o estudo, o controle e a geração de informações e orientações acerca do estado patrimonial e de suas variações. Para que sejam efetuados todos os registros dos atos e fatos que figurarão no patrimônio empresarial e no Balanço Patrimonial contábil é utilizada a técnica do registro contábil por meio do método das partidas dobradas. Método das partidas simples É necessário, inicialmente, que seja compreendido o método das partidas simples, que é o registro único dos fatos contábeis, em que apenas um elemento patrimonial é utilizado, ou seja, um valor no débito contábil ou um valor no crédito contábil, sem a necessidade de registro de outros componentes patrimoniais. Pela evidente deficiência, não permitindo o controle amplo do patrimônio, não é mais usado nos dias atuais. Método das partidas dobradas Já o método das partidas dobradas, pelo seu mecanismo simplificado, é um método largamente utilizado e que possui como princípio fundamental o fato de que o registro de qualquer operação financeira implica em débito contábil em uma ou mais contas, gerando a necessidade de semelhante crédito de igual valor também em uma ou mais contas. Para que servem os Livros de escrituração? Para que as informações sejam registradas é necessário que sejam utilizados livros específicos que variam de acordo com a forma jurídica, o porte e também o ramo de atividade em que a empresa atua. Os livros deverão conter a numeração mecânica em suas páginas, bem como termos de abertura e fechamento, registro de acordo com o órgão fiscalizador competente e a forma de encadernação. O profissional responsável pelo preenchimento deverá evitar rasuras, borrões e emendas. Além disso, o livro deverá ser organizado em ordem cronológica e sem nenhum tipo de registro nas entrelinhas e margens. Existem diversos livros na contabilidade, entre eles os contábeis, os auxiliares, os societários, os fiscais e os trabalhistas. Dentre os principais destacam-se: Livro diário Obrigatório, de acordo com o Código Civil. Registra as transações que ocorrem dia a dia e que afetam a situaçãopatrimonial. Livro razão Apresenta o registro de cada conta em uma folha separada, contendo os valores a débito e a crédito, sendo possível ver o saldo da conta a qualquer momento. É de apresentação obrigatória. Além disso, de acordo com a Legislação Societária (Lei nº 6.404/76), os seguintes livros são exigidos: • Atas de assembleias; • Atas de reuniões da diretoria; • Atas de parecer do conselho fiscal. Já segundo a legislação tributária podem ser citados os seguintes livros: • Apuração do IPI; • Apuração do ICMS; • Registro de inventário. E de acordo com Legislação trabalhista: • Registro de empregados. Ribeiro (2010) afirma que a escrituração contábil é o modo de registros de fatos e atos administrativos e, conforme visto anteriormente, ela pode ser feita por dois métodos: Partidas simples: Método que registra somente o controle de um elemento contábil. Podemos considerar como exemplo o controle do livro caixa em que são registradas as entradas e saídas de dinheiro, sem a preocupação de evidenciação do controle dos outros elementos patrimoniais, lucro ou prejuízo. Este método é incompleto e não evidencia as mutações de forma global no patrimônio. Partidas dobradas: A soma de todos os débitos é igual à soma de todos os créditos. Para que o lançamento seja efetuado em livro Diário é preciso também que sejam observados alguns elementos: • Local; • Data de ocorrência do fato; • Conta que deverá ser debitada; • Conta que deverá ser creditada; • Histórico; e • Valor. Fórmulas de lançamento: Segunda fórmula: quando existe um débito e mais de um crédito. Terceira fórmula: quando existe mais de um débito e apenas um crédito. Quarta fórmula: quando existe mais de um débito e mais de um crédito. Você lembra o que é razanote? O razonete ― uma versão simplificada do livro razão ― é também conhecido como gráfico em “T” ou conta em “T” por causa da sua estrutura. Isso permite que sejam conhecidos os seus saldos, possibilitando a apuração do resultado e a elaboração das demonstrações contábeis. Balancete Como o próprio nome diz, ele serve para verificar se os saldos dos créditos são iguais ao saldo dos débitos. Além disso, o balancete de verificação tem outras finalidades, como: – apresentar possiveis erros que distorcem a Contabilidade – mostrar as variações em cada elemento patrimonial – o balancete poderá servir de base para a apuração – apresentar o saldo de todas as contas Tipos de Balancete Existem três tipos de Balancete, mas, antes de conhecê-los, é preciso ficar atento a alguns elementos que sempre devem constar, como: 1. A identificação da entidade em questão; 2. A data de elaboração; 3. O período a que se refere; 4. A identificação das contas afetadas; 5. Os saldos devedores e os credores e a soma destes saldos. Agora conheça os tipos de Balancete: -Balancete de duas colunas:Conhecido também como balancete sintético, esse é o tipo mais comum de balancete, pois é aquele de duas colunas, em que você trabalhará somente com o saldo das contas. -Balancete de quatro colunas: Já o balancete de quatro colunas ― conhecido também como analítico, pois permite a análise dos valores envolvidos ― apresenta a movimentação em cada conta. -Balancete de seis colunas: Também temos o modelo mais utilizado, que é o balancete de seis colunas, ou balancete complexo. Nele é possível ver o saldo do período anterior, o movimento atual e o saldo no final. A elaboração do balancete requer alguns passos seguidos para que não ocorram erros. Veja quais são eles: 1. Inicialmente os fatos deverão ser lançados no livro diário; 2. Depois, os lançamentos devem ser registrados no livro razão ou nos razonetes; 3. Após o término de todos os lançamentos, deverá ser feita a soma dos valores a débito e a crédito e deverá ser apurado o saldo de cada conta; 4. Posteriormente o balancete, de preferência o de seis colunas, que é o mais completo e permite a conferência de todos os valores, deverá ser elaborado; 5. Todas as contas utilizadas no razonetes deverão ser registradas no balancete; 6. Deverá ser transferido, caso haja, o saldo inicial das contas devedoras e credoras nas duas primeiras colunas do balancete; 7. Depois, deverá ser transferido para a coluna Movimento os valores movimentados nos razonetes, ou seja, tudo o que entrou e o que saiu durante o período de elaboração dos demonstrativos; 8. Por fim, deverão ser transferidos para a coluna Saldo Final os valores devedores e credores de cada conta. Estes valores serão obtidos nos razonetes confrontando-se o saldo inicial mais as entradas, menos as saída; 9. Deverá ser feita uma verificação final de todos os totais das colunas: checar se Saldo Inicial, Movimento e Saldo Final estão batendo, ou seja, se débito e crédito têm o mesmo valor em cada uma destas colunas; 10. Além disso, já na finalização da elaboração do balancete, deverão ser conferidas as naturezas das contas, isto é, se todas as contas foram contabilizadas corretamente e não estão com a natureza trocada, o que fará com que existam problemas na hora de finalizar as demonstrações contábeis. Balancete de verificação Conforme a Resolução CFC nº 685/90 que aprova a NBC T 2.7, no que diz respeito ao balancete, deve ser observado: • O balancete de verificação do Razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data; • O grau de detalhamento do balancete deverá ser adequado à sua finalidade; • Os elementos mínimos que devem constar do balancete; • O balancete que se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC; • O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente. Para verificar se houve lucro ou prejuízo, a empresa confronta as receitas com as despesas, e se as receitas forem maiores do que as despesas, existe lucro, caso contrário, existe prejuízo. De maneira adicional, as empresas podem obter receitas que decorrem de investimentos em outras empresas, caracterizados por dividendos ou juros sobre capital próprio. Lembre-se que a receita também pode ser gerada por um desconto (parcial ou total) recebido de um fornecedor ou qualquer outro credor da empresa, mas que isso é não tão comum quanto as duas situações explicadas anteriormente. Nesta situação é importante ressaltar que não há ingresso imediato de recursos nem promessa de ingresso de recursos no futuro. Isso ocorre, muitas vezes, para fidelizar clientes novos ou antigos, gerando maior estreitamento de relações empresariais. Como já estudamos, as receitas podem ser definidas como entradas de elementos para o Ativo, caracterizadas como dinheiro ou por direitos a receber. Essas entradas são advindas de vendas de mercadorias, produtos ou prestação de serviços. Pode-se dizer também que estas podem ser derivadas de juros a receber, depósitos bancários, títulos ou outros ganhos esporádicos. Agora veremos que a receita pode ser dividida quanto a sua Natureza, Características e Reconhecimento: Em relação à sua natureza, as receitas podem ser de: Natureza operacional: As operacionais são derivadas das vendas ou prestação de serviços. Observe que a receita operacional não poderia existir se a entidade não fosse capaz de gerar ou produzir, utilizando seus recursos (e, como se verá, incorrendo em despesas), produtos ou serviços que o mercado aceitasse. Assim, antes de tudo, receita é um fluxo de produtos ou serviços durante certo período contábil. Outra natureza: Já os juros, por exemplo, são considerados receitas indiretas ou de outra natureza dentro da empresa, por não derivarem da atividade desta. Características da Receita Pode-se afirmar que as três principais característicasdas receitas são: • Para que a receita seja produzida, precisa haver, de forma direta ou indireta, uma despesa; • O mercado é que dá a palavra final de seu valor; • Está relacionada à produção de bens e serviços. Reconhecimento da Receita Um dos princípios inerentes ao conceito de receita é o relacionado a um aumento no Ativo e ao mesmo tempo um acréscimo de patrimônio líquido. Conforme o Regime de Competência, no que diz respeito ao reconhecimento das receitas, é preciso que o produto ou serviço já tenha sido totalmente transferido ao cliente, para que estas possam ser reconhecidas. Dessa forma, a receita é a aceitação por parte do mercado do esforço de produção da empresa. Para que uma receita seja reconhecida são necessários alguns fatores. Veja: • Seu valor pode ser medido com segurança; • Deve existir a probabilidade dos benefícios futuros fluírem para a empresa; • Os custos incorridos e futuros podem ser medidos de modo confiável. Despesas As despesas são o sacríficio dos Ativos realizado em troca de obtenção de receitas. Outro entendimento das despesas é que estas geram benefícios econômicos durante determinado período e que tem em contrapartida a saída de recursos, a redução de Ativos ou ainda uma criação de Passivos, ocasionando simultaneamente um decréscimo no patrimônio. Como vimos, as despesas podem ser consideradas o uso ou consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receitas. Desta forma, pode-se destacar com relação a estas: • A utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir bens; • Os gastos realizados no passado ou presente com realização futura; • O fato gerador. As despesas são caracterizadas pelo consumo de bens ou serviços que ajudam na geração de receitas. Seguindo a lógica, espera-se que no conjunto as despesas possam ser inferiores às receitas para que o patrimônio da empresa possa ser elevado. Os custos das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados são exemplos de despesas ligadas diretamente às receitas geradas. Contudo, algumas despesas podem não possuir ligação direta com estas receitas, mas são imprescindíveis para que estas sejam geradas. É o caso, por exemplo: • da contratação de seguros para os veículos ou para a estrutura predial de uma empresa; • a contratação de mão de obra administrativa ou de vendas; • o pagamento de aluguel, condomínio ou de contas corriqueiras, como telefone, água; e • as despesas ligadas às atividades de limpeza e manutenção. As perdas A definição de despesa inclui perdas e evita o subjetivismo da segregação. Geralmente são apresentadas em separado, pois facilita a compreensão e decisão dos usuários. Veja as características básicas da perda: • Não estão associadas às receitas; • Não estão associadas a outros exercícios; • Decorrem de eventos imprevisíveis. Observe também que o reconhecimento das perdas é semelhante ao das despesas, pois não podem ser vinculadas a receitas. Elas devem ser registradas no exercício em que se torna evidente que um Ativo proporcionará à empresa menos do que se esperava na avaliação. As perdas podem ser exemplificadas por itens resultantes de desastres, inundações, fogo etc. Além da desincorporação de Ativos. Você sabe o que é depreciação? A depreciação é a perda do valor econômico dos bens do imobilizado (veículos, imóveis, móveis e utensílios, computadores). Esta perda ocorre devido ao desgaste pelo uso, obsolescência e ação da natureza. A depreciação basicamente ocorre porque a empresa pode utilizar como despesa o valor gasto para comprar determinado bem, no caso de perda de valor devido ao desgaste que sofre com o tempo. O método mais comum utilizado é a depreciação linear, em que são aplicadas taxas anuais estabelecidas anteriormente pelo tempo estimado de vida útil do bem. Regimes contábeis: de caixa e de competência O processo de escrituração contábil deve seguir regras, ditames legais e, corroborando com este fato, existem diversas normatizações acerca dos regimes de escrituração. A mais recente regulamentação é a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n°1.282 , do ano de 2010, que, em seu artigo 9°, estabelece o uso do Princípio da Competência nos registros de transações. Ela torna obrigatório o registro completo das operações independentemente do recebimento das receitas ou do pagamento das despesas. As receitas e despesas deverão ser consideradas sempre no momento de seu fato gerador, ou seja, independentemente de recebidas ou pagas, elas devem compor o resultado. Você sabe o que é DRE? A DRE ― Demonstração do Resultado do Exercício ― é uma demonstração extremamente importante para a Contabilidade e para a tomada de decisão, pois apresenta o fluxo de informações econômicas das entidades, comprovando como ela obteve seu resultado. Isso quer dizer que a DRE mostra o lucro ou prejuízo de uma empresa em um determinado período, permitindo que saibamos se ela está ganhando ou perdendo com suas atividades. Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. A DRE pode causar alteração no patrimônio líquido? Sim. Basicamente a DRE apresenta as alterações que o Patrimônio Líquido sofre pelas receitas e pelas despesas, já que, como sabemos, as receitas aumentam o valor do patrimônio e as despesas o diminuem. Entretanto, o fluxo dessas contas não aparece no Balanço Patrimonial, pois são contas de resultado. O princípio da competência Como vimos, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um resumo ordenado de receitas e despesas, evidenciando o resultado econômico da empresa, em um período, normalmente, de 12 meses. Essa demonstração tem como base o princípio da competência e está delineada conforme outros dois princípios: Princípio da realização da receita: Para o Regime de Competência a realização da Receita ocorre no momento em que há a transferência de um bem ou de um serviço a terceiros, independentemente do seu recebimento (Regime de Caixa). Princípio do confronto das despesas com as receitas: Para este princípio, após a realização da receita, todos os esforços (despesas) para a sua obtenção devem ser deduzidos. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. E quanto à Apuração? A DRE termina na apuração do lucro ou prejuízo. No caso de resultado positivo e havendo distribuição de lucros, este valor vai aparecer em outra demonstração, chamada Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. A DRE ao lado é considerada uma DRE completa. Ela é exigida por leie possui todos os grupos de forma detalhada e destaque para os impostos. Entretanto, para pequenos comércios e empresas de pequeno porte poderá ser usada uma DRE simplificada. Como chegamos ao valor de cada grupo da DRE? A Receita Bruta, como sabemos, é o total que uma determinada entidade vende em um período. Nesse valor estão os impostos sobre vendas, as devoluções (vendas canceladas) e os abatimentos (cancelamentos) que ocorrem no período. E as devoluções e abatimentos? Não podemos esquecer de que também devem ser reconhecidas as possíveis devoluções ― vendas canceladas por algum motivo (qualidade, preço, avarias) —, que podem ser parciais ou totais. Além das devoluções, devem ser considerados os abatimentos, que são descontos já dados na nota fiscal. A Hora do Lucro Bruto Agora o próximo passo é apurar o Lucro Bruto, que basicamente é a diferença entre a venda de Mercadorias e o Custo para as vendas desta, ou seja, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV). Nesta etapa de apuração do Lucro Bruto, só serão utilizados os gastos como Custo da Mercadoria Vendida ou do Serviço Prestado. O que sobrar servirá para o pagamento das despesas de vendas, administrativas e financeiras, além da remuneração do governo (impostos) e dos sócios (lucro líquido). Você sabe qual é a diferença entre custo e despesa? Então arraste as peças para os seus respectivos conceitos: Despesa: são aqueles gastos cometidos na obtenção das Receitas e não são associados à produção. Custo: são aqueles gastos relativos à produção de bens e serviços e estão diretamente ligados à atividade operacional da empresa. Agora você deve estar se questionando: Como despesas podem estar relacionadas à obtenção de Receita e não estarem associadas à produção? Que despesas são essas? Por que elas existem? Como funcionam? As despesas operacionais são utilizadas para a venda de produtos, administração da empresa e financiamento das operações. Portanto, envolve tudo que é utilizado para a manutenção da atividade da empresa, mas não tem relação direta com a produção. Veja como elas estão divididas: Vendas: A venda abrange despesas diversas, como: • Salário da área de vendas; • Comissões sobre vendas; • Publicidade e propaganda; • Provisão para devedores duvidosos (que são parcelas destinadas às perdas com vendas a prazo, que não serão recebidas); • Marketing; • Fretes e carretos; • Materiais de embalagens, entre outros. Administrativas: As despesas administrativas são aquelas geralmente gastas no escritório, utilizadas para a manutenção do negócio: • As despesas com salários e encargos do pessoal que trabalha na área administrativa; • Aluguéis; • Materiais de escritório; • Seguro; • Depreciação; • Assinaturas de jornais, revistas e outros gastos. Financeiras: As despesas financeiras estão diretamente relacionadas aos: • Juros pagos ou incorridos; • Comissões bancárias; • Descontos, entre outros. O importante é notar que nesta categoria as receitas devem ser compensadas com as despesas, ou seja, o valor colocado nesta categoria deverá ser o valor líquido do confronto dos dois grupos. Se por um acaso o valor de Receitas Financeiras for maior do que a Despesa Financeira, o valor será deduzido de outras Despesas Operacionais. Lucro Operacional Na próxima etapa deverá ser apurado o Lucro Operacional, ou seja, a diferença entre o Lucro Bruto e as Atividades Operacionais da Empresa. A próxima etapa na DRE é a apuração do lucro antes do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). No grupo de outras receitas e despesas estão os valores que não fazem parte da atividade operacional da empresa. Podem entrar aqui prejuízos ou lucros na venda de imobilizado da empresa, venda com lucro ou prejuízo de ações, entre outros. Você conhece as formas de tributação nas empresas? No Brasil existem diferentes formas de tributação nas empresas, de acordo com vários critérios previstos em lei. Agora vamos ver quais são os tipos mais comuns de lucro e sua relação com a tributação. Lucro Real: No Lucro Real, o cálculo do imposto será feito mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre o valor do lucro real (ajustado) calculado em 31 de Dezembro. Adicionalmente, a parcela que exceder ao valor de R$240.000,00 estará sujeita à incidência adicional de uma alíquota de Imposto de Renda de 10%. Lucro presumido: Calcula o valor do imposto de acordo com percentuais fixados pela legislação sobre a receita total da entidade. Simples Nacional: Especial para microempresas e empresas de pequeno porte. Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) Depois da elaboração da DRE é necessária a elaboração da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. Vamos a ela. A Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros (do exercício) ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido. Com o advento da Lei nº 11.638/07 não pode mais permanecer, nos balanços, saldo na conta de Lucros Acumulados. Por isso, todo resultado (Lucro do Exercício) deverá ser destinado na forma de reservas, podendo haver saldo somente na forma de Prejuízo Acumulado. Pode-se dizer, assim, que a DLPA é um instrumento de ligação entre a Demonstração do Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial. Você lembra o que é Balanço Patrimonial? É uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação financeira e patrimonial de uma entidade numa determinada data. Representando, portanto, uma posição estática, sintética e ordenada da mesma. Ativo Circulante:No Ativo Circulante, os valores são rapidamente conversíveis em moeda ou já são moeda efetivamente. Ativo Não Circulante:No Ativo Não Circulante estão os valores que ainda possuem prazo de resgate maior, como as aplicações financeiras com prazo superior a 360 dias ou o imobilizado da empresa. Passivo Circulante:No Passivo Circulante estão as dívidas que deverão ser pagas em até 360 dias. Passivo Não Circulante:No Passivo Não Circulante ficam as dívidas com prazo superior a 360 dias. Patrimônio Líquido:Já o Patrimônio Líquido é o grupo que apresenta os valores não exigíveis e que pertencem aos sócios. Ativo Característica, sentido e definição Cada um dos elementos que integram o Ativo tem a característica de oferecer um benefício econômico futuro ou provável e que são obtidos ou controlados por uma determinada entidade, em consequência de transações que ocorreram no passado, certo? Outro sentido possível para o Ativo, é que seus valores são controlados por uma determinada entidade, e podem, de alguma forma, gerar fluxos de caixa, ou seja, gerar dinheiro para a empresa. Além disso, podemos defini-lo como a potencialidade de serviços em sua essência, que irão gerar, de forma direta ou indireta, imediatamente ou no futuro, fluxos de caixa. Para que determinado bem seja considerado um Ativo é preciso considerar as seguintes características simultâneas: • Bens ou direitos; • Propriedade (há exceções, que podem ser ilustradas pela figura do leasing financeiro); • Mensurável em dinheiro; • Benefícios presentes ou futuros. Tipos de Ativos Pode-se afirmar que o ativo possui quatro grupos principais: Ativos tangíveis: Como vimos na aula 2, podem ser consideráveis tangíveis os Ativos que de certa forma podem ser tocados, medidos, ou mensurados de alguma forma. Pode-se afirmar que estes integram o patrimônio físico das entidades, e podem ser exemplificados por máquinas, instalações, terrenos, entre outros. Neste grupo surgirá a seguinte estrutura: Veículos (-) Depreciação acumulada de veículos Máquinas e equipamentos (-) Depreciação acumulada de máquinas e equipamentos Esses valores são retificadoresdas contas do Permanente, ou seja, corrigem o valor dos itens deste grupo, e isto é utilizado para evidenciar a perda do valor econômico destes bens. Ativos intangíveis Vimos também na aula 2 que os ativos intangíveis (que deverão possuir as mesmas características de reconhecimento dos tangíveis) são aqueles oriundos da aquisição de direitos ou serviços. Entram neste contexto os direitos autorais, marcas e patentes, fundo de comércio, licenças, locações, entre outros que possibilitem benefícios futuros, mas que não possuam as mesmas características corpóreas dos tangíveis. Ativos monetários: São aqueles que podem ser expressos ou transformados em moeda, e cujos valores nominais são definidos pelo título ou documento que o suporta. Nesta categoria também podem ser reconhecidos os valores como as disponibilidades em forma de caixa, bancos, títulos a receber, depósitos entre outros que possuam estas características. Neste grupo será apresentada, em algumas empresas, a seguinte estrutura: Clientes (-) Provisão Estimada para Créditos de Liquidação Duvidosa Ativos Não Monetários Os Ativos Não Monetários são representados basicamente por bens e direitos de existência física. Este conceito aplica-se aos bens imobilizados e suas depreciações, bem como investimentos, estoques, adiantamentos a fornecedores, funcionários e estoques. Nas empresas industriais, por exemplo, o estoque é dividido em etapas, de acordo com o processo produtivo: • Estoque de produtos em processo — são os itens necessários à fabricação de um determinado produto final, que se encontram nas diversas fases da produção; • Estoque de matéria-prima ― composto pelo estoque das principais matérias que irão compor o produto; • Estoque de produtos acabados — é aquele estoque composto por produtos que já tiveram o seu processo finalizado. São materiais que estão em depósito e que estão prontos para expedição ou entrega. Para que serve uma reserva? Sua criação pode ser exigida por disposição estatutária ou legal e serve para proteger a entidade e seus credores dos efeitos de possíveis perdas. Muitas vezes, a existência e o valor dessas reservas são considerados relevantes para a tomada de decisões. As reservas estão distribuídas da seguinte forma: a) Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado; b) Reserva de Ágio na Emissão de Ações; c) Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias; d) Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição; e) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída desde 01/01/2008, por força da Lei 11.638/2007); f) Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluída desde 01/01/2008, por força da Lei 11.638/2007); g) Até 31/12/2007, a Reserva de Incentivo Fiscal. A partir de 01/01/2008, a respectiva reserva passa a fazer parte do grupo de Reservas de Lucros.
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