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PARTE 05 Leis Orgânicas (8080 e 8142) (1)

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O Sistema Único de Saúde
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LOS Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde.
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
        § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
        § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade
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Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
        Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
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SUS
Princípios Doutrinários
Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.
Eqüidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, eqüidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o principio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.
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SUS
Princípios Organizativos
Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região.
Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.
Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.
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Entendendo...
Descentralização:
 Forma de organização em que cada município tem o poder de administrar seus serviços de saúde...
 GERA eficácia, já que a solução é tomada no local onde o problema foi identificado.
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Descentralização 
Redistribuição das responsabilidades pelas ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo; 
Parte do princípio de que “quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto”;
Está vinculada ao conceito de Municipalização (profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo, com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde);
Cabe ao município maior responsabilidade na implementação das ações de saúde dos seus cidadãos. 
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Entendendo...
Regionalização: Distribuição dos serviços de saúde por região.
 É REGULAMENTADA pelas Normas Operacionais Básicas (Conjunto de legislações específicas que orientam de que forma a gestão e as ações em saúde devem ser organizados);
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 Hierarquização: Integração dos serviços de saúde em rede com a Atenção Primária ordenando e coordenando todos os serviços ofertados. 
Entendendo...
Integralidade
CONCEITO: Forma de assistência com enfoque na saúde;
Todas as pessoas têm direito ao atendimento em todos os seus níveis de complexidade.
Atender o ser humano na sua singularidade; Não fragmentar o cuidado em saúde que é ofertado. 
coração
fígado
pulmão
cérebro
Condição
Econômica
Saneamento/
Higiene
Meio 
Ambiente
Emocional
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COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO: 
Insuficiência do setor público, levando à necessidade de contratação de serviços privados.
Condições:
Celebração do contrato conforme as normas de direito público; 
A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS; 
A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do SUS em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços;
Preferência pelos serviços sem fins lucrativos (hospitais Filantrópicos - Santas Casas). 
Cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e na sequência complementar a rede assistencial com o setor privado de preferência sem fins lucrativos;
Atentar para os conceitos de regionalização, hierarquização e universalização ao firmar os contratos. 
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Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área dasaúde.
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.
ARTIGO 01
O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I - a Conferência de Saúde; e
II - o Conselho de Saúde.
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§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
ARTIGO 01
Participação da comunidade
Conferências e conselhos de saúde
Fóruns amplos
Usuários do SUS, profissionais de saúde, dirigentes, prestadores de serviços de saúde, parlamentares e outros.
Avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação
da política de saúde.
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Para receberem os recursos do FUNDO NACIONAL DE SAÚDE os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária;
III - plano de saúde;
IV - relatórios de gestão; 
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
ARTIGO 04
Novo conceito...
 Resolutividade 
 Envolve aspectos relativos a demanda, à satisfação do cliente, as tecnologias dos serviços de saúde, a existência de um sistema de referência preestabelecido, a acessibilidade dos serviços, a formação dos recursos humanos, as necessidades de saúde da população, a adesão ao tratamento e aos aspectos culturais e sócio-econômicos da clientela. 
 Supõem-se que quanto maior a resolutividade de um serviço, mais voltado e preparado ele está para atender as necessidades de saúde da população, mesmo que isso signifique encaminhá-lo para outro serviço visando continuidade do atendimento. 
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FIM
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