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P PENAL II CASO 1 8 CORRIGIDO

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
SEMANA 1
Descrição
(Magistratura Federal / 2 Região) Para provar a sua inocência, o réu subtraiu uma carta de terceira pessoa, juntando-a ao processo. O juiz está convencido da veracidade do que está narrado na mencionada carta. Pergunta-se: como deve proceder o magistrado em face da regra do artigo 5, LVI da Constituição Federal ? Justifique a sua resposta.
R - DEVE ABSOLVER O ACUSADO TENDO EM VISTA O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE QUE ENVOLVE DUAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS, OU SEJA, O ASPECTO DA LEGALIDADE NA PRODUÇÃO DA PROVA VERSUS O STATUS LIBERTATIS DO ACUSADO. AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS NÃO DEVEM SER CONSIDERADAS PRINCÍPIOS ABSOLUTOS UMA VEZ QUE POSSÍVEIS CONFLITOS DESSES PRINCÍPIOS DEVEM SER RESOLVIDOS PELA PONDERAÇÃO DE INTERESSES ONDE CERTAMENTE UM DEVE PREVALECER SOBRE O OUTRO. E MAIS, É CEDIÇO (PROPAGADO) NA DOUTRINA QUE A PROVA ILÍCITA EM NOME DO FAVOR REI PODE SER PRO RÉU, OU SEJA, OBTIDA EM ESTADO DE NECESSIDADE.
O réu subtraiu a carta para provar a sua inocência, apesar de consistir em prova ilícita o juiz poderá valorá-la para absolver o réu utilizando dos fundamentos do principio da proporcionalidade e o estado de necessidade. O juiz devera valorar a prova e absolver o acusado, uma vez que a doutrina e jurispudencia, amplamente majoritaria, admitem a ultilizaçao da prova ilicita para absolver o reu, sob os fundamentos de que, o direito à liberdade é uma garantia da CRFB/88, e todas as normas constitucionais possuem a mesma hierarquia, razao pela qual em casos de conflitos entre normas sera necessario se ultilizar do principío da proporcionalidade, ponderando-se os valores, a fim de verificar qual norma há de preponderar, assim sendo no caso em tela a norma do art. 5º LVI da CRFB/88 podera ser relativizada, para permitir a utilizaçao da prova ilicita e absolver o reu, objetivando tutelar seu direito à liberdade. Ademais ao produzir uma prova ilicita o reu atua em estado de necessidade, razao pela qual a prova tecnicamente não seria ilicita, já que no estado de necessidade se sacrifica um bem para salver outro de igual ou maior valor.
Exercício Suplementar
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato.
Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro.
Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa.
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu.
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu.
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu.
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada.
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
SEMANA 2
Descrição
(Exame de Ordem) O juiz criminal responsável pelo processamento de determinada ação penal instaurada para a apuração de crime contra o patrimônio, cometido em janeiro de 2010, determinou a realização de importante perícia por apenas um perito oficial, tendo sido a prova pericial fundamental para justificar a condenação do réu.
Considerando essa situação hipotética, esclareça, com a devida fundamentação legal, a viabilidade jurídica de se alegar eventual nulidade em favor do réu, em razão de a perícia ter sido realizada por apenas um perito.
R - A VIABILIDADE JURÍDICA ESTARIA NA SÚMULA 361, ONDE O SUPREMO EXIGIA DOIS PERITOS PARA REALIZAR O EXAME DE CORPO DELITO, PORÉM, A PARTIR DE 2008 O LEGISLADOR DETERMINOU QUE O EXAME SEJA REALIZADO POR APENAS UM PERITO E SENDO ASSIM NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE ANULAR A PROVA.
Atualmente por força do artigo 159 caput do CPP, as pericias podem realizadas por um único perito oficial, razao pela qual a sumula 361 do STF, não é mais aplicavel, portanto não há qualquer fundamento juridico viavel para se alegar eventual nulidade em favor do réu, em razão de a perícia ter sido realizada por apenas um perito.
Exercício Suplementar
(Ministério Público – BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que:
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que tenham desaparecidos os vestígios do crime;
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de Direito, fundado no exame das provas em conjunto;
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem;
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste caso, porém, não deverão prestar compromisso legal;
e) Todas as afirmativas estão incorretas.
Desenvolvimento
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
SEMANA 3
Descrição
Mévio Araújo foi denunciado por crime de apropriação indébita de um computador de que tinha a precedente posse. No curso da instrução, restou provado que o computador pertencia a uma entidade central de direito público e que Mévio desempenhava função por delegação do poder público. A partir daí, o magistrado entendeu de sentenciar, com adoção do artigo 383, do CPP, concluindo por condenar Mévio nas penas do artigo 312 c/c art. 327, CP. Inconformada, a defesa interpôs recurso de apelação sustentando a violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art.
5, LIV e LV da CF). Com base nisto, responda: O recurso da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua resposta.
SIM A HIPÓTESE É DE MUTATIO LIBELLI E NÃO DE EMENDATIO LIBELLI É QUE OS FATOS NARRADOS NA DENÚNCIA FORAM ALTERADOS NA FASE PROBATÓRIA E ESSA OPERAÇÃO EXIGE O ADITAMENTO DA INICIAL COM A DEVIDA MANIFESTAÇÃO DA DEFESA. O RECURSO DEVE SER JULGADO PROCEDENTE.
Trata-se de mutatio libeli art. 384 CPP tendo em vista que ocorreu alteração dos fatos narrados na denúncia. Assim sendo equivocou-se o magistrado ao aplicar o art. 383 CPP acarretando nulidade por violação do principio do contraditório. Em razão disso esta correta a te4se doa defesa devendo ser dado provimento ao recurso. Sim o recurso da defesa merece provimento, tendo em vista que no caso em analise, ocorreu a MUTATIO LIBELLI, com a alteraçao dos fatos narrados na denuncia, e não a EMENDATIO LIBELLI. Portanto o juiz deveria ter aberto vista para a acusaçao fazer o aditamento, e depois ouvir a defesa conforme art. 384 CPP, e como tal procedimento não foi observado a sentença é nula, porque violou os principios do contraditorio e da ampla defesa.
Exercício Suplementar
(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta:
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem julgamento do mérito ou,então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão preventiva;
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias simples, pois as primeiras servem para solucionar questões controvertidas e que digam respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual. Enquanto que as decisões interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae;
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser considerada decisão interlocutória mista;
d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae.
Desenvolvimento
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Título
SEMANA 4
Descrição
Proposta ação penal aonde se imputa a prática de crime de estupro a réu preso em outra unidade da federação, o juiz natural, analisando a inicial, recebe a mesma e determina a citação do denunciado para que o mesmo compareça a audiência de interrogatório designada para 30 dias após. A citação foi realizada considerando que o réu está em local incerto e não sabido, aplicando assim a Súmula 351, STF. Na data marcada, o réu não comparece e o juiz decreta a revelia, nomeando Defensor Público para defesa. Com base nisto, responda: O procedimento utilizado pelo juiz encontra-se em compasso com o ordenamento jurídico? Fundamente a sua resposta.
O FATO DO RÉU ESTAR PRESO EM OUTRA UNIDADE DA FEDERAÇÃO IMPÕE CITAÇÃO PESSOAL VIA CARTA PRECATÓRIA E MAIS SE O JUIZ MANDOU CITAR POR EDITAL E O ACUSADO NÃO ATENDEU AO CHAMADO, APLICA-SE O ART. 366, DO CPP SUSPENDE O PROCESSO E O PRAZO PRESCRICIONAL. DESSA HOUVE OFENSA O DEVIDO PROCESSO LEGAL, AMPLA DEFESA CONTRADITÓRIO E PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.
Exercício Suplementar
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta:
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado por hora certa, na forma estabelecida no Código de Processo Civil;
b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer meio hábil de comunicação;
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional;
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado;
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, respeitando assim à hierarquia militar bem como a inviolabilidade do quartel. Art. 358.
Desenvolvimento
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
SEMANA 5
Descrição
Em denúncia pela prática de crime de homicídio culposo, que teve como base da materialidade o laudo de exame cadavérico, a acusada é citada e apresenta resposta através de seu advogado constituído, recebendo o juiz a inicial após esta fase. Como a acusada residia em outro estado da federação, o juiz expediu carta precatória para que a mesma fosse interrogada. Cumprido a precatória, designou audiência de instrução e julgamento que teve a participação de advogado dativo, ante a ausência da defesa, apesar de devidamente intimada e, ao final, o juiz condena a acusada considerando as provas testemunhais sobre a materialidade e autoria. Intimada da sentença, a acusada interpõe recurso argüindo nulidade do procedimento a partir do recebimento da inicial. Com base nisto responda: O argumento da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua resposta, apontando eventuais violações à princípios constitucionais:
NO CASO CONCRETO O JUIZ DETERMINA A REALIZAÇÃO DO INTERROGATÓRIO ANTES DA REALIZAÇÃO DA AIJ, INVERTENDO A ORDEM DOS ATOS DO PROCEDIMENTO TAL FATO GERA NULIDADE PORQUE VIOLA OS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E O DA AMPLA DEFESA NA MEDIDA EM QUE DIFICULTA QUE O ACUSADO DURANTE O SEU INTERROGATÓRIO FAÇA SUA AUTO DEFESA E CONSEQUENTEMENTE GERANDO A VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA.
 SIM, O ARGUMENTO DA DEFESA DEVE SER JULGADO PROCEDENTE, POIS NO CASO EXISTE NULIDADE EM RAZAO DO “ERROR IN PROCEDENDO”, TENDO EM VISTA QUE O INTERROGATORIO FOI REALIZADO ANTES DA OITIVA DAS TESTEMUNHAS, PREJUDICANDO DESSA FORMA A AUTO-DEFESA, E CONSEQUENTEMENTE GERANDO A VIOLAÇAO DOS PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITORIO E DA AMPLA DEFESA E DEVIDO PROCESSO LEGAL.
 
Exercício Suplementar
(OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejam inquiridas.
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
(A) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa pode ser feita até o encerramento da prova de acusação.
(B) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una causa nulidade absoluta.
(C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.
(D) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da defesa não ter sido feita no momento correto, em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela defesa.
Desenvolvimento
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
SEMANA 6
Descrição
Daniele Duarte, fazendeira de vultosas posses, em virtude de uma viagem de longa data que fará para o exterior, resolve deixar, no terreno de seu vizinho Sandro Santos , sem o conhecimento deste, 2 (dois) cavalos da raça Mangalarga para que o vizinho os cuidasse. Todavia, Sandro Santos percebeu que os referidos animais acabaram danificando toda sua coleção de orquídeas raras, gerando assim evidente prejuízo econômico. Ante o exposto, Sandro comunicou o fato à autoridade policial circunscricional e uma vez lavrado o termo respectivo, foi encaminhado ao Juizado Criminal competente. Durante a primeira audiência, e presentes ambas as partes, não foi possível a conciliação entre as mesmas.
Com base nos fatos apresentados, responda, de forma justificada: No caso em tela, é possível o oferecimento de transação penal ?
DE ACORDO COM O ART 76 DA LEI NOS CASOS DE AÇÃO PENAL PRIVADA É VEDADA O OFERECIMENTO DE TRANSAÇÃO PENAL, PORÉM, NA PRÁTICA É POSSÍVEL DESDE QUE TENHA A ANUÊNCIA DO OFENDIDO QUANTO À TRANSAÇÃO PENAL.
Exercício Suplementar
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes assertivas:
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano.
II. Segundo entendimento sumulado, do Supremo Tribunal Federal, NÃO admite-se a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. SUM 723
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão do processo não lhes são aplicáveis. 
Quais estão corretas?
a) I;
b) I e II;
c) III;
d) I e III;
e) II e III
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DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
TítuloSEMANA 7
Descrição
Gisela Mocarsel está sendo processada por crime de calúnia praticado na presença de várias pessoas (artigo 138 c/c 141 III, ambos do CP). O ofendido / querelante, regularmente intimado para audiência de conciliação (artigo 519 CPP), não comparece de forma injustificada. Pergunta-se: 
a) Qual a consequência da referida ausência injustificada do querelante? 
PEREMPÇÃO, ART 60, III
Parte da doutrina defende que a ausência injustificada do querelante, não gera maiores consequencias juridicas, tendo em vista que se trata de uma audiencia de conciliaçao, portanto se o querelante faltar é por que ele não quer se conciliar.
 Entretanto predomina o entendimento que, por força do art. 60, III do CPP, a ausência injustificada do querelante, gera a perempção da açao penal, e consequentemente a extinçao da punibilidade do agente, nos termos do art. 107 IV do CP. 
 
B) E se a ausência fosse da querelada ?
RECEBE A QUEIXA E PASSARIA A OBSERVAR AS REGRAS DO PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO.
Neste caso o juiz recebe a queixa e prossegue com o PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO, uma vez que a ausência injustificada foi do querelado, que é maior interessado na audiencia de conciliaçao, tendo em vista que ela ocorre antes do recebimento da queixa, portanto se ele faltou é porque não pretende conciliar.
 
Exercício Suplementar
Sobre os crimes contra a propriedade intelectual, assinale a opção INCORRETA:
A) Nos crimes contra a propriedade imaterial de ação penal de iniciativa privada, o exercício do direito de queixa será precedido da medida cautelar de busca, apreensão e perícia dos objetos que constituem o corpo de delito;
B) O exame de corpo de delito constitui verdadeira condição de procedibilidade;
C) Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida a queixa com fundamento em apreensão e em perícia, se decorrido o prazo de 15 dias, após a homologação do laudo; PRAZO 30 DIAS. ART. 529.
D) Quando encerradas todas as diligências pertinentes, os autos deverão ser conclusos ao juiz para homologação do laudo.
Desenvolvimento
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
SEMANA 8
Descrição
(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial.
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte? ; 
R – Desclassificar de dolo eventual para culpa consciente para homicídio culposo. A diferença do dolo eventual assume o risco e na culpa consciente o autor tem certeza que não ocorrerá o fato.
b) Qual pedido deveria ser realizado? ; 
R – Pedido de desclassificação própria para retirar do júri para a vara criminal para crimes da lei de transito.
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser dirigida?
R – Recurso em sentido estrito. 581, IV – A peça deve ser dirigida ao órgão prolator da decisão faz juízo de admissibilidade e encaminha ao tribunal para decidir as rezões.
Exercício Suplementar
(OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri.
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência exclusiva para julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência material do fato criminoso e de indícios suficientes de autoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa;
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas fases: judicium causae e judicium accusacionis. O judicium accusacionis se inicia com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem produzir e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri;
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro espécies de decisão, a saber: pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e condenação.
Desenvolvimento
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