Buscar

4 Flexão Composta


Continue navegando


Prévia do material em texto

FLEXÃO COMPOSTA 
A flexão é dita composta quando ocorre tensão 
normal devido a existência de força axial e tensão 
normal devido a existência de momento fletor. 
 
 
Se o plano que contem o momento fletor intercepta a 
seção transversal da peça segundo um dos eixos 
principais de inércia da seção transversal, o esforço é 
denominado de flexão composta normal ou flexão 
composta reta, em caso contrário, é denominado 
flexão composta oblíqua. 
 
 
FLEXÃO COMPOSTA NORMAL 
A flexão composta normal é caracterizada por apresentar 
apenas uma resultante de momento na seção transversal, 
podendo ser tanto em torno do eixo y quanto em torno 
do eixo z. 
Os momentos fletores podem decorrer da excentricidade 
da força axial, com relação ao eixo longitudinal da peça, 
desde que a carga sempre se encontre sobre um dos 
eixos principais de inércia. 
FLEXÃO COMPOSTA NORMAL 
A excentricidade das forças aplicadas fora do centroide da 
área da seção transversal da peça originam os momentos 
fletores mostrados na figura abaixo 
FLEXÃO COMPOSTA - EQUAÇÕES DAS TENSÕES 
A distribuição das tensões normais na seção transversal é 
equivalente a sobreposição das tensões normais, 
causadas pela carga F quando localizada no centroide da 
seção, com as tensões de flexão decorrentes dos 
momentos My ou Mz, dependendo da excentricidade 
original da carga F. A Figura mostra essa sobreposição 
para o Momento Mz. 
FLEXÃO COMPOSTA - EQUAÇÕES DAS TENSÕES 
Portanto a tensão normal na seção transversal pode 
ser escrita como: 
Sabendo-se que a tensão normal causada pela carga F 
aplicada no centroide pode ser escrita como F/A, 
sendo A área da seção transversal e que a tensão de 
flexão em z pode ser escrita como Mzy/Iz, sendo Iz o 
momento de inércia em relação ao eixo z e ey a 
excentricidade original da carga F. Portanto, a tensão 
normal total pode ser reescrita como: 
FLEXÃO COMPOSTA - EQUAÇÕES DAS TENSÕES 
Caso a excentricidade da força F ocorra sobre o eixo z, 
a tensão normal é calculada como: 
A posição da linha neutra é obtida baseando-se na 
sua principal propriedade: as tensões normais são 
nulas em todo o seu comprimento. Portanto: 
FLEXÃO COMPOSTA – POSIÇÃO DA LINHA NEUTRA 
FLEXÃO COMPOSTA – POSIÇÃO DA LINHA NEUTRA 
Sendo y0 a posição da linha neutra, Mz= ey.F, onde ey 
é a excentricidade da força, e i2= Iz/A (o quadrado do 
raio de giração) têm-se: 
Caso a excentricidade da força normal ocorra em 
relação ao eixo y, a posição da linha neutra é dada 
por: 
FLEXÃO COMPOSTA – POSIÇÃO DA LINHA NEUTRA 
O sinal negativo em ambas equações é definido 
levando-se em conta que o valor de ey ou de ez será 
considerado com o sinal relativo aos eixos y e z, 
respectivamente. 
FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 
FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 
A flexão composta oblíqua é caracterizada por 
apresentar resultantes de momento na seção 
transversal em torno do eixo y e em torno do eixo z. 
 
Assim como na flexão composta normal, os 
momentos podem decorrer da excentricidade da 
força em relação ao eixo longitudinal (passando pelo 
centroide da seção transversal da peça). 
FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 
Como no caso da flexão composta reta, aqui também, 
esses momentos podem ser escritos em função da 
carga F: My = Fez e Mz = Fey 
FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 
EQUAÇÕES DAS TENSÕES 
A distribuição das tensões normais na seção 
transversal é equivalente a sobreposição das tensões 
normais, causadas pela carga F quando localizada no 
centroide da seção transversal, com as tensões de 
flexão decorrentes dos momentos My e Mz. 
FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 
EQUAÇÕES DAS TENSÕES 
FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 
EQUAÇÕES DAS TENSÕES 
Sabendo-se que a tensão normal causada pela carga F 
aplicada no centroide pode ser escrita como F/A, sendo A 
área da seção transversal e que a tensão de flexão em z 
pode ser escrita como Mzy/Iz, sendo Iz o momento de 
inércia em relação ao eixo z e ey a excentricidade original 
da carga F em relação ao eixo z e, que a tensão de flexão 
em y pode ser escrita como Myz/Iy, sendo Iy o momento 
de inércia em relação ao eixo y e ez a excentricidade 
original da carga F em relação ao eixo y. Portanto, a 
tensão normal total pode ser reescrita como: 
FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 
POSIÇÃO DA LINHA NEUTRA 
A determinação da posição da linha neutra é feita 
baseando-se na sua principal propriedade: as tensões 
normais são nulas em todo o seu comprimento. 
Portanto: 
Sendo y0 a posição da linha neutra, Mz= ey.F, onde ey é a 
excentricidade da força, e i2z = Iz/A (o quadrado do raio de 
giração em z) e z0 a posição da linha neutra, My= ez.F, 
onde ez é a excentricidade da força, e i
2
y = Iy/A (o 
quadrado do raio de giração em y) têm-se: 
FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 
POSIÇÃO DA LINHA NEUTRA 
A linha neutra pode ser encontrada, se estiver 
cortando os eixos y e z, através de dois pontos 
localizados sobre esses eixos. Para achar o ponto no 
eixo no eixo y, zo = 0 e para achar o ponto no eixo z, 
y0 = 0 
FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA 
TENSÕES NORMAIS MÁXIMAS 
Os pontos de máximas tensões são encontrados 
através de retas paralelas à linha neutra posicionadas 
nos extremos da seção transversal, conforme ilustra a 
figura 
NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA 
O núcleo central de inércia é o lugar geométrico da 
seção transversal tal que, se nele for aplicada uma 
carga de compressão F, toda a seção transversal 
estará comprimida. 
NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA 
O objetivo é fazer com que a soma das tensões de 
tração causadas pela flexão com as tensões normais 
de compressão seja igual a zero, para que toda a 
seção transversal fique comprimida, ou seja: 
Sendo que o valor de y é a distância da linha neutra 
até o ponto onde ocorre a maior tensão de tração de 
flexão causada pelo momento Mz 
NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA 
Como o momento Mz surgiu pela excentricidade do 
carregamento axial F, pode ser escrito como Fey. 
Substituindo na equação e isolando ey: 
Fazendo a mesma dedução para a componente My, 
chega-se a conclusão que : 
Sendo que o valor de Z é a distância da linha neutra 
até o ponto onde ocorre a maior tensão de tração de 
flexão causada pelo momento My. 
NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA