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maternidade e gênero

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MATERNIDADE E GÊNERO
Costumam citar a nós, mães, como se fizéssemos parte de uma confraria homogênea, todas pensando e sentindo da mesma forma e com as mesmas necessidades. O que temos em comum são justamente histórias distintas umas das outras.
Que a gente viva uma realidade parecida com a de nossas amigas, é explicável, já que originadas do mesmo meio, mas e as outras tribos de mulheres? As indígenas, as faveladas, as evangélicas, as socialites, as presidiárias, as analfabetas, as PhD, as atletas, as aposentadas? Terão todas as mesmas necessidades, serão todas iguais?
Martha Medeiros
“
NORMAS SOCIAIS PARA A MATERNIDADE
 Idealização da maternidade – Ser mãe é tudo de bom;
 Número de filhos;
 Idade adequada para conceber;
TRANSITION HEADLINE
Let’s start with the first set of slides
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Existe um padrão?
“Na verdade, eu não sei se me incomoda ser diferente ou se me incomoda as pessoas quererem que eu seja igual. Então, venho mais para tumultuar a tua pesquisa porque eu estou numa fase de também estar me descobrindo em relação a isso. Porque eu estou sendo provocada a pensar essas coisas.”
 O feminismo é um movimento social que defende a igualdade de direitos entre homens e mulheres em todos os campos.
FEMINISMO
As revoluçoÕõõõÕÕões Francesa e Americana contribuíram muito para os ideais feministas àá medida que almejavam a igualdade social e política. 
O FEMINISMO FOI CLASSIFICADO EM TRÊS ONDAS:
A PRIMEIRA ONDA DO FEMINISMO:
 Acontece em meados do século XIX, onde a principal luta era a busca por igualdade jurídica:
 Direito ao voto, o direito ao divórcio, e o direito de ir e vir sem precisar de uma autorização de responsável homem. 
 O movimento feminista desta época não questionava o papel que a maternidade exercia sob a vida das mulheres a ideia de mulher-mãe era totalmente naturalizada.
A SEGUNDA ONDA:
 Simone de Beauvoir filosofa e escritora francesa, publica em 1949 O Segundo Sexo, obra que contesta o determinismo biológico e o destino divino que ligava às mulheres nas condições naturais de mães.
 O feminismo pós-segunda guerra, questionava as forças controladoras, que defendia a família, a moral e os bons costumes. 
As teses do livro defendiam a liberdade sexual, o aborto e a liberação da pratica contraceptiva.
Com a desconstrução do feminismo igualitário, há uma evolução para o feminismo centralizado na mulher-sujeito, iniciando “politização das questões privadas”. 
A SEGUNDA ONDA:
 As feministas desta época denunciavam que a maternidade era a principal causa da dominação do sexo masculino ao feminino. A recusa à maternidade seria para estas feministas o primeiro passo para eliminar a dominação masculina e conquistar seus direitos nos espaços públicos. 
 Tais reinvindicaçõoes acarretaram nas em alguns diretos, como a descriminalização do aborto em boa parte dos países europeus e nos Estados Unidos, além da revolução da pílula dos anos 1960.
 A maternidade deixou de ser fundamental para a construção do sujeito mulher. 
BEAUVOIR (1949)
“Não se nasce mulher, torna-se mulher...” 
A TERCEIRA ONDA:
 A partir da década de 1970, o feminismo começa a considera algumas teorias lacanianas que valorizam o protagonismo da mulher durante a gestação. 
 O poder da mulher residia justamente na capacidade de gestar o “outro” dentro de si mesma. Dentro desta concepção, pela maternidade as mulheres poderiam se relacionar com “o outro‟ sem cair na armadilha de abdicar de sua própria identidade. (CORNELL, D. ; THURSCHWELL, 1987). 
A TERCEIRA ONDA:
 A articulação entre maternidade e poder serviu para aproximar o movimento feminista das demais ciências sociais, como a psicologia e a antropologia.
 A partir da reflexão dessas junções, o movimento feminista apontou que não é apenas o fato biológico que determina a posição das mulheres nas relações de gênero, mas a opressão ainda se dá pelo significado social dado à maternidade.
 Esta nova abordagem do movimento feminista além de repensar as questõões vinculadas à maternidade iniciou uma revolução na própria categoria analítica de gênero.
Representações de maternidade em mulheres não-mães por opção
IDENTIDADE FEMININA E MATERNIDADE
 DADOS DEMOGRÁAÁFICOS E SUAS CAUSAS.
 O número de idosos vai duplicar no mundo até 2050.
 Dupla jornada de trabalho e realização profissional:
A opção pela não-maternidade é um fenôôôomeno mais fortemente associado ààa classe média, bem como das mulheres que possuem nível superior (Barbosa & Rocha-Coutinho 2007; Mansur, 2003; PNAD 2007)
 Grandes responsabilidades: medo da criação de um novo ser humano. Tempo, preocupação, falta de “liberdade”.
 Novos tipos de relacionamento. 
A negação da maternidade como fenômeno que completaria a mulher problematiza algumas concepções sobre o lugar e a função dos filhos na vida da mulher.
“Ai, tu só vai te completar quando tu for mãe", “a realização máxima da mulher é a maternidade”.
“Só quando se tem filhos é que se descobre o amor verdadeiro”.
“Já pensou: quem irá cuidar de você na velhice?”
“Então você não gosta de crianças”.
“Família completa é família com filhos”. 
“No lugar de cuidar de cachorro (ou gato), vá 
ter um filho”!
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Segundo o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher a violência contra a mulher é definida como “qualquer ato ou conduta baseado no gênero, causando morte, dano ou sofrimento de ordem física, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada.
Sendo assim, a violência contra a mulher se apresenta de várias formas e uma delas é a violência obstétrica.
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
A violência obstétrica é entendida como qualquer ato exercido por profissionais da saúde no que cerne ao corpo e os processos reprodutivos das mulheres, exprimidos através de uma atenção desumanizada, abuso de ações intervencionistas, medicalização e a transformação patológica dos processos de parturição. Ela acontece durante a gravidez, no parto e também em casos de aborto. 
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
 A violência obstétrica se apresenta de várias formas, tais como abuso físico, imposição de intervenções não consentidas, cuidado não confidencial e não privativo, abuso verbal, discriminação baseado em certos atributos, abandono e negligência.
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
No Reino Unido, houve um movimento em 1958, quando foi criada uma Sociedade para Prevenção da Crueldade contra as Grávidas. A carta que convoca a fundação dessa sociedade, publicada originalmente no jornal The Guardian, afirma:
“Nos hospitais, as mulheres têm que enfrentar a solidão, a falta de simpatia, a falta de privacidade, a falta de consideração, a comida ruim, o reduzido horário da visita, a insensibilidade, a ignorância, a privação de sono, a impossibilidade de descansar, a falta de acesso ao bebê, rotinas estupidamente rígidas, grosseria [...] as maternidades são muitas vezes lugares infelizes, com as memórias de experiências infelizes.” 
 PARTO HUMANIZADO 
Acadêmicas
Diéssica Arruda
Merilin Beza
Nathália Rocha
Yasmin Valim

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