Buscar

ESF AULA 06

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Estratégia Saúde da Família e equipe multiprofissional
Junior Pereira
1
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
2
ATENÇÃO BÁSICA
A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para a sua organização, de acordo com os preceitos do SUS. 
Tem como objetivos: 
Possibilitar acesso universal à saúde; 
Efetivar a integralidade das ações da Atenção Básica; 
Promover o cuidado integral e contínuo ao usuário, família e comunidade; 
Estimular o controle social e a participação popular; contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira e
Ampliar o acesso dela à Atenção Básica.
3
ESTRATÉGIAS
Priorizar as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua. 
Prestar atendimento na unidade básica de saúde ou no domicílio.
Criar vínculos de co-responsabilidade entre os profissionais e a população acompanhada
Facilitar a identificação e o atendimento aos problema de saúde da comunidade. 
4
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária.
Tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território.
5
ÁREAS ESTRATÉGICAS DA ATENÇÃO BÁSICA
Eliminação da hanseníase;
Controle da tuberculose;
Controle da hipertensão arterial;
Controle do diabetes mellitus;
Eliminação da desnutrição infantil;
Saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso;
 Saúde bucal;
 Promoção da saúde.
 Saúde do homem
6
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
7
 
Incorpora e reafirma os princípios básicos do SUS
8
FUNDAMENTOS E DIRETRIZES 
Território adstrito 
Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e co-responsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde 
Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado 
Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no usuário e no exercício do controle social
Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, trabalhando de forma multiprofissional, interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e coordenando-o no conjunto da rede de atenção. 
COMPOSIÇÃO DA ESF
Equipe mínima: um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis ou mais agentes comunitários de saúde (ACS).
 A partir de 2000: foram incluídas as equipes de saúde bucal (SB): cirurgião-dentista, técnico de higiene dental (THD) e auxiliar de consultório dentário (ACD), dependendo da modalidade escolhida.
A proporção deverá ser de uma equipe de saúde bucal para cada duas equipes de saúde da família.
10
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – ESF 
As ações da ESF são oferecidas por equipes multiprofissionais formadas por, no mínimo:
01 Médico, 
01 Enfermeiro, 
01 Auxiliar ou Técnico de Enfermagem e 
Até 12 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e,
Preferencialmente, 1 Cirurgião-Dentista e 1 Auxiliar e/ou Técnico em Saúde Bucal.
11
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – ESF 
Serão admitidas também, além da inserção integral (jornada de 40 horas/semanal para todos os profissionais da equipe mínima), as seguintes modalidades de inserção dos profissionais médicos generalistas ou especialistas em Saúde da Família ou médicos de Família e Comunidade nas Equipes de Saúde da Família:
I – Dois médicos integrados a uma única equipe em uma mesma UBS, cumprindo individualmente carga horária semanal de 30 horas (equivalente a um médico com jornada de 40 horas semanais).
II – Três médicos integrados a uma equipe em uma mesma UBS, cumprindo individualmente carga horária semanal de 30 horas (equivalente a dois médicos com jornada de 40 horas, de duas equipes).
III – Quatro médicos integrados a uma equipe em uma mesma UBS, com carga horária semanal de 30 horas (equivalente a três médicos com jornada de 40 horas semanais, de três equipes).
IV – Dois médicos integrados a uma equipe, cumprindo individualmente jornada de 20 horas semanais, e demais profissionais com jornada de 40 horas semanais.
V – Um médico cumprindo jornada de 20 horas semanais e demais profissionais com jornada de 40 horas semanais = Equipes transitórias.
12
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – ESF 
No processo de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o ACS tem sido um personagem muito importante ao realizar a integração dos serviços de saúde da Atenção Básica com a comunidade. 
O ACS pode integrar tanto uma Equipe de Saúde da Família (ESF), quanto uma equipe do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), de acordo com a realidade do município. 
Cabe à gestão municipal a decisão de aderir à PACS em seu território. A partir da nova PNAB, é item necessário para implantação da PACS a existência de 1 enfermeiro para até, no máximo, 12 e, no mínimo, 4 ACS.
As Equipes de Saúde Bucal (ESB) trabalham integradas às Equipes de Saúde da Família (ESF), com composição básica de: 
cirurgião-dentista e auxiliar de saúde bucal para as ESB na Modalidade I; 
cirurgião-dentista, auxiliar de saúde bucal e técnico em saúde bucal para as ESB na Modalidade II.
13
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – ESF 
Especificidades
Equipe multiprofissional 
Cada equipe deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas.
O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – ESF 
Portaria n. 1654, de 18 de agosto de 2011. 
O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) é um Programa que procura induzir a instituição de processos que ampliem a capacidade das gestões federal, estaduais e municipais, além das Equipes de Atenção Básica, em ofertarem serviços que assegurem maior acesso e qualidade, de acordo com as necessidades concretas da população. 
O Programa busca induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, com garantia de um padrão de qualidade comparável nacional, regional e localmente de maneira a permitir maior transparência e efetividade das ações governamentais direcionadas à Atenção Básica em Saúde em todo o Brasil.
15
PMAQ – UNIDADES DE ANÁLISE
PMAQ – INCENTIVO FINANCEIRO
Inserção dos profissionais médicos generalistas ou especialistas em saúde da família ou médicos de família e comunidade nas Equipes de Saúde da Família com as respectivas equivalências de incentivo federal 
Componentes do Bloco de financiamento federal da Atenção Básica: 
Recurso per capita – PAB Fixo 
Piso de Atenção Básica à Saúde (NOB/96); 
E pelos incentivos, que compõem a parte variável do PAB, adicionados aos recursos de fontes estaduais e municipais:
Recursos para Projetos específicos, que inclui os recursos da Compensação das Especificidades Regionais
(CER), o Programa de Requalificação das Unidades Básica de Saúde e Recurso de Estruturação. 
Os recursos que estão condicionados à implantação de estratégias e programas prioritários, tais como EqSF, ESB, ACS, NASF, etc; 
Portaria 1.329, de 12/11/99: De acordo com a faixa de cobertura, os municípios passam a receber incentivos diferenciados, conforme a tabela Faixa de Cobertura Populacional e Valores Anuais do Incentivo Financeiro por Equipe.
Recursos condicionados a resultados e avaliação do acesso e da qualidade (PMAQ); 
FINANCIAMENTO DA ESF
19
Aumento Equitativo do PAB Fixo:
Grupo I: os 70,1% com piores indicadores excluídos os municípios com mais de 50 mil habitantes; 
Grupo II: os 20,1% seguintes com piores indicadores excluídos os municípios com mais de 100 mil habitantes; 
Grupo III: os 7% seguintes com piores indicadores excluídos os maiores que 500 mil habitantes; e 
Grupo IV: os 2,8% com melhores indicadores e municípios com mais de 500 mil habitantes 
FINANCIAMENTO DA ESF
20
Cálculo do Teto:
Saúde da Família: o número máximo de ESF pelas quais o município e o Distrito Federal podem fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pela fórmula: população/2400. 
Agentes Comunitários de Saúde: o número máximo de ACS pelos quais o município e o Distrito Federal podem fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pela fórmula: população /400. Para municípios dos estados da Região Norte, Maranhão e Mato Grosso, a fórmula será: população da área urbana/400 + população da área rural/280. 
Saúde Bucal: para o cálculo do teto máximo de equipes de SB que um município poderá fazer jus será considerado o número máximo de equipes de SF. 
FINANCIAMENTO DA ESF
21
Estratégia Saúde da Família
Reestruturação do sistema de saúde
22
MODELO ANTIGO
MODELODA SAÚDE DA FAMÍLIA
Com base no conceito de saúde como ausência de doença.
Com base no conceito de saúde como qualidade de vida.
Com base em práticas, muitas vezes, clientelistas .
Na perspectiva da prestação de serviços de saúde como direito de cidadania.
Concentrado na atenção do indivíduo.
Concentrado na atenção do coletivo.
Concentrando sua atenção no doente.
Concentrando sua atenção na pessoa saudável.
Diferenças entre os modelos
23
MODELO ANTIGO
MODELODA SAÚDE DA FAMÍLIA
Tendo o hospital como unidade central dominante.
Princípio de hierarquização, com três níveis articulados entre si.
Com o domínio de intervenção do profissional médico.
Com o predomínio de intervenção de uma equipe interdisciplinar.
Não considerando a realidade e autonomia local e não valorizando a participação comunitária.
Considerando a participação comunitária e garantindo autonomia para as equipes nas ações de planejamento em nível local junto às áreas descentralizadas de saúde.
Diferenças entre os modelos
24
MODELO ANTIGO
MODELODA SAÚDE DA FAMÍLIA
Tendo como base de funcionamento o atendimento da demanda espontânea.
Com base na estruturação dos atendimentos em torno da demanda organizada e acolhimento.
Segmentando e desagregando sua atenção sobre o ser humano, estimulando a prática médica especializada.
Com base na percepção integral do ser humano, articulando as ações de promoção da saúde, prevenção e recuperação de doenças.
Diferenças entre os modelos
25
FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 
Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária 
Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais 
Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. 
Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários. 
26
O QUE SE ESPERA DA ESF
Redução da morbimortalidade, através de ações de promoção da saúde e prevenção de agravos mais frequentes evitando internações desnecessárias e melhorando a qualidade de vida da população.
Resolutividade: As Unidades Básicas do programa deverão ter capacidade de resolver 85% dos problemas de saúde em sua comunidade.
27
SAÚDE DA FAMÍLIA NO BRASIL - UMA ANÁLISE DE INDICADORES SELECIONADOS (1998 – 2005)
28
SAÚDE DA FAMÍLIA NO BRASIL – UMA ANÁLISE DE INDICADORES SELECIONADOS (1998 – 2005)
29
Evolução na cobertura da Saúde da Família 
30
Informações referentes ao Brasil, março de 2012
31
32
A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia 
prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica no Brasil. 
Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF
PORTARIA Nº 154, de 24/01/2008 e PORTARIA Nº 3.124, de 28/12/2012 
34
34
NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)
Apoia a inserção da Estratégia Saúde da Família na rede de serviços e ampliar a abrangência, a resolutividade, a territorialização, a regionalização, bem como o número das ações da Atenção Básica no Brasil.
Deve ser constituído por uma equipe na qual profissionais de diferentes áreas de conhecimento atuam em conjunto com os das ESF, compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes. 
 
 
OBJETIVO E DIRETRIZES 
“Ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família”.
O NASF não se constitui porta de entrada do sistema;
Responsabilização compartilhada (SF e NASF) referência e contra-referência; 
O NASF deve instituir a plena integralidade do cuidado físico e mental do usuário do SUS
36
 
 
COMPOSIÇÃO DO NASF
37
 
 
COMPOSIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO NASF
O NASF 1 
I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no mínimo 200 horas semanais 
II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas 
III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 80 horas de carga horária semanal 
O NASF 2 
I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no mínimo 120 horas semanais 
II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas 
III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 40 horas de carga horária semanal 
O NASF 3 
I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no mínimo 80 horas semanais 
II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas 
III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 40 horas de carga horária semanal 
38
COMPOSIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO NASF
39
39
 
 
COMPOSIÇÃO DO NASF
Excepcionalmente, nos municípios com menos de 100.000 habitantes dos Estados da Amazônia Legal e Pantanal Sul Mato-Grossense, poderá ser vinculado a, no mínimo, 5 e, no máximo, 9 equipes.
Os municípios e o DF deverão optar por somente um tipo de modalidade do NASF. 
40
 
 
COMPOSIÇÃO NASF
Será definida pelo gestor municipal, através de critérios de prioridade, a partir das necessidades locais e disponibilidade de profissionais.
Carga horária semanal de 40 horas, para os profissionais do NASF.
 
Excepcionalmente o
médico, em substituição a um profissional de 40 horas, podem ser registrados 2 profissionais de 20 horas/semanais cada um.
41
 
 
ATRIBUIÇÕES DAS SMS
Planejar as ações que serão realizadas pelos NASF;
Definir o plano de ação do NASF em conjunto com as ESF;
Selecionar, contratar e remunerar os profissionais dos NASF;
Manter atualizado o cadastro dos profissionais dos NASF;
Disponibilizar estrutura física adequada e garantir os recursos de custeio;
Realizar a avaliação de cada NASF;
Assegurar o cumprimento da carga horária dos profissionais dos NASF;
Estabelecer estratégias para desenvolver parceria com os demais setores da sociedade.
42
 
 
ATRIBUIÇÕES DAS SES
Quando necessário, estimular a criação de consórcios intermunicipais para implantação de NASF 01 entre os municípios;
Assessorar, acompanhar e monitorar o desenvolvimento das ações dos NASF;
Realizar avaliação e/ou assessorar sua realização;
Acompanhar a organização da prática e do funcionamento dos NASF. 
43
Outras ações e programas da Atenção Básica
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/342/acoes-e-programas.html
44

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Outros materiais