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FICHAMENTO Locke

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Nome: Fabiano Pereira
R.A. : 21708167
Turma: 1B
Texto: RIBEIRO, Renato Janine. “Hobbes: o medo e a esperança” em WEFFORT, Francisco (org.). Os Clássicos da Política, vol. 1. São Paulo: Ática, 1995. Pp. 51-77. (27/03)
 
	No presente texto, o autor começa explicando numa abordagem histórica, como se deu a ascensão do liberalismo na Inglaterra dos anos de 1680 a 1689. Através da Revolução Gloriosa a Inglaterra instituiu uma Monarquia limitada, onde o parlamento detinha supremacia legal sobre a realeza por meio do Bill of Rights em 1689. (MELLO, 1995, p.81-82).
Uma digressão se faz necessária nesse processo. Após perceber as consequências de uma revolução (Puritana), Hobbes publicou a obra Leviatã. O livro é uma apologia do Estado todo-poderoso, que detém a força e provém segurança aos súditos (Ibidem, p. 82).
 O texto segue falando de John Locke e que o mesmo, além de defensor da liberdade religiosa, era também considerado o pai do empirismo, doutrina essa que ditava que todo conhecimento é advindo da experiência. Tal doutrina (Tábua rasa) vai de encontro à doutrina de platão – Ideias Inatas – que diz que princípios e noções são inerentes ao conhecimento humano, independente da experiência.
O autor pontua que, segundo Norberto Bobbio, Locke em sua obra Segundo tratado fez a mais completa formulação de Estado Liberal (Ibidem, p. 84).
O texto lembra que Locke, juntamente com Hobbes e Rousseau eram os principais representantes do Jusnaturalismo ou teoria dos direitos naturais. Locke explica que o homem vivia numa situação pré-social na pré-história. Esse contexto era na verdade, o pináculo da liberdade e igualdade denominado estado de natureza. Nesse estado pacífico os homens eram dotados de razão e desfrutavam de propriedade à vida, à liberdade e aos bens materiais que segundo ele, eram os direitos naturais do ser humano (Ibidem, p. 84-85).
Na Teoria da propriedade o autor fala que Hobbes pensava na propriedade de forma diferente de Locke e que esta seria parte do Estado-Leviatã, após a formação da sociedade civil. Sendo assim da mesma forma como o Estado criou a propriedade privada, o mesmo pode suprimi-la dos súditos. Locke não concordava com essa visão e acreditava que o trabalho na propriedade (benfeitorias) era o princípio originário de sua posse (Ibidem, p.85). O Estado brasileiro atualmente considera a função social da propriedade privada como princípio para não desapropriá-la para o fim da reforma agrária. Isso tem relação direta com o pensamento de Hobbes e Locke. Na medida em que a propriedade é usada para o trabalho permanece privada (Locke). Contudo, se não for usada para esse fim, reverte-se a ao Estado e ao bem comum. Indaga-se se o mesmo princípio poderia ser estendido ao direito à vida e liberdade. Se a analogia for verdadeira, o Estado poderia, em tese, intervir na vida e liberdade do indivíduo.
O autor cita Locke quando diz que, em certa medida o “trabalho provoca a diferença de valor em tudo quanto existe” e que esse pensamento seria o precursor da teoria valor-trabalho de Smith e Ricardo, economistas do liberalismo clássico (Ibidem, p.86). 
A teoria de Locke tenta resolver os problemas do estado natural por conceber união entre os indivíduos com um arcabouço de normas para proteção da propriedade privada, fossem esses os bens materiais, a liberdade ou a vida em si. Para realizar essa passagem do estado de natureza para a sociedade civil, era necessário um Contrato Social. Para Hobbes esse contrato social era um contrato de submissão pelo qual, visando à preservação da vida, é transferido a um homem ou assembleia a força e a autoridade, trocando voluntariamente sua liberdade pela segurança do Estado-Leviatã. Na concepção de Locke esse pacto serve para conservar direitos adquiridos que seriam inalienáveis ao ser humano, como a liberdade (Ibidem, p.86). 
O autor explica que segundo a teoria aristotélica das formas de governo, existe a comunidade governada por um, por poucos e por muitos, sendo a monarquia, a oligarquia e a democracia as respectivas modalidades destas formas governamentais. O autor ainda explica que existe o exemplo do governo misto onde as três formas se misturam. 
Independente da forma de governo, para Locke o governo não deve possuir outra finalidade senão preservar a propriedade. 
No tocante aos poderes do governo, para Locke, o legislativo é o poder supremo por considera-lo superior aos outros e quando esse poder ou o executivo deixam de preservar a propriedade, o governo se torna tirania e considerado assim ilegal por não visar o bem comum (Ibidem, p.87). 
O autor explica que a tirania dá ensejo ao estado de guerra e por consequência à dissolução do estado civil e por fim, ao retorno ao estado de natureza onde o impasse é resolvido pela força. 
Contra o governo tirano o povo tem legitimidade de se opor (direito de resistência) assim como se opõe a uma agressão de uma nação estrangeira (Ibidem, p.88).
 Ao concluir o texto, o autor afirma que os direitos naturais inalienáveis do indivíduo são o cerne do estado civil para Locke que é considerado o pai do individualismo liberal.

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