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TRABALHO DE FILOSOFIA 2

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO 
 
 
 
 
 
 
FILOSOFIA 
 
 
 
 
 
 
FRANCISCO AMBROSIO LEITE BASTOS 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE FILOSOFIA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DUQUE DE CAXIAS-RJ 
 
2020 
 
FRANCISCO AMBROSIO LEITE BASTOS 
 
 
 
 
 
 
Turma: 1008, Matrícula: 202001443282 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Filosofia apresentado à 
Universidade Estácio de Sá, proposto pelo 
professor Leonardo Bruno da Silva, para o 
Curso de Direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Duque de Caxias-RJ 
202 
Professor Dr. Leonardo Bruno da Silva 
Trabalho 2 
 
Para a organização da estrutura política na qual vivemos na 
contemporaneidade foi fundamental o diálogo estabelecido durante o período 
iluminista entre pensadores como Hobbes, Locke e Rousseau com aqueles que 
o precederam, como Platão, Aristóteles e Maquiavel. Esses três filósofos fazem 
parte de uma corrente de pensadores iluministas que chamamos de 
“contratualistas”, pois, propuseram a ideia de “ Contrato Social” como forma de 
estabelecer parâmetros na relação entre o Estado e a Sociedade Civil. 
Considerando que cada um desses pensadores observavam a questão de 
forma distinta, podemos concluir que as ideias são elementos que servem 
apenas de base para a construção da prática histórica. 
 
Como referência textual sobre este conteúdo oferecemos o texto “Os 
Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e Rousseau” e a partir e de outras 
referências que possam pesquisar, responda as questões abaixo: 
 
1) Correlacione a formação do Estado Moderno com as proposições 
dos contratualistas, observando o seu diálogo com referências 
filosóficas anteriores. 
 O Estado Moderno é um fruto de um processo de cerca de três 
séculos para se estabelecer. A primeira fase dele é o absolutismo 
monárquico. Por meio da centralização do poder na monarquia, começa 
a ser desenvolvido o aparelhamento das forças armadas, da estrutura 
jurídica e a estruturação da cobrança de impostos. A monarquia permite, 
ainda, a formação da infraestrutura que garante a máquina pública e cria as 
condições para o surgimento do corpo burocrático. 
 Thomas Hobbes foi o filósofo do absolutismo monárquico. Ele 
escreveu a sua obra, o Leviatã, num momento em que a Inglaterra ainda 
era absolutista. Então ele procurou justificar a concentração de todos os 
poderes do Estado nas mãos do rei. Como ele fez isso? Ele fez isso 
concebendo um estado de natureza em que o que havia era a “guerra 
de todos contra todos” (“o homem é o lobo do homem”, dizia Hobbes). 
Sendo assim, a única coisa que os homens se preocupavam em 
fazer, no estado de natureza, era preservar a sua vida. Assim, ele 
entende que a vida é o único direito natural do homem. 
 John Locke, por sua vez, é o grande pensador do liberalismo inglês, e 
a sua obra, o Segundo Tratado sobre o Governo Civil, foi o que deu 
sustentação teórica para o parlamentarismo, que prevaleceu na 
Inglaterra com a Revolução Gloriosa de 1688-9, acabando com o 
absolutismo naquele País e pondo fim às controvérsias políticas entre 
católicos e protestantes. 
 Por fim, após a consolidação inicial do estado civil com o contrato 
social, John Locke defende que deve haver necessariamente o 
estabelecimento de dois poderes diferentes, o Executivo e o Legislativo, 
e a este último incumbe aprovar as leis que vão controlar o primeiro. 
Locke é quem vai influenciar fortemente os dois pensadores franceses 
pré- Revolução, Rousseau e Montesquieu. 
 Jean Jacques Rousseau foi bem mais avançado do 
que Montesquieu (1689-1755) e John Locke. Tanto Montesquieu quanto 
Locke não consideraram o vínculo com a sociedade. No entanto, 
Rousseau vai inovar, vai considerar para o Contrato Social vingar era 
inevitável que se buscasse uma igualdade das oportunidades. Surge a 
teoria da “Vontade Geral”. Tanto para Locke quanto para Rousseau, a 
liberdade individual perde o seu sentido e impacto. A liberdade para se 
consolidar - efetivar - precisa depender, inevitavelmente, da vontade 
geral. 
 Desta forma, Rousseau colocou o Contrato Social, que seria um 
código de costume político, uma espécie de manual de procedimentos. 
Para Rousseau, os poderes só seriam representativos se fossem feitos 
através do popular. Rousseau reclassificou a divisão de poderes 
hesitadas por Montesquieu. Rousseau criou a soberania do legislativo 
como sendo fundamental para pôr em prática o Contrato Social. 
Portanto, Rousseau pretendeu estabelecer a hegemonia do poder 
legislativo, mas ao mesmo tempo, manter coeso e organizada a 
autoridade do soberano. É preciso buscar, organizar, uma relação que 
não beneficie apenas a base, e muito menos o topo, mas que beneficie 
o equilíbrio social e político, esse foi o principal objetivo de Rousseau. 
No encerramento do Contrato, busca a liberdade e não a questão do 
desejo ou retórica, vai buscar uma questão coletiva. E uma sociedade 
só será livre se seguir nessa direção e, emanar das liberdades. 
 
 
 
2) Aponte os elementos convergentes e divergentes nas teorias de 
Hobbes, Locke e Rousseau. 
 Ponto convergente entre Locke e Hobbes são as teorias contratualistas: 
transição do estado de natureza para o estado civil, por meio do contrato social 
(Como todos sabemos, isso tudo é um modelo teórico, e não algo que tenha 
comprovação histórica...) 
 Já Locke e Rousseau, seus pontos convergentes eram a alta importância dos 
chamados direitos naturais, que todo ser humano possuiria e poderia utilizar 
para formar um contrato a respeito de seu governo. Tais direitos não poderiam 
ser restringidos, formando a base de uma sociedade pautada por consenso. 
 Para Hobbes, Locke e Rousseau, estava em questão o surgimento do Estado 
e da própria sociedade. Ao invés de viver como indivíduos separados, a vida 
em sociedade devia trazer algum benefício. Portanto, o contrato social surge 
como uma ideia que explica uma atitude racional dos seres humanos para criar 
um comum acordo. Assim, o papel do Estado visa assegurar algumas garantias 
de sobrevivência aos seres humanos. 
 Pontos divergentes entre Locke, Hobbes e Rousseau 
 HOBBES: Teórico do absolutismo 
 Estado de natureza = “guerra de todos contra todos” 
 Direito natural = vida 
 Contrato social = renúncia 
 Estado civil = absolutismo monárquico 
 
 LOCKE: 
 Teórico do liberalismo e do parlamentarismo 
 Estado de natureza = paz e harmonia entre os homens 
 Direito natural = propriedade 
 Contrato social = consenso/delegação 
 Estado civil = parlamentarismo; possibilidade de deposição dos 
governantes que não agirem de acordo com a delegação 
 ROUSSEAU: 
Rousseau (1712-1778) considera que o ser humano é essencialmente bom, 
porém, a sociedade o corrompe. Ele considera que o povo tem a soberania. 
Daí, conclui que todo o poder emana (tem sua origem) do povo e, em seu 
nome, deve ser exercido. O governante nada mais é do que o representante do 
povo, ou seja, recebe uma delegação para exercer o poder em nome do povo. 
Rousseau defende que o Estado se origina de um pacto formado entre os 
cidadãos livres que renunciam à sua vontade individual para garantir a 
realização da vontade geral. Um tema muito interessante no pensamento 
político de Rousseau é a questão da democracia direta e da democracia 
representativa. A democracia direta supõe a participação de todo o povo na 
hora de tomar uma decisão. A democracia representativa supõe a escolha de 
pessoas para agirem em nome de toda a população no processo de 
gerenciamento das atividades comuns do Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
LOCKE, John. Segundo Tratado do Governo Civil. Tradução de Magda Lopes e 
Marisa Lobo da Costa. Org.: Igor César F. A.Gomes. Publicação: Editora 
Vozes. Distribuição: Clube do Livro Liberal. (Cap II).

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