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Resumo Empresarial FDSBC 1º Bimestre

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Empresarial
HISTÓRICO
Idade Antiga
D. Empresarial surgiu na Ásia com os fenícios (grandes navegadores); gregos desenvolveram o primeiro padrão de moedas; em Roma o comércio era exercido por homens livres mas não era primordial devido a falta de interesse pela elite. 
Idade Média
Feudos que produziam determinada mercadoria começaram a trocá-la por outras mercadorias produzidas por outros feudos, iniciando assim as “feiras-livres”. Os problemas ocorridos nas feiras era solucionado por um 3º (senhor feudal) escolhido por ambas as partes, assim começou a aparecer as primeiras jurisprudências comerciais.
Surge a burguesia (nem realeza, nem camponeses) que ganham muito dinheiro e poder com o comércio, logo aparece o fenômeno das ruas especializadas (em determinado produto). A burguesia, através dos tributos, bancava os exorbitantes luxos da corte, resultando na Revolução Francesa que visou retirar a corte e os tributos em nome da igualdade econômica.
Sistema Francês (Teoria dos Atos de Comércio)
Code de Commerce de 1808 divide as atividades econômicas em civis e comerciais; se fundamenta na Teoria dos Atos de Comércio, esta diz que qualquer cidadão pode exercer atividade mercantil, não apenas os aceitos em determinada associação profissional.
Sistema Italiano (Teoria da Empresa)
Na Itália, Vivante defendeu a unificação do código civil e comercial, o que efetivamente ocorre em 1942. Após, ele se arrepende e admite que foi um erro essa união. O modelo italiano se fundamenta da Teoria da Empresa, nela o núcleo conceitual do direito comercial passa a ser a empresa (na teoria dos atos, o núcleo era o ato de comércio).
	Para os italianos, empresa é atividade econômica organizada voltada para a produção/circulação de bens/serviços.
	Para Asquini, juridicamente a empresa pode possuir quatro perfis:
Subjetivo: empresa vista como sujeito de direito, pessoa jurídica sujeita a direitos e obriçaões.
Funcional: empresa vista como a própria função/atividade.
Patrimonial: corresponde ao patrimônio asentario/aziendal; estabelecimento comercial (complexo de bens organizados pelo empresário, dependendo do tipo de negócio o local é essencial).
Corporativo: se relaciona aos diferentes perfis interessados na empresa que coabitam na sociedade (exemplo: interesse dos credores do negócio, do Estado, funcionários, comunidade, sócios etc.)
Crítica à teoria italiana > empresários individuais ocupam cargo sem relevância do ponto de vista econômico, ultra relevância somente no âmbito social.
EMPRESÁRIO
Artigo 966 CC
Empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade economicamente organizada para a produção/circulação de bens/serviços.
Uma pessoa (física): empresário (individual)
Várias pessoas: sociedade empresária (constituída de vários sócios)
Quem não é Empresário? (exceção artigo 966)
Não será empresário quando não houver subordinação hierárquica (sem patrão/chefe), pode recusar clientela e sem salário mensal. Por exemplo, “quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística” (profissional liberal, autônomo) 
	Mas quando essas pessoas autônomas são exploradas por uma empresa, a atividade por elas exercida será considerada empresária. Portanto atividade intelectual não é considerada empresária, salvo elemento de empresa (a atividade).
	Porém, apesar de se encaixar nas características acima, a advocacia não é mercancia! Cooperativas também não porque não visa lucro (se der lucro vira empresa). Apesar de não ser mercancia, a cooperativa pode ser registrada na junta comercial (ornitorrinco).
Características do Empresário
Onerosidade/Lucro: toda atividade empresarial visa lucro.
Profissionalidade/Habitualidade: pessoa que vai aos EUA e compra produtos pra vender no Brasil não é empresário.
Não impedimento: em tese todas pessoas podem montar atividade empresarial, exceto presidiários, clérigos, forças armadas etc.
Capacidade: +18 ou emancipado; porém para ser sócio pode qualquer idade, incluindo nascituro.
Incapacidade superveniente > filho incapaz e pai capaz administram a empresa mas o pai acaba ficando incapaz, empresa continuará somente com ordem judicial que nomeará um representante assistivo. Se continuar, juiz separa o patrimônio do menor e dos sócios (blindagem patrimonial). O juiz analisará os riscos para decidir:
Intuito personae (atv depende da capacidade pessoal);
Sociedade com responsabilidade ilimitada a todos os sócios (pode prejudicar o incapaz pq poderá ser cobrado)
Um sócio tem responsabilidade ilimitada
Capital subscrito (prometer ingressar o dinheiro) mas não integralizado (quando dinheiro entra efetivamente)
CASAMENTO
Código civil estabelece a outorga marital (problema no d. empresarial).
Art. 978: se o imóvel pertence à empresa/sociedade (p.j.) sua alienação não dependerá de outorga nupcial
Art. 977: cônjuges não podem ser sócios na mesma sociedade se casados nos regimes de comunhão universal ou separação obrigatória. 
Art. 2031: sociedades montadas nas leis anteriores deverão de adaptar ao novo CC até 2007.
EMPRESÁRIO / SOCIEDADE EMPRESÁRIA
De fato > sem registro (irregular)
De direito > com registro (regular, tem + benefícios)
Registro
É feito na junta comercial (ou REPEM) e optativo aos empresários agropecuários, oferece segurança à terceiros e transparência. Há 1 J.C. em cada Estado, esta em 1850 possuía função jurisdicional e por isso atualmente sua estrutura se assemelha ao tribunal.
Dividido em 4 atos:
Matrícula: inscrição para grupos especiais de empresários, que auxiliam outros empresários (leiloeiros, intérpretes, tradutor e trapicheiro):
Leiloeiro: é o comercial, possui autorização legal e consentimento do proprietário, recebe comissão com a venda.
Intérpretes/Tradutores: geralmente é a mesma pessoa, interpreta o interesse da parte estrangeira e traduz para um documento.
Trapicheiro: responsável pelo armazenamento da mercadoria nos silos, docas, armazéns em geral.
Arquivamento: registro em sentido estrito,dá inicio a personalidade jurídica das sociedades empresarias
Cancelar Arquivamento: término regular da empresa, por vontade das partes ou falência decretada. Enquanto houver dividas, a empresa não pode se encerrar regularmente.
Autenticação dos Livros: meio de prova, livro deverá estar escriturado para ser autenticado pela J.C. Livros se dividem em facultativos ou obrigatórios, estes se dividem em:
Especiais: depende da especificidade do negócio;
Comuns: diário.
Os livros são sigilosos e protegidos pelo direito, se requisitados por aqueles que a lei permitir a exibição será parcial (somente o que interessa). Exibição total é exceção, somente nos casos de:
Falência;
Sucessão (pra definir a parcela ao herdeiro);
Administração por 3º
Contratual: todos sócios terão acesso total aos livros;
Institucional: sócio somente poderá ver parte do livro.
Comunhão (sócio da empresa controladora tem acesso aos livros da controlada, ex.: Ambev ver da Brahma).
Nome Empresarial
Firma: para empresário individual, nome se origina do civil ou da atividade exercida. Tem direito ao nome aquele que o gravar primeiro (princípio da anterioridade).
Razão Social: para sociedades empresárias, vem do civil. O nome da empresa deverá corresponder ao nome dos sócios (princípio da veracidade) nome + n/c; c/s; c/a; ltda.
Denominação: para sociedades empresárias, é criada uma expressão linguística por ex.: Ray Ban, Bic etc. nome + s/a; ltda.
Título de Estabelecimento
Meio pelo qual a clientela popularmente conhece o negócio, o título é gravado junto com o nome da J.C. do estado (portanto fica registrado somente naquele estado). ≠ marca que é registrada no INPI, com taxa, e vale no Brasil inteiro.
Alienação do Nome
Em tese nome empresarial não pode ser vendido, salvo a denominação (razão social e firma não podem).
Art. 1164: por ato inter vivos pode haver cessão de uso (emprestar o nome) desde que indique o sucessor em qualquer documento que transfira direitos e obrigações.

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