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Constitucional-III-prova-2(1).docx

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Direito Constitucional III – Prova II
Remédios Constitucionais
Mandado de Segurança
Sua natureza jurídica é de ação constitucional de natureza civil, qualquer que seja a natureza do ato impugnado. 
O MS abrange apenas a proteção de direito liquido e certo (que não precisa de prova), não amparado por habeas corpus e habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público. Através do MS as ações ou omissões provindas por ilegalidade e abuso de poder serão invalidados.
Mandado de segurança preventivo
Serve para prevenir violação de direito líquido e certo. Abrange alguma ameaça real e urgente. Se uma medida não for tomada o direito líquido e certo SERÁ violado. 
Mandado de segurança repressivo
Reprime atos ilegais já praticados. É posterior à ilegalidade ou abuso de poder, e tem prazo decadencial de 120, contados da ação/omissão objeto do MS.
Mandado como Ação
É uma ação constitucional de direito público
Mandado como Sentença
O mandado é uma ordem, um mandamento. O objetivo técnico não é CONDENAR – é ordenar a autoridade coatora para que ela cumpra a lei.
Legitimidade
Ativa
IMPETRANTE: é o detentor do direito líquido e certo violado. Pode ser pessoa física, jurídica, órgãos públicos despersonalizados com capacidade processual (mesas do senado), universalidade de bens e direitos (espólio), agentes políticos (governadores), MP...
Passiva
AUTORIDADE COATORA: responsável pela ilegalidade ou abuso de poder. Deve ser uma autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público. 
Competência
A competência para processar e julgar dependerá da categoria da autoridade coatora e de sua sede. Ex: MS contra presidente da república => STF. Contra governador => TJ.
Exclusões constitucionais
Sindicatos, partidos políticos, serviços sociais autônomos, instituições financeiras, serviço postal, telecomunicações, atos desportivos. 
Ex 1: BB => economia mista. Cabe MS em concursos, PIS, FGTS... Enfim, nos atos que estão ligados ao estado e não à gestão. Os atos que estão ligados à gestão de empresas públicas, sociedade de economia mista e autarquias não são passíveis de MS.
Ex 2: atos interlocutórios suspensivos e atos após transito em julgado são passíveis de MS.
Para saber quando cabe MS, deve-se saber quais atos não são passíveis de MS.
Cabe MS quando não couber HD ou HC;
Quando o ato tiver sido cometido por autoridade pública, agente público e pessoas com delegações para funções públicas. 
Para PF e PJ sem delegação para atividades públicas não cabe MS;
Exclusões legais
Não cabe MS quando o ato for de efeito suspensivo, quando houver transito em julgado, nos processos de conhecimento e nos atos de gestão.
Capacidade para propor
Todas as PF e PJ são capazes para impetrar MS, inclusive despersonalizadas (espólio, massa falida e animais) e estrangeiras.
Litisconsórcio
Diz respeito à possibilidade de impetrar MS contra mais de uma entidade coatora ou de haver 2 impetrantes. Ex: MS contra BB, pois, o 2º colocado foi nomeado ao invés do 1º. O 1º impetra MS para gerar a exoneração do cargo. Haverá, portanto, 2 prejudicados: 1 impetrado (BB) e 1 citado (candidato nomeado).
Pressupostos, condições de ação e mérito
Pressupostos subjetivos: diz respeito à legitimidade das partes, ou seja: quem será impetrante, impetrado e juízo competente. 
Condições: possibilidade jurídica do pedido, legitimidade das partes e interesse de agir.
Enfrentamento do mérito: se o MS não adentrar no mérito posso propô-lo novamente, pois não fez coisa julgada. Pode-se até entrar ingressar com ação declaratória, constitutiva... 
PORÉM: se o juiz adentrar no mérito, não é possível impetrar ou ingressar com outro tipo de ação.
Decadência
Não há decadência no MS preventivo;
Para os repressivos, o prazo é de 120 dias contados a partir da violação do direito líquido e certo. Caso passe os 120 dias, cabem outros tipos de ação;
Procedimento
Inicial: O MS se dá através de um processo, que inicia com o direito de ação (como todos os outros). A pet. Inicial deve ser feita por advogado, pois só ele possui a capacidade postulatória. Deve ser encaminhada em 2 vias integrais (poderá ser indeferida se as vias não estiverem de igual teor). Na inicial, deverá estar caracterizada a autoridade coatora e a PJ a qual esta vinculada (será considerada nula se não contiver a caracterização).
O MS será encaminhado ao juiz competente – que será definida de acordo com a residência da autoridade coatora e sua categoria funcional; 
Pode ser encaminhado via e-mail, fax, carta...
O Juiz, verificando a legalidade, vai notificar a autoridade. Lembrando que: a autoridade não será citada, será notificada, sendo assim, não pagará custas. A autoridade só vai prestar informações a respeito do ato praticado, vai “auxiliar o juiz” para que ele conceda ou negue a segurança.
Defesa: A resposta à solicitação de informação é dada pela pessoa física que estiver ocupando o cargo, que é assinada por ela e pelo procurador do órgão público; A autoridade pode alegar ilegitimidade, coisa julgada, e todos os artifícios do processo civil. Sendo que, pode ir além de meras informações e defender-se também. Caso a autoridade não preste as informações, o juiz vai sentenciar o MS.
Contumácia (perca de prazo): não haverá;
Revelia: não haverá; 
MP: deve ser oficiado obrigatóriamente;
Prioridade: o MS tem prioridade perante outros processos. Além do mais, seu julgamento deverá ser célere, não tendo fase de instrução probatória, em regra. A exceção se dá quando o impetrante solicita documentos da autoridade coatora através do direito de petição. O juiz vai pedir à autoridade os documentos, com prazo de 15 dias para entrega. Como em outros processos, se o impetrante ou a autoridade coatora for idoso, doente, estiver grávida => tem mais prioridade perante os demais MS. 
Não há condenação, apenas reestabelecimento do direito líquido e certo violado.
Caução: a caução é uma faculdade do MS, funciona como uma garantia para que seja concedida a liminar. É facultativa. Crítica: fere o acesso à justiça.
Pedido liminar: é quase certo em MS. Nele, estará prevista uma obrigação de fazer, não fazer (prestar e dar). Não será concedido pedido liminar se tratando de compensação de créditos tributários e entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior;
Sentença e recursos: 
Sentença concessiva (quando a segurança for concedida): o impetrado ou impetrante interpõe recurso de apelação;
Sentença denegatória (segurança não concedida): tanto o impetrante quanto o impetrado podem interpor recurso, porém, em 2º e 3º grau apenas o impetrante pode ingressar; Nas instâncias superiores, exige-se decisões colegiadas, NUNCA SINGULARES.
Honorários: não;
Custas: sim! As custas ficam a cargo do impetrante, e não da autoridade coatora (salvo AJG).
Execução do julgado: a sentença tem efeito meramente mandamental, não pode ter conteúdo condenatório, o objetivo é que a autoridade cumpra o mandamento dado pelo juiz. Não se pode conceder MS para aumento, avaliação troca de classe, percepção de vencimentos.
Peculiaridades
MS é mandamental, não tem condenação;
Fala-se em impetrante e autoridade coatora (impetrado);
Atos judiciais podem ser objeto de MS em 2 situações: atos interlocutórios nos processos trabalhistas e de juizados especiais, antes do transito em julgado. (em processos comuns cabe agravo e não MS);
Cabe MS sempre que o ato processual não tenha efeito suspensivo;
Teoria da encampação: quando o mandado é impetrado contra a pessoa errada, a pessoa que realmente cometeu o ato, vai assumir o polo por encampação;
Mandado de Segurança coletivo – vide trabalho realizado.
Consideram-se todos os dados citados sobre MS individual. 
Legitimidade Ativa
Partidos políticos
Sindicatos
Entidades de classe
Associações
Objeto
Direitos coletivos
Transindividuais de natureza indivisível
Individuais homogêneos (origem comum)
Difusos:NÃO!
Coisa julgada
É omissa na lei do MS, portanto, utiliza-se a regra do CDC.
Litispendência
Não haverá litispendência caso um particular ingresse individualmente com ação já proposta pelo grupo a que ele pertence.
Liminar
Em regra, não pode ser concedida, mas há exceções. 
Ação popular
Tem natureza de ação constitucional de direito publico, mas tem rito processual civil.
Legitimidade ativa
Exige-se capacidade política para poder propor ação popular, quem tiver seus direitos políticos cassados não poderá propô-la. A prova da capacidade política é dada através do titulo de eleitor e comprovantes de votação. O proponente não se vincula no polo ativo da ação, só é o autor, se ele desistir, falecer ou renunciar, a ação vai tramitar de qualquer forma e não veda a entrada de outras pessoas para colaborar na ação.
Legitimidade passiva
No polo passivo podem estar pessoas públicas ou privadas, autoridades, funcionários, administradores que de qualquer forma, por ação ou omissão, tiverem benefícios através da prática de um ato ilegal.
Assistência litisconsorcial
A assistência pode ser feita em qualquer momento do processo, sem limitação temporal. Pode apresentar-se tanto no polo passivo quanto no ativo:
Assistência litisconsorcial ativa: não é obrigatória. Haverá possibilidade quando alguém, que sabe a respeito da ação ou omissão, não for parte no processo e se dispuser à ajudar na ação.
Assistência litisconsorcial passiva: quando houver possibilidade, será obrigatória. Ex: ilegalidade cometida pela comissão de licitação. São 5 pessoas, mas, inicialmente denuncio apenas 3. No decorrer do processo (ao descobrir as outras 2 pessoas), as demais são “convidadas” a assistir o processo.
Intervenção do MP
Na Ação Popular o MP não atua somente como fiscal da lei; além disso, ele terá o direito processual de produzir provas, dar parecer, fiscalizar (atuar como se praticamente fosse parte). Existe vedação apenas para defender alguma parte do litisconsórcio. Esquematizando:
	O MP pode intervir na Ação Popular para:
	Produzir provas 
	Inclusive, pode pedir perícias específicas;
	Apurar as causas e buscar a punição 
	Seja ela criminal, civil ou administrativa
	Para substituir alguma o polo ativo 
	Quando a parte “denunciadora” desiste /abandona o processo, o MP pode substituí-la. Será o polo ativo coadjuvante.
Competência
Irá variar de acordo com a matéria, sendo que em 1º instância, a ação pode tramitar na Justiça Federal ou Justiça Comum. Não há foro privilegiado;
Objeto
O objeto deve ser ilegal e lesivo. Só há ação popular se o binômio ilegais (nulos) e lesivos estiver presente no ato objeto da ação. 
Atos nulos e lesivos
Os atos ilegais que causarem grande lesão serão nulos. Já os atos lesivos devem ser punidos de forma pecuniária, através de indenização. 
Quanto a nulidade:
Pode ser gerada pela(o):
- Incompetência: a autoridade que praticou o ato não tinha competência para tal. Logo, a falta de competência gera a nulidade do ato. 
- Vício de forma: quando a forma prescrita para realização do ato não foi obedecida; Ex: determinadas compras para entes públicos devem ser feitas através da licitação, caso for feita uma TP, ocorrerá um vício de forma, tornando nulo o ato.
- Ilegalidade do objeto: quando o objeto é ilegal. Ex: utilizar carro do ente público para passeios particulares.
- inexistência de motivos: teoria dos motivos determinantes – os atos devem ser motivados. Se não houver um motivo determinado para realização do ato, este se tornará nulo. 
- Desvio de finalidade: utilizar bem público para promoção pessoal.
Atos considerados nulos
- Admissão ao serviço público remunerado: Quando algum funcionário público for contratado sem concurso público, não havendo motivação e necessidade. O administrador que contratou o funcionário é responsável por ressarcir os cofres públicos dos gastos dados por seu funcionário;
- Operação bancária ou de crédito real: a administração pública, para fazer qualquer ação bancária, precisa de autorização. Caso a operação seja internacional, o governo deve ter autorização do senado federal. Caso não haja autorização, o ato é considerado ilegal e lesivo, mesmo quando o dinheiro seja aplicado em obras públicas.
- Empreitada, tarefa e concessão de serviço público: o administrador não pode aumentar custos de determinada obra (para beneficiar certa empresa) sem que haja caso fortuito ou força maior.
- Compra e venda de bens móveis e imóveis: todas comprar e vendas de bens móveis e imóveis devem ser motivadas. 
- Licença de exportação e importação: qualquer ato cuja inobservância das normas de transações exteriores deixe alguém sair privilegiado ou tratado de forma ilegal poderá ser nulo.
- Operação de redesconto: cabe ao Banco Central. São os empréstimos realizados entre os próprios bancos, que, se forem lesivos e ilegais, são nulos.
- Empréstimo concedido por banco oficial: ninguém pode ter privilégio em suas operações bancárias sem que seja enquadrado em lei. 
- Omissão: qualquer interesse protegido pela CF que sofrer omissão poderá ser reivindicado por ação popular. 
Entes públicos
União, DF, estados, municípios, autarquias, sociedade de economia mista (pública+privada), empresa pública, serviços sociais autônomos (SESI), instituições e fundações públicas e privadas com mais de 50% do patrimônio público. Qualquer entidade pública que receber dinheiro público esta sujeita a ação popular se cometer ato lesivo e ilegal.
Patrimônio público
São bens e direitos, sejam materiais (pecuniários) ou imateriais ( bens turísticos, de conteúdo histórico, estético, artístico e urbanístico), que, quando lesados, causam dano à sociedade.
Petição inicial
Embora sejam ações constitucionais de direito público, utilizam o procedimento ordinário previsto no CPC quando a lei determinar (art. 282 e 283). 
Existe uma exceção prevista no art. 5º XXXIII, XXXIV – CF, referente à certidões e informações: 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
O MP deve ser intimado;
As 3 vias da petição devem estar em igual teor, com todos os documentos necessário. Caso falte algum documento, será considerada inepta.
O prazo de defesa é de 20 dias;
Podem ser chamadas outras partes para participarem do polo passivo da ação;
O autor não paga as custas, age como um representante do estado; exceção: autor que age de má fé, abusa do direito;
Suspensão liminar do ato lesivo 
Através de ação mandamental do juiz de fazer ou não fazer;
Medida cautelar;
Antecipação de tutela;
Defesa
O ente pode abster-se de contestar;
Prazo: 20 dias.
Desistência ou absolvição de instância
Se o autor desistir da ação, ou por motivo de força maior não puder mais participar dela, o MP, ou outro cidadão, pode assumir o polo ativo da ação.
Sentença
O efeito da sentença será erga omnes, com exceção às sentenças improcedentes por falta de provas. 
Se o réu for servidor, o dano causado poderá ser descontado do seu próprio salário, desde que não comprometa mais que 30% do subsídio líquido.
Sucumbência: cabe aos réus.
Lide temerária: quando o autor litiga de ma fé ou abusa de seu direito, poderá ser condenado a pagar as custas do processo, honorários e uma multa no valor de 10x o valor das custas.
Encargos, juros e correção monetária: os valores serão atualizados de acordo com a correção monetária e juros. 
 
Efeitos da coisa julgada
Se a ação for improcedente por falta de provas,poder-se-á ingressar com uma nova ação com as provas necessárias.
Recursos
Carência ou improcedência: quando houver, obrigatoriamente será analisada no duplo grau de jurisdição. Far-se-á uma revisão de oficio, sendo que não há condenação, apenas improcedência; o TJ/JF vai acolher (ou não) a improcedência. 
Procedência: caso o polo passivo interponha recurso, haverá o duplo grau de jurisdição. (mesmo sistema das demais ações)
Legitimados: os legitimados para interpor recurso são os cidadãos, MP e assistentes litisconsorciais.
Execução
desconto em folha: desde que não ultrapasse 30% do subsídio líquido do condenado;
sequestro e penhora: quando não houverem outros meios de execução, far-se-á sequestro ou penhora, sendo que sequestro é uma espécie de apreensão e depósito da coisa, não é necessário que se transforme em penhora.
penal e administrativa: cabe ao juiz.
MP: caso houver uma falta grave provinda de ação/omissão de autoridades ou entes públicos, o MP tem obrigação de propor ação civil pública ou popular
Prescrição
Prazo prescreve em 5 anos. De acordo com a lei, não são todas que tem prescrição quinquenal. Exceção: 37 §5° CF
A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
Ex: dano ao meio ambiente é imprescritível.
Ação Civil Pública
Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.
Art. 129, III, CF; Título III CDC; Lei 7347/85.
Trata-se de uma ação que tutela o patrimônio público (juntamente com a ação popular), versa sobre:
Meio Ambiente;
Consumidor;
Bens e direitos de valor cultural, patrimonial e histórico;
Bens de interesse difuso e coletivo;
Ordem econômica/economia popular;
Ordem urbanística.
Normas Especiais
Lei 8078/90 – CDC
Lei 8069 – ECA
Lei 7913/89 – Valores mobiliários
Lei 7833 – Portadores de deficiência
Essas leis trazem regulamentações específicas sobre ação civil pública, ou seja, cada ação terá uma regulamentação pertinente. Ex: ação civil pública para tutelar direitos da criança e adolescente – ECA.
Exceções
Não cabe ACP quando se tratar de tributos, contribuições previdenciárias, FGTS, fundos de natureza institucional, entre outros, pois esses temas dizem respeito aos direitos individuais.
Objeto
Tutela preventiva e repressiva. A ACP pode buscar uma condenação, declaração ou constituição. Vejamos:
Condenação: sua sentença gera uma obrigação de fazer, não fazer, dar, pagar...
Declaração: sua sentença vai declarar algo;
Constituição: sua sentença vai constituir novas relações jurídicas/direitos.
IMPORTANTE: quando a ACP for preventiva, o pedido sempre será para prevenir, enquanto na ACP repressiva, o pedido vai ser de reparação do dano causado, seja ele moral ou material.
Natureza
Inconstitucionalidade incidental;
A natureza da ACP é CIVIL, pois, embora tenha cunho constitucional, é regida pelo CPC. Diz-se que a ACP é ação constitucional de direito público com procedimento civil. 
IMPORTANTE: a ACP não vai declarar a inconstitucionalidade, pois esta se dará de forma incidental, ou seja, a inconstitucionalidade será uma consequência do pedido. O Efeito da inconstitucionalidade incidental poderá ser inter partes ou erga omnes (quando julgada no pleno).
Competência: art. 2 da lei 7347/85: 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180 -35, de 2001).
A competência será definida de acordo com o local e a matéria objeto da ação e os efeitos da decisão são ligados apenas ao órgão prolator da decisão e as partes da ACP. Vejamos:
ACP sobre direitos difusos: não se sabe quem serão os atingidos ou beneficiários;
ACP sobre direitos coletivos: abrange um grupo determinado de pessoas;
ACP sobre direitos individuais homogêneos: atinge várias pessoas que estão na mesma situação. 
Legitimidade Ativa
Lei 7347/85
Legitimidade universal: o legitimado universal para propor ACP é o MP. A ACP irá versar sobre interesses supraindividuais. 
Legitimidade especial: 
Os demais órgãos devem ter pertinência temática para propositura da ação. Ex: instituições do Meio Ambiente não podem propor ação sobre educação.
Representatividade adequada
Administração direta: união, estados e municípios (devem observar a pertinência temática);
Administração indireta: autarquias, sociedade economia mista;
Associações: equiparadas a pessoas jurídicas de direito privado;
Pessoa física: não é legitimada para propor;
Instituições: 1 ano de formação e pertinência temática (ACP deve pleitear direito que é objeto da instituição estabelecido em seu estatuto).
PJ direito privado: pertinência temática;
Sindicatos: por analogia ao MS coletivo;
Partidos políticos: por analogia ao MS coletivo;
Legitimidade Passiva
Todos, desde que capazes, podem ser polo passivo da ACP: pessoas físicas, jurídicas, união, estados, municípios...
Intervenção do MP
Quando o MP não for parte na ACP, terá função de fiscal da lei.
Poderá haver também o litisconsórcio disjuntivo, ou seja, o MP pode ser um dos polos ativos, auxiliando na ação, porém, esse auxílio não é obrigatório.
O litisconsórcio pode ser ativo, passivo ou misto, e poderá ser necessário ou voluntário.
PECULIARIDADES:
Conexão: acontece quando há várias ações com o mesmo objeto e causa de pedir. Essas ações serão reunidas para que o juiz julgue todas conjuntamente;
Continência: uma das conexas tem objeto maior que as outras, mas a mesma causa de pedir.
Litispendência: acontece quando há 2 ações idênticas: mesmo objeto, causa e partes. Quando acontecer, gera extinção de uma das ações. 
SE: houverem 2 ações “iguais”, porém, uma proposta individualmente e a outra coletivamente, não há litispendência. Haverá suspensão ou desistência, que não são obrigatórios. 
Inquérito Civil
O inquérito civil tem a possibilidade de ser um inquérito civil público. Através dele, serão arrecadados elementos processuais para propositura da ação civil pública. 
Seu objetivo é produzir provas para a futura proposição da ACP.
Através dele, podem ser ouvidas testemunhas, produzidas provas e documentos podem ser solicitados;
Porém, não há ampla defesa; inclusive, quem for citado deve comparecer ao inquérito sob pena de reclusão e multa;
Para saber mais: Inquéritos civis não podem ser arquivados sem que tenha uma motivação para seu arquivamento. Deve ser analisado pelo Conselho Superior do MP, que vai deferir ou não o pedido de arquivamento.
Termo de Ajuste de Conduta
O que é? TAC! É um acordo/transação de natureza cível, onde o MP chama a parte que lesou o direito para fazer um acordo que não abrange a área penal, apenas a cível. 
Legitimados para propor: Pode ser proposto pelo MP e órgãos públicos. Estes últimos não podem propor inquérito, apenas o TAC, que pode existir independentemente de IC. 
Prazo: o TAC pode ser feito apenas antes da propositura da ACP. 
Natureza: transação cível extrajudicial. Depois de feito, gera um titulo executivo extrajudicial que, caso não for cumprido, pode ser executado judicialmente. 
O TAC não vai suspender o inquérito/processo penal; trata-se apenas de transação cível. 
Associações, partidos políticos e sindicatos NÃO PODEM propor TAC. 
Provocação
A ACP deve ser necessariamente provocada pelo MP quando algum fato denunciado for considerado pertinente. 
Além do MP, funcionários e servidores públicos que tiverem ciência de algum fato, tem o dever de denunciar. Se não denunciar, podem sofrer sansão penal e civil por omissão. 
 
Petição Inicial
A petição inicialserá feita conforme as disposições do rito ordinário, com as especificações de cada lei. (ECA...)
Provas: podem ser produzidas extrajudicialmente ou judicialmente; A ACP pode ser peticionada mesmo sem provas, porém não pode haver abuso do direito.
Astreinte (multa diária): serve para garantir o cumprimento da decisão. É um mecanismo para assegurar o cumprimento da sentença. É proposta a partir do trânsito em julgado da decisão. 
Ação Cautelar
A ACP pode conter medida cautelar para assegurar um direito, não serão necessárias 2 petições, pois o pedido cautelar vem incluso na Inicial da ACP. 
Pode também conter pedido de tutela antecipada.
Ambas as medidas buscam evitar que danos maiores sejam causados;
Sentença = Coisa Julgada (lembrar de por todos os itens)
Competência do órgão prolator: é fixada de acordo com a funcionalidade e territorialidade. O juízo competente, em regra, vai obedecer o principio da territorialidade, ou seja, será o do lugar onde a ação/omissão foi cometida, sendo obedecida também a funcionalidade (ex: omissão no ambiente de trabalho -> justiça do trabalho).
Efeitos da sentença: ficam limitados ao órgão prolator da decisão, ou seja, limitada à jurisdição do juiz competente. 
Má-fé
Como já dito, a ACP pode ser peticionada mesmo sem provas, porém, não pode haver abuso do direito ou má-fé. Deve ser observado o principio da lealdade processual.
O MP, por ser um órgão de fé pública, não paga por litigância de má fé. Associações e equiparados, por sua vez, pagam pelo dano causado e honorários advocatícios caso hajam de má-fé. 
Coisa julgada: efeitos gerados para direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos
	
	PROCEDÊNCIA
	FALTA DE PROVAS 
	IMPROCEDÊNCIA
	DIREITOS DIFUSOS
(não sabemos quem são as partes)
	Erga omnes
	Sem eficácia
	Erga omnes
	DIREITOS COLETIVOS
(sabemos quem são as partes)
	Ultra partes
	Sem eficácia
	Ultra partes
	IND. HOMOGÊNEOS
(as partes são as pessoas que estão na situação descrita)
	Erga omnes
	Sem eficácia
	Erga omnes para quem interviu.
Suspensão da ação individual
Ações individuais e ações coletivas idênticas não geram litispendência, mas a lei estabelece que deve ser dado ciência ao autor da ação individual da existência da ação coletiva. Desse modo, ele deverá optar por desistir de sua ação individual e sofrer os efeitos da coletiva, ou, continuar com a ação individual e não sofrer os efeitos da ação coletiva. 
Recursos
CPC, CF: a lei a ACP é omissa quanto aos recursos, então, utiliza-se o CPC e a CF. 
Art. 12, §1º: lesão à ordem, saúde, segurança, economia popular;
Efeito suspensivo dos recursos: haverá efeito suspensivo quando a medida concedida na ACP prejudicar os itens citados acima. PORÉM: efeito suspensivo não é recurso, o efeito suspensivo é proposto pelo próprio chefe do ente público e direcionado ao presidente do tribunal.
Execução
MP e associações;
Prazo de 60 dias;
Fundo para defesa dos direitos difusos;
Desistência ou abandono da ação;
Prescrição: privado x indisponível
Mandado de Injunção
Art. 5º, LXXI, CF.
Art. 24, lei 8038/1990.
Art. 5, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Objeto
Quaisquer direitos e liberdades constitucionais, individuais e coletivos. 
Franquias: nacionalidade, soberania popular e cidadania, não podendo se estender aos demais temas. 
Pressupostos
Existência de um direito constitucional fundamental;
Ausência de norma regulamentadora que impeça ou prejudique a fruição desse direito. 
Transitoriedade
A doutrina afirma que o mandado de injunção é um instituto jurídico marcado pela
transitoriedade, pois na medida em que as omissões legislativas vão se extinguindo, o referido
instituto perderia espaço. Ou seja, seu efeito é transitório, uma vez que, assim que a norma regulamentadora for criada, a falta de norma será sanada, e o MI não terá mais função. 
Teorias
As teorias dizem respeito aos efeitos, ao modo de execução... nos traz a forma pela qual a falta de norma será sanada. Temos 5 teorias, sendo que, a predominante no sistema brasileiro é a da transitoriedade. 
Transitoriedade: a decisão será meramente mandamental sem caráter executivo. Ou seja: o juiz manda fazer, mas não cobra a execução e não pune se não for feita;
Subsidiaridade: STF manda cumprir/fazer a norma regulamentadora faltante através da prolatação da sentença judicial. Limita o papel do Poder Judiciário a declarar a mora legislativa, sendo o mandado de injunção ação meramente declaratória que objetiva apenas cientificar o legislador omisso de seu estado de inércia.
Independência Jurídica: judiciário tem autonomia para regulamentar a matéria, onde, o administrador deve cumprir a lei feita pelo Judiciário. Defende uma postura ativa do órgão judiciário, a quem caberia editar a norma geral, com eficácia erga omnes, regulamentando o caso concreto até a elaboração da lei.
Resotividade: judiciário resolve o caso através de uma resolução individual ou coletiva, de acordo com o caso concreto. Acredita na atividade integrativa do Poder Judiciário, de modo a possibilitar a imediata efetivação da promessa de direito subjetivo, entretanto, a decisão final só produziria efeito inter partes.
Intermediária: notificação ao legislador para fazer a regulamentação. Caso este não faça, o judiciário faz. Poder Judiciário deveria conferir prazo para o responsável pela iniciativa legislativa sanar a omissão, ficando, ao final, o prejudicado autorizado a exercer o direito invocado, através de liquidação pela via jurisdicional ordinária, nos casos de pretensão condenatória. A eficácia inter partes perduraria até a elaboração da lei.
Efeitos
Destacam-se quatro posições:
 Teoria não-concretista: o MI jamais irá concretizar o direito, apenas vai dizer, em mora, quem deve fazer a norma. Afirma que a decisão do mandado de injunção teria a finalidade apenas de reconhecer formalmente a inércia do legislativo, não devendo estabelecer qualquer medida jurisdicional que forneça prontamente condições que viabilizem o exercício do direito constitucional objeto da omissão.
 Teoria concretista geral: diante da ausência de norma regulamentadora, cabe ao Poder Judiciário o suprimento da lacuna. Deste modo, o Judiciário, mediante sentença, regularia a omissão em caráter geral, ou seja, além de viabilizar o exercício do direito pelo impetrante do MI, também estenderia os efeitos a todos aqueles em idêntica situação (efeito erga omnes). Efeitos do MI se estende para todas as pessoas que se encontrarem na mesma situação.
Teoria concretista individual: adotada pelo STF. Segundo este entendimento, diante da lacuna, o Poder Judiciário deve criar a regulamentação para o caso específico. Ou seja, a decisão viabiliza o exercício do direito somente pelo impetrado, vez que a decisão teria efeitos inter partes.
Teoria concretista intermediária: Traduz-se na fusão da teoria não-concretista com a teoria concretista individual, vez que, preconiza o dever do Poder Judiciário, em um primeiro momento, de limitar-se a declarar a omissão ao órgão responsável pela elaboração da norma regulamentadora, fixando-lhe prazo para suprimento da lacuna. Expirado o prazo assinalado pelo Poder Judiciário, ficaria este autorizado a suprir a lacuna para o caso concreto, isto é, somente para o impetrante.
Legitimação Ativa
Os legitimados ativos são aqueles cujo direito constitucionalmente assegurado esteja inviabilizado em virtude da ausência de norma regulamentadora. (utilizam-se, por analogia, as mesmas regras do MS).
Litisconsórcio Passivo
No polo passivo, a legitimidade é da autoridade responsável pela edição de tal norma, em função da qual se fixou a competência.
Subsidiaridade: o polo será composto apenas por aquele que deve fazer a norma.
Resolutiva: o polo é formado tanto por aquele que deve fazer a norma, quanto pelo executor da norma. (Vereadores+ prefeito).
Intermediária: litisconsórcio secundário. O litisconsorte principal será aquele que deve fazer a norma, enquanto o litisconsorte secundário, só agirá caso o principal não cumpra a ordem de cumprimento. 
Competência
	STF: pode ser originária ou recursal:
	Originária: quando os entes elaboradores da norma estiverem ligados à jurisdição do STF. Podem ser normas vindas do TCU, presidência da república... Devem ser impetradas no STF diretamente.
	Recursal: STF só analisa a questão no duplo grau de jurisdição. (lembrar que só há duplo grau quando as sentenças de primeiro forem denegatórias).
	STJ: pode ser originária ou recursal:
	Originária: quando os entes elaboradores da norma estiverem ligados à jurisdição do STJ. Ex: regulamentações de ministérios.
	Recursal: duplo grau de jurisdição – sentenças denegatórias.
	DEMAIS TRIBUNAIS
	TRF, TJ (...): regulamentações que devem ser feitas por governadores são julgadas no TJ local.
	Juízes de primeiro grau federais ou estaduais: normas regulamentadas por prefeitos. 
Procedimento
Artigo 24 da Lei nº 8.038 de 28 de Maio de 1990
Art. 24 - Na ação rescisória, nos conflitos de competência, de jurisdição e de atribuições, na revisão criminal e no mandado de segurança, será aplicada a legislação processual em vigor.
Parágrafo único - No mandado de injunção e no habeas data, serão observadas, no que couber, as normas do mandado de segurança, enquanto não editada legislação específica.
Prescrição e decadência
Não há. 
Legitimação ativa
Individual: Pessoa física, pessoa jurídica pública ou privada e entes despersonalizados (espólio, sucessão, colegiados), que preencherem os requisitos para impetração do MI.
Coletiva: analogia à lei do MS -> partidos com representação no congresso, sindicatos, e associações com mais de 1 ano. Para impetrarem devem apresentar pertinência temática e capacidade postulatória através de advogado.
Legitimação passiva
Legislativo
Executivo
Judiciário
Superveniência da lei nova ou regulamento
No curso da Ação de irretroatividade (parâmetros normativos): se a norma regulamentadora surgir no decurso da ação, o MI não vai ser extinto, diferentemente do que ocorre no direito civil. O MI vai continuar, porém, seu julgamento sairá com base na lei regulamentadora, ou seja, a solução dada através da sentença vai ter parâmetro na nova lei. Isso acontece por que as normas não podem retroagir.
Coisa julgada x lei regulamentadora: se a coisa julgada sanar a falta de norma, e, logo após, surgir a norma regulamentadora, surgirá um conflito entre coisa julgada e nova lei que diverge da coisa julgada. Quem prevalece nessa colisão entre legalidade e coisa julgada? Cumprir a sentença ou a lei? Os princípios não possuem escala hierárquica, portanto, não há como dizer qual deve prevalecer. O entendimento do STF, porém, nos diz que deve prevalecer a coisa julgada em ações individuais, em função da teoria concretista individual. 
Mandado de injunção x ADO
	
	ADO
	MI
	Quanto ao objeto
	É mais ampla: versa sobre todas as normas.
	Mais restrita: versa apenas sobre normas constitucionais que não possuem regulamentação. 
	Quanto à legitimidade
	103, CF: I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V - o Governador de Estado;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
	Todas as pessoas físicas e jurídicas, inclusive entes despersonalizados.
	Quanto à competência
	STF e TJ
	Todos os juízos e tribunais, respeitado o principio da funcionalidade.
	Quanto à natureza jurídica e eficácia da sentença
	Eficácia tem parâmetro temporal e constituição em mora. 
	Não pode obrigar ninguém a cumprir a norma. Vai dar um prazo para que a lei seja criada, porém, não exige sua criação.
Liminares
Não são cabíveis medidas liminares no MI.
Recursos
Recurso ordinário só cabe em decisões denegatórias, podendo ser interposto apenas pelo autor.
Prazos
Utiliza os prazos do CPC. 
Provisório
Definitivo
Comunicação
Mandamental
Habeas data
Art. 5º, LXXII, a e b.
Lei 9507.97.
Conceito
É uma ação gratuita, garantida constitucionalmente que assegura a qualquer cidadão o livre acesso às informações existentes em registros ou bancos de dados governamentais ou de caráter público, relativas à sua pessoa, a fim de protegê-lo, por exemplo, contra o uso abusivo destas informações adquiridas de forma fraudulenta e ilícita.
Além disso, é uma garantia constitucional dos direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem, que permite o acesso e a retificação à informações referentes ao impetrante.
Objeto
Seu objetivo é conhecer, retificar ou complementar informações. 
Liquidez e certeza: deve haver liquidez e certeza quanto à existência da informação. E, para casos de retificação de informação, também há de haver liquidez e certeza quanto à autenticidade/falsidade dos documentos solicitados. 
Ação declaratória: não cabe no HD, pois ele não irá declarar, ira solicitar os documentos.
Matéria controvertida: o HD não abrange matéria controvertida.
Caráter público – objetivo: Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações.
Caráter pessoal x genérico: os sucessores também tem legitimidade para impetrar HD solicitando informações de seu antecessor. 
Banco de dados (econômicos, sanitário, familiares): sigilo não é trave para HD, pois através dele as informações solicitadas serão acessíveis. Pouco importa a natureza dessa documentação, como é catalogada ou classificada, a que fim se destina, em que órgão se encontra e quem é responsável por sua captação ou manuseio. Havendo registros (assentamento de qualquer natureza), há o direito à informação,
Recurso: a súmula 2 do STJ diz que, preliminarmente, deve-se propor HD extrajudicial, e, caso seja negado, impetra-se HD judicial.
Competência
	STF
	Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
      I -  processar e julgar, originariamente:
d)  o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
	STJ
	Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
      I -  processar e julgar, originariamente:
b)  os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
	TRF
	Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
      I -  processar e julgar, originariamente:
 c)  os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;
	JUIZES FEDERAIS
	Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
VIII -  os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
	TSE
	Julgarão os HD que contiverem informações eleitorais.
	ESTADUAIS
	Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
  § 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa doTribunal de Justiça.
Legitimação
Ordinária: não haverá HD coletivo, apenas individual. 
Ativa: é inerente à qualquer sujeito de direito. Não cabendo o litisconsórcio, nem a assistência
Passiva: o polo passivo é formado pelo sujeito de direito a que pertencem os registros ou bancos de dados. Podem ser órgãos ou entidades privadas (SPS, Serasa), entidades públicas (prefeitura). A citação será feita tanto para o órgão, quanto para seu representante. (informações da prefeitura cita a prefeitura e a PF do prefeito).
Cabimento: prejuízo material ou moral
O HD versa sobre direito de personalidade, que é clausula pétrea da atual CF. Então, HD será cabível quando as informações causarem dano moral ou material ao impetrante. Se não causar dano, não há motivo para a impetração. Portando, dano moral/material é condição da ação. Ex: inscrição indevida no SPC causa dano moral e material passível de HD.
Procedimento
Rito extrajudicial: não poderá ser proposto rito judicial sem que antes haja pedido extrajudicial. Em ambos os ritos, posso pedir para conhecer, retificar ou complementar as informações. 
O órgão do polo passivo tem prazo de 24h ou de 48h para prestar as informações e de 10 dias para complementar ou retificar. 
Rito judicial
MP: terá função de fiscal da lei;
Provas283 CPC a prova é obrigatória, sendo que ela será o pedido extrajudicial protocolado e não atendido.
Liminar: é possível, nos termos do CPC.
Fases: haverá fase de execução no próprio procedimento do HD.
Litisconsórcio: CPC.
Custas e honorários: exceto o MS, toda a ação constitucional não tem honorários. 
Recursos
Haverá em caso de sentença denegatória.
Suspensão (segurança)
Art. 17, lei 9507: só o ente público pode solicitar (ao presidente do tribunal) a suspensão da liminar, em se tratando de saúde, segurança e economia. 
Execução
A sentença fixará o prazo para prestar as informações.

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