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para o Exame de Ordem resumos OAB - Ética - Direito Processual Civil - Direito Tributário - Direito Constitucional - Direito Penal Sobre mim Eu sou Deise Emanuelli, conhecida como Manu no instagram @manudosresumos, onde eu compartilho minha rotina de estudos no curso de Direito e os estudos para o Exame de Ordem. Como forma de aprendizado eficaz, produzo resumos de assuntos complexos de forma simples e direta, através de recursos visuais, mapas mentais e macetes. Esse material gratuito é uma amostra com temas de alta incidência no exame da OAB e também um convite para que você conheça o meu método de estudos, que alinha o que realmente cai na prova: lei seca e questões comentadas. Espero que gostem. Com amor, Manu. @ m a n u d o sr e su m o s 02 ATENÇÃO Qualquer forma de reprodução, distribuição, transformação ou venda deste material só pode ser realizada com a autorização expressa da titular, ressalvadas as exceções previstas em lei. O único meio de distribuição deste material é o meu site manudosresumos.com. Qualquer outro site, meio eletrônico,mensagens via whatsapp ou grupos de redes sociais que disponibilizem a distribuição ou venda deste material ficará sujeito às penalidades cíveis e criminais previstas em lei. Para denúncias de ilegalidades, críticas ou sugestões, entre em contato pelo e-mail contato@manudosresumos.com. Conheça mais do meu trabalho no Instagram @manudosresumos. @ m a n u d o sr e su m o s 03 Sumário @ m a n u d o sr e su m o sÉTICA - Incompatibilidade e Impedimento ..................................................... 05 DIREITO PROCESSUAL CIVIL - Audiência de conciliação e mediação.... 08 DIREITO TRIBUTÁRIO - Princípio da legalidade .......................................... 10 DIREITO CONSTITUCIONAL - Remédios Constitucionais ........................ 13 DIREITO PENAL - Causas Excludentes de Ilicitude ..................................... 18 04 etica @ m a n u d o sr e su m o s Membros da MESA do Poder Legislativo = incompatíveis; Professor de direito é livre para advogar; Diretor sem poder de decisão e diretor acadêmico de direito: não há incompatibilidade; Procurador Geral tem exclusividade para o desempenho do cargo; Advogado que é juiz eleitoral pode advogar; INcompatibilidade e Impedimento É Membro do Legislativo? Pode advogar, menos contra ou a favor da Adm. Pública Demais: Pode advogar, menos contra a Fazenda Pública que o remunera Exceções ao macete: IncompaTibilidade ImPedimento Proibição TOTAL Proibição PARCIAL Definitivo: CANCELAMENTO Temporário: LICENÇA 05 etica @ m a n u d o sr e su m o s I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo II - membros de órgãos do Judiciário, do MP, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; VI - militares de qualquer natureza, na ativa; VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. incompatibilidade impedimento 06 etica @ m a n u d o sr e su m o s COMO CAI NA SUA PROVA? (FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase) João Pedro, advogado conhecido no Município Alfa, foi eleito para mandato na Câmara Municipal, na legislatura de 2012 a 2015. Após a posse e o exercício do cargo de vereador em 2012 e 2013, João Pedro licenciou-se do mandato em 2014 e 2015 a convite do Prefeito, para exercer o cargo de Procurador-Geral do Município Alfa. Diante desses fatos, João Pedro, a) em 2012 e 2013, poderia exercer a advocacia a favor de entidades paraestatais. b) em 2012 e 2013, não poderia exercer a advocacia contra empresa concessionária de serviço público estadual. c) em 2014 e 2015, poderia exercer a advocacia privada, desde que não atuasse contra o Município Alfa ou entidade que lhe seja vinculada. d) em 2014 e 2015, não poderia exercer a advocacia a favor de autarquia vinculada ao Município Alfa. GABARITO: B Comentário: Enquanto VEREADOR - João é MEMBRO DO PODER LEGISLATIVO - por isso está IMPEDIDO de advogar - PARCIALMENTE, somente contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. (Art. 30, II, EAOAB) Enquanto PROCURADOR - GERAL, é exclusivamente legitimado para exercer a advocacia vinculada à função que exerce, durante o período da investidura. (Art. 29, EAOAB) 07 https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2019-oab-exame-de-ordem-unificado-xxx-primeira-fase @ m a n u d o sr e su m o s Para que ocorra: é necessário a petição inicial preencher os requisitos, ou seja, não ser caso de indeferimento da inicial + não ser caso de improcedência liminar do pedido. Para que não ocorra: OBRIGATORIAMENTE deverão AMBAS as partes manifestarem desinteresse na realização, portanto: · Se apenas um manifestar desinteresse → vai acontecer E se for litisconsórcio? TODOS deverão manifestar desinteresse para que não ocorra, se, pelo menos um, manifestar interesse, a audiência acontecerá. Possibilidade de haver mais de uma audiência: somente acontecerá isso se necessário for a composição das partes, ou seja, se realizado mais de uma as partes poderão sair com acordo. Obrigatoriamente o interstício entre audiências não pode exceder 2 MESES da data da primeira. processo Civil Audiência de conciliação e mediação Deverá ser realizada a CITAÇÃO com 20 dias de antecedência art. 334 do Código Civil PRAZOS deverá ser marcada com 30 dias de antecedência Com motivo JUSTIFICADO → nada acontecerá SEM motivo JUSTIFICADO → ato atentatório a dignidade da justiça, gerando multa de até 2% revertida em favor da União. A audiência PODE ser realizada por meio eletrônico! E se a parte não comparecer? 08 Obrigatoriedade de comparecimento com advogado: ambas as partes deverão comparecer com seus advogados ou defensores públicos. CUIDADO: a parte não precisará ir se constituir advogado com poderes especiais para negociar e transigir. processo Civil @ m a n u d o sr e su m o sCOMO CAI NA SUA PROVA? (FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase) Maria ajuizou ação em face de José, sem mencionar, na inicial, se pretendia ou não realizar audiência de conciliação ou mediação. Assim, o juiz designou a referida audiência, dando ciência às partes. O réu informou ter interesse na realização de tal audiência, enquanto Maria, devidamente intimada, quedou-se silente. Chegado o dia da audiência de conciliação, apenas José, o réu, compareceu. A respeito do caso narrado, assinale a opção que apresenta possível consequência a ser suportada por Maria. A) Não existem consequências previstas na legislação pela ausência da autora à audiência de conciliação ou mediação. B) Caso não compareça,nem apresente justificativa pela ausência, Maria será multada em até 2% da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa. C) Diante da ausência da autora à audiência de conciliação ou mediação, o processo deverá ser extinto. D) Diante da ausência da autora à audiência de conciliação ou mediação, as alegações apresentadas pelo réu na contestação serão consideradas verdadeiras. Gabarito: B Comentário: Art. 334, parágrafo 8º do NCPC: " O não comparecimento injustificado do AUTOR ou do RÉU à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até 2% da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou Estado." 09 https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2019-oab-exame-de-ordem-unificado-xxix-primeira-fase Art. 150, I, da CF: Nenhum tributo poderá ser criado ou majorado sem lei que o estabeleça. Via de regra, somente o Poder Legislativo poderá criar ou majorar tributo, sempre mediante observação do devido processo legislativo. E o Poder Executivo não pode? Bom, a Constituição Federal reservou possibilidades, até como forma de controlar a economia e o mercado, é uma espécie de mitigação do princípio da legalidade. a) 1ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá o Poder Executivo da União mediante decreto, portaria ou resolução, alterar as alíquotas dos impostos (II, IE, IOF e IPI). Alterar significa majorar ou reduzir sem qualquer espécie de processo legislativo. EXCEÇÕES Poder Executivo- alterar alíquotas Direito tributario LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Resolução Camex Decreto/Portaria Imposto Importação Imposto Exportação iof ipi ATENÇÃO: Camex é o órgão de controle do comércio exterior do Brasil e está vinculada a administração pública federal, por esta razão lhe é possibilitada tal alteração de alíquotas. Qual a justificativa do princípio da legalidade ser mitigado nesses casos? Esses impostos são extrafiscais, ou seja, servem para regular o mercado econômico. (Art. 153 da Constituição Federal). @ m a n u d o sr e su m o s 10 b) 2ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá o Poder Executivo igualmente por meio de decreto ou convênio, reduzir ou restabelecer as alíquotas de CIDE e ICMS Combustível. ATENÇÃO: Aqui não trata-se de majoração, somente redução ou retornar o quanto era anteriormente as alíquotas. c) 3ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá o Poder Executivo também através de decreto, portaria, atualizar base de cálculo de tributo. Mas aqui é importante ressaltar: trata-se de mera atualização, recomposição da base, jamais podendo representar onerosidade ao contribuinte. d) 4ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá igualmente o Poder Executivo Federal mediante Medida Provisória criar ou majorar qualquer espécie tributária. Entretanto para que assim o faça terá de atender a dois requisitos: que o tributo possa ser criado por lei ordinária e que seja convertido em lei no mesmo ano de sua edição. e) 5ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá, o Poder Executivo alterar o prazo para pagamento de tributo por meio de decreto ou portaria. Compreende-se pela desnecessidade de norma visto tal matéria não estar disposta no artigo 97 do CTN, ou seja, não sendo necessário lei para tal realização. EXCEÇÕES E então, qual tipo de lei poderá instituir ou majorar tributo? Via de regra: lei ordinária. Porém, há 4 exceções de tributos que somente serão criados ou majorados por Lei Complementar. Direito tributario Imposto Residual - art. 154, I, CF Contribuição Social Residual - pela União - art. 195, §4º da CF Empéstimo Compulsório - pela União - art. 148 da CF Imposto sobre grandes fortunas - pela União - art. 153, VII, da CF IMPORTANTE: Se apenas Lei Complementar poderá realizar, tais tributos NÃO poderão ser criados igualmente por Medida Provisória. @ m a n u d o sr e su m o s 11 @ m a n u d o sr e su m o s Comentário: A atualização monetária (visando atualizar a perda inflacionária) da base de cálculo de tributo é uma exceção ao princípio da legalidade. Súmula nº 160 do STJ: É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. CTN, art. 97. Somente a lei pode estabelecer: II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Direito tributario COMO CAI NA SUA PROVA? (FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase) O Chefe do Executivo do Município X editou o Decreto 123, em que corrige o valor venal dos imóveis para efeito de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de acordo com os índices inflacionários anuais de correção monetária. No caso narrado, a medida a) fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode ser realizada por meio de lei em sentido formal. b) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo do IPTU dispensa a edição de lei em sentido formal. c) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU pode ser realizada por meio de decreto. d) fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU não dispensa a edição de lei em sentido formal. GABARITO: C 12 @ m a n u d o sr e su m o s direito constitucional O que são? Garantias ao exercício dos direitos fundamentais. Constam nos incisos do art. 5º da Constituição, logo, também são considerados cláusulas pétreas! - Quais são? 1) Preventivo: Demonstração de constrangimento ilegal iminente, ou seja, sempre que estiver ameaçado de sofrer violência ou coação da liberdade. Nessa hipótese, a autoridade competente expede SALVO CONDUTO assinado pela autoridade competente. Poderão o juiz e o tribunal conceder ordem de ofício, quando no curso de qualquer processo, desde que verifique que alguém sofre ou está em iminente ameaça de sofrer coação ilegal. 2) Liberatório ou repressivo: É impetrado para sanar a violência ou coação cometida ilegal ou abusivamente contra a liberdade ambulatória da pessoa. IMPORTANTE: Em ambas as espécies, nas hipóteses de perigo na demora (periculum in mora) e de "fumaça do bom direito" (fumus boni juris), ou seja, de que haja uma densa plausibilidade jurídica do pedido com o risco de sua ineficácia, se houver demora na prestação jurisdicional, o habeas corpus pode ser concedido liminarmente, inclusive sem a audiência prévia do agente ou órgão constrangedor. Objeto: o ato de agente ou órgão estatal ou que age com atribuição pública inviabilizador do direito de ir, vir e ficar sem constrangimentos ilícitos ou abusivos. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS HABEAS CORPUS PODE SER: LEGITIMADO: QUALQUER PESSOA 13 @ m a n u d o sr e su m o s direito constitucional Quando serve? a) Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. LEGITIMADOS: Qualquer pessoa física, brasileira ou estrangeira, bem como por pessoa jurídica, entes despersonalizados (massa falida, herança jacente, espólio, sociedade de fato, condomínio). A ação é personalíssima: somente poderá ser impetrada pelo titular das informações. REQUISITO ESSENCIAL: Aspecto importante do cabimento do HD diz respeito à exigência legal de que a ação somente poderá ser impetrada em Juízo diante da prévia negativa da autoridade administrativa de fornecimento (ou de retificação ou de anotação da contestação ou explicação) das informações solicitadas. Para que serve? Sempre que um direito garantido pela Constituição tem o seu exercício encontra-se condicionado à edição delei regulamentadora ulterior. LEGITIMADOS: como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora. SUJEITO PASSIVO: Figuram neste pólo os órgãos ou autoridades públicas que têm a obrigação de legislar, mas estejam omissos quanto à elaboração da norma regulamentadora. QUAL SERÁ O PEDIDO? A realização do direito inviabilizado por falta da norma regulamentadora. IMPORTANTE: O poder judiciário está autorizado no caso concreto de decidir como viabilizar o direito que está impedido de ser exercido pela mora. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS HABEAS DATA MANDADO DE INJUNÇÃO 14 @ m a n u d o sr e su m o s direito constitucional OBJETO: correção de ato ou omissão da autoridade, desde que o ato seja ilegal e que ofenda o direito individual ou coletivo, líquido e certo, do impetrante. Poderá o ato emanar de qualquer autoridade dos três poderes. SUBSIDIARIEDADE: O MS é ação de natureza residual, subsidiária, pois somente é cabível quando o direito líquido e certo a ser protegido não for amparado por outros remédios (habeas corpus, habeas data, ação popular, etc.) REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS mandado de segurança - Ato de qualquer autoridade do poder público ou por particular decorrente de delegação (comissivo ou omissivo) - Ilegalidade ou abuso de poder; - Lesão ou ameaça de lesão; - Contra lei ou ato administrativo se produzirem efeitos concretos e individualizados; - Contra ato que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo (em caso de omissão da autoridade); - Contra ato judicial de qualquer instância e natureza, desde que ilegal e violador de direito líquido e certo do impetrante e que não possa ser coibido por recursos comuns (por exemplo recurso que não enseja efeito suspensivo). LEGITIMIDADE ATIVA: a) pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil; b) universalidades reconhecidas por lei, que, embora sem personalidade jurídica, possuem capacidade processual para a defesa de seus direitos (ex: o espólio, a massa falida, o condomínio de apartamentos, a herança, a sociedade de fato, a massa do devedor insolvente, etc...); c) órgãos públicos de grau superior, na defesa de suas prerrogativas e atribuições; d) agentes políticos (governador de estado, prefeito, magistrados, deputados, senadores, vereadores, membros do MP, membros dos Tribunais de Contas, Ministros de Estado, Secretários de Estado, etc.), na defesa de suas atribuições e prerrogativas; e) o Ministério Público, competindo a impetração, perante os Tribunais locais, ao promotor de Justiça, quando o ato atacado emanar de juiz de primeiro grau. LEGITIMIDADE PASSIVA a) autoridade pública de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, bem como de suas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista; b) agente de pessoa jurídica privada, desde que no exercício de atribuições do Poder Público (só responderão se estiverem, por delegação, no exercício de atribuições do Poder Público CABIMENTO: 15 @ m a n u d o sr e su m o s direito constitucional Objeto: Anular atos comissivos ou omissivos que sejam lesivos ao patrimônio público e condenar os responsáveis pelo dano a restituir o bem ou indenizar por perdas e danos. Pedido: Anulação do ato lesivo e a condenação dos responsáveis ao pagamento de perdas e danos ou à restituição de bens e valores, conforme a letra da lei. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ação popular Atos com presunção de ilegalidade ou lesividade sujeitos à anulação por meio de ação popular: Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade PATRIMÔNIO PÚBLICO: abrange coisas corpóreas ou incorpóreas, móveis, ou imóveis, créditos, direitos, ações que pertençam a qualquer ente administrativo, bem como sua administração indireta. NÃO SÃO LEGITIMADOS: A) Quem teve cancelada a naturalização por sentença transitada em julgado; B) Quem teve sua nacionalidade cancelada administrativamente; C) Suspensão dos direitos civis por incapacidade absoluta; D) Suspensão dos direitos políticos por condenação criminal transitada em julgado; E) Perda do direito político por recusa de cumprimento de obrigação a todos impostas sem o cumprimento de prestação alternativa; F) Suspensão dos direitos políticos por condenação em ato de improbidade 16 direito constitucional REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS COMO CAI NA SUA PROVA? (FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase) Alfa, entidade de classe de abrangência regional, legalmente constituída e em funcionamento há mais de 1 ano, ingressa, perante o Supremo Tribunal Federal, com mandado de segurança coletivo para tutelar os interesses jurídicos de seus representados. Considerando a urgência do caso, Alfa não colheu autorização dos seus associados para a impetração da medida. Com base na narrativa acima, assinale a afirmativa correta. a) Alfa não tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, de modo que a defesa dos seus associados em juízo deve ser feita pelo Ministério Público ou, caso evidenciada situação de vulnerabilidade, pela Defensoria Pública. b) Alfa goza de ampla legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, inclusive para tutelar direitos e interesses titularizados por pessoas estranhas à classe por ela representada. c) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos dos seus associados, sendo, todavia, imprescindível a prévia autorização nominal e individualizada dos representados, em assembleia especialmente convocada para esse fim. d) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos da totalidade ou mesmo de parte dos seus associados, independentemente de autorização. Gabarito: D Comentário: De acordo com o art. 21 da lei nº 12.016/09 o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Súmula nº 629 do STF - a impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes. @ m a n u d o sr e su m o s 17 @ m a n u d o sr e su m o s direito penal CAUSAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE Conduta de quem, não tendo o dever legal de enfrentar o perigo atual, a qual não provocou por sua vontade, sacrifica um bem jurídico ameaçado por esse perigo para salvar outro, próprio ou alheio, cuja perda não era razoável exigir. art. 23 do Código Penal Estado de Necessidade - Perigo atual - Ameaça a direito próprio ou alheio - Situação de perigo não provocado voluntariamente pelo agente - Ausência do dever legal de enfrentar o perigo - Inevitabilidade do comportamento lesivo - Não ser exigível sacrifício do interesse ameaçado - Ter conhecimento da situação do fato justificante REQUISITOS: LEGÍTIMA DEFESA É uma causa de exclusão da ilicitude que consiste em repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, usando moderadamente dos meios necessários. Requisitos: - Agressão injusta, atual ou iminente - Reação com os meios necessários - Uso moderado dos meios necessários IMPORTANTE: Atual é a agressão que está acontecendo, ou seja, o efetivo ataque já em curso no momento da reaçãodefensiva. Iminente é a que está prestes a ocorrer. Nesse caso, a agressão ainda não teve início, mas poderá ocorrer em momento imediato. E em caso de excesso? Se doloso, o agente responde pelo resultado dolosamente. No excesso culposo, o agente responderá pelo resultado produzido a título de culpa. 18 @ m a n u d o sr e su m o s direito penal CAUSAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE O CP não dispôs sobre o conceito e requisitos do estrito cumprimento do dever legal, entretanto, estará amparado por esta excludente: O agente que praticar um fato típico em face do cumprimento de um dever observando rigorosamente os limites impostos pela lei, de natureza penal ou não. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL É destinada precipuamente aos agentes que exercem atividade pública, tal como funcionário público ou agente público que age por ordem da lei. Também alcança o particular que exerce função pública, ainda que temporariamente, como, por exemplo, o jurado, mesário da Justiça Eleitoral. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Também não há no CP dispositivo estabelecendo o conceito e as características do exercício regular do direito, limitando-se o legislador a indicar que se trata de excludente de ilicitude, nos termos do artigo 23, III, do Código Penal. Qualquer direito, público ou privado, penal ou extrapenal, regulamente exercido, afasta a antijuridicidade. Mas o exercício deve ser regular, isto é, deve obedecer a todos os requisitos objetivos exigidos pela ordem jurídica. 19 direito penal como cai na sua prova? (FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase) Yuri foi denunciado pela suposta prática de crime de estupro qualificado em razão da idade da vítima, porque teria praticado conjunção carnal contra a vontade de Luana, de 15 anos, mediante emprego de grave ameaça. No curso da instrução, Luana mudou sua versão e afirmou que, na realidade, havia consentido na prática do ato sexual, sendo a informação confirmada por Yuri em seu interrogatório. Considerando apenas as informações expostas, no momento de apresentar alegações finais, a defesa técnica de Yuri deverá pugnar por sua absolvição, sob o fundamento de que o consentimento da suposta ofendida, na hipótese, funciona como a) causa supralegal de exclusão da ilicitude. b) causa legal de exclusão da ilicitude. c) fundamento para reconhecimento da atipicidade da conduta. d) causa supralegal de exclusão da culpabilidade. Gabarito: C Comentário: O consentimento do ofendido não está previsto em lei - criação da doutrina. Logo, o consentimento do ofendido não é previsto em lei, descartando assim a assertiva b e d. Ademais, o simples fato de ter conjunção carnal com alguém, com exceção dos vulneráveis (menores de 14 anos anos), não é considerado ILÍCITO, assim não é possível consentir para algo que não é crime para que seja excluído sua ilicitude. Destarte, o consentimento da menina serviu apenas para configurar a ATIPICIDADE DA CONDUTA.@ m a n u d o sr e su m o s 20 https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2020-oab-exame-de-ordem-unificado-xxxi-primeira-fase obrigada! Esse é um material gratuito, um presente e um convite para você conhecer um pouco mais o meu trabalho, se você gostou dessa forma de conteúdo como revisão, pode ter certeza que tem muito mais em @manudosresumos, te espero lá! @ m a n u d o sr e su m o s 21
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