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RESUMO DE ECONOMIA INTERNACIONAL

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RESUMO DE ECONOMIA INTERNACIONAL 
Balança de Pagamentos (BP)
Definição: registro sistemático das transações econômicas entre residentes e não residentes na de um país durante determinado período de tempo.
Considera-se residente de um país aquele que está engajado em atividade econômica por pelo menos um ano neste país. São considerados residentes no Brasil todos os indivíduos que vivem aqui em caráter permanente, os que estão transitoriamente no exterior em viagem de negócios, estudo, turismo; todas as empresas aqui instaladas, independente da origem do capital. Um brasileiro que viva no exterior por mais de um ano é considerado não-residente.
Estrutura do BP
As transações econômicas que contam do balanço de pagamentos envolvem bens, serviços, rendas, doações, direitos e obrigações. Os principais grupamentos, por seu volume e interesse analítico, são as transações correntes (TC) e a conta financeira (CF).
Transações Correntes (TC)
São as transações do balanço de pagamentos que produzem fluxos de bens reais, ou seja, movimentação de bens, serviços e rendas entre residentes e não residentes de um país. Subdivididas em: balança comercial (BC), balança de serviços (BS), renda primária (RP) e renda secundária (RS).
TC = BC + BS + RP + RS
Balança Comercial: registra o saldo das exportações e importações de mercadorias pelo valor FOB (free on board). Essa conta engloba todas as trocas de propriedade de bens móveis entre residentes e não residentes de um país.
Balança de Serviços: registra as transações nacionais com intangíveis; registra o saldo dos serviços prestados e recebidos pelos residentes de um país.
Manufatura sobre insumos físicos pertencentes a outros, transportes (frete e passageiros), seguros (bens e vida), viagens internacionais (inferior a um ano), serviços financeiros (linhas de crédito, leasing financeiro, transações de câmbio e outros), serviços de computação e de informação, royalties e licenças (marcas, direito-autorais, patentes, franquias e outros), manutenção e reparos, aluguel de equipamentos (inclui fretamento de aviões, de navios etc.), serviços governamentais (embaixadas, consulados, militares e outros), serviços de comunicação (serviços postais e de telecomunicações), serviços de construção, serviços de comércio, serviços empresariais, profissionais e técnicos, serviços pessoais, culturais e de recreação.
Renda Primária: essa conta é composta por salários e ordenados e renda de investimentos 
Renda Secundária: registra transferências correntes entre residentes e não residentes.
2. Conta Capital (CC) 
A conta Capital registra as transações relativas à aquisição/alienação de bens não financeiros não produzidos e as transferências unilaterais de capital.
3.  Conta Financeira (CF) 
A conta financeira registra as transações relativas à formação de ativos e passivos externos. Essa conta foi estruturada de forma que evidencie as transações ativas e passivas por tipo de instrumento financeiro. Foi dividida em cinco categorias funcionais: investimentos diretos (ID), investimentos em carteira (IC), derivativos (DR), outros investimentos (OI) e ativos de reserva (AR).
CF = ID + IC + DR + OI + AR
Ps: ativo representa um direito (+) e passivo representa um dever (-). 
4. Erros e Omissões 
Surgem em função de equívocos existentes no registro das operações do país com o exterior.
Se o balanço totaliza saldo líquido diferente de zero, esta conta tem o papel de realizar o balanceamento do conjunto das contas, isto é, compensar a sobrestimação ou subestimação dos demais componentes e fechar o balanço. 
REGISTRO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 
Os registros das transações do balanço de pagamentos obedecem às regras da contabilidade, ou seja, ao método das partidas dobradas, segundo a qual um débito em uma conta corresponde a um crédito em outra e vice versa. 
O valor total das exportações (receitas) menos o valor total das importações (despesas) dá o saldo da balança comercial, que pode apresentar déficit (sinal negativo) se as receitas de exportação tiverem valor absoluto inferior ao das despesas com a importação. 
Da mesma forma, nas contas de serviços e de rendas, receitas e despesas são lançadas com um sinal positivo. Os respectivos saldos resultam das diferenças entre receitas e despesas. 
Na conta financeira, tanto as aquisições de ativos financeiros (aumento de ativos) como as captações de recursos externos (aumento de passivos) são lançadas com sinal positivo. As reduções de ativos e passivos são lançadas com sina negativo. O saldo da conta corresponde à diferença entre as variações de ativos e passivos. 
	SÍNTESE DA CONVENÇÃO DE SINAIS 
	Transacoes 
	Receitas 
	Despesas
	Saldo
	TC - Transações Correntes 
	+
	+
	Receitas - despesas = +/-
	CC - Conta Capital
	+
	+
	Receitas - despesas = +/-
	CF - Conta Financeira 
	+
	+
	Concessão - captação = +/- 
A todo credito corresponde um débito, e isso fa com que o saldo de todas as contas seja necessariamente igual à zero. Entretanto frequentemente as contas não fecham, ou seja, TC + CC + CF ≠ 0. Para compensar as informações sobre ou subestimadas nas contas TC, CC e CF, o balanço de pagamentos inclui a conta de erros e omissões (EO):
TC + CC + CF + EO = 0
O saldo do balanço de pagamentos (BP) do país é determinado pelo saldo da conta de ativos de reserva (AR).  O Aumento dos ativos de reserva será lançado com sinal positivo e a redução com sinal negativo. Assim o saldo dessa conta corresponde à diferença entre entradas e saídas de ativos de reserva e:
BP = AR
Se houver mais entradas de ativos de reserva que saídas AR > 0 e o BP registra superávit. Quando houver mais saídas que entradas de ativos de reserva, AR < 0, resultando em déficit em BP. 
FMI
Organismo internacional encarregado de auxiliar os países a enfrentar seus desajustes nos BPs. Sua lógica é que a ocorrência de sucessivos superávits é sinal de sucesso na política econômica e a persistência de déficits elevados é considerada problema que compromete o futuro do país e a própria estabilidade do sistema econômico mundial.
O comprometimento do futuro pode ser amenizado se parte do excesso de gastos for coberto por investimentos diretos. É natural que o investidor estrangeiro detenha o direito de revender seus ativos e repatriar seus capitais, mas, como a transação envolve custos, existe a expectativa de permanência. Essa expectativa fundamenta o emprego do conceito de necessidade de financiamento (NF), que é igual à diferença entre o saldo em TC e os investimentos diretos (I) de estrangeiros direcionados à produção. 
NF = TC – ID
TC < 0 → país apresenta 
Quanto maior a parcela de déficit coberta por investimentos diretos, menor a necessidade de financiamento. A parte do déficit em transações correntes não compensada por investimento direto gera dependência externa e incertezas para o país. 
A ABORDAGEM DA DÍVIDA EXTERNA
Um país que mantêm relações econômicas com o resto do mundo tanto pode receber como enviar bens, serviços rendas e fatores de circulação ao exterior. Se as vendas de bens de e serviços e o ingresso de rendas superam as compras de bens e serviços e a saída de rendas o país apresenta superávit nas transações correntes do balanço de pagamentos. Em caso contrário, há déficit e os residentes do país estão aumentando sua dívida com o exterior. Essas conclusões são derivadas da própria contabilização do balanço de pagamentos.
MK → Movimento de capital → soma das contas capital e financeira → MK = CC + CF 
Da contabilização do balanço de pagamentos verifica-se que o saldo das transações correntes é coberto por igual fluxo de capitais. Isso pode ser expresso pela seguinte identidade contábil:
TC = MK
Dessa expressão pode-se concluir que, se TC > 0, ha um aumento correspondente dos ativos externos líquidos em poder dos residentes no país no mesmo valor. Se os recebimentos excedem os pagamentos, há superávit em TC e equivalente movimento de capitais, que resulta em aumento dos ativos financeirose/ou ingresso líquido de reservas. 
Se TC < 0, o país recebeu mais que enviou bens e serviços e/ou enviou mais rendas do que recebeu. Aumentam, portanto, suas obrigações para com o resto do mundo. Isso porque o déficit em transações correntes exige equivalente movimento de capitais para cobrir o excesso de gastos. 
Se o país optar por dispor de reservas para cobrir esse excesso, o pagamento corresponde à redução do estoque de ativos acumulado nos períodos anteriores. Quando o caminho for o maior endividamento, os recursos podem provir da conta financeira, isto é, de investimentos diretos, investimentos em carteira, derivativos e outros investimentos. Na impossibilidade de dispor de reservas ou de capitais obtidos com não residentes do setor privado, o país é obrigado a buscar empréstimos de regularização para saldar seus compromissos externos, e o FMI é o credor mais provável. 
Em resumo, como o déficit em transações correntes implica o mesmo montante de MK para o seu financiamento, o país é forçado a vender ativos ou a aumentar passivo externo. Isso pode ser interpretado como uma troca entre o presente e o futuro. O comprometimento do futuro pode ser amenizado se parte do excesso de gastos dos residentes for coberta por investimentos diretos, que envolvem a transferência da propriedade de ativos reais ou de quotas ou ações de empresas, de forma que o comprador passe a deter o controle da empresa receptora do investimento. 
É natural que o investidor estrangeiro detenha o direito de revender seus ativos e repatriar seus capitais, mas, como a transação envolve custos, existe a expectativa de permanência. Essa expectativa fundamenta o emprego do conceito de necessidade de financiamento (NF), que é igual à diferença entre o saldo em TC e os investimentos diretos (I) de estrangeiros direcionados à produção. 
NF = TC – ID
TC < 0 → país apresenta deficit 
Quanto maior a parcela de déficit coberta por investimentos diretos, menor a necessidade de financiamento. A parte do déficit em transações correntes não compensadas por investimento direto gera dependência externa e incertezas para o país.
ABORDAGEM DA ABSORÇÃO
Numa economia fechada, a demanda agregada (DA) engloba consumo (C), investimento (I) e gastos públicos (G) e o equilíbrio ocorre quando a poupança agregada (S) se iguala ao investimento (S = I). Já numa economia aberta, há que se incluírem as trocas com o resto do mundo, o que pode tornar S diferente de I. 
Com a abertura, parte dos gastos dos residentes é realizada no exterior. São as importações (M) e exportações (X) e o saldo dessas contas é denominado transferência líquida de recursos (TLR: X – M + BS) 
Logo, numa economia aberta à demanda agregada do país é:
DA = C + I + G + (X – M)
A demanda agregada dos residentes limita-se às despesas de consumo, investimento e gastos públicos, conjunto denominado absorção (A):
A = C + I + G
Como o PIB = C + I + G + (X – M), temos que PIB = A + (X – M). 
O PIB é a expressão monetária da soma dos bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras nacionais em determinado período de tempo. Quando um país mantém relações econômicas com o resto do mundo, alguns fatores empregados na produção doméstica são propriedades de não residentes e, por outro lado, residentes também são proprietários de fatores empregados no exterior. A remuneração pelo emprego desses fatores é, naturalmente, remetida para o país de origem. O saldo líquido dessas receitas e remessas é chamado renda líquida recebida do exterior (RLRE). 
O produto nacional bruto (PNB) expressa à produção (ou renda) que pertence aos residentes do país, enquanto o PIB expressa o que é produzido no país. Então o que distingue PIB de PNB é a RLRE:
PNB = PIB + RLRE
Se RLRE > 0, o país mais recebe que envia recursos como remuneração pelos fatores de produção, logo, PNB > PIB. Se RLRE < 0, o país envia mais renda do que recebe como remuneração pelos fatores de produção, com isso, PNB < PIB. 
Concluí-se que:
PNB = A + (X – M) + RLRE
TC = (X – M) + RLRE, logo, TC = PNB – A. 
Podemos concluir que se PNB < A, o BP em conta corrente é deficitário (TC < 0), se PNB > A há superávit em conta corrente (TC > 0).
Se um país tem déficit, está gastando além de suas posses, e uma forma de equacionar problemas no BP é reduzir a absorção, induzindo a queda nas importações de bens e serviços e estimulando a exportação. 
INVESTIMENTO, POUPANÇA E TRANSAÇÕES CORRENTES.
Em vez de concluir que o país tem déficit porque gasta mais do que pode, é possível argumentar que é porque investe mais do que poupa.
Parte do PNB é apropriado pelo governo na forma de tributação (T) e o restante é a renda disponível (Y) em poder do setor privado (PNB = Y + T)
A renda disponível pode ser consumida (C) ou poupada (S), logo, C = Y – S. 
Substituindo PNB e C na expressão PNB = C + I + G + (X – M) + RLRE, temos que: 
(X – M) + RLRE = (S – I) + (T – G)
Já que TC = (X – M) + RLRE, temos que: TC = (S – I) + (T – G).
Onde: (S – I) = poupança do setor privado e (T – G) = poupança do governo.
Conclui-se que: se a poupança total é inferior aos investimentos, então TC < 0, e esse déficit estão sendo financiado por não residentes do país. Ainda, quando aumentam os investimentos ou os gastos públicos, há uma tendência a aumentar o déficit em transações correntes, piorando a posição externa do país. Já aumentos da tributação e da poupança melhoram o balanço de pagamentos em transações correntes.
Outra forma de escrever: 
TC = Sp + Sg – I
I = Sp + Sg + Sext 
ECONOMIA ABERTA	
Um país realiza série de transações econômicas com residentes de outros países. Estas fazem-se tanto por meio do comércio de bens e serviços, quanto com ativos. 
As transações internacionais permitem uma série de ganhos de eficiência, tais como:
Especialização na produção de bens em que o país possua vantagens comparativas, possibilitando a obtenção de uma massa de produtos maior com a mesma quantidade de fatores de produção (desloca-se a curva de possibilidades de produção para a direita, aumentando-se o bem-estar do país).
Diversificação dos produtos a que os cidadãos têm acesso. 
Diversificação das opções de portfólio dos agentes, reduzindo-se o risco.
Possibilidade de antecipação do consumo futuro pelos residentes, recorrendo ao endividamento externo.
Ampliação da concorrência nos mercados domésticos, limitando o poder dos oligopólios e monopólios.
As transações entre os residentes de um país e o resto do mundo são registradas na balança de Pagamento. Que se dividem em CC, associadas aos fluxos de bens e serviços, e o Movimento de Capitais, ligado aos direitos e as obrigações.
A taxa de câmbio:
A Taxa de câmbio mostra qual é a relação de troca entre duas unidades monetárias diferentes, ou seja, o preço relativo entre diferentes moedas.
Chamamos a relação entre quantidades de moeda de taxa de câmbio nominal. Dizemos que ocorreu uma valorização nominal de câmbio quando a moeda nacional ficou relativamente mais cara que a moeda estrangeira em termos monetários, ou seja, uma unidade de moeda nacional compra mais unidades de moeda estrangeira.
Já quando a moeda de um país passa valer relativamente menos em comparação com uma moeda estrangeira, dizemos que ocorreu uma desvalorização nominal. 
Para determinar os fluxos comerciais entre os países, a taxa de câmbio relevante é a chamada taxa de câmbio real, que corresponde aos preços relativos entre o produto nacional e o estrangeiro (ou vice-versa, conforme se define a taxa de câmbio nominal). No caso brasileiro, a taxa de câmbio real pode ser obtida pela seguinte expressão:
Assim, EP* é o preço do produto estrangeiro, em R$, com o que a taxa de câmbio real é, na verdade, a razão entre o preço do produto estrangeiro e o preço do produto nacional, ambos medidos em reais.
Uma desvalorização da taxa de câmbio real significa que o produto nacional ficou relativamente mais barato que o estrangeiro estimulando a demanda por estes produtos, tanto pelas exportações quanto pela diminuição dasimportações. Se os preços se mantiverem constantes em ambos os países, uma desvalorização nominal da taxa de câmbio acarretará uma desvalorização real, barateando o produto nacional. 
A taxa de câmbio efetiva. A taxa de câmbio nominal estabelece uma cotação entre duas moedas, e taxa de câmbio real o preço relativo do produto de dois países expressos na mesma moeda. Entretanto, um país não possui, em geral, um único parceiro comercial, mas vários. O Brasil transaciona com os países do MERCOSUL, da Comunidade Económica Europeia, com os EUA, o Japão e vários outros países. Ao calcularmos a taxa real de câmbio, deveríamos considerar a relação de preços com todos os parceiros comerciais. É Isso que a taxa de câmbio efetiva busca medir, ao ponderar as diversas taxas reais de câmbio, de acordo com a importância dos parceiros comerciais. 
Regimes cambia is:
No regime de câmbio fixo, o Banco Central determina o valor da taxa de câmbio, e se compromete a comprar e vender divisas a taxa estipulada. Para que este regime funciona o BACEN deve possuir moeda estrangeira em quantidade suficiente para atender uma situação de excesso de demanda por essa moeda (situação de déficit na BP) a taxa estabelecida, bem como deve aceitar a perda de graus de liberdade na condução da política monetária, adquirindo qualquer excesso de oferta de moeda estrangeira (superávit na BP). Notamos que, uma vez fixada à taxa de câmbio, a atuação do BACEN faz-se no sentido de garantir essa taxa.
Nesse regime nem uma situação de déficit persistentes nem de superávits persistentes são sustentáveis em longo prazo. Quanto à primeira situação, o volume de reservas torna-se uma restrição, uma vez que com sucessivos déficits, as reservas se esgotarão. Já quando existem superávits sucessivos e acúmulos crescentes de reservas pelo país, isso terá um custo de oportunidade, representada por uma restrição ao aumento do bem-estar da sociedade (sacrifica-se consumo presente). Assim, nenhuma destas situações é desejável de modo persistente. 
(Se a taxa de câmbio diminuiu a oferta diminui, pois ao mesmo tempo em que as importações aumentam as exportações diminuem, a demanda aumenta, pois todo mundo vai começar a comprar dólar). 
Se a diminuição de oferta de moeda o Banco Central deve intervir para que a oferta aumente.
Vantagens: a estabilidade da taxa de câmbio promove o comércio internacional
Desvantagens: há uma perda de graus de liberdade na condução da política monetária 
→ restritiva = aumento de taxa de juros e diminuição de oferta de moeda.
→ expansionista = diminuição da taxa de juros e aumento da oferta de moeda.
“A política monetária no câmbio fixo deve ser restritiva porque a taxa de juros deve ser alta” → Com a taxa de juros alta há o incentivo para o aumento do investimento do capital estrangeiro (CF) no país. 
Déficit no BP representa mais saída do que entrada, ou seja, demanda por divisas é maior.
Se o BACEN compra divisas aumenta a oferta se vende aumenta demanda. 
No regime de taxas flutuantes de câmbio, sua característica básica é que a taxa de câmbio deve ajustar-se de modo a equilibrar o mercado de divisas. Em uma situação de excesso de demanda por moeda estrangeira, esta terá seu preço elevado, ou seja, a moeda nacional se desvalorizou. Quando houver um excesso de oferta de moeda estrangeira, seu preço cairá, isto é, a moeda nacional se valorizará. O princípio básico do regime de câmbio flutuante é um mercado de divisas do tipo concorrência perfeita, sem intervenções do BACEN, de modo que qualquer desequilíbrio seja prontamente eliminado pelo mecanismo de preço (alteração da taxa de câmbio). Com isso o Balanço de Pagamentos estará sempre em equilíbrio, pois os déficits (excesso de demanda por divisas) tendem a desaparecer com a desvalorização cambial, e eventuais superávits (excesso de oferta) são afastados com a valorização da moeda nacional. 
Como o BACEN não tem que intervir no mercado de divisas para garantir o valor da moeda nacional, este pode perseguir por meio da política monetária outros objetivos que não a simples manutenção da taxa de câmbio fixa. O mercado determina a taxa de câmbio, tornando-a menos sujeita às arbitrariedades das autoridades governamentais, e as liberdade dada à política monetária são as principais vantagens atribuídas ao sistema de câmbio flutuante. 
“Quanto menos o BACEN intervém mais bem visto é no mercado.”
No câmbio flexível o país não precisa se preocupar com o setor externo. No câmbio flexível BP tende sempre a zero. Ou seja, a taxa de câmbio vai flutuar em resposta a qualquer desequilíbrio no BP (superávit ou déficit) reequilibrando-a. 
Outra vantagem é que a flexibilidade da taxa de câmbio blinda a economia do país contra choques externos.
Choque adverso: recessão da economia mundial = diminuição no X
Choque positivo: expansão da economia mundial = aumenta de X
Algumas desvantagens são associadas a este sistema. A principal delas refere-se à instabilidade em virtude da maior volatilidade da taxa de câmbio. As maiores flutuações das taxas podem desestabilizar os fluxos comerciais, restringindo o comércio internacional (ressurgimento do protecionismo) e, ao ampliar a incerteza, podem levar a reduções nos investimentos. 
O regime de direta floating (Flutuação Suja) conta com o princípio básico do regime flutuante, mas ao contrário daquele, que preconiza a determinação da taxa de câmbio em um mercado livre do tipo concorrência perfeita, neste a determinação contínua dando-se no mercado, em cujo funcionamento existe a presença de um grande ator que consegue influir na taxa: as intervenções do BACEN, que tentam balizar os movimentos desejados da taxa de câmbio. 
Nesse regime o BACEN intervém comprando ou vendendo divisas. Quando a moeda está desvalorizada compra e quando está valorizada vende
O regime de bandas cambiais é o regime que fixa-se uma taxa de câmbio central, e um intervalo aceito de variação para cima e para baixo. Enquanto a taxa de câmbio estiver dentro do intervalo estipulado, sua determinação segue o sistema flutuante; atingidos os limites, o BACEN age como se fosse um sistema de câmbio fixo.  Ao atingir o limite máximo de desvalorização aceito, o BACEN entra no mercado vendendo moeda estrangeira, e ao atingir o limite de valorização o BACEN intervém, comprando moeda estrangeira. Em geral, os bancos centrais também executam intervenções entra margens para evitar que se atinjam os limites estipulados.

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