Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Sobral/Ce, 2017 1 AGLOMERANTES 2 São utilizados na obtenção das argamassas e concretos, na forma da própria pasta e também na confecção de natas. Aglomerantes são materiais ativos, ligantes, em geral pulverulentos, cuja principal função é formar uma pasta que promove a união entre os grãos do agregado. Universidade Estadual Vale do Acaraú Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Engenharia Civil Disciplina: Materiais de Construção I Semestre 2016.2 AGLOMERANTES: CAL E GESSO 1 2 CAL 4 AGLOMERANTES 3 Têm reação devido a polimerização de uma matriz. Ex. de polímeros: neoprene, silicone, epóxi. Endurecem pela ação química do CO2 no ar. Endurecem pela ação exclusiva da água. 6 3 CAL A cal é proveniente das rochas carbonáticas sedimentares. Calcários mineral predominante: calcita = CaCO3 = (CaO.CO2) Dolomitos mineral predominante: dolomita = (Ca, Mg)(CO3)2 = (CaCO3.MgCO3) = (CaO.MgO. 2CO2) CAL A cal é um aglomerante inorgânico, produzido a partir de rochas carbonáticas, composto basicamente de cálcio e magnésio, que se apresenta na forma de um pó muito fino. 5 8 4 CAL Extração da matéria-prima e britagem; Seleção da faixa granulométrica ótima e transporte para o forno; Calcinação e controle do grau de calcinação; Moagem adequada; Armazenamento da cal virgem; Hidratação e moagem; Ensacamento e distribuição para comercialização. CAL CAL AÉREA: CAL HIDRÁULICA: 7 Existem duas formas de cal no mercado: cal virgem e cal hidratada. oriunda do calcário argiloso. Foi muito utilizada nas construções mais antigas, sendo posteriormente, substituído pelo cimento Portland. Cal virgem: constituída predominantemente de óxidos de cálcio e magnésio. Cal hidratada: de uso mais comum na construção civil, é constituída de hidróxidos de cálcio e de magnésio, além de uma pequena fração de óxidos não hidratados e de carbonatos de cálcio e magnésio. 5 CAL 10 A qualidade de uma cal está relacionada ao seu processo de fabricação desde o controle de qualidade do minério até a forma de hidratação. CAL 9 s – fase sólida g – fase gasosa 6 CAL 12 Q = calor CAL A reação de hidratação da cal virgem (CaO e MgO) é fortemente exotérmica. CaO + H2O Ca(OH)2 MgO + H2O Mg(OH)2 Ocorre rapidamente (± 20 min) Em geral, a proporção cal:água é da ordem de 1:2 ou 1:3 11 7 CAL 14 CAL EXPANSÃO DA CAL USADA EM ARGAMASSA DE REVESTIMENTO: Ocorre quando a cal virgem não foi completamente hidratada durante o seu processo de produção, fazendo com que esta hidratação ocorra após o endurecimento da argamassa de revestimento. Como a hidratação dos óxidos ocorre com aumento de volume do material, ocorrerá o fenômeno de expansão dos óxidos hidratados que provocará a destruição da ligação argamassa-base com “pipocamento” do revestimento. 13 óxidos não hidratados ou óxidos livres 8 CAL 90% 16 CO2 Indica o grau de calcinação da matéria-prima. Indica a pureza da matéria-prima empregada na produção da cal. Óxidos totais: CaO e MgO CAL 15 9 CAL ABNT NBR 7175: Cal hidratada para argamassas - Requisitos. 18 CAL 1 – FINURA É a característica que tem maior influência nas propriedades de emprego da cal, pois quanto mais finas as partículas, maior volume de água será adsorvida e mais rápida será a dissolução, dando à argamassa a consistência plástica que resulta em facilidade de aplicação e maior rendimento de trabalho. 17 OBS: Os grãos grossos de óxidos são os que hidratam após aplicação da argamassa de cal e provocam o pipocamento observado na superfície da camada de reboco do revestimento da alvenaria. 10 CAL 1 – Argamassa 2 – Tinta à base de cal 3 – Bloco sílico-calcário 20 CAL 2 – Retenção de água É um resultado da elevada superfície específica da cal. Requisito da cal importante para as argamassas porque: contribui para a hidratação do cimento; auxilia na retenção de água quando a argamassa é aplicada sobre uma base absorvente aumenta o tempo para realização do acabamento; favorece a resistência de aderência da argamassa. ABNT NBR 9290 - Cal hidratada para argamassas: determinação de retenção de água. 11 GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL Dos aglomerantes utilizados na construção civil, o gesso é o menos utilizado no Brasil, mas possui características interessantes que favorecem sua aplicação: endurecimento rápido produção de componentes sem tratamento de aceleração de endurecimento; alta plasticidade da pasta fresca; lisura da superfície endurecida. 22 GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 21 23 24 12 GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL PRODUÇÃO DO GESSO DE CONSTRUÇÃO: Extração do minério, realizada em geral a céu aberto. Britagem e moagem grossa. Estocagem com homogeneização. Secagem da matéria-prima, pois a umidade pode chegar a 10%. Calcinação, moagem fina e ensacamento. Reservas brasileiras de gipsita: Pará, Pernambuco, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Tocantins. rocha sedimentar evaporito GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL É um material produzido por calcinação do minério natural gipso (sulfato de cálcio dihidratado) constituído essencialmente de: sulfato de cálcio hemidratado, anidritas solúvel e insolúvel, gipsita, aditivos retardadores do tempo de pega. As propriedades do gesso dependem do teor relativo desses constituintes. 13 GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL PRODUÇÃO DO GESSO DE CONSTRUÇÃO: 26 GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL PRODUÇÃO DO GESSO DE CONSTRUÇÃO: 25 14 GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL HIDRATAÇÃO, PEGA E ENDURECIMENTO DO GESSO: Do ponto de vista prático, a pega do gesso se encerra em cerca de 45 minutos, mas o material continua ganhando resistência até cerca de 20 horas. A pega e o endurecimento são influenciados pelos seguintes fatores: 28 aditivos químicos finura e forma dos grãos Temperatura da água relação água/gesso velocidade e tempo de mistura origem da matéria- prima e impurezas GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL HIDRATAÇÃO, PEGA E ENDURECIMENTO DO GESSO: A hidratação é um fenômeno químico no qual o material anidro em pó é transformado em dihidrato. O mecanismo de hidratação ocorre em três etapas: 1º - fenômeno químico de dissolução; 2º - fenômeno físico de cristalização; 3º - fenômeno mecânico de endurecimento. Logo após o contato do gesso com a água, forma-se uma pasta homogênea que, após poucos minutos, torna-se consistente e trabalhável. Esta consistência aumenta até o endurecimento, quando a pasta ganha resistência. 27 As reações de hidratação são inversas às da formação dos produtos: o hemidrato e as anidritas regeneram a gipsita. 15 Sequência de aplicação de pastas de gesso e os estágios de hidratação. GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 1 - Revestimentos com pasta de gesso O preparo de pastas de gesso é governado por dois fatores básicos: a necessidade de viscosidade adequada para a aplicação sobre a base; o tempo útil (tempo em que essa viscosidade é mantida). O gesseiro, pela sua experiência, define o teor de água adequado (relação a/g). A aplicação requer experiência para se evitar o desperdício devido ao curto tempo de pega. 29 32 16 GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2 - Gesso acartonado As chapas de grandes dimensões finas de gesso revestidas externamente por duas lâminas de papel, são denominadas comercialmente no Brasil de drywall. O papel kraft que reveste serve de reforço para os esforços de tração, o que permite o manuseio seguro de chapas de grandes dimensões e confere resistência a esforços de uso. Combinando papel e gesso, o produto é sensível a ambientes úmidos, podendo apresentar degradação total ou biodeterioração da superfície. Para aplicação em ambientes úmidos recebe tratamento com hidrofugante. Bom desempenho na proteção de estruturas contra o efeito de incêndio. 31 33 17 GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 3 - Placas e outros componentes de gesso Placas lisas de gesso moldado, com dimensões de 60cm x 60cm, com borda reforçada para forros suspensos. Perfis moldados, em complementação às placas de gesso, utilizados para a realização de acabamento de bordas e produção de detalhes arquitetônicos, como sancas. Blocos de gesso moldados para uso em alvenarias. Permite boa produtividade na elevação da alvenaria. Fibro-gesso: a fibra é adicionada para melhorar a resistência à tração e ao impacto. Porta corta-fogo. Isolante acústico.
Compartilhar