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CONTRATO DE EMPRÉSTIMO 
 
É o contrato pelo qual uma pessoa entrega a outra, gratuitamente, uma coisa, para que dela se sirva, 
com a obrigação de restituir; duas são suas espécies elencadas pelo Código Civil de 2002: 
COMODATO (artigos 579 a 585 do CC/2002) e o MÚTUO (artigos 586 a 592 do CC/2002). 
 
OBS: Não se deve confundir Contrato de Mútuo com o Contrato de Doação. 
 
 
COMODATO (Empréstimo de Uso) 
 
01- Conceito (Artigo 579 do CC/2002) 
Comodato é o contrato unilateral, a título gratuito, pelo qual alguém entrega a outrem coisa infungível 
(não fungível) e inconsumível, para ser usada temporariamente e depois restituída. 
 
02 – Características/ Classificação: 
Unilateral, gratuito, real e intuitu personae; infungibilidade; temporalidade; obrigatoriedade da 
restituição da coisa emprestada; Não solene. 
 
03 – Partes e Obrigações 
3.1 - Comodatário -> Aquele que toma emprestada a coisa. 
Terá as seguintes obrigações: 
a) guardar e conservar a coisa emprestada com se fosse sua; 
b) limitar o uso da coisa ao estipulado no contrato ou de acordo com sua natureza; 
c) restituir a coisa emprestada in natura no momento devido; 
d) responder pela mora; 
e) responder pelos riscos da coisa; 
f) responsabilizar-se solidariamente, se houver mais comodatários. 
 
3.2 – Comodante -> Aquele que empresta algo não fungível. 
O comodante tem como obrigações não pedir restituição do bem, pagar as despesas extraordinárias e 
necessárias e responsabilizar-se, perante o comodatário, pela posse útil e pacífica da coisa dada em 
comodato. 
 
04 - Extinção do Comodato 
Ter-se-á a extinção do comodato com o advento do prazo convencionado, a resolução por inexecução 
contratual, a resilição unilateral, o distrato, a morte do comodatário e com a alienação da coisa 
emprestada. 
 
MÚTUO (Empréstimo de Consumo) 
 
01 – Conceito (Artigos 486 e 487 do CC/2002) 
 
Mútuo é o contrato pelo qual um dos contraentes transfere a propriedade de bem fungível e 
consumível entregando ao outro, que se obriga a lhe restituir coisa do mesmo gênero, qualidade e 
quantidade. 
 
02 – Características/Classificação 
É um contrato real, gratuito e unilateral; temporalidade; fungibilidade da coisa emprestada; 
translatividade de domínio do bem emprestado; Não Solene, obrigatoriedade da restituição de outra 
coisa da mesma espécie, qualidade, quantidade e gênero. 
 
OBS: Mútuo feneratício ou oneroso (artigo 591 do CC/2002) é permitido em nosso direito desde que, 
por cláusula expressa, se fixem juros ao empréstimo de dinheiro ou de outras coisas fungíveis. 
 
03- Partes e Obrigações: 
 
3.1 – Mutuante: Aquele que empresta a coisa para fins de consumo. 
Os direitos do mutuante são exigir garantia de restituição, reclamar a restituição e demandar a 
resolução do contrato se o mutuário, no mútuo feneratício, deixar de pagar. 
 
3.2 – Mutuário: Aquele que recebe o bem tornando-se o tomador proprietário da coisa mutuada, 
assumindo seus riscos, podendo dar à coisa o destino que lhe aprouver. 
 As obrigações do mutuário são restituir o que recebeu em coisa da mesma espécie, qualidade e 
quantidade, dentro do prazo estipulado e pagar os juros, se feneratício o mútuo os juros. 
 
04 – Mútuo feito à pessoa menor 
Regra Geral -> Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja 
guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores. 
 
OBS.: Exceção a regra prevista no artigo supracitado: 
Art. 589. Cessa a disposição do artigo antecedente (art. 588 do cc/2002): 
I - se a pessoa, de cuja autorização necessitava o mutuário para contrair o empréstimo, o ratificar 
posteriormente; 
II - se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o empréstimo para os seus 
alimentos habituais; 
III - se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execução do credor não 
lhes poderá ultrapassar as forças; 
IV - se o empréstimo reverteu em benefício do menor; 
V - se o menor obteve o empréstimo maliciosamente. 
 
 
05 – Extinção do Mútuo 
A extinção do mútuo opera-se havendo vencimento do prazo convencionado, resolução por 
inadimplemento das obrigações contratuais, distrato, resilição unilateral por parte do devedor e a 
efetivação de algum modo terminativo previsto no próprio contrato. 
 
OBS: Destaca-se ainda a hipótese tácita de extinção do contrato de mútuo. 
Art. 592. Não se tendo convencionado expressamente, o prazo do mútuo será: 
I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o consumo, como para 
semeadura; 
II - de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro; 
III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO (Artigos 593 a 609 do CC/2002) 
 
01 – Conceito 
É o contrato em que uma das partes se obriga para com outra a fornecer-lhe a prestação de uma 
atividade/serviços, mediante remuneração. 
 
OBS.: Artigo 593 do CC/2002 -> A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou 
a lei especial, reger-se-á pelas disposições previstas no Código Civil. 
 
02 - Características/Obrigações 
Típico/Nominativo; bilateral; oneroso; consensual; não solene; execução continuada; em regra 
personalíssimo. 
 
 
03 - Partes e Obrigações: 
3.1- Tomador/Empregador: Aquele que contrata o serviço de outrem. 
Terá as seguintes obrigações: 
I - Efetuar o pagamento da remuneração na espécie, tempo e lugar ajustado no contrato ou segundo 
os costumes locais. 
II – Emitir Declaração de conclusão da atividade (art. 604 do CC/2002). 
 
3.2 – Prestador/ Trabalhador: Aquele que se obriga a fornecer a prestação/atividade. 
Terá a obrigação conclusiva de fazer e estar habilitado a realizar-la na forma como foi contratado. 
 
04- Elementos Essenciais: 
a) OBJETO do contrato é a PRESTAÇÃO DA AITIVIDADE LÍCITA, que pode ser tanto manual, física, 
material ou intelectual (imaterial) – art. 594 do CC/2002. 
 
b) REMUNERAÇÃO (salário, honorários, pagamento); arbitrada pelas partes, geralmente em pecúnia. 
 
OBS.: A falta de remuneração importa em “trabalho voluntário” e não se aplica as normas do Código 
Civil. 
 
c) CONSENTIMENTO; pode ser manifestado de forma escrita ou verbal. 
 
05 – Extinção do Contrato 
Previsão legal nos artigos 599 e 607 do Código Civil de 2002. 
 
Art. 599. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do contrato, ou do 
costume do lugar, qualquer das partes, a seu arbítrio, mediante prévio aviso, pode resolver o contrato. 
Parágrafo único. Dar-se-á o aviso: 
I - com antecedência de oito dias, se o salário se houver fixado por tempo de um mês, ou mais; 
II - com antecipação de quatro dias, se o salário se tiver ajustado por semana, ou quinzena; 
III - de véspera, quando se tenha contratado por menos de sete dias. 
 
Art. 607. O contrato de prestação de serviço acaba com a morte de qualquer das partes. Termina, 
ainda, pelo escoamento do prazo, pela conclusão da obra, pela rescisão do contrato mediante aviso 
prévio, por inadimplemento de qualquer das partes ou pela impossibilidade da continuação do 
contrato, motivada por força maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRATO DE TRANSPORTE (Artigos 730 a 756 do CC/2002) 
 
01 – Conceito 
Contrato pelo qual uma das partes se obriga a levar/deslocar coisas ou pessoas de um local a outro,
mediante uma retribuição/preço previamente estabelecida (art.730 do CC/2002). 
 
OBS.: Artigo 733 do CC/2002 -> Cláusula geral de responsabilidade. 
 
02 - Espécies de Transporte 
I – De pessoas: Art. 734 a 742 do CC/2002 
II – De coisas: Animadas ou inanimadas (art. 743 a756 do CC/2002) 
Conforme o meio empregado, o transporte pode ser: terrestre (rodoviários, ferroviários), aquático 
(marítimo, fluvial, lacustre) e aéreo. 
 
OBS.: O transporte de pessoas ou coisas diferencia-se pela natureza do objeto do contrato, uma vez 
que a finalidade é sempre a mesma, deslocação de um local para outro. 
 
02 – Características/Classificação 
Típico; bilateral, oneroso, consensual, de duração continuada, comutativo, não solene. 
 
04 - Partes 
3.1 – Transportador: Aquele que recebe a coisa ou pessoa. 
3.2 – Passageiro ou Viajante: A pessoa que será transportada. 
3.3 – Expedidor ou remetente: É aquele que entrega a coisa para o transporte. 
3.4 - Destinatário ou consignatário: É a pessoa designada para receber a coisa. 
 
05 – Transporte de Pessoas 
O Transportador responde por todos os danos causados aos passageiros e as mercadorias. 
Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas 
bagagens, SENDO NULA QUALQUER CLÁUSULA EXCLUDENTE DA RESPONSABILIDADE. 
Parágrafo único. É lícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de fixar o 
limite da indenização. 
 
OBS.: NÃO SERÁ CONSIDERADA VÁLIDA CLÁUSULA QUE ISENTE O TRANSPORTADOR DE 
SUA RESPONSABILIDADE. É INOPERANTE A CLÁUSULA DE “NÃO –INDENIZAR” 
 
OBS 02.: O TRANSPORTADOR TEM RESPONSABILIDADE OBJETIVA, E NÃO PODERÁ SER 
AFASTADA POR CULPA DE TERCEIRO. 
Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida 
por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva. 
 
5.1 – Obrigações do Passageiro ou Expedidor 
 I – Remunerar o transportador, conforme combinado. 
II – Caberá ao passageiro portar-se com decência e educação, além de contribuir no que puder, para 
que transportador desempenhe bem seu dever. 
 
OBS.: Transporte de carona ou amizade não é regulamentado pelo Código Civil (art. 736 do 
CC/2002). 
 
06 – Transporte de Coisas 
 
É importante que a coisa transportada seja descrita ou especificada de modo a não se confundir com 
outra. Por essa razão, ao ser entregue ao transportador, “deve estar caracterizada pela sua natureza, 
valor, peso e quantidade”, devendo ele, ao recebê-la, emitir conhecimento, “com a menção dos dados 
que a identifiquem, obedecido o disposto em lei especial” (art. 743 e 744 do CC/2002). 
 
O recibo da entrega ou conhecimento de transporte é também denominado conhecimento de frete ou 
de carga. Consiste em documento emitido pelo transportador para comprovação da conclusão do 
contrato, do recebimento da mercadoria e das condições do transporte. 
 
Se a coisa estiver depositada nos armazéns do próprio transportador, permanecerá ele como 
depositário (art. 751 do CC/2002), responsável por sua guarda e conservação, sendo lhe devida, 
porém, uma remuneração pela custódia, a qual poderá ser contratualmente ajustada ou se conformará 
aos usos adotados em cada sistema de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRATO DE DEPÓSITO ( Artigos 627 a 652 do CC/2002) 
 
01 – Conceito 
É o contrato em que uma das partes, nomeada depositário, recebe da outra, denominada depositante, 
uma coisa móvel para guardá-la, com a obrigação de restituí-la na ocasião ajustada ou quando lhe for 
reclamada. 
 
02 – Características/Classificação 
a) Típico/Nominativo; 
b) Guarda da Coisa alheia - Elemento fundamenta e exclusivo, tratando-se inclusive da própria 
finalidade para o qual o contrato foi criado. Porém, tal função de guarda é específica, não podendo o 
depositário da coisa servir sem a licença expressa do depositante (art. 640 do CC/2002). 
c) Entrega da coisa – Característica que demonstra a natureza REAL ao contrato, por tratar-se de 
efetividade e não da promessa. 
d) Natureza móvel do bem – O código civil afirma de forma clara que a natureza do bem é “móvel”, 
podendo ser qualquer um. 
Exceção a essa regra -> Depósito judicial é determinado por mandado do juiz, que entrega a terceiro 
coisa litigiosa (móvel ou imóvel), com o intuito de preservar sua incolumidade, até que se decida a 
causa principal, para que não haja prejuízo aos direitos dos interessados. 
e) Obrigação de restituição – Característica de temporariedade do contrato. 
f) Gratuito – Gratuidade contratual desde que, não tenha havido pactuação de onerosidade (art. 628 
do CC/2002). 
g) Unilateral - Podendo se tornar bilateral – com obrigação para o Depositante. (A princípio a 
obrigação é só para o depositário, porém se o depositante tiver obrigação para com o 
depositário este será bilateral) 
 
03 – Partes e Obrigações 
a) Depositante: Possuidor direto da coisa. 
O depósito em regra, é um contrato unilateral, criando obrigações, apenas para o depositário. Mas 
pode assumir caráter oneroso e, consequentemente, será um contrato bilateral, gerando obrigações 
também para o depositante. Nessas condições, sendo oneroso o contrato, o depositante passa a ter a 
obrigação de pagar o preço convencionado. 
OBS.: Reembolso das despesas feitas pelo depositário com a coisa - O pagamento das despesas 
necessárias para a conservação do bem em depósito e os prejuízos provenientes da coisa depositada 
representam outros deveres que tem o depositante. 
 
b) Depositário: Possuidor indireto da coisa. Aquele que guarda o objeto. 
I – Guardar a coisa – O depositária deve cuidar da coisa como se sua fosse, não podendo servir a 
coisa sem a autorização do depositante (art. 640 do CC/2002). 
OBS.: A guarda poderá cessar por motivo plausível, devendo o depositário indicar a coisa a um 
depósitopúblico caso o depositante não a queira recebe (art. 635 do CC/2002). 
II – Conservar a coisa: Deverá ser conservada para que possa ser devolvida no mesmo estado que foi 
depositada. Porém, será exonerado o depositário, se a coisa perecer por motivo de forma maior ou 
caso fortuito, mas, para que a escusa seja válida terá que prová-los (art. 642 CC/2002). 
OBS.: O dever de conservar também consiste no dever de não devassar. Se o depósito se entregou 
fechado, assim deverá permanecer por força do artigo 630 do CC/2002, sob pena de inadimplemento 
contratual. 
III – Restituir a coisa – A coisa dada em depósito deverá ser restituída juntamente com seus frutos e 
acessórios quando assim o depositante exigir (art. 629 do CC/2002). 
O art. 633 do CC/2002, afirma que a coisa deverá ser devolvida imediatamente quando requerida pelo 
depositante, mesmo que esse contrato não possua prazo certo. Porem traz as seguintes exceções à 
devolução da coisa: 
a) Quando o objeto for judicialmente embargado; 
b) Sob ele pender execução, notificada ao depositário; 
c) Se houver motivo razoável de suspeitar que a coisa foi dolosamente obtida, neste caso o 
depositário deverá indicar que a coisa se recolha a um depósitopúblico; 
OBS.: Outras exceções previstas no Código Civil: 
d) Artigo 639 do CC/2002 – Restituir a coisa divisível para diferentes depositários; 
e) Artigo 635 do CC/2002 - Ao depositário será facultado, outrossim, requerer depósito judicial da 
coisa, quando, por motivo plausível, não a possa guardar, e o depositante não queira recebê-la; 
f) Artigo 644 do CC/2002 – Direito de retenção - O depositário poderá reter o depósito até que se lhe 
pague a retribuição devida, o líquido valor das despesas. 
 
04 – Espécies de Depósito 
São consideradas espécies de Depósitopelo
Código Civil de 2002: I - Voluntário (Convencional); II - 
Necessário (Obrigatório)-> Que se subdivide em legal: legal, Miserável e Hospedeiro; e por fim o 
Judicial (Deriva de decisão ou sentença judicial). 
 
4.1 – Depósito Voluntário (art. 627 a 646 do CC/2002) 
O depósito voluntário ou convencional advém da livre convenção dos contraentes, visto que o 
depositante escolhe espontaneamente o depositário, confiando à sua guarda coisa móvel corpórea a 
ser restituída quando reclamada, sem sofrer quaisquer pressões de circunstâncias externas. 
OBS.: Quanto à formalidade, a lei exige prova escrita do contrato de depósito(art. 646 do CC/2002). 
 
4.2 – Depósito Necessário (art. 647 a 652 do CC/2002) 
É aquele que o depositante, por imposição legal ou premido por circunstancias imperiosas, realiza com 
pessoa não escolhida livremente (art. 647 e 649 do CC/2002). 
Embora premido por circunstancias irremovíveis, o depositante pratica um ato voluntário. Não se trata 
de ato praticado por sob coação, pois a vontade é externada livremente, havendo consentimento de 
ambas as partes. 
OBS.: O DEPÓSITONECESSÁRIO NÃO SE PRESUME GRATUITO. 
 
4.2.1 – Depósito necessário (art. 647, I do CC/2002) 
Ocorre do desempenho de obrigações imposta pela lei. 
 
4.2.2 – Depósito Miserável (art. 647, II do CC/2002) 
É o que se realiza em ocasião de calamidade pública. 
A premente necessidade que tem o depositante de evitar o perecimento de seus bens, nessa situação 
de emergência, impede a deixá-lo com a primeira pessoa que aceite guardá-lo. O depositário se 
dispõe a prestar um serviço ao depositante necessitado e, por essa por essa razão, “o depósito 
necessário não se presume gratuito”. 
 
4.2.3 – Depósito do Hospedeiro (art. 649 do CC/2002) 
Tal contrato tem o objeto a bagagem dos hospedes ou viajantes. O dispositivo se aplica ao contrato de 
hospedagem, estendendo-se aos internatos, colégios e hospitais. 
OBS.: Os hospedeiros respondem pelas bagagens como depositários (art. 649 do CC/2002). A 
responsabilidade decorre tanto de ato de terceiros como dos próprios funcionários, cessando, uma vez 
provado que tais fatos não poderiam ser evitados (art. 650 do CC/2002). 
 
4.3 – Depósito Judicial 
Depósito judicial é determinado por mandado do juiz, que entrega a terceiro coisa litigiosa (móvel ou 
imóvel), com o intuito de preservar sua incolumidade, até que se decida a causa principal, para que 
não haja prejuízo aos direitos dos interessados. 
 
05 – Sobre a coisa deposita o depósito pode ser: 
a) Depósito regular ou ordinário: É o atinente à coisa individuada, infungível e inconsumível, que deve 
ser restituída in natura, isto é, o depositário deverá devolver exatamente a própria coisa depositada. 
 
b) Depósito irregular: Recai sobre bem fungível ou consumível, de modo que o dever de restituir não 
tem por objeto a mesma coisa depositada, mas outra do mesmo gênero, qualidade e quantidade, 
regendo-se pelo disposto acerca do mútuo. 
OBS.: O depósito de dinheiro nos bancos é irregular. A lei equipara o depósito de coisas fungíveis, 
cujo objeto na pratica é o dinheiro, ao mútuo, por cujas regas é regido (art. 645 do CC/2002). 
 
 
 
06 – Extinção do Contrato 
A extinção ocorre pelo vencimento do prazo; pela manifestação unilateral do depositante; por iniciativa 
do depositário; pelo perecimento da coisa depositada, pela morte ou incapacidade superveniente do 
depositário, se o contrato for intuitu personae; pelo decurso do prazo de 25 anos, quando não 
reclamado o bem (Lei 2313/54; Dec. n. 40395/65) 
 
 
OBSERVAÇÃO FINAL: Em nosso ordenamento jurídico não é admito a prisão do depositário 
infiel, em razão do Brasil ser signatário do Pacto de San José da Costa Rica e da Súmula 
Vincula nº. 25.

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